Diário De Uma Retardada escrita por Simjangeum


Capítulo 34
Algumas mudanças


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui de novo!
Estamos no fim, tão perto do fim... e já vou deixar claro que a DDR não vai ter uma continuação. Mas para aqueles que pensaram que eu iria parar de escrever originais só me resta uma boa risada maléfica! MUAHAUHAUAH Porque, felizmente, já estou escrevendo uma outra original. O que posso adiantar pra vocês é que a protagonista tem dezesseis anos, o nome dela é Jemima Vector e vai ter muita música na fanfic! Yeah, take that!
Enfim, esse capítulo é mais pra enrolar mesmo porque é no próximo que já começa o fim da fanfic. Era só isso mesmo, hehe, boa leitura!



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22/01 - Terça-Feira


Hoje, novamente, eu fui na casa de Bina, depois da aula. Durante a aula de química ela me chamou para ir até a casa dela pois nós teríamos uma conversa que poderia me ajudar. Sem fazer nenhuma objeção, eu aceitei.


Eram cinco e meia quando eu bati a sua porta. Bianca atendeu, usando um pijama estranho azul com branco bem comprido, parecia o pijama de um velho senhor.

─ Tá tudo bem? ─ perguntei, olhando para a cara dela que estava sem nem um pingo de maquiagem e ela estava com um ar cansado.

─ Estou ótima, entra aí ─ falou, abrindo mais a porta para que eu passasse.

Como na primeira vez que fui lá, os pais dela não estavam em casa e tudo estava tão silencioso que parecia que ela morava ali sozinha.

─ Onde estão seus pais? ─ indaguei rapidamente, enquanto eu seguia ela pela escada, até o seu quarto.

─ Trabalham o dia todo ─ explicou, sentando-se em sua cama e dando uma batidinha no lugar ao seu lado para que eu me sentasse ali ─ A casa fica meio solitária e vazia, eu sei.

Limitei-me a acenar com a cabeça e dar um sorriso mínimo. Pude ver em seus olhos o quanto ela odiava não ter a atenção necessárias de seus pais, mas não comentei nada.

─ Então, sobre o que vamos conversar? ─ perguntei, me sentando do lado dela.

─ Acho, que todo o seu problema, Alex, não é culpa sua ─ murmurou ela, segurando minhas mãos ─ Acho que as pessoas te julgam pelo modo como você age.

─ Também acho isso! ─ exclamei, em total concordancia ─ Só porque eu não sou como as outras pessoas todo mundo acha que eu tenho algum problema. Mas eu não tenho.

─ Sei que não tem ─ apoiou ela, balançando a cabeça ─ Então, sei como te ajudar, e é muito fácil. Vamos tornar você uma garota normal. O que acha?

De todas as pessoas que eu conhecia a única pessoa que me entendeu foi Bina, naquela frase, ela descreveu toda a verdade. E se ela estava, ali, disposta a me ajudar, e fazer todos entenderem que eu não tinha problema nenhum, então...

─ Uma ótima ideia! ─ exclamei, animada ─ Por onde começamos?

─ Bem...

Mas Bina foi interrompida pelo toque do meu celular. Era Val, então pedi licença e fui atender o telefonema do lado de fora do quarto.

─ Oi Val ─ cumprimentei, tentando não falar muito alto.

─ Onde você está, sua doida? ─ gritou ela, do outro lado da linha ─ Eu e Lizzie passamos a tarde toda atrás de você e não te encontramos. Onde você está?

─ Eu, hm... ─ hesitei. Não sabia se deveria falar ou não sobre o lance de eu estar na casa de Bina ─ Eu não estou em casa.

Isso eu estou vendo porque eu estou no portão da sua casa! ─ resmungou ela ─ Onde você está?

─ Ah, eu... ok, eu estou na casa da Bianca ─ respondi de uma vez.

─ VOCÊ FICOU MALUCA?! ─ gritou ela ─ VOCÊ ANDA TOMANDO SEUS REMÉDIOS? ELA TE LEVOU A FORÇA PRA AÍ, NÃO FOI? NÃO FOI?

─ Não! Eu vim porque eu quis! ─ exclamei ─ Val, a Bina mudou. Ela agora é tipo uma amiga.

─ Você é uma tremenda de uma burra se estiver acreditando no que ela te diz! ─ exclamou ela de volta ─ Você está fazendo isso?

─ Sim, estou! ─ afirmei, agora deixando a voz mais alta ─ Eu julgo os outros pela aparência, só lembro dos erros que eles cometeram e o que vale é o meu julgamento, os sentimentos dos outros não conta! ─ então abaixei o tom de voz na próxima frase ─ Era isso o que você queria que eu te dissesse?

Val não respondeu nada, o que gerou em um silêncio onde só podia se ouvir nossa respiração.

─ Eu não ia dizer isso... ─ começou ela

─ Mas é o que pensa de mim ─ completei ─ Tchau, Val.

Fechei a ligação e desliguei o celular, para que ela não ficasse me ligando. Coloquei o aparelho dentro do meu bolso e voltei para o quarto de Bina, onde parecia que ela não ouvido nada.

─ Então, podemos continuar? ─ perguntei, me sentando ao lado dela.

Bina assentiu e começou a me explicar tudo o que eu deveria fazer. Como me vestir, como me portar, como fazer os outros verem que eu não era louca.

* * *

Mais tarde, já em casa, pus em prática o primeiro exercício que Bina pediu pra eu fazer.

─ Faça um vídeo falando sobre os defeitos das pessoas com as quais você convive, tipo, como se elas fossem a câmera. Ajuda muito a desestressar ─ falou ela.

Peguei a câmera que eu tinha, digital e sem graça, coloquei no tripé que Bina me emprestou e virei para a direção da minha cama, onde me sentei.

Respirei fundo e comecei a falar tudo o que eu pensava. Depois do vídeo feito, armazenei no meu computador e enviei para Bina, pensando, no quanto ela acharia aquilo tudo muito engraçado, assim como eu.

Aléxia


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Notas finais do capítulo

Comentem & recomendem! Até a próxima!