Um presente de casamento. Era o que Remo Lupin precisava pra sua esposa. “Esposa... a minha esposa...” Este era o pensamento que o fazia sorrir do nada, pelo simples fato de que ela era a sua esposa, a sua Tonks.

No dia seguinte seria o primeiro aniversário de casamento, e ele não sabia o que fazer pra ela. Caminhava pelas ruas da Londres trouxa, procurando por algo que a surpreendesse, que a deixasse mais feliz do que já estava.

            “Tem que ser algo que não incomode Teddy”, pensava ele. Seu filho tinha apenas alguns meses de idade, e era o “erro” mais bem cometido de sua vida, como ele dizia.

            Enquanto ainda caminhava, agora no mundo bruxo e mais precisamente pelas ruas de Hogsmeade, passou pela frente do Três Vassouras e resolveu entrar e pedir uma dose de cerveja amanteigada. Enquanto saboreava a bebida, continuava pensando num presente para ela. Quando havia bebido o ultimo gole do conteúdo da caneca, teve uma ideia, algo que certamente Tonks nunca haveria imaginado.

            Levantou-se, pagou pela bebida e retornou a casa, onde a mulher o esperava.

            - Dora? – ele a chamou ao entrar.

- Oi, amor. – ela respondeu, e ele seguiu a voz que vinha de dentro do quarto onde ela amamentava o bebê.

            - Tudo bem com vocês? – perguntou, sentando-se ao lado dela e beijando-a, enquanto acariciava a criança nos braços da mãe.

            - Sim, sim. E você?

            - Melhor agora que estou aqui com vocês. – respondeu com um sorriso, ao que a metamorfomaga beijou-o novamente.

            - Remo, você está com fome? Eu fiz algo que você adora pro café da tarde, está em cima da mesa. – com esse comentário dela, Remo a olha com uma cara desconfiada e um sorriso maroto no rosto. – Está me olhando assim por quê?

            Ele não respondeu. Levantou-se e foi em direção à cozinha, ainda sorrindo, ao que ela o seguia. Quando viu que sobre a mesa havia um bolo de chocolate delicioso, com cobertura e granulado – que ele adorava – olhou para ela e perguntou:

            - Tem certeza que foi você que fez?

            - Bem... – ela começou a se explicar. – Molly me ajudou, ela veio e foi me dizendo devagar passo a passo o que eu devia fazer. – o sorriso do marido tornou-se uma risada, justamente aquela que ela amava ouvir. – Mas fui eu que fiz! – ela riu junto a ele. Nisso, Teddy soltou o seio da mãe e aparentemente tentava expressar algo. – Pronto, seu faminto? – perguntou ela, ajeitando a roupa e erguendo um pouco o menino. – Está satisfeito agora, meu pequeno? – com a pergunta da mãe, o pequeno garoto sorri.

            - Posso pegar ele um pouco, Dora? – pede o licantropo, com simplicidade na voz.

            - Ah, Remo, você não precisa pedir – disse ela, entregando a criança aos braços do pai.

            O pai então brincou com a criança por algum tempo, até que ela voltou a dormir – agora no colo do pai – e ele e Tonks começaram a conversar sobre um assunto muito preocupante: a Grande Batalha.

            Algumas horas depois a noite já se encontrava escura, a lua na sua fase chamada de “lua nova”, mas com milhares de estrelas brilhantes que substituíam a estrela maior. Teddy foi ajeitado delicadamente no berço e os pais foram deitar-se, pois certamente estavam cansados.

            No dia seguinte, quando Tonks acordou, viu o marido adentrando o quarto com uma bandeja de café da manhã cheia de coisas deliciosas como chocolates, torradas, vitamina de mamão com laranja que ela adorava, entre outras guloseimas. Outra coisa em que ela reparou foi que Remo tinha algo pendurado nas costas.

            - Amor, o que é isso? – perguntou ela apontando para o que parecia estar enrolado em uma capa preta.

            - Ah, é pro seu presente, minha linda. – respondeu ele. Beijando-a, ele sentou-se ao lado dela e abriu a capa que trazia: Tonks viu ali um violão preto que ele logo posicionou sobre o colo, quando olhou para ela, e começou a tocar e cantar:

‘Cause I live to get lost on lazy afternoons with you

And what I'd give for any cause to turn a day into a few.

‘Cause just one kiss is all I need.

Take my hand and let me lead

Far away to an empty place.

I live to see your face smiling back at me after kissing you.

Got a trick right up my sleeve if I'm missing you...

‘Cause all I need to do to is close my eyes

And you'll be right by my side.

‘Cause all I need is you.

You're in my mind, everything's gunna be alright.

‘Cause a thousand miles wouldn't keep me

From seeing you.

(Seeing you...)

A thousand miles wouldn't keep me from seeing you.

So if I only have one day left in my life

I'd make you my wife.

I'd take your hand

Fly to the warm sand.

That would be grand.

And in my last few hours,

I'd find you some flowers.

And for once, I wouldn't need my guitars

‘Cause right now I'd rather be in your arms.

Yeah you heard it right, I wouldn't need my guitars.

I'd rather be in your arms.

You're right, you can keep my guitar.

I'd rather be in your arms.

‘Cause all I need to do is close my eyes

And you'll be right by my side.

‘Cause all I need is you - you're in my mind.

Everything's gunna be all right.

‘Cause a thousand miles wouldn't keep me from seeing you.

I said, a thousand miles wouldn't keep me from seeing you.

‘Cause all I need is you, you're in my mind.

Oh yeah.

‘Cause all I need to do is close my eyes

And you'll be by my side.

All I need to do... is be with you.

Everything I do - I do it, girl, for you.

            Ao terminar a canção, Remo olhou a esposa e disse:

            - Feliz primeiro aniversário de casamento, Dora – e, aproximando-se, beijou-a intensamente.

            - Ah, Remo, que lindo! – ela respondeu ao se separarem, abrindo um enorme sorriso no rosto, por onde escorriam lágrimas emocionadas. – Que bom que você lembrou!

            - Não pensou mesmo que eu ia esquecer, não é?

            - Bem... é que geralmente os maridos esquecem – ela respondeu rindo.

            - Pois eu não esqueci – afirmou ele obviamente, beijando-a mais uma vez.

            Separaram-se novamente quando Teddy interveio, pois começara a choramingar no berço até que a mãe viesse tomá-lo nos braços. Ela olhou-o e sorrindo disse:

            - Bom dia, meu pequeno! Você ouviu a declaração de seu pai, que linda?

            O garoto aparentemente sorriu para a mãe e balançou seus braçinhos, cujos punhos davam vontade de morder de tão gorduchinhos que eram.

            Passaram o resto daquele dia juntos, somente os três, divertindo-se da forma que pudessem.

            E esse foi, certamente, o melhor presente de casamento que Remo poderia oferecer a ela, durante todo o tempo de vida em que eles permaneceram juntos.

Cause all I need is you, you’re in my mind, everything’s gunna be alright.

(Porque tudo o que eu preciso é você, você está em minha mente, tudo ficará bem).