É, alguém aprontou. Chegamos na casa de lilly sorridentes, logo o sorriso se transformou num ponto de interrogação bem no meio de nossas faces. O apartamento de lilly estava devastado. Paredes rabiscadas com spray, mensagens estranhas tipo "você vai morrer vadia" e outras coisas, objetos revirados, espelhos quebrados e......um grito. opa!

Corremos ao quarto da mãe de lilly, de onde vinha o grito.

- senhora bergara? - perguntei.

- aqui! - gritou ela.

Corremos ao banheiro e encontramos uma cena não muito agradável.

- my fucking God. - eu estava apavorada.

- mãe! - disse lily correndo para seus braços.

Senhora Bergara Potter, cujo era seu nome, estava estirada no chão, ensanguentada, pulsação fraca, ossos quebradiços prováveis, conciente, mais não sã, capilares corriam depressa. Eu podia sentir. Eu sentia sempre que algo bom/ruim fosse acontecer, mais não antes, era sempre na hora. Não saberia se iria ficar bem, mais podia sentir algo não muito bom.

- o que aconteceu? - perguntou harry apertando sua mão.

- ele, ele veio aqui, procurava por ela. - disse Bergara apontando para mim.

- ele quem? porque "ele" me procurava? - perguntei.

- ele, Juan, John, alguma coisa assim. Eu não o conheço, mais seus olhos são escuros, escuros como a noite, seu olhar é como de um, um sinistro. - disse ela.

- sinistro? - perguntou zayn.

- sinistro? tipo aquele do harry potter 3? - disse louis.

- exato. - disse lilly.

Peter não dizia nada, apenas "sorria" cabisbaixo, se é que eu poderia dizer.

- conta! conta agora, ou eu conto. - gritei.

- nós... - tentou dizer niall.

- nós nada niall! nós sabemos peter, nós sabemos! - falei.

- sabem? do quê exatamente? - disse ele.

- você é estúpido, achou que ia brincar conosco, mais eu ouvi, eu ouvi você conversar com aquele rato de lixo no supermercado, mais não vai dar certo seu idiota! você é sujo, enganou alguém que te amava. - falei.

O mundo desabou de uma vez só. As paredes do apartamento pareciam tão frias quanto meus sentimentos. Peter arregalou os olhos.

- estão com medo? - perguntou.

- não interessa, seu estúpido! saia daqui, nunca mais volte. - gritei.

Pegou um caco de vidro e veio em minha direção. Conseguiu fazer meu pulso sangrar, ele me mataria, mais não era isso que John queria, ele voltaria talvez.

Os meninos o seguraram e o expulsou para fora. But they'll back, i know. Esperem a mãe da lilly continua ali deitada!

- você está bem? - perguntou harry lacrimejando.

- chamem uma ambulâcia! - gritei.

- nós já chamamos, você não percebeu.  - disse liam.

- ótimo. - falei.

- Brooke você está bem, me fala?! - disse harry novamente.

- harry quem está morrendo não sou eu, relaxa. Eu estou bem, eu só cortei o pulso. - falei.

Tirei minha blusa ali mesmo, rasguei e amarrei em meu pulso.

- parem de olhar pra ela. - disse gemm.

- caras! - reclamou harry.

Desviaram a atenção. Logo chegou a ambulância que nos levou ao hospital.

~*~

- Até quem enfim. - disse na décima resmungada sobre meu pulso. Eu era forte até quando não podia ser.

- you're ok? - perguntou harry.

- você só sabe perguntar isso? - falei.

Ele riu. Ele sabe como eu sou cabeça dura.

- me responde. - disse ele.

- tá bom harry, esse seu facho na periquita, ops você não tem uma, eu que tenho! acho que devo ter batido a cabeça. Eu estou bem harry. - falei.

- você é maluca. - disse ele revirando os olhos.

- e porque está aqui mesmo? - perguntei.

- porque infelizmente eu me preocupo. - disse ele.

- não precisa, pode ir. Apenas faça o favor de voltar antes de natal e ligue para mamãe. - falei.

- antes do natal? ainda não estamos nem em julho. - disse ele.

- cala a boca! - resmunguei.

- os caras e seus pais querem te ver. - disse ele.

- mandem-os entrar. - falei.

Saiu rindo de mim, como se eu fosse a engraçadinha do pau oco. Eu hein.

- filhota! - disse mamãe.

- mamãe, dilúvio a esta hora? - falei.

- desculpa, mais é que você se machucou. Harry me disse que vocês estavam na lilly e você foi lavar uns pratos e acabou quebrando alguns. - disse mamãe.

- ele disse é? - perguntei.

- sim querida, mais ele cuidou de você. Grande fiel do manchester. - disse papai.

- oi? - falei e me arrependi. Ele começou com o blábláblá de manchester. Acabei dormindo.

~*~

7 horas da manhã e o despertador do hospital tocou.

Será possível que nem aqui tenho paz? -pensei-.

- você precisa comer. - disse harry ao meu lado.

- tudo bem que você é harry, mais não aja como um potter, você aparece do nada. - falei.

- você é cômica demais. - disse ele me abraçando.

- cuidado ou eu faço "avada kedavra" harry. - falei rindo.

- eu amo você sabia? - disse ele.

Fiquei estática, eu não o amava ainda, ou talvez amasse, mais eu não sabia. Apenas fui eu como sempre.

- obrigada fã. Você é especial. - falei.

Ele pareceu encomodado, mais não transpareceu muito.

Logo os meninos chegaram.

- como está a lilly? e a mãe dela? - perguntei.

- a lilly está indo. A mãe dela está em coma induzido. Não sabemos ao certo o que isso pode significar, só esperamos que ela acorde. - disse louis.

- batatas injetadas podem fazê-la acordar. - disse niall.

Todos olhamos-o com uma cara de "wtf"

- só estou comentando gente! - deu de ombros.

Rimos um pouco.

- e a senhorita? como se sente? - perguntou zayn.

- estou bem, sério que vocês se preocupam com um corte pequeno desses? - falei.

- claro, nós somos seus amigos. Pelo visto ninguém nunca se preocupou com você. - disse niall.

- silêncio gordo. - falei.

- nem em fermo você para de ser chata. - disse harry me dando língua.

Revirei os olhos.

Ficamos alguns minutos em silêncio.

*toc-toc*

- entre. - gritei.

- bom senhorita Brooke, você já pode sair da ala de emergência. Seu pulso está devidamente cuidado, aqui uma lista de possíveis remédios que você precisa caso sinta alguns sintomas. Você está liberada. - disse ele.

- acho ótimo, comida de hospital é péssima. - falei.

- você parece uma criança. - disse harry.

Selei nossos lábios rapidamente e sorri.

Fomos para a porta onde Lilly e sua mãe estavam. 

Por incrível que seja, ou não, o número era 304.

Esse número me persegue. -pensei-.

Bati e entrei.

- já foi liberada? que ótimo. - disse lilly me abraçando.

- é, espero que sua mãe fique bem. - abracei de volta.

Suspirou e voltou a olhar o vidro embaçado com suas respiração contínua.

Voltei a atenção á zayn.

- ok kath. beijos. - disse ele.

- que foi? - perguntei.

- kath está vindo, gemm está vindo com ela. - disse ele.

- hm. - balbuceei.

Logo que chegaram nos abraçaram.

E assim foi o dia todo. Revezando, indo à cafeteria, conversando com os repórteres que insistem em marcar presença e rezando muito.