É... escrita por luuh


Capítulo 1
É...


Notas iniciais do capítulo

Né, antes das pessoas que leem "Você me aceita?" me xingarem falando que eu tenho tempo para fazer ones e não tenho para começar o quarto capitulo tenho algo a dizer: ontem eu estava com uma crise de existência ._.' Ai eu fiquei depressiva aqui e com preguiça de começar o quarto capitulo falando que ninguém ia ler pois eu sou um monstro e ninguém me amava '-'.
Então, como eu sei que vai atrasar bagaraio, eu fiz esse para os fãs de NaLu para me redimir, ook? Espero que gostem ^.^



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É... Antes de entrar na Fairy Tail, eu tinha um sonho um tanto tosco, mas normal para uma garota da minha idade.

Quando sai da casa de meu pai, esperava esbarrar em um garoto na rua. Não queria que ele fosse podre de rico, ter castelos e um cavalo branco para ser meu príncipe, bastava me tratar como uma pessoa amada pelo que eu sou, não pelo sobrenome que carrego.

Sim, esperava que ele me ajudasse a levantar e, para se redimir por sua falta de atenção, me levasse para comer algo. Esperava que depois disso, nos conheceríamos melhor e futuramente recebesse uma declaração de amor tão linda que me fizesse chorar só de lembrar.

Sim, me imaginava casada com tal e viveriamos sempre juntos. Imaginávamos-nos em uma guilda fazendo trabalhos arriscados, onde um dependesse do outro. Não ele tomando toda a dor da batalha somente para me proteger, e sim lutando ao meu lado me lembrando do quão forte posso ser.

Esperava também, acordar todos os dias e me assustar com ele ao meu lado me olhando e sorrindo, e então ele falaria docemente: “Bom dia minha querida! Como dormiu? Acordei um pouco antes de você e fiquei te observando, desculpe se a assustei”. Levantaria e iria preparar um café da manhã sem muita sofisticação, algo do tipo: pão, alguns frios e café.

Queria ter uma vida calma e ao mesmo tempo feliz com ele. Viver uma vida tranquila em uma casa que desse para vivermos bem. Não consigo me imaginar correndo atrás de uma menina ou um menino pela casa, mas se eu o amasse, não me importaria.

E então, toda noite, nos deitaríamos sorrindo um para o outro. Ele selaria meus lábios e diria “Boa noite, minha linda”.

É... Eu sei que é um sonho normal para quase todas as garotas, mas eu também sou uma, e por isso me acho no direito de ter sonhos tosco e fantasiar coisas impossível para mim.


Apesar de desejar tudo isso, a única coisa que posso ter é uma fera de cabelos róseo deitado na mesma cama que eu, tomando quase todo o espaço e com o braço por cima de mim.

Sim, poderia me levantar e fazer o maior escândalo por novamente, ele vir dormir em minha cama, mas, se eu o fizesse, nos colocaríamos em uma situação desagradável para caramba por conta de um gato azul que dormia perto de nossos pés. Céus, por que eles sempre fazem isso?

Se pelo menos Natsu fosse mais maturo, quem sabe ele não poderia ser o tal garoto? Mas ele é tão ao avesso do meu “príncipe”.

Se por acaso tivesse esbarrado nele quando tivesse o conhecido, era capaz dele ter partido para cima de mim procurando briga. Mas claro, ele nunca se importou com o sobrenome que carrego. Então ele me vê como uma amiga de verdade, e não como um poço de desejos.

E depois de explicar que eu não tinha a intenção de esbarrar nele o levando para comer algo, seria como realmente aconteceu: passaria vergonha com ele e Happy comendo feito desesperados e sobraria para pagar uma divida enorme.

Mas do que posso reclamar? Apesar de ele ser um idiota por completo, ele sempre esteve ao meu lado e nunca me julgou apesar de meus erros. Sempre que me via perdida, ele aparecia como meu anjo da guarda e tomava a minha dor como se fosse a dele. Lutava por mim, por Happy, por Erza, até mesmo por Gray. Resumindo: por todos os seus amigos que ele tanto amava.

E se um dia eu descobrisse que eu o amo e é algo recíproco? Talvez eu ficasse feliz. Ou talvez assustada... Não sei... Mas me imaginar ao lado do Natsu não é algo difícil para quem acredita que os opostos se atraem.

Sim, fico feliz quando recebo elogios dele, ou de qualquer um. Às vezes é bom ser elogiada por alguém que não seja você mesma. Não digo que fico mais feliz por receber um elogio de Natsu do que quando Loke ou qualquer outro garoto me elogia, mas sei que é difícil conseguir algo assim de Natsu. E, muita das vezes, Loke quer apenas me provocar ou se exibir.

E se um dia, quem sabe, assuma um relacionamento sério com Natsu, não vejo uma vida calma e tranquila. Vejo uma casa bagunçada comigo correndo atrás dele gritando algo sobre a bagunça, e ele desviando das coisas que atirava nele com um sorriso infantil no rosto. “Pare Luce, você sabe que não vai conseguir me acertar” falaria enquanto seguraria meus pulsos tentando me acalmar e com um sorriso me desse um beijo na testa.

“Você precisa ver sua cara irritada, é tão engraçado!” Falaria quando eu estivesse mais calma, fazendo aquele gato colocar as patas sobre a boca e enrolar a língua dizendo “Ele gossssssta dela!”. Eu pediria para Happy não fazer aquilo, mas seria ignorada por uma pergunta do tipo “Lucy, tem peixe?”.

Por mais que fuja totalmente da base que tenho sobre a minha alma gemia, devo confessar que me parece divertido passar o resto da minha vida ao seu lado. Seria como passar 24h por dia na guilda, o que seria incrivelmente divertido.

Sei também que de certa forma nada legal ele simplificaria nosso café da manhã, comendo todas as opções durante as outras refeições e deixando somente uma alternativa para o café. Ah, Natsu... Você será uma eterna criança.

Sei também que não haveria muitas coisas fofas, principalmente antes de dormi. Que no caso seria achar um espaço para mim na cama, já que provavelmente Natsu se apossaria de todos os centímetros, deixando somente um espaço pequeno na beirada da cama.

De toda forma, se eu o amasse a ponto de me casar com ele, todos os problemas possíveis eu seria capaz de ignorar. Sei que Natsu é uma criança com a personalidade difícil, mas nada que alguns gritos não resolvam.

Ah Natsu, por que você não se vira logo? Queria somente levantar sem ser alvo das brincadeiras de Happy. Por que diabos você tem que ter o sono tão pesado?

Se você não estivesse aqui eu poderia me privar de ter pensamentos assim com você! Mas você nunca escuta o que eu digo...

– Igneel... – Natsu falou se mexendo um pouco, mas não deu nenhuma chance para Lucy poder levantar e acordar o felino e o menino dos cabelos róseos.

Se não bastasse ficar aqui, ainda terei de aguentar ele falando. Deus, o que eu fiz para merecer isso?

– Eu quero te encontrar... –falou as palavras pausadamente, Lucy apenas suspirava irritada, mas ele a surpreendeu a puxando para mais perto dele e a apertando com força – Mas agora eu tenho outras prioridades.

– Natsu... –Lucy o chamou tentando acorda-lo. Se antes era constrangedor, agora era mil vezes pior. Ah se o pequeno felino os visse agora...

– Eu tenho que protegê-la. –sussurrava como se estivesse acordado – Ela precisa de mim, assim como eu preciso dela.

– Natsuu! – tentou novamente, certificando-se que o gato não acordaria – Por favor, acorde! - péssima situação. Lucy corada com o rosto enterrado no peito do rapaz com ele abraçando-a e dizendo que precisava proteger alguém...

– Luce... – ele disse vagarosamente afagando os cabelos loiros da menina – Eu não estou dormindo.

– C-Como assim? V-Você estava me fazendo de idiota? – socou o peito do rapaz com raiva. Ele talvez tivesse lido seus pensamentos?

– Claro que não Lucy. – falou tentando conter as risadas – Só achei que você estava dormindo.

– Mas eu já tinha te chamando quando você... Bem, me abraçou – tentou erguer os olhos para encontrar com os do rapaz, mas não conseguiu.

– Chamou foi? – Ela não erguia o olhar, mas ele a olhava fixamente sem parar de acariciar seus cabelos.

– Posso perguntar uma coisa? – ela falou passando o braço direito sobre a cintura dele o abraçando também – Quem era que você precisa proteger?

– Ela é uma pessoa extremamente... Hn... Estranha. – ela sorriu contra o peito dele. Sabia que se trava dela, já que ele sempre fazia questão de citar esse adjetivo quando se tratava dela.

– Mas essa pessoa extremamente estranha pode se cuidar, sabe? Às vezes é bom confiar nela...

– Eu cuido muito dela, pois sem ela acho que não conseguiria mais viver. – ele sorriu, ela sorriu e um gato azul sorriu também.

– Ele gosssta dela! – falou enrolando a língua e assustando a loira.

–Ah! Bom dia Happy! – Natsu falou calmamente.

– Sei que estou aqui atrapalhando então eu vou ali comer peixe. – falou levantando voo e seguindo para a cozinha.

–Esse gato... – Lucy falou se levantando e seguindo para o banheiro – E levanta Natsu, você e o Happy precisam ir agora! Tão pensando o quê? Que aqui é a casa da mãe Joana?


– Ah Lucy... – Natsu falou virando-se na cama e resmungando alguma coisa.

– Vamos Natsu! Levanta daí! – ela gritou, mas ele não reagiu, provavelmente tinha caído no sono novamente. Suspirou.

Talvez passar a vida toda, ao lado de alguém como o Natsu seja um tanto problemático, mas a cada segundo que se passa com ele, você agradece por ter conhecido alguém tão maravilhoso.

Beleza, dinheiro, fama, castelos, cavalos... Tudo pode ser substituído por apenas um sorriso dele. E digo isso com certeza, pois o tenho dentro de meu coração a partir de hoje.


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Notas finais do capítulo

Né, o que acharam? D: Se eu atrasar estou perdoada? ><'
Tá, eu sei... Não ficou aquele espetáculo tipo "ONW, ME PEGA!" mas dá para ler né? D: #Sei, minhas comparações são bizarras e-e 'ONW me pega"? que porra é essa?#