Soulmate escrita por sakura_princesa


Capítulo 4
capitulo 4 -what´s good for me




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CAPITULO 4 – WHAT IS GOOD FOR ME.

A noite em que minha mãe morreu foi a noite em que houve meu primeiro encontro com vampiros, aonde eu descobri que eles existiam, aonde eu criei medo deles, depois dali eu fui para Forks, estudei aqui, cozinhei para o meu pai( ele não sabia, como um homem que morava/mora sozinho não sabe cozinhar?) e fugi de coisas sobrenaturais como o diabo foge da cruz, mas tudo mudou no momento em que eu rolei de um barranco quando tinha dezessete anos e então eu fui ao hospital... e meu passado me perseguiu.

Não que Carlisle seja ruim, ele na verdade foi uma das melhores coisas na minha vida, um dos melhores amigos, parte da minha família, mas ele é um vampiro... e para alguém que queria ficar longe de qualquer coisa do tipo... ele não era a minha preferência para amigos.

Na hora em que Carlisle entrou pela porta da sala aonde eu estava... eu soube que ele era um vampiro, a beleza extraordinária, a energia que emanava, os caninos um pouquinho maiores do que deveriam, havia algo em mim que gritava para que eu saísse correndo dali, me proteger igual a minha mãe me dissera para fazer quando eu era pequena... mas eu não fugi, na verdade, acho que foi o fato de que minha mãe era muito “superticiosa”( se você ver que era verdade ela não era superticiosa mas sim cuidadosa.) demais foi um dos fatos da separação dos meus pais quando eu era pequena, mas isso não importa, como eu dizia... eu não fugi, ele tinha algo que me acalmou então resolvi ficar ali, falei pouco mas vi que ele ficara encantado comigo... encantado até demais.

Não demorou muito para que Carlisle começasse a virar um amigo da família, meu pai não gostava tanto assim dele, mas antes que eu me desse conta... eu estava mais encantada com ele do que ele comigo... ou igualmente.

Quando ele ia até nós, eu o esperava na porta... quando ele chegava eu o abraçava bem forte, ele me passou uma segurança estranha, eu havia me apegado demais a ele, mas ele era um bom amigo, papai até que gostava um pouco dele.

Passou-se um ano, Eu já tinha um quarto na casa de Carlisle( a mansão em que estou agora e que é longe de tudo) e sabia do segredo dele, meu pai também, ele ficou meio meio mas acabou dizendo que não importava... desde que ele não nos mordesse.

Então... aconteceu...

Um acidente de carro horrível e eu e meu pai saímos da estrada...batemos contra uma árvore e batemos a cabeça...meu pai estava pior do que eu e então quando Carlisle chegou eu chorei, gritei para que ele o mordesse primeiro ... mas ele me mordeu primeiro.

Carlisle com certeza não queria me perder... dizia que eu era a coisa mais importante do mundo para ele... lembro de vê-lo falar mil vezes isso para mim, ele comprava roupas para mim, CD´s, tudo o que ele via ele comprava, o pessoal de Forks até falava que Carlisle estava me cortejando, era pura besteira.

Senti lágrimas nos meus olhos.

Eu imaginei então... se eu era tão importante para ele... se eu era a coisa mais importante do mundo para ele... por que ele me deixou?

Choro mais olhando para o telefone cor-de-rosa choque na minha frente enquanto tento me conscientizar que é uma perda de tempo avisar ao cara que me abandonou e que abandonou o próprio filho e a “esposa” que o filho dele está se transformando em vampiro.

Quero dizer por que ele iria querer saber?

Quero dizer somente por que eu queria ouvir a voz dele?

Só por que eu... o amo?

Suspiro e pego o telefone discando o número que ele havia me dado.

O telefone tocou..

Tocou mais um pouco.

“alô?”uma voz feminina, doce atendeu o telefone, eu respiro fundo e falo.

“ Carlisle está?” a voz ficou calada um pouco até que falou.

“quem quer falar com ele?” eu fecho os punhos e sorrio forçadamente.

“ a filha dele.” A outra parecia ter ficado muda, eu não ouvi nem sua respiração. “ oi?”

Um grito do outro lado.

“ filha? Uau o Carlisle tem um filha de verdade, aí que demais, peraí por que você não mora com a gente? Não, se acalma espera, qual seu nome?”

Okay, essa foi uma das situações mais estranhas da minha vida, eu não sabia o que falar então falei a resposta para uma de suas perguntas.

“ Isabella.” A menina deu outro grito.

“ que tudo, peraí que eu vou chamar seu pai tudo bem? CARLISLE!” okay, essa garota é louca.

Quero dizer...

Eu só disse o meu nome.

Eu esperei um pouco, respirei fundo, pelos céus se meu estomago não estivesse “congelado” estaria dando voltas.

“bella?” então tudo parou.

A voz calma de Carlisle não estava no tom habitual, estava assustada, feliz, surpresa... a mesma voz que eu me lembrava.

“ oi Carlisle.” Ele riu.

“você está bem? Aconteceu alguma coisa?” era agora.

“eu tenho... estado estranha.” ele não falou nada. “ eu desmaiei.”

“desmaiou? Bells, vampiros não desmaiam ou dormem.” Não? Sério? Eu nem fazia idéia.

“ eu sei... por isso estou dizendo.” Ele não falou nada, okay, agora. “ e Edward também está... mudando.”

“...mudando?” okay, como explicar para um pai vampiro que seu filho que ele só viu uma vez na vida precisa dele? Não é lá muito simples.

“Edward não tem se alimentado, não sente fome, nem muito sono, está ficando forte e seus olhos possuem um pouco de vermelho... Edward está tendo uma transformação completamente diferente de qualquer outra... eu não sei o que fazer Carlisle... ele muda de humor constantemente e...e precisa de um pai.” Ele ficou calado.

Eu não deveria ter dito tanto assim... mas Carlisle não pode ficar achando que no seu mundinho perfeito Edward iria acolhe-lo de braços abertos como um pai sendo que ele não passou nem um minuto com ele... já eu.

Eu sou mais família dele do que Carlisle... talvez Edward se lembrasse se visse as fotos de nós dois( sim eu saio em fotos).

“bem... imagino que você seja intima dele talvez pudesse dar alguns conselhos... nunca vi uma transformação como a sua.” Eu lembrei de tudo da minha transformação com uma clareza assustadora, suspirei, ele realmente não se importava com o próprio filho?

“Carlisle, Edward precisa de um pai, ele precisa de alguém como você para acompanhar ele e dar conselhos, Elizabeth não sabe de nada sobre o nosso mundo.”

“você sabe.” ele falou seco.

“ sim, sei, mas o que eu posso ensinar para um rapaz de dezessete anos além de como se alimentar como nós?” ele suspirou e falou.

“ é tudo o que ele precisa saber.” Eu fiquei chocada.

Quem era essa pessoa? O que fizeram com o meu Carlisle? Aquele que queria esse filho mais do que tudo? Era medo? medo de que Edward se machucasse? Isso significaria uma vida triste e sozinha? Ó céus...

“ quem é você?” ele pareceu assustado. “ o que fizeram com o Carlisle que eu conheci? Aquele homem justo, amoroso e que queria cuidar desse filho? Carlisle... Edward não é mais um bebê, você não terá muitas outras chances de se aproximar dele... ele não irá te receber com os braços abertos... mas com o tempo Carlisle.” Eu fechei os olhos e me lembrei de como eu me encantei com o Carlisle. “ com o tempo ele será como eu e você éramos.”

Eu só ouvia a respiração calma dele... calma...o que eu havia acabado de falar para ele? Eu deveria parecer feliz? Não, estou cansada disso, ele precisa saber da verdade, mas ele não falou nada... nada.

“ você tem uma nova família Carlisle, eu sei disso.” Eu suspirei sentindo lágrimas nos olhos. “ uma família que deve ser a sua vida agora... e eu não me encaixo mais nessa família, nem Elizabeth, mas Edward?” eu dei uma risada. “Edward é seu filho, sangue do seu sangue, não pode simplesmente ignora-lo como está fazendo, se é para o bem dele? Pode até ser, mas ele com certeza prefere lutar como pai ao lado do que sozinho.”

Eu estava desabafando finalmente, senti um jorro de emoções em mim querendo sair e pela primeira vez eu as deixei.

“Edward cresceu e você perdeu sua primeira chance, ele ia crescendo e você ia perdendo chances... Carlisle... esqueça de mim okay? Esqueça Elizabeth que está sofrendo mais ou o mesmo que eu com o seu abandono... mas por favor não esqueça do seu filho... por favor... okay?”ele parecia não saber o que dizer... e eu não queria mais falar.

Quero dizer, eu acabei de abrir o meu coração, desabafar, falar tudo o que eu sinto e ele não fala nada? Ficamos ouvindo a respiração do outro por algum tempo... então ele disse.

“ você sempre fará parte da minha família,Bella.” Eu senti uma alegria no peito. “Edward é meu filho, eu sei, mas...eu não quero envolve-lo.”

Okay, agora é raiva.

“ Carlisle... há quantos anos ela não da sinal de vida?” ele ficou calado. “ viu? Quer proteger Edward? Venha para Forks e proteja- o dele mesmo... você não sabe o quanto ele sofre sem você, meninos dessa idade precisam de um pai e...” eu suspirei.

“ Bella...é difícil para mim também, mas...” eu senti meu coração apertar( forma de falar.). “ vou ver o que posso fazer.” Eu sorri.

“ obrigada Carlisle, obrigada...” nós falamos mais um pouco, descobri que aquela garota que falou comigo se chamava Alice e ao que parecia ela estava louca para me conhecer mesmo que só tivesse falado comigo por alguns minutos.

Contei à Carlisle sobre o colégio, que estava há alguns dias na Forks High School de novo, no primeiro dia Edward fora grosso, mas nos outros só ficava me olhando de longe com um olhar curioso e necessitado, eu ficava olhando-o toda noite, zelando por seu sono mais do que nunca... eu estava com medo.

Na hora que Carlisle me perguntou por que eu não sabia o que responder? Eu nunca havia sentido um medo daquele jeito, eu então dei uma desculpa qualquer para desligar e então ele disse aquilo de novo...

“ não se esqueça Bella... você é a coisa mais importante no mundo para mim.” Eu fiquei sem fala.

Senti as lágrimas marejarem meus olhos e meu coração congelado se inflar de alegria, eu sorri tristemente e disse.

“ e você é a minha, eu te amo Carlisle.” Por algum motivo, isso não parecia completamente certo para mim.

“eu também te amo,Bella” eu sorri e desliguei o telefone.

Suspirei e fechei os olhos.

Tentei apenas pensar no nada para me acalmar, apenas sentindo a pequena brisa passar por mim então... apareceu ele.

Eu tentei abrir os olhos mas algo me fez deixa-los fechados, tentando vê-lo melhor, era apenas uma lembrança, mas eu queria vê-lo.

Edward conversando comigo no dia do desmaio, eu senti uma paz e segurança tomando conta de mim enquanto o observava em minhas lembranças claras de cada detalhe dele... então de repente eu abri os olhos.

Uma sensação ruim tomou conta de mim, tinha que ir caçar.

“ talvez... talvez eu devesse dar uma olhada nele antes de sair.” Eu falei para mim mesma, então percebi o que disse. “ só pra checar.” Tentei me explicar.

Mas a sensação ruim não saiu.

Algo está acontecendo com Edward.

Edward narrando:

Eu andei de um lado para o outro, tentando me acalmar, mas eu sabia que era impossível, aquele fogo passando pelo meu corpo, eu dei outro grito,

“talvez nós devêssemos ir a port angeles...” eu gritei.

“não sei, acho que já tem tomates bastantes para...” segurei minha cabeça.

“será que tem dever para....” aquela ardência.

Aquelas vozes na minha cabeça, eram mil vozes falando mil coisas ao mesmo tempo, eram horríveis era... de repente a ardência piorou.

CRASH

Eu arregalei os olhos enquanto respirava rapidamente e olhava para a mesa de madeira quebrada à minha frente.

Eu fiz isso?

A mesa de estudo se encontrava completamente despedaçada e as coisas que estavam em cima dela ou quebradas ou rasgadas, eu senti o fogo de novo e dei outro grito.

“Edward! Me deixe entrar!” gritou minha mãe enquanto eu gritava, eu me sentei na cama segurando minha cabeça tentando inutilmente fazer aquilo parar,

Aquelas vozes, o fogo que passava por todas as partes do meu corpo,

Nas artérias,

Nas células,

Em todo lugar, meu coração batia descompassado,

Dei outro grito,

Sentia as lágrimas nos meus olhos, eu implorava para que parasse, por favor...

“ pára... pára...” eu murmurava derramando algumas lágrimas de ódio e dor, parem de falar.... pára de queimar.

“ PÁRA!” eu dei um urro de dor e me deitei na cama com as mãos no pescoço, eu queria me enforcar, me matar para ver se isso parava.

E minha mãe gritava por meu nome, preocupada, assustada, eu não conseguia responder, eu ouvia sua voz em minha cabeça de total desespero, eu não queria.

“ PAREM DE FALAR!” eu ouvia cada vez mais vozes na minha mente, comecei a apertar o meu pescoço, mas eu não sentia dor, não adiantava, não me importava, eu soquei a cama que fez um estrondo e caiu quebrada.

Eu dei outro urro de dor.

“ PAREM!”

“edward...” eu arregalei os olhos, essa voz? Era... era... era da Isabella... aquela Isabella.

Eu tentei me focar na mente dela, na voz dela mas eu não conseguia, de repente o fogo foi diminuindo e com ele as vozes, eu me concentrei em achar somente a mente dela, daquela garota que de algum modo parecia familiar para mim, daquela garota que me passava calma e paz, respirei fundo e soltei as mãos...

“Edward...” sua voz parecia triste e ela parecia querer ajudar, mal ela sabia o quanto estava me ajudando, eu me levantei e andei até a janela procurando por ela, olhei pela janela e vi por um minuto seus olhos chocolates me olhando na frente da minha casa assustada.

Mas no minuto seguinte ela não estava ali, era só uma ilusão? Eu tinha imaginado ela? Eu estava tão ruim assim que estava imaginando Isabella? Eu suspirei e abaixei a cabeça enquanto apoiava minhas mãos na janela, um cheiro apareceu, estava fraco, mas eu o sentia apuradamente, me deliciava com seu aroma floral... eu conhecia aquele cheiro.

Arregalei os olhos, se o cheiro dela estava aqui... ela estava aqui mesmo? Eu saí correndo do quarto ignorando minha mãe que chorava desesperadamente e gritava meu nome caída na parede na frente ao meu quarto, eu desci a escadas e ouvi minha mãe vindo atrás de mim, parei de andar e fechei os olhos aspirando o cheiro dela, abri os olhos e corri até a porta abrindo-a com força( quase quebrando-a) e andei até a calçada, olhei para os lados tentando encontrar de onde o cheiro vinha... mas não consegui.

Estava em toda parte, era impossível saber, era como se ela estivesse aqui o tempo todo, como se seu cheiro já fizesse parte daqui.

Eu fechei os olhos e respirei fundo, a imagem do rosto dela me olhando carinhosamente e sorrindo para mim com um copo laranja apareceu, mas ela estava diferente, havia algo nela... um... havia um amor incondicional, havia um carinho e uma alegria, ela estava vestindo um vestido branco com algumas flores laranjas... estava tão... diferente.

Eu não sei por que isso me veio na cabeça, é claro que a Isabella NUNCA vai me olhar desse jeito... nunca.

Então de repente algo me fez olhar para o lado e eu a vi- por um minuto- atrás da árvore me olhando com um misto de susto e carinho, pena e... amor?

Balancei a cabeça para tentar tira-la da cabeça, ao menos o fogo e as vozes haviam parado, eu me virei para trás e vi minha mãe, as veias pulsavam por sua pele fina exalando um perfume extremamente doce e convidativo, eu comecei a ficar tonto com aquilo, fiquei olhando para ela confuso tentando me concentrar, o que diabos ta acontecendo comigo?

“ Isa...bella.” eu murmurei tentando lembrar dela para me acalmar.

Ouvi a respiração da minha mãe acelerar, eu a olhei e a vi mais pálida que antes.

“ por favor não Edward.” Eu enruguei a testa. “ você não sabe nada sobre Isabella, não a conhece, fique longe dela.” Vi mais lágrimas enchendo os olhos dela. “ ela... não pode... NÃO PODE TE LEVAR!” ahn?

Minha mãe me olhava desesperada, eu abaixei a cabeça e falei.

“ você a conhece?” ela arregalou os olhos mas logo assentiu.

“ Isabella... é um antiga conhecida.” Eu enruguei a testa, eu ia perguntar algo mas ouvi. “ e nenhuma virgula a mais sobre esse assunto, já me basta ter de vê-la perto de você Edward... nem uma virgula.” Era a primeira vez que eu via minha mãe ser tão... tão... rígida, deu até medo, então o cheiro dela me invadiu mais forte e eu fiquei tonto de novo.

O sangue bombeando na veia dela pareceu me chamar, eu respirei fundo pela boca e andei até o meu quarto trancando a porta, me escorei na parede e me deixei cair...

“Isabella...”

Isabella narrando.

Eu não sabia o que fazer, mas eu queria fazer algo.

Ver o meu protegido daquele jeito, revoltado, machucado, eu senti meu coração congelado querer se despedaçar novamente, se quebrar como um vidro, mas ao que parece... ele é forte como um diamante.

Então eu decidi que eu tinha que fazer alguma coisa, eu tinha que ajuda-lo, eu VI o modo como ele encarou a Elizabeth, ele IA mata-la, ele VAI mata-la- não que eu me importe- mas... o remorso que ele vai sentir se matar a própria mãe.

Eu tenho algumas opções mas elas não me parecem tão boas para o momento, conta-lo que ele estava virando um vampiro? Ia querer me internar no hospício... não... ainda não era hora, ou era?

Céus eu me sinto perdida, suspirei enquanto observava o vento tocar nas folhas das árvores naquela campina, eu lembro de quando encontrei aquela campina, bem... eu não a encontrei, me deram ela... Carlisle me deu ela.

“Carlisle, aonde você está me levando?” eu perguntei angustiada enquanto ele tapava meus olhos com uma venta e me carregava em suas costas, hilário, uma humana sendo carregada por um vampiro nas costas.

“ já estamos chegando bella, se acalme.” Ele falou rindo.

Eu ri junto.

Depois de poucos minutos nós paramos e ele me ajudou a descer das costas dele.

“ pronto, pode olhar.” Ele tirou a venda e eu abri os olhos.

Demorei um pouco para me acostumar mas logo eu vi... o lugar mais lindo de todos, ele possuía muitas árvores( aonde não há árvore em Forks?) e pequenas flores crescendo com algumas gotas da neve que caía nessa época do ano.

“ obrigada Carlisle!” eu o abraçei.

“ é para você ficar com alguém que você ame.” Eu sorri...obrigada...

É isso!

Talvez... talvez Edward precise ficar longe de todos, eu sorri, respirei fundo e senti um cheiro de alguns animais, sorri, não eram a minha preferência- nenhum vampiro na verdade era fã de animais herbívoros... não cheiravam bem.- mas já era alguma coisa... e ajudaria Edward.

Eu sorri e comecei a correr, deixei meus instintos me dominarem, ela fácil, logo eu ataquei uns dois animais e o terceiro resisti ao sangue, peguei o animal morto e o levei para a casa de Carlisle- eu poderia chama-la de minha agora? Acho que não.

Lá eu limpei, cortei vários bifes fritei muito pouco deixando praticamente cru e peguei o máximo de sangue que pude com uma seringa e coloquei na carne, eu enchi a carne de sangue, agora os detalhes, comecei a decorar o prato para parecer mais normal, então eu vi algo na geladeira- eu já disse que amo comida humana? Pois eu como mesmo sem precisar- talvez...

Eu sorri.

Peguei tudo o que precisaria e comecei a arrumar numa cesta, coloquei toalhas, talheres e pratos, sorri ao ver tudo organizado, peguei tudo- a cesta e a bandeja com a carne- e levei para a minha linda picape- eu amo ela!- e coloquei no banco do passageiro.

Comecei a dirigir o mais rápido que pude, quando eu cheguei chequei se Elizabeth estava em casa, ao que parece eu tive sorte, peguei a bandeja de carne e andei graciosamente - acredite, eu não era assim quando humana.- até a porta e toquei a campainha.

Em menos de dois minutos vi Edward olhar para mim com um misto de susto e felicidade, eu sabia que coraria se o sangue ainda corresse em minhas veias, então abaixei a cabeça.

“o que... ahn...” ele pensou um pouco e recuperou a postura séria. “ o que você quer aqui?” eu suspirei e disse.

“ achei que não tinha agradecido direito por ter salvo a minha vida.” Eu falei mostrando a bandeja coberta por um pano. “ então resolvi trazer isso para você.” Ele deu um sorriso torto lindo.

Céus, o que está acontecendo comigo?

Só por que ele deu um sorriso torto?eu devo estar ficando louca.

“você parecia pálido.” Eu comentei abaixando a cabeça.

Logo eu o vi pegar a bandeja da minha mão e dizer.

“ entra, desculpe a bagunça... minha mãe e eu... discutimos.” Ele mentiu.

Céus... ele mente muito bem, por que eu não consigo mentir desse jeito? Geralmente as pessoas sabem quando estou mentindo, suspirei e entrei na casa, realmente, a sala estava bagunçada, todas as almofadas caídas no chão e algumas rasgadas e algumas cadeiras caídas e cacos de vidro que com certeza pertenciam aquele vaso lindo que Elizabeth comprara numa feira há dois anos atrás... recém nascidos,hunf!

Eu estava olhando tristemente para os cacos de vidro quando ouvi me chamarem.

“ ahn... não precisava se incomodar.” Ele falou andando até a sala de jantar, eu o acompanhei.

“ imagine, fazia muito tempo que eu não cozinhava para alguém, desde que meu pai descobriu o macarrão instantâneo eu fui praticamente forçada a parar de cozinhar.” Ele riu. “ eu gosto.” Admiti.

Ele colocou na mesa e pegou dois pratos e me estendeu um, eu neguei dizendo que já havia comido e que aquilo era para ele, ele riu e me ofereceu um suco.

Esse eu aceitei, afinal os humanos sempre tomam algo- e eu achei que seria educado acompanha-lo ao menos com um suco.

Ele pegou alguns talheres e nos sentamos na mesa, eu retirei o pano que estava em cima da carne e o vi ficar tenso, ele ficou olhando para a carne provavelmente sentindo o cheiro do sangue, eu dei um leve sorriso e peguei um pedaço eu mesma para ele, coloquei no prato um pedaço mediano e falei.

“ coma tudo, é somente para você.” Ele respirou fundo e começou a cortar a carne comendo um pedaço suculento cheio de sangue, uma fina gota escorreu de seus lábios até seu queixo, apertei os dedos na mesa para me segurar e não lamber aquilo, mesmo tendo caçado agora a pouco, uma mistura de sangue com o cheiro daquele meio-humano me parecia algo delicioso, ele passou o dedo na gota e lambeu, voltou a comer.

Eu não queria ficar olhando-o comer, me senti um pouco ruim ao vê-lo tomar sangue, então me levantei e disse.

“ se importa se eu arrumar a sala enquanto come?” ele me olhou confuso. “ por favor.” Eu falei tentando convence-lo, mas ele acabou assentindo e voltando a comer.

Eu andei até a sala e comecei a catar as almofadas e organiza-las em seus devidos lugares no sofá, ajeitei a mesinha de centro que se encontrava caída de lado e as cadeiras também, fui até a dispensa e achei uma vassoura, varri a sala e joguei fora os cacos de vidro e as penas, logo estava tudo arrumado.

Eu subi até o quarto de Edward e vi as coisas piores do que na sala... Muito piores.

A mesa de estudos estava completamente quebrada e havia farpas e pedaços de madeira para todos os lados, a cama se encontrava quebrada e o colchão rasgado, o travesseiro havia virado apenas penas e um pedaço de pano rasgado no chão, à luminária branca estava quebrada também e alguns pôsteres de algumas bandas de rock e emo rasgados - acho que Elizabeth ficou feliz ao ver essa parte.

Eu suspirei e andei até a janela tocando levemente na madeira dela, olhei para os lados e respirei fundo, não havia nenhum cheiro novo, sorri e voltei para a sala de jantar, Edward estava comendo o último pedaço, havia comido tudo, admito que me assustei um pouco.

“ estava mesmo com fome, não estava?” eu brinquei, ele corou um pouco. “ calma, é só brincadeira.” Eu falei indo até ele e me sentando ao seu lado.

Seu rosto estava mais calmo e o vermelho de seus olhos clareou um pouco, sorri ao ver isso.

“ está melhor?” ele me olhou confuso. “digo, você parecia... pálido.” Eu menti.

Ele abaixou a cabeça e disse.

“ é, você cozinha bem, tem que dar a receita para a minha mãe.” Eu ri.

“ obrigada.” eu agradeci.

Lavamos os pratos e a bandeja, guardamos as coisas e eu levei a bandeja para a sala e nos sentamos.

“ ahn... obrigado por arrumar a sala.” Eu tenho de admitir que estou ficando entediada e querendo leva-lo logo para a campina.

“ Edward... você está melhor?” ele assentiu.

“ um pouco tonto ainda mas estou bem melhor.” Ele falou sorrindo num bom-humor que ele deveria ter sempre.

“ então... gostaria de ir a um lugar comigo?” ele enrugou a testa.

“ aonde?”eu sorri travessa.

“ você só vai saber, quando chegarmos lá.”

 


 

 

Demoramos um pouco mas eu tentei ir o mais rápido que pude até o local da trilha, ele já sabia que íamos até uma trilha, ficamos conversando o caminho todo, ele falando sobre os carros que ele queria, depois dos professores, ele me alertava dizendo o que eu deveria ou não fazer, eu ri dizendo que eu já sabia disso.

“ como sabe disso?” eu ri com a ingenuidade do meio-humano, será que ele não percebia que eu não era humana?

“ digamos que eu já morei aqui antes... há muito tempo, foi aí que eu conheci seu pai.” Eu comentei com um sorriso nostálgico, eu parei o carro e peguei a cesta, nós descemos do carro eu comecei a andar em direção da floresta.

“ aonde está indo?” ele perguntou confuso.

“ eu disse que tinha uma trilha, não que íamos usa-la.(n/a fala do Edward quando ele vai leva-la até a trilha)” Eu falei com humor, ele sorriu.

“ eu odeio você.” Falou brincalhão e ansioso, eu ri.

Nós começamos a andar e ele insistiu em levar a cesta, eu acabei deixando, acho que em um terço do caminho eu devo ter escorregado.

“ então você conhece a minha mãe e meu pai?” ele perguntou curioso, eu sorri fracamente.

“ na verdade, sim, eu caí de um barranco e seu pai cuidou de mim, depois disso era quase impossível tirar ele de perto de mim.” Contei a verdade para ele.

“ hum... e como...” ele parou de andar, eu parei e fiquei olhando-o. “ como ele é?” eu arregalei os olhos.

Ah! É mesmo.

Edward não conheceu Carlisle.

“ é um homem maravilhoso, mas... fez a maior idiotice da vida dele ao deixar a nós três.” Ele enrugou a testa e falou.

“ nós três?” eu assenti.

“ahn...se não nos apressarmos não vamos chegar nunca no lugar.” Eu falei tentando mudar de assunto, me virei e voltei a andar porém ele segurou meu braço e me virou.

“ como assim nós três?” eu o olhei sentindo aquela tristeza nos olhos dele.

De repente a lembrança do dia do nascimento do Edward me veio a mente... o dia em que ele me deixou.

Eu abaixei o rosto e me encolhi um pouco.

“ por favor... agora não Edward, está... tudo indo tão bem.” Eu o olhei. “ agora não.” Ele soltou meu braço e falou.

“ depois... me promete?” eu assenti.

“ prometo, agora vamos, já estamos perto!” eu falei começando a andar um pouco mais rápido, ele me seguiu, nós voltamos a conversar.

“não entendo o por que de você se mudar para cá se não gosta de frio.” Eu ri.

“ é meio bobo e estranho,mas acho que pra você...” eu o olhei. “ eu posso contar a verdade.” Estava tão fácil.

Era tão fácil contar tudo para ele, nunca pensei no quão bem eu me sentiria contando para ele, eu me lembrei de como eu me sentia quando ele era pequeno, de como ele gostava de me ver no sol- vampiros brilham no sol, como se houvessem milhões de pequenos diamantes incrustados em sua pele- e ficar no meu colo frio, o sentimento não era o mesmo, esse era bem melhor, eu me sentia feliz, sentia algo dentro de mim que fazia meu coração congelado se inflar e querer bater rapidamente, me deixava alegre, eu quase podia sentir meu sangue querer correr pelas minhas veias.

“então me conte.” Eu ia dizer a ele que era por causa dele mas eu pude ver a luz das duas da tarde a poucos passos de nós.

“ depois, já estamos chegando, consegue ver aquela luz?” ele apertou os olhos e sorriu.

“ consigo, vamos.” Nós andamos mais um pouco e chegamos.

Edward narrando:

Eu não consegui acreditar, aquilo era tão lindo, a grama baixa e as árvores, algumas pequenas flores lilases e de outras cores coloriam partes do chão e um pequeno rio vinha um pouco longe, as árvores cobriam parte do sol aonde poucos raios conseguiam chegar ali, eu olhei para Bella que olhava para aquilo fascinada.

Ela andou pela sombra até a parte mais escura e se sentou.

“ é lindo não?” eu fiquei admirando-a, tão linda... tão bella.

A pele pálida em contraste com a blusa azul escura de mangas curtas, os cabelos castanhos que iam até os quadris caindo como uma cascata pelas suas costas, sedosos, macios, eu sentia vontade de ir até ela e toca-los, o vento passou e o bagunçou, ela passou a mão neles tentando conte-los.

“ é... lindo.” Eu falei mas não me referia ao local.

Apesar de ser lindo também.

Eu andei até ela e coloquei a cesta ao seu lado, ela começou a retirar as coisas rapidamente e quando dei por mim havia um pano xadrez vermelho com branco estendido entre nós dois com algumas frutas, um bolo, uma tigela com morangos cobertos de chocolates, uma jarra de suco de laranja e alguns bombons de chocolate.

Tudo parecia delicioso.

Eu a olhei confuso e ela sorria para mim.

“ seu pai me deu esse lugar.” Eu a olhei fascinado, agora eu entendia o por que dela ter dito que meu pai nunca ficava longe dela- se bem que as palavras foram era quase impossível tira-lo de perto de mim.- eu abaixei meu rosto.

Meu pai...

Será que ele ainda pensa em mim?

Será que eu deveria chama-lo de pai?

Eu nunca nem o vi na minha vida toda.

De repente uma imagem veio a minha mente, era de um homem de cabelos louros bem penteados, pele pálida, olhos dourados me olhando sorrindo e ao lado dele aparecia a Bella sorrindo.

Balancei a cabeça.

“ não vai comer nada? Eu fiz com tanto carinho!” eu sorri e peguei um morango com chocolate e mordi um pedaço, o chocolate derretendo lentamente na minha boca junto com o morango, então um cheiro me chamou atenção, eu virei o rosto e meu olhar foi até uma cesta com algumas maçãs, porém foi uma delas, bella a segurava com suas duas mãos, a maçã era completamente vermelha, vermelho sangue, mas não foi somente sua aparência que me chamou atenção, foi o cheiro.

Aquela maçã já era difícil de resistir com aquela aparência suculenta.

Mas com aquele cheiro... o cheiro da Bella.

Aquela maçã se tornava irrestivel.

Então... uma voz me veio na cabeça...

“Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim,” ótimo, tem algum pastor por aqui?

“disse deus: Não comereis dele,” eu comecei a prestar atenção no que dizia e olhar insistentemente para Bella.

“nem nele tocareis.” Meus olhos cravaram na Bella, em toda ela, meus olhos foram desde seus cabelos até seus pés, gravando cada detalhe.

“para que não morrais.” Eu arregalei os olhos e soltei o morango.

Meus olhos foram para a maçã...

Tão vermelha...

Tão suculenta...

Uma tentação igual a Bella....

A voz voltou a falar.

“ Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim.” Eu olhei em volta e exatamente aonde ela estava... no meio do jardim.

“disse Deus: não comereis dele,

Nem nele tocareis,

Para que não Morrais.” Eu balancei a cabeça e a olhei novamente.

Agora ela olhava para mim curiosa, com aqueles olhos de amor e carinho daquela minha ilusão e me estendia... a maçã.

“ você estava olhando tanto para ela que achei que quisesse.” Ela se explicou.

Eu a peguei delicadamente e aspirei seu aroma, dei uma mordida...

Bella sorriu...

“ Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim...”

Isabella narrando.

Edward não ficou me encarando depois daquilo, nós conversamos sobre nossas vidas, eu falei que só possuía pai sobre ele, meu pai era realmente estranho e dava uma boa conversa, ele falou sobre Elizabeth- infelizmente nada que eu não saiba- e falou um fato curioso.

Ele tocava piano.

Eu já tinha ouvido ele tocar é óbvio mas nunca prestara muita atenção nas teclas, ele falou que era mágico, quando ele estava inspirado era como se as notas tivessem vida, seus dedos faziam uma melodia, eu sorri encantada,

Comemos tudo, e ficamos ali, deitados, eu fiquei sentada e ele deitou no meu colo, eu fiquei fazendo cafuné em seu cabelo e ele fechou os olhos se esquecendo do mundo imagino eu.

Ele era tão lindo, seus traços ficavam mais finos e másculos com o tempo e a transformação, sem dúvida Edward ficaria estupendo- não que ele já não fosse- e ficamos ali...

Depois de algum tempo ele abriu os olhos e sorriu me olhando.

Passou a mão em meus cabelos e me puxou de leve para que eu me aproximasse, eu senti minha respiração ficar irregular, ele se aproximou mais e sorriu levemente, mas logo seu sorriso morreu e ele me deu um beijo na bochecha, eu sorri levemente apesar de estar um tanto triste – não sei por que.

Então... aquilo aconteceu.

Um raio de sol tocou em minha face por um segundo.

Um segundo que ele viu.

“ o que foi?” eu perguntei temerosa tentando ter um tom de brincadeira.

“ seu rosto... por um minuto quando a luz do sol tocou nele... você... brilhou.” Ele falou sem acreditar no que tinha visto.

“ deve ter sido ilusão de óptica, pessoas não brilham Edward.” Ele suspirou e se sentou ao meu lado.

“ acho melhor voltarmos, minha mãe vai ficar muito preocupada.” E daí? Quem liga para Elizabeth?

“hum... tudo bem, o crepúsculo já está chegando, é melhor irmos senão vamos nos perder.” Se bem que eu duvido que iremos.

Ele sorriu torto e arrumamos as coisas na cesta, nos levantamos e começamos a andar, então eu me lembrei.

“hey, eu conheço um atalho, vamos pega-lo.” Ele enrugou a testa.

“ por que não o usamos antes?” eu tive um mau pressentimento.

“ não sei.” Nós começamos a andar pelo atalho quando de repente eu caí.

Eu havia escorregado em alguma coisa e agora rolava ladeira a baixo, eu não conseguia respirar- isso não importava muito, não me mataria mesmo- e eu sentia esmagar alguns gravetos, eu rodei por algum tempo e ouvi a voz do Edward longe me chamando, então eu parei de girar.

Eu estava tonta.

“Bella!” eu olhei para o lado e o vi vindo com cuidado para cá, meu deus, a graciosidade dele andando comparando a minha falta de sorte e descoordenação é simplesmente humilhante, por favor, um humano- meio humano no caso- consegue descer aquilo sem se machucar e eu?

Ele chegou perto de mim se agachou ao meu lado.

“ bella, você está bem?” eu revirei os olhos, como ele achava que eu estaria?

“ um pouco.”ele começou a rir e limpou meu rosto com as mãos.

“ até que não está tão ruim, nenhum arranhão, nossa você deve ser de ferro.” Você nem sabe.

Ele me ajudou a me levantar e eu disse.

“ alguma coisa tinha que compensar o fato de eu ser desastrada.” Ele riu.

“ acho que as coisas não tiveram tanta sorte.” Eu olhei para cesta e... droga.

Andei até ela procurando alguma coisa que ainda estivesse inteira e suspirei ao ver tudo quebrado, tudo bem Bella, você pode comprar mais.

Me virei e disse.

“ nada inteiro, vamos embora.” Ele assentiu e disse.

“ quer que eu dirija? Quero dizer, foi uma queda feia.” Eu balancei a cabeça negativamente.

“ não, acho que estou bem o bastante para dirigir.” Então.

Eu caí.

“ imagino.” Ele falou tentando não rir- sem sucesso algum.

Me ajudou a levantar de novo e pegou a chave do carro.

“ cuidado, esse carro tem idade para ser do seu avô.” Ele riu.

“ tudo bem, deixe-me ajuda-la.” Ele falou abrindo a porta do carona, eu sorri e entrei, logo em seguida ele entrou no do motorista.

“ coloque o cinto.” Eu bufei e disse.

“ é melhor você colocar.” Ele riu e colocou.

“ sim senhora.” Então começou a andar.

Ele fez o favor e manteve o limite de velocidade- depois de uma briguinha óbvio.

Ficamos em silencio dessa vez, não falamos muito, mas quando estávamos perto da casa dele ele perguntou.

“ como você está?” eu o olhei abaixei a cabeça.

“ melhor, obrigada por dirigir.” Ele sorriu torto e me olhou.

“ se estivéssemos no meu carro eu te levaria em casa,mas não sei como voltaria, sua casa é perto por acaso?” eu abaixei a cabeça.

“ hum... nem tanto.” Ele balançou a cabeça como se imaginasse.

“ acha que pode dirigir até lá?” ele perguntou preocupado.

Eu apenas assenti, de repente minha mente vagou até o momento naquela tarde...

Aquele momento...

O momento em que Edward quase me beijou, eu devo estar ficando louca para pensar nisso ou...suspirei,ou voltando a criar aquele carinho por ele.

Duvido que algum dia ele tenha sumido.

Então chegamos.

A luz da sala estava desligada mas eu consegui sentir o cheiro de Elizabeth forte e sua raiva, minha picape fez o barulho suficiente para que ela soubesse que Edward estava comigo... ou que eu estava aqui.

A luz se acendeu.

“ opa.” Ele falou. “ problemas em casa.” Eu ri do modo como ele falou, parecia que não ligava.

“ aposto que se você falar com jeito ela te perdoa, afinal, você é o filho dela.” Ele sorriu e se encostou mais no banco enquanto eu relaxava nesse também.

“ talvez... minha mãe não gosta de você, não entendo por que.” Eu ri e falei – mentindo um pouco- para ele.

“sua mãe não gosta de mim por que tem medo que eu roube você igual eu roubei seu pai dela, ela acha isso ao menos.” Ele enrugou a testa. “ eu te disse que era quase impossível tira-lo de perto de mim.” Ele suspirou e tocou no meu rosto.

“ imagino porque.” Eu enruguei a testa e me sentei melhor olhando para ele curiosa com um sorriso no rosto.

“ por que?” de repente eu vi algo extraordinário... ele corou.

Sim, aquelas lindas bochechas ficaram rosadas com aquele sangue que ficara calmo toda a tarde.

Eu o olhava ainda curiosa e fascinada, toquei com meu toque frio na bochecha direita e o vi estremecer.

“ você é bela demais.” Eu ri.

“ Bela... Bella... engraçado e muita obrigada.” ele abriu sorriu e disse.

“ acho melhor eu ir.” Nós dois descemos e eu fui até ele.

“ obrigada de novo.” Falei sorrindo.

“ eu que agradeço.” Nos despedimos e eu me virei.

Porém.

Ele me puxou pelo braço e me fez ficar colada com ele, logo nossas respirações estavam praticamente juntas, então ele paralisou.

Eu não entendia o por que ou o que estava acontecendo, mas ele apenas me deu um beijo na bochecha e murmurou um boa noite antes de me soltar e entrar em casa.

Eu balancei a cabeça e entrei na picape, ouvi as primeiras falas de Elizabeth: você estava com Isabella Swan? Imagino que a coisa vá ficar feia, mas Edward está bem alimentado- de sangue- não vai fazer nada, vou tomar um banho e me trocar, em seguida eu volto... espero que tudo fique bem por enquanto.

Edward narrando.

Eu não acredito! Quase beijei a Bella duas vezes, droga, toda vez que eu ia beija-la aquelas frases vinham na minha cabeça, as cenas da nossa tarde, era como se ela fosse proibida para mim, mas algo em mim a cobiçava mais do que tudo, e eu me pergunto o por que de eu não te-la beijado, são só frases, frases idiotas que não querem tem nada haver com a Bella... ou tem?

Droga, tinha que ter um padre por perto aquela hora? Mas foi só a voz dele que eu ouvi, o resto da tarde foi calma, sem fogo ou vozes... somente eu... e Bella.

Ela é tão... ela é demais, tudo o que ela faz, o jeito como ela caí, tudo nela parece perfeito para mim, eu sinto como se devesse protege-la mas parece impossível, ela parece cuidar de mim, e só vou poder protege-la quando eu estiver bem imagino eu.

Eu entrei em casa e vi minha mãe sentada no sofá com algo na mão.

“você estava com Isabella Swan?” era obvio que ela saberia, a picape da bella faz barulho o suficiente para acordar toda a vizinhança.

“algum problema com isso?” eu disse, eu pude ver seus olhos se encherem de lágrimas, “é claro que há problemas Edward, você não sabe nada sobre Isabella, eu a conheço, ela vai te roubar de mim.” Exatamente o que ela havia dito.

Eu não sei de onde minha mãe tirou essa idiotice, Bella deveria ter a mesma idade que eu no máximo(n/a com certeza u.u viu a ironia no ar?), ela deveria ser muito pequena quando conheceu meu pai então minha mãe teve inveja de uma criança? Que bobagem!

“ mãe, a Bella não vai me roubar da senhora, por favor, quantos anos ela tinha quando conheceu meu pai? Eu sei que a senhora tem ciúmes de mim por que o papai ficou encantado com ela quando ele a conheceu mas.” Ela ficou pálida e me interrompeu.

“ o que ela te disse?” eu enruguei a testa. “ Edward, o que Isabella te disse sobre seu pai?” ahn?

“ ela disse que caiu de barranco e o conheceu e que era quase impossível deixa-lo longe dela então, não foi isso?”ela suspirou e falou.

“ eu não sei, quando a conheci eles já estavam juntos.” Eu enruguei a testa. “ Edward, eu não tudo sobre essa história, por que quando eu conheci seu pai Isabella já estava com ele há anos.” Ela pirou?

“ mãe, a bella tem no máximo a minha idade, é impossível isso.” será que ela é mais velha que eu?ela é mais atrasada que eu? E olha que eu repeti umas duas vezes.(n/a repetente!).

“bella? Ela te disse te disse para chama-la assim?” eu assenti. “ depois diz que ela não quer te roubar, só tente antes de se iludir com ela saber a verdade Edward... somente isso.” então ela deixou aquele papel- parecia uma foto mas a figura estava para baixo- na mesa e saiu.

Eu peguei a foto e vi...

Não...

É impossivel...

Afinal...

Como pode ser?

Na foto estavam eu- com uns três anos e um copo na mão- e...

Isabella.

First time i did it but i didnt do it
Last time, thats when i really blew it
This time im gonna do it different cuz i know, i know, i know...
If i put everything i have into it
Eventually im gonna get whats good for me

Da primeira vez eu fiz, mas eu não fiz isso
Ultima vez, foi quando eu realmente estraguei tudo
Desta vez eu vou fazer diferente, por que, eu sei, eu sei, eu sei...
Se eu colocar tudo que tenho nisto
Eventualmente, eu vou conseguir o que é bom pra mim.
(what´s good for me- Lucy woodward)


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Notas finais do capítulo

MANDEM REVIEWS!



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