A Profª McGonagall andava em círculos em sua sala. Dumbledore fugira. Umbridge estava no comando da escola, e ela não podia fazer nada.

Agora que Umbrigde estava “ocupada” (leia-se tentando se livrar de mais Fogos Espontâneos Weasley), ela teria que sentenciar o aluno acusado de soltar Fogos Weasley no Salão Principal, no meio do último exame, de História da Magia.

Ele já deveria ter chegado... Quanto tempo leva para subir seis escadas...

-Professora...

-Ah, finalmente! Por Merlim, qual o motivo da demora.

-Pirraça encheu as escadas de...

-Não importa! Sente-se Malfoy. –disse Minerva com rispidez e fez um gesto para o loiro sentar-se.

“Então, Sr. Malfoy. Explique-se.”

-Professora, não fui eu que soltei os fogos.

-Você foi pego com a mão nos fogos para guarda-los. Uma prova realmente relevante.

-Um lamentável desentendido, professora.

-Você tem provas de que não foi você?

-Não, mas...

-Então Senhor Malfoy, você tem a liberdade de ir ao seu Salão Comunal, arrumar as suas malas e...

-Não, professora! Não pode fazer isso! –disse uma garota morena e ofegante, com muitos livros nos braços, que acabara de escancarar a porta da sala da professora de Transfiguração.

-Senhorita Granger! O que significa isso?

-Professora... Não pode sentenciar o Malfoy... –disse ela entrando na sala sem cerimônias. –Por que... Eu soltei os fogos...

A bruxa mais velha da sala soltou um grito de exasperação. Não era possível, não era... Hermione sempre fora tão comportada... O que a levara a fazer isso?

-Senhorita Granger? Você está falando a verdade? –Hermione assentiu com a cabeça. –E o que a levou fazer isso?

-É que... Bem, professora... Malfoy... Ele estava me distraindo nas provas... Me atraindo, o que impedia-me de me concentrar... E eu tive uma queda em todas as questões... E eu quis me vingar e... Soltei os fogos e fiz com que Malfoy fosse visto com os fogos... Se a senhora não se importa eu vou pro meu Salão arrumar minhas malas...

-Não, Granger! Você não pode levar a culpa sozinha sendo que... Que eu a ajudei a fazer isso! –disse Draco, fazendo a castanha virar-se no meio do caminho, assustada.

-Senhor Malfoy, Senhorita Granger, isso é verdade? –Draco assentiu, e Hermione imitou o loiro ainda confusa.

-Senhora, não pode nos expulsar, dê-nos uma chance!

A professora pensou. Dirigiu-se a um quadro grande no fundo da sala, que retratava um homem idoso, com barbas e cabelos longos e prateados. Ela e o quadro conversavam vivamente e então a bruxa tomou sua decisão.

-Nenhum dos dois será expulso. –Hermione deu um suspiro de alivio. –Porém, haverá punições. Cento e cinquenta pontos a menos para cada casa. Agora, Sr. Malfoy, o professor Snape está em sua sala nas masmorras. Vou comunica-lo do ocorrido para que receba sua punição. Vá logo. –e assim dito, o loiro saiu da sala com o rosto vitorioso. Snape nunca o daria uma detenção sendo ele um aluno da Sonserina.

-Espere Malfoy. –disse Hermione, e deu-lhe parte dos livros que trazia. -Esqueceu seus livros no Salão Principal.

–E você, senhorita Granger. Detenção de cinco meses, e eu também contarei no ano que vem. Todas as Terças e Quintas. Você vai arrumar todos os registros dos alunos de Hogwarts desde a sua fundação. Eu realmente esperava mais de você, Senhorita Granger. Estou totalmente desgostosa com o que tive de presenciar, ainda mais por ter sido algo de sua autoria. –A morena sentiu o coração apertando. As palavras da professora McGonagall feriam o seu coração. Ela não gostava de decepciona-la e agora ela sabia que não podia ultrapassar mais nenhuma regra. Sua ficha estava demasiada comprometida. –Pode se retirar, senhorita Granger.

Mal Hermione virou-se para a porta, a professora perguntou:

-Senhorita Granger? Era verdade o que disse sobre o menino Malfoy? Que está atraída por ele?

-Sim, senhora. –disse a castanha, e Minerva sussurrou um “impressionante”.

Hermione virou-se novamente e a professora disse:

-Foi muito nobre o que fez por Malfoy, senhorita Granger.

-Obrigada, senhora. -e finalmente saiu da sala da bruxa.

Mal a morena fechou a porta e foi imprensada contra a parede por um corpo masculino. Ela cogitou gritar, mas o garoto disse:

-É melhor não gritar, Granger.

-Malfoy!

-Quero que me diga, Granger, que se tudo que falou foi verdade.

-Quase tudo, Malfoy. Eu não soltei os fogos, mas todo o resto foi verdade.

E antes que Hermione pudesse reagir, Draco Malfoy selara seus lábios. A castanha estava confusa, mas logo se entregou ao beijo, derrubando todos os livros que levava.

Draco e Hermione se envolviam em um beijo selvagem, prazeroso e cheio de desejo. Hermione atraía-se pelo loiro como um ímã. Draco beijava-a e puxava os cabelos crespos de Hermione para mais perto de seu rosto. O escuro do corredor deserto intensificava mais o desejo de nunca mais se separarem os lábios. Mas o ar fez falta. Quando se separaram, as pupilas cor-de-mel encontraram as azuis-acinzentados. No rosto fino e alvo de Draco havia um sorriso, assim como no rosto corado de Hermione também havia um.

-Te vejo depois, Malfoy?

-Claro, Granger.

E os dois de direcionaram cada qual a seu Salão Comunal.

E sobraram apenas os livros da Grifinória e do Sonserino no chão.