"You've got everything you need, but you want accesories, got to hold it in your hand, if I changed the world for you I bet you wouldn't have a clue"

I Want - One Direction

Melanie PDV

– Levanta dessa cama agora cacete. – A voz de Anne, minha melhor amiga super atacada, soou pelo quarto, mas fiz questão de fingir não estar escutando e provavelmente voltar a dormir, qual é, ainda eram três da tarde, ou seja, meu sono ainda estava incompleto.

– Vai se ferrar Ann. – Murmurei com a voz abafada, respirando fundo e tentando voltar a sonha com o Niall, um sonho muito bom aliás.

– Levanta agora, só sabe dormir e comer Melanie! – Berrou se jogando em cima de mim, berrei sentindo meu rosto afundar no travesseiro enquanto a imbecil ria descontroladamente. Mas na realidade, havia algo melhor do que essas duas coisas?

– Sua vagabunda, imagina se a minha cama quebra? Eu taco os ferros na tua cabeça. – Disse dando um soco nas costelas dela, fazendo Ann parar de rir e gemer alto, logo devolvendo o soco enquanto com a outra mão afagava as costas.

– Tudo bem, agora que levantei eu realmente espero que seja algo interessante. – Disse me sentando na cama com cara de poucos amigos, Ann soltou uma risadinha provavelmente por conta do meu estado, pijama, cabelo todo desgrenhado, rímel colado e maquiagem totalmente borrada, era realmente esse o resumo das minhas tardes.

– Claro que é importante sua mula, temos que ir buscar a Faye no aeroporto! – Puta que pariu, havia me esquecido totalmente da minha prima que viria de Toronto hoje à tarde.

– CORRE, PEGA MINHA BOLSA, MEU DEUS VAI! – Berrei correndo desesperada pelo quarto pegando as roupas que estavam em cima da minha escrivaninha, afinal de contas, do modo que o meu quarto é super organizado, para escolher uma roupa perfeita, antes teria que achá-la, e isso era praticamente impossível. Prendi meu cabelo em um rabo de cavalo alto totalmente mal feito e puxei minhas calças.

– Vamos Melanie! – Anne gritou provavelmente da porta do apartamento, podia ouvir o barulho das chaves batendo, coloquei minha calça na velocidade da luz acabando por cair de cara no chão, gemi de dor e me levantei, fechando o zíper e pegando meus tênis, já não tinha mais tempo, corri de meias até a porta do apartamento e enquanto Anne a trancava eu coloquei os tênis, sem nem ao menos amarrar os cadarços.

– Vamos ter que ir pelas escadas, o elevador vai demorar mil anos pra vir, você sabe, e outra, não temos mais tempo algum! – Anne disse aflita, guardando as chaves na sua bolsa e me puxando pelo braço direito na direção das escadas, descemos correndo os quatro andares até chegar a portaria do prédio, demos um oi corrido para o senhor Rafic, nosso porteiro árabe que tinha um trailer com a melhor comida árabe do mundo, nem lá na Arábia teria uma esfiha tão boa. Assim que cheguei ao estacionamento com Anne ela me jogou as chaves do carro e eu lhe taquei minha bolsa, entramos no carro e eu dei partida, logo saindo da vaga de ré a toda velocidade e cantando pneu até a saída do prédio.

– Assim, se você quer nos matar avisa antes, tudo bem? – Ann disse apavorada, se segurando na porta do carro, suspirei tentando não me desesperar, já era uma péssima motorista, e estar com pressa só piorava tudo. Passei por todos os sinais vermelhos e quase bati em um carro bordô estacionado perto da entrada do aeroporto, mas por sorte chegamos sãs e salvas, bom, eu pelo menos.

– Sério, eu vou queimar a sua carteira de motorista, me da isso aqui! – Anne disse arrancando as chaves do carro da minha mão assim que o parei na vaga dos taxis, catei um óculos escuro no porta-luvas e o coloquei ligeiro.

– Tudo bem, eu vou lá procurar a Faye e você fica aqui, caso tentem nos multar faz um escândalo e vai pro estacionamento subterrâneo, tudo bem? – Disse pegando minha bolsa e saindo do carro, Anne resmungou um “ta bom cacete” enquanto sem sair do carro pulava para o banco do motorista, segurei a bolsa ao lado do corpo e corri aeroporto a dentro, esbarrando em quem via pela frente e logo me desculpando, estava atrasada e pior, com sono, e me ter com sono é a mesma coisa que ter um cego atirando em um tiro ao alvo.

“Give you this, give you that

Blow a kiss, take it back

If I look inside your brain

I would find lots of things

Clothes, shoes, diamond rings

Stuff that's driving me insane”

“I Want” começou a tocar a todo o volume, suspirei abrindo minhas bolsa e revirando tudo tentando achar o celular, e assim que o peguei vi que haviam sete ligações perdidas da Faye.

– Oi pri...

– Melanie onde você está, estou te esperando aqui há meia hora! – Berrou no meu ouvido, bufei murmurando um vaca e procurando em volta.

– Eu já estou aqui no aeroporto, onde você está exatamente? – Perguntei fechando a minha bolsa, começando a caminhar no meio do montante de gente junta, curiosamente muitas garotas com camisetas da One Direction, mas o que...

– Estou aqui na cafeteria central, se você não chegar aqui em cinco minutos eu juro que te mato.

– Mal comid... – Não deu tempo de terminar, a vaca já tinha desligado na minha cara, bufei alto tentando não me descontrolar, larguei o celular de volta na bolsa e comecei a caminhar em direção das lojas e cafeterias, o que estava bem difícil de se fazer, já que o aeroporto estava mais lotado que o normal.

– OMG, OLHA LÁ O HARRY! – Uma garota berrou no meu ouvido, me empurrando com toda a força que tinha, antes que pudesse xingá-la cambaleei para o lado caindo de bunda no chão, logo praticamente sendo esmaga por aquelas loucas.

– SAÍ DE CIMA DE MIM PORRA! – Berrei tentando me levantar, mas sem sucesso algum. Engatinhei entre aquelas loucas e vi uma movimentação mais rápida, ergui meu rosto enxergando entre as pernas de uma garota, vi um cabelo encaracolado e um loiro logo atrás, abri a boca em um “O” enorme, ia falar algo mas antes que pudesse ter qualquer reação alguém me deu um joelhada na testa.

– Puta que pariu! – Gritei alto demais, fazendo de repente tudo ficar quieto, fechei os olhos corando forte. Quem diria que pra acabar com aquele tumulto eu apenas deveria dizer uma frase costumeira? Mais fácil do que subornar a Ann com chiclete.

– Me desculpe! – Ouvi uma voz de garoto, muito conhecida por sinal, mas me neguei a abrir os olhos, agora eu tinha certeza que além de louca, estava passando por uma retardada.

– Tudo bem... Eu só me assustei! – Disse finalmente abrindo os olhos e encarando um par de olhos castanhos na minha frente, abaixei meu olhar e encarei a pintinha que eu tanto achava fofa no pescoço. Puta merda, Liam Payne me pedindo desculpas!

Ele sorriu me estendendo a mão, mas eu estava muito surpresa para entender o que ele queria fazer, por fim eu apenas levantei do chão e saí apressada dali, sem olhar pra trás.

– MELANIE! – Ouvi um grito atrás de mim assim que cheguei à saída do aeroporto, respirei fundo me virando, havia esquecido completamente da Faye.

– Faye, estava te procurando agora mesmo! – Disse dando um sorriso amarelo e indo abraçá-la, Faye revirou os olhos me devolvendo o abraço forte.

– Você é uma mongolona mesmo, mas tudo bem, família ainda é família. – “Nossa, muito obrigada pela consideração!” pensei em dizer, mas sabia muito bem como minha prima era, e muito provavelmente começaria uma discussão interminável de como ela era uma pessoa incrível e que a culpa era minha por sempre estar atrasada, enfim, depois do momento ternura e me obrigar a carregar mais da metade das suas malas, Faye foi até o carro tagarelando sobre como o Canadá era incrível e que ela jurava ter visto o Justin Bieber em um restaurante do seu bairro em Toronto.

Chegamos ao carro e Ann estava sentada no capô folheando uma revista qualquer enquanto as pessoas a encaravam estranho, mas ela parecia nem ao menos notar.

– Anna, é bom te ver. – Faye disse sorrindo torto, como sempre errando o nome da minha melhor amiga só para irritá-la, Ann cerrou os olhos mas não disse nada.

– Vamos logo, quase levamos duas multas, e acredite, não estou afim de pagar mais uma taxa. – Disse irritada entrando no carro, suspirei jogando as malas de Faye no porta malas de qualquer jeito e entrando no banco do passageiro sob os protestos da mesma, que reclamava a cada segundo sobre como o nosso carro era péssimo por não possuir um computador no banco de trás, tive que segurar Anne quando ela quase arrancou a direção do carro ameaçando tacar a mesma na cabeça da minha prima.

É, meu dia não poderia ser melhor.

[...]

– Meu Deus, me sinto uma mulher de cinquenta anos na menopausa! – Disse me abanando com o jornal, já que o ventilador na minha cara não parecia fazer diferença alguma.

– Nem me fale, estou quase derretendo, mas pensa pelo lado positivo, pelo menos a sua prima epilética sumiu. – Disse sorrindo malvada, gargalhei me afundando mais ainda no sofá da sala, eu a minha melhor amiga morávamos juntas a pouco tempo, por isso as coisas ainda estavam arrumadas pela metade e o apartamento desorganizado, mas pelo menos tinha o nosso jeitinho, e claro, nos dávamos muito bem então nunca havia problemas. Conhecia Ann desde o colegial, morávamos em um condado no sul de Londres, nos conhecemos no quinto ano e somos melhores amigas desde lá, nos formamos juntas e entramos para a mesma faculdade, agora no centro de Londres, decidimos assim então nos mudarmos para um apartamento no centro também, não era muito grande ou com luxos, mas era bonito e aconchegante, e claro, sem falar da linda vista para a Tower Clock, o maior motivo por termos escolhido logo aquele apartamento.

– Não, o lado positivo é que é sexta feira e isso significa dormir até às quatro da tarde amanhã! – Disse sorrindo abertamente e soltando uma risada, Ann revirou os olhos ligando a TV da sala e eu me levantei, correndo até a cozinha para achar algo pra comer.

– Você é a alma gêmea do Niall, os dois acham dormir e comer as melhores coisas do mundo, pronto, casamento feito! – Ann berrou da sala, ri comigo mesma balançando a cabeça, abri o armário e peguei uma barra de cereal de chocolate, peguei um iogurte na geladeira e voltei pra sala, me sentando ao lado de Ann e me abanando.

– Hoje eu falei com o Liam. – Disse quebrando o silêncio, Ann virou o rosto na minha direção e ergueu uma sobrancelha.

– Como é?

– No aeroporto, os meninos deviam estar voltando de alguma viagem por que tinha muita gente lá, acabei sendo pisoteada pelas garotas e o Liam me deu um chute na testa. – Disse mostrando a marca vermelha na minha testa, Ann arregalou os olhos e abriu a boca incrédula. – Ele veio se desculpar, mas eu fiquei lá que nem uma retardada encarando ele, disse um “tudo bem” e saí correndo, foi constrangedor. – Falei dando uma mordida na barrinha, brava comigo mesma por ter a oportunidade de falar com um dos meus ídolos e simplesmente agir como uma imbecil.

– Ta falando sério? – Anne praticamente gritou, me chacoalhando pelos ombros, eu ri revirando meus olhos.

– Claro que sim né sua idiota, acha mesmo que eu ia inventar isso? – Disse fazendo cara de óbvio, no momento seguinte Anne deu um berro e começou a pular pela sala, como se tivesse ganho algo na loteria ou algo assim.

– Para de gritar porra, ou vou arrancar teu piercing do nariz! – Ameacei apontando a colher do iogurte na sua direção, ela nem ao menos deu bola e continuou pulando, agora cantando “One Thing” junto.

– Você encontrou o Liam! CARALHO! Você falou com ele, viu ele, tocou nele... Meu Deus!

– Na verdade ele que me tocou, com uma joelhada na testa, que doeu muito por sinal. – Disse fazendo cara triste mas logo depois gargalhando, Ann me puxou pela mão e ficamos as duas cantando a música no meio da sala, era tão bom estar com alguém que era tão louca quanto eu e definitivamente entendia isso.

– Precisamos ir atrás deles. – Falou de repente, parando de dançar e colocando as mãos nos meus ombros abrindo a boca como se tivesse acabado de ter a ideia do século. – Claro! Eles estão aqui em Londres, temos que achar eles!

– Anne, tem noção de que eles podem estar em qualquer lugar de Londres? E você sabe que aqui não é nada pequeno! – Disse com calma, tentando colocar juízo na cabeça da minha amiga, que definitivamente estava tendo uma ideia mais maluca que a outra.

– Não! Vamos à uma festa hoje, é super underground e privada, eles podem estar lá! – Disse sorrindo abertamente, revirei os olhos respirando fundo.

– Ah claro, por que não? Onde vamos conseguir os ingressos? Prostituição ou roubo? – Perguntei fazendo careta, Anne mostrou a língua me dando um soco no braço.

– Não querida, temos uma arma rica e super fina: a sua prima. – Disse com um olhar malicioso, balancei a cabeça não crendo no que ela estava falando.

– Agora entendi, de repente você adora ela, não é? – Gargalhei alto mandando um olhar efusivo.

– Na verdade, de repente eu AMO ela!

[...]

– CONTRAI TUDO! VAI PUXA! – Faye gritou puxando o vestido enquanto eu quase morria sufocada, estava colocando um vestido da Faye, que não estava entrando nos seios, já que eu tinha mais do que ela. Aliás, o vestido que ela estava usando, apesar de espalhafatoso, era lindo.

– Sério, acho que vou morrer. – Disse em um fio de voz enquanto ela puxava o fecho até o final.

– Pronto, agora é só não respirar e ta tudo tranquilo. – Disse me dando tapinhas no ombro e saindo do quarto, Anne já arrumada e sentada na cama assistindo todo o espetáculo gargalhava, peguei meu travesseiro e taquei na cara dela, já irritada.

– Isso foi hilário, eu devia ter filmado, mesmo! – Enviei um olhar fulminante na sua direção e Ann se calou. - Tudo bem, me desculpa você está linda amiga. – Disse sorrindo e me abraçando, devolvi o abraço soltando um risada, incrível como nunca conseguíamos brigar de verdade.

– Você ta muito mais bonita ainda! E aí, vamos nessa festa ou não? – Disse arrumando meu vestido, que finalmente estava cedendo e me deixando respirar normalmente, finalizamos a maquiagem, pegamos nossas bolsas e caminhamos para sala, Faye já estava lá pronta, segurando as chaves do seu carro que havia chego hoje à tardezinha.

– Ótimo, vamos logo e por favor, não gritem se encontrarem qualquer famoso! – Disse fazendo careta, eu e Ann reviramos os olhos concordando, é, eu tinha que dar razão para a vontade que Ann tinha de matar minha prima, ela era totalmente insuportável mesmo. Depois do momento que durou uns quinze minutos com Faye falando sobre como seria a festa finalmente nos encaminhamos para o carro, a viagem não foi longa, não havia demorado nem ao menos dez minutos para chegar a tal festa, que estava acontecendo em um pub chique de Londres, até mesmo quando saímos do carro passamos por algum tipo de tapete vermelho, Anne ao meu lado fazia careta de nojo e eu apenas suspirava, agora ponderando se essa ideia não tinha sido mesmo idiota.

– Eu preciso de uma bebida, se não vou morrer sufocada por purpurina gigante. – Ann disse encarando a decoração do lugar com nojo, eu ri seguindo junto com ela em direção do bar, me sentei de costas para o balcão e encarei aquelas pessoas bem vestidas dançando junto com a música e esboçando sorrisos falsos, tão diferentes da pessoa que eu era, tão distantes de qualquer tipo de real felicidade, suspirei me levantando e segurando a bolsa conta o corpo.

– Onde você vai? – Ann perguntou dando um gole em alguma bebida azul, dei de ombros.

– Vou andar por aí. – Disse por fim, andando até a pista de dançava, caminhando desajeitada entre as pessoas, passei por uma gigantesca janela de vidro que dava para o lado de fora, sorri encarando o jardim bem cuidado e todo iluminado, reluzindo na água cristalina da piscina, continuei andando e quase dei da cara com um pilar, se não fosse alguém me puxar pela mão teria quebrado a cara e pagado o mico do século.

– Acho que você já se machucou o bastante por hoje. – Ouvi sua voz rouca carregada de sotaque soar atrás de mim, arregalei os olhos abrindo a boca, e tive que piscar três vezes antes de me virar e dar de cara com Liam.

– E-e-eu... O-o que? – Tentei falar algo mas estava perplexa demais, e de repente qualquer coisa inteligente de se dizer evaporou do meu cérebro, Liam soltou uma risada gostosa.

– Tudo bem, posso te pagar uma bebida como desculpa pela sua testa? – Perguntou erguendo a palma da mão, fiquei o encarando com a boca ainda aberta, ele realmente estava me oferecendo uma bebida? Ele realmente queria passar a festa ao meu lado?

– T-tudo bem. – Disse tentando parecer pelo menos um pouco normal, Liam segurou meu braço e me guiou pelo lugar, senti meu corpo se arrepiar e meu coração acelerou a mil por hora, tudo bem, ele podia ter namorada e eu ser totalmente apaixonada pelo Niall, mas qual é, ainda assim era lindo e meu ídolo, bem na minha frente, por algum motivo louco querendo conversar comigo.

– Então, eu ainda não sei seu nome.

– Malanie, mas pode me chamar de Mel. – Sorri sem mostrar os dentes, estava nervosa demais, Liam apenas piscou o olho e finalmente chegamos ao bar, ele me puxou para sentar ao seu lado e me estendeu uma bebida azul idêntica a que Anne estava tomando antes.

– Tudo bem Mel, você é nossa fã? Digo, vi você com pulseirinhas do Niall hoje. – Disse soltando um risinho, corei violentamente desejando que um buraco se abrisse no chão.

– Pois é, eu e minha amiga somos grandes fãs mesmo. – Disse sorrindo abertamente, agora relaxando mais ao ver que Liam era realmente um cara legal, e que não mudara seu jeito de me tratar só por ser fã.

– Legal, sua amiga está aqui também?

– Sim, na verdade... – Disse olhando em volta, encontrei Ann caminhando perto dali com uma bebida na mão e olhando para todos os lados, talvez tentando me encontrar. – Ela está bem ali. – Disse apontando para minha amiga que acabara de olhar em nossa direção, e como pensei que ela faria, Ann arregalou os olhos, berrou e no segundo seguinte caiu com tudo no chão.

– Minha nossa! – Praticamente gritei saindo correndo até ela, sem nem ao menos me importar com Liam. – Anne criatura, ta tudo bem? – Perguntei colocando sua cabeça em cima do meu colo e dando tapinhas no seu rosto, ninguém além de mim e Liam parecia notar que minha amiga acabara de desmaiar.

– Mel, eu vi o Liam! – Ela disse abrindo os olhos fazendo cara de assustada, eu e Liam rimos juntos e quando ela trocou seu olhar para Liam deu mais um grito.

– LIAM PAYNE, CACETE, EU TE AMO! VOCÊ É MUITO GOSTOSO! – Gritou se jogando nos braços de Liam, que acabou cambaleando pra trás e caindo na gargalhada enquanto abraçava minha melhor amiga. Ri alto de como Anne podia ser vergonhosamente sincera.

Depois do escândalo da minha amiga e do silêncio constrangedor e da nuvem de vergonha que se instalou depois disso, Liam nos convidou para sentar com ele e conversar, disse que veio sozinho até a festa, conversamos sobre nossas vidas e até mesmo descobrimos que ele e os garotos estavam morando na casa à frente do nosso apartamento.

Minha vez de surtar, e agora, creio que vamos precisar de um choque elétrico, por que eu acho que fui pro céu e voltei sete vezes.