–Não é mais que minha obrigação, meu anjo.

A mulher deu um beijo na testa do filho.

–E então, como vocês estão?

–Felizes - Frank suspirou, era inevitavel, tudo e qualquer coisa que lembrasse Gerard o levava as nuvens - muito felizes.

–Isso é ótimo, meu pequeno. Agora eu preciso descançar, seu irmão vem daqui a alguns dias! Deus!

Frank acompanhou a mãe até seus aposentos e esperou que ela tomasse um banho, enquanto ele fazia a janta. Os dois comeram e depois Linda seguiu para seu quarto onde caiu num sono profundo. Frank correu até seu lugar e pegou o celular digitando um número já gravado em sua memória, Way atendeu com rapidez.

–Boa noite - O maior disse do outro lado da linha, dava até para imaginar o sorriso que Way fizera pelo tom de voz.

–Boa noite, Gerard deu tudo certo.

–Contou para ela?

–Sim, contei. Ela compreendeu super bem e disse que aceita.

–Ah, Deus, que alívio! Eu... Hã... Vou demorar um pouco mais, tudo bem? Nada de um mês ou nem mesmo uma semana, só uns dias. Vou contar para minha mãe e... Eu não sei. Mas tudo irá dar certo.

–Vai sim, meu amor. Vai sim, agora, eu vou dormir. Te vejo amanhã.

–Boa noite, de novo - Gerard riu - Eu te amo.

–Te amo também.

Frank desligou o aparelho com um sentimento de alívio dentro de si, tudo dava certo e o mundo parecia realmente mais ilumidado para ele, tudo com um toque mágico. E ainda existem os que não gostam do amor, como pode? Correspondido ou não, tudo muda, tudo fica mais interessante, mais profundo. O menor deitou em sua cama e caiu em sonhos.

Quando acordou já estava atrasado, tomou um banho rápido e encontrou com sua mãe na cozinha, preparando o café.

–Tudo de volta ao normal, já sentia saudades da rotina. - ela declarou ao encontrar com o filho à mesa.

–Porque acordou, mãe? Por Deus, está de férias! - Frank riu devorando as panquecas.

–E perder esse momento tão clichê? Jamais. Depois eu volto para cama querido, não se preocupe.

A refeição foi rápida e Iero ouviu a campainha tocar e para sua surpresa, era Quinn.

–Atrasado. - O loiro riu.

–Vamos logo! - Frank se despediu da mãe e seguiu para a escola com Quinn tagarelando sobre as mais diversas coisas. Chegaram na escola encontrando com os respectivos namorados.

–Sentiu minha falta? - Gerard puxou o namorado pela mão.

–Quem sabe?

Eles riram e seguiram para a primeira aula. Espanhol, e quem liga? Frank, Jeph, Quinn, Dan e Steve sentaram no final da sala para tagarelar um pouco. Em noventa por cento do tempo Steve falava sobre Brian e o quão lindo e amigável ele era. Frank só poderia imaginar uma coisa: Brian não estava mais atrás de Gerard, ele estava atrás de outra pessoa. Alguém novo e com certeza, tão idiota quanto Gerard fora e simplesmente ele não poderia deixar isso acontecer; Fim da aula de espanhol significava fim de papo e todos permaneceram quietos até o intervalo. Frank correu atrás de Gerard para avisa-lo sobre o que descobriu.

Quando avistou o moreno, ele apenas sorriu e entrelaçou suas mãos com a dele. Steve havia sumido do grupo, mas era fácil encontra-lo: Com Brian na mesa próxima a cantina.

–Gerard - Frank o puxou para uma conversa particular. - Brian não está atrás de você.

–Eu estava começando a pensar nisso. Ele fica me jogando bolinhas de papel a aula inteira, mas não é a mim que ele quer, se não já teria surtado e...

–Ele está com o Steve.

Way arqueou as sombracelhas

–E qual o problema?

–Temos que ajuda-lo Gerard!

–Se ele está indo na dele, é porque ele quer Frank, simplesmente.

–Ele está sendo manipulado - o menor dizia indginado, respirou fundo antes de dizer - como você foi!

–Exatamente, mas olha eu aqui. Ele passará por essa, ou você quer cura-lo também? Salva-lo? Oh, tadinho. Quer ficar com ele, também?

–Gerard, você poderia por favor, parar de tamanha idiotisse? Você está aqui por sorte, ele pode não...

–E que se ferrem os dois. - Gerard declarou indo em direção a sua sala.

Quinn se aproximou do menor perguntando e Frank sentiu que teria de se abrir com alguém.

–Depois da escola, na minha casa.

Marcado.

No final do dia Gerard apenas se despediu do menor com um beijo seco e sem graça, parece que toda a mágia fora interrompida por algo pesado, um sentimento estranho de medo e perda.

Quinn seguiu pelas ruas conversando com o amigo e Frank declarou toda a história de Gerard. Era bom divir aquilo com mais alguém, ele precisava disso...

–E agora Brian está com Steve, e eu estou com medo. Mas Gerard é tão ignorante que... Por Deus, o que ele tem na cabeça?

–Ciúmes, medo... Você esqueceu que ele passou pela mesma coisa? Que ele morre de ciúmes de um mosquito que te pica durante a noite? E se você se aproximar do Steve, trai-lo....

–Isso nunca vai acontecer! Vocês são loucos e...

–Exatamente, não vai acontecer, mas tudo é possível na cabeça de quem pensa, Iero, tudo. Ele está confuso e preocupado por de repente te perder. Só isso.

–Acha mesmo Quinn?

–Acho, é meio obvio. Desculpa, mas uma hora vocês teriam que pensar diferente, porque não seria amor, seria doença; Frank coisas acontecem num relacionamento, relaxa, tudo se encaixa depois. - o loiro disse com tranquilidade.

–Mas não quero deixar o Steve se afundar, poxa... Se ele gosta ou gostava de mim, o problema é dele...

–Tente explicar isso para o Way.

–Impossível, não? - Frank bufou.

–Talvez não. Nessa área eu não posso te ajudar, não o conheço tão bem.

Quinn parou em frente a sua casa, se despediu do amigo e Frank seguiu até a sua com a cabeça cheia.

Gerard nunca havia lhe dado um beijo tão morto, nunca tinha feito uma cara tão feia e nem sido tão imcompreensivo. Porque as coisas tinham que ser tão difíceis?