HIATUS. Dramione- Desejando o Inimigo. escrita por Gabriela


Capítulo 34
Samantha.


Notas iniciais do capítulo

Amei esse cap e acho que vocês irão gostar do proximo também.
boa leitura.



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Draco Malfoy

Por um tempo fiquei parado na frente da lareira, apenas observando a enorme sala de estar. Nada havia mudado. Tudo estava perfeitamente arrumado.

Caminhei em passos lentos até a sala de jantar, logo ao lado do cômodo em que eu havia estava á alguns segundos. Conforme chegava perto, ouvia vozes. Uma voz aguda e irritante, ao lado de uma voz doce e calma. Belatriz e minha mãe. Os pelos da minha nuca arrepiaram. Aquela casa era horrível!

“Boa noite”- Anunciei baixinho.

“Boa noite, querido. Sente-se”- Minha mãe me saudou e eu á obedeci.

“Olá, Draco.”- Belatriz sorriu falsamente.

Meu pai, idiota, apenas acenou a cabeça. Chamei a elfa doméstica e pedi para que trouxesse uma comida leve. Minutos depois estávamos todos comendo, em silêncio.

O barulho dos talheres era irritante e eu queria muito saber o que minha tia queria comigo, mas decidi não perguntar até terminarmos o jantar.

“Por que me chamou aqui¿”- Pedi secamente depois que comemos e Hori, a elfa doméstica, limpou a mesa.

“Vou direto ao ponto, Draco. Se eu souber que você anda aprontando na escola, se misturando com sangues ruins, mestiços ou qualquer outra raça que existe naquela escola, vai acontecer algo muito pior do que aconteceu antes.”- Ela disse calmamente. “Não quero ninguém, ouviu, NINGUÉM sujando o sangue da nossa família.”- Ela falava alto agora, como se eu não a ouvisse. “Qualquer um que tentar fazer isso, tanto ela, quanto você serão castigados!”- Ela finalizou

“Por que vocês ligam tanto para o sangue¿”- Perguntei. Eu não era assim, não era como eles. Não me importava em me misturar com sangues ruins e mestiços, mas, como vocês viram, eu não posso deixar de seguir essa regra, não posso deixar de humilhar raças que, segundos eles, são inferiores á nós.

“Por que os sangues-puros, como nós, fomos criados para dominar o mundo. Fomos criados para mandar em seres inferiores. Fomos criados para não desperdiçar sangue bom! Não devemos manchar nossa marca, nos misturando com seres tão imundos! Entenda, Draco. Nós somos superiores. Temos sangue inteiramente mágico correndo em nossas veias.”- Ela já estava com o rosto a centímetros do meu. “Você é um comensal da morte. Não recebeu a marca ainda, mas receberá assim que Lord Voldemort lhe conceder uma missão e você cumpri-la. Vamos, Draco. Você sabe o quão gratificante é ter uma marca negra no braço. Isso faz de você único!”- Ela me olhou séria.

“Vocês nem sabem se eu quero fazer isso. Nem sabem se eu quero servir a Lord Voldemort. Nem sabem se eu quero ter uma vida tão ridícula como a sua vida, a vida do meu pai e a vida desse velho lord idiota que tenta caçar um garoto de 16 anos mas não consegue por ser fraco demais, burro demais!”- Me senti sufocado, coloquei as mãos em meu pescoço e senti cordas. FILHA DA PUTA. Ela estava me matando.

“Nunca mais se atreva a falar isso do seu mestre!”- Ela sussurrou no meu ouvido.

Tentei falar, mas foi impossível. Logo em seguida vi uma luz forte e as minhas cordas foram para o chão. Recuperei a respiração e minha tia e minha mãe estavam duelando.

“Não se atreva a encostar no meu filho!”- Minha mãe gritava.

“Ele é um idiota! Já se misturou com quem não devia e já foi castigado. Nada vai me impedir de fazer isso novamente.”- Ela disse e eu lembrei. Lembrei que ela havia realmente me castigado.

Flashback on

Eu andava vagarosamente pelas ruas de Londres trouxa e acabara de entrar em uma ruazinha estreita, calma.

Ouvia soluços baixos. Seguindo-os encontrei uma menina chorando, sentada no chão.

“Ei, não chore.”- Eu disse, sentando-me ao lado dela.

“O que você quer¿”- Ela perguntou secamente.

“Ajudar você.”- Respondi olhando dentro de seus olhos azuis esverdeados.

“Ninguém pode me a-a-ajudar”- Ela soluçou.

“O que houve¿”- Perguntei calmamente.

“Minha mãe... ela-ela-ela... morreu”- Ela chorou e soluçou, mais do que estava antes.

“Venha aqui”- Eu a abracei. Não era um costume fazer isso, mas aquilo havia me comovido tanto que não suportei. Ela hesitou por dois segundos, mas logo retribuiu e chorou com a cabeça no meu ombro.

“Tem alguma coisa que eu possa fazer¿”- Perguntei, depois de longos minutos de silêncio.

“Não”- Ela murmurou e soltou-se dos meus braços.

“Sinto muito.”- Segurei sua mão com força. “Tenho que ir.”- Falei levantando-me logo em seguida.

“Tudo bem. Obrigada”- Ela sorriu fraco.

“Te encontro amanha aqui no mesmo horário. Pode ser¿”- Perguntei. “Tomamos um sorvete, conversamos um pouco. Vou te ajudar com isso tudo”- Ofereci.

“Não, obrigada.”- Ela olhou para o chão.

“Eu insisto”- Pedi mais uma vez. Não queria vê-la assim, ela me parecia uma menina tão boa. Não merecia sofrer desse jeito.

“Tudo bem. Tenha um bom dia.”- Ela sorriu novamente.

“Tchau”- Anunciei e sai, voltando para casa logo em seguida.

No outro dia decidir ir lá, tomamos um sorvete, conversamos sobre as nossas vidas, até conseguir fazê-la rir uma ou outra vez. Ela ainda estava muito infeliz, mas eu prometi ajudá-la. Era uma menina boa, vinda de uma família simples, era filha única e seu nome era Samantha e possuía 15 anos. A partir daquele dia, eu e ela começamos a sair todo dia e eu não me importava se ela fosse trouxa ou não. Começamos a contar um sobre o outro e assim seguíamos, eu contava meus segredos á ela, e ela me contava os seus. Era uma amizade boa, dentro de alguns dias, Sam já havia se tornado uma ótima amiga. As semanas se passaram e ela se sentia cada dia melhor e eu também, pois, conseguia desabafar com ela e fazer com que ela se sentisse bem. Contei á ela que era um bruxo. No começo ela achou palhaçada, riu da minha cara e até disse que eu estava louco, mas com um simples feitiço mostrei á ela. Ela sabia que minha família era da pesada e que servia ao pior bruxo do mundo.

Nossas conversas se resumiam em confissões, algumas engraçadas, devo admitir.

Mas um dia, um dos últimos antes de ir para o Brasil, meu tio Lestrange seguiu-me até Londres trouxa e viu que eu estava com Sam. Eles á levaram... Eles levaram a única pessoa que eu ajudei, levaram quem arrancava meus sorrisos todos os dias... Eles á levaram...

Flashback off.

“O que você fez com a Sam¿”- Pedi irritado.

“Nada que ela não merecesse.”- Ela respondeu.

“Você a matou¿”- Perguntei em tom baixo.

“Não. Talvez ela seja útil.”- Ela respondeu com um sorriso sarcástico.

“Deixe-me vê-la. Por favor”- Implorei.

“Não, você já se sujou demais”- Ela se aproximou

“É um pedido meu. Meu único pedido. Meu único pedido de sobrinho”

“Não, Draco. Você irá se acostumar com a falta dela.”- Ela disse.

“Não, por favor.”- Implorei novamente. "Você já me castigou em Hogwarts, você quase me matou"

“Esqueça!”- E saiu da sala. "E devia ter lhe matado mesmo, você é uma vergonha para essa família"- Ela gritou.

“Vadia.”- Sussurrei. “Mãe. Você sabe onde ela está¿”

“Não filho”- Ela segurou minha mão. “Lamento.”


Subi para o meu quarto e fiquei deitado na minha cama por um bom tempo. Não conseguia parar de pensar na Sam, estava muito preocupado.

3:10 da madrugada.

Acordei suado e com uma puta vontade de tomar água. Olhei para a jarra no meu quarto e estava vazia. Porra.

Desci para a cozinha, peguei um copo da água e fiquei olhando para a janela. Em silêncio.

Passando pela sala de estar ouço um barulho. Era um grito. Um grito baixo de ajuda vindo do porão.



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Notas finais do capítulo

gostaram? gostaram da Sam? proximo cap vcs vão ver ela de novo. bj amo voces.
xoxo, gabs.