Os Cinco Marotos escrita por Cassandra_Liars


Capítulo 91
Capítulo 4 - Fiel do Segredo




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Eles estavam morrendo um a um.

Dory, Lene…

Quem seria o próximo?

Lily ainda estava em estado de choque quando correu pela casa o mais rápido que conseguiu, pegando tudo o que precisaria de uma só vez enquanto tentava acalmar um Harry que parecia amedrontado com a súbita mudança.

– Eu vou à frente. – disse um Dumbledore pensativo. – Encontro vocês lá.

James assentiu e os dois observaram enquanto o diretor saia da casa e desaparecia na calçada.

– Acho melhor usarmos a Capa. – James disse. – Só por precação.

Lily assentiu.

– Não acha que devíamos falar com aos outros? – perguntou.

– Vamos primeiro para Godric’s Hollow e então avisamos aos outros.

A ruiva assentiu mais uma vez enquanto deixava que o marido colocasse a Capa da Invisibilidade sobre eles e os dois deram as mãos, aparatando no último degrau na frente da casa que daquele momento em diante seria o lar deles.

Entreolharam-se.

Então Lily deixou os olhos caírem para Harry, que a observava com os olhos curiosos que eram exatamente iguais aos seus. Só queria que o filho ficasse seguro, que ele crescesse bem… E pelo que Dumbledore lhe contou, temia agora que nenhum dos sonhos que ela sonhara em relação ao filho se tornasse real.

Mas precisavam ter fé.

Por fim, ela e James adentraram a casa já mobilhada e começaram a arrumar suas coisas. O marido a avisou que no andar de cima havia um quarto vago onde poderiam montar o berço de Harry.

Enquanto o casal e o bebê se instalavam na nova casa, Dumbledore reapareceu com sua barba prateada que voava ao seu redor com o vento tão forte que se fazia.

– Não basta apenas se mudar ou se esconder, vocês vão precisar de algo mais poderoso se desejam escapar de Voldemort. Eu sugiro que usem o Feitiço Fidelius.

Fidelius? James já ouvira falar dele em seus tempos de escola, mas parecia que a maioria das informações das aulas de feitiço que não eram usadas normalmente estava sumindo de sua mente. Mas, antes mesmo que ele tivesse tempo o suficiente para pensar no assunto, viu Lily explicando como funcionava o feitiço.

E percebeu que podia dar certo. Parecia lógico. Eles só tinham que escolher alguém para ser o fiel do segredo. E em quem James mais confiava em toda a vida? Essa pergunta era fácil.

– Sirius. – ele disse, respondendo sua própria pergunta mental e parecendo ilógico para Lily e Dumbledore que conversavam sobre outros assuntos. Porém, antes que eles perguntassem, James continuou. – Ele pode ser o fiel do segredo. Não existe pessoa melhor. Ele pode…

– Não tenho muita certeza disso, James. – Dumbledore o interrompeu, parecendo contrariado. - Sei que confia nele e tudo o mais, mas tenho fortes motivos para acreditar que existe um traidor na Ordem da Fênix que é bem próximo de vocês. Talvez eu pudesse ser o Fiel do Segredo…

– Não. – James protestou. – Sem querer ofender, mas não acho que Sirius possa ser um traidor. Na verdade, tenho certeza de que ele também estaria pensando em se esconder agora se soubesse disso tudo. Eu faço questão que o Sirius seja o fiel do segredo se ele aceitar.

– James, querido… - Lily começou, tentando persuadir o marido a ouvir a voz da razão, que no momento era a voz de Dumbledore.

– Você conhece o Sirius, lírio. Sabe que ele não faria jamais uma coisa essas. Ele é meu melhor amigo! – ele fez uma pausa. – Quer saber, eu vou agora mesmo perguntar se ele não aceitaria ser o fiel.

E, dizendo isso, James saiu da casa, irritado. Lily e Dumbledore deviam saber. Deviam saber que James seria cabeça dura e que insistiria em tornar Sirius o fiel do segredo. E por mais que eles quisessem confiar que Sirius não era o traidor, não havia como ter certeza.

Por fim, Lily pensou em Lene morta e imaginou que Sirius seria incapaz de deixar de alguma forma que a amiga morresse.

E que James estava certo. Onde estava com a cabeça quando sequer duvidara do amigo? Ele fora padrinho do casamento deles, era padrinho de Harry, melhor amigo de James desde os onze anos… Não fazia o menor sentido o que Dumbledore estava insinuando.

– Acho que o James está certo. – ela disse, decidida. – Se não podemos confiar em Sirius, não existe ninguém no mundo que mereça confiança. Tenho certeza que ele preferia morrer a nos trair. Não, Sirius jamais faria isso… Esse tal traidor é outra pessoa com certeza…

O professor nada disse. Se Lily e James estavam tão certos… Quem ele era para contradizê-los? Afinal, eles haviam convivido com o outro por muito mais tempo do que Dumbledore jamais fizera e Sirius não fugira de casa e cortara laços com a família pela mesma manter relações fortes com a magia negra? Não faria sentido se ele tivesse se voltado para o mesmo poder o que o fizera fugir uma vez.

Não estava muito convencido, mas acabou por ficar calado. James e Lily eram adultos e certamente sabiam o que estavam fazendo.

Quando James voltou, com um Sirius pálido e uma Pam com o rosto vermelho de tanto chorar a morte de Lene, Lily disse que tinham que avisar os outros amigos. Dumbledore não teve tempo de ficar por mais muito tempo. Era um homem muito ocupado e certamente tinha mais o que fazer.

Assim que Dumbledore deixou a casa, a ruiva mandou patronos para Peter, Alice e Frank, e Remus, pedindo que lhe respondesse o mais rápido possível. O rato de Peter e a andorinha de Frank não demoraram a aparecer, seguidos pelo beija-flor desesperado de Alice dizendo que acabara de saber sobre Lene e que não deixaria nada nunca acontecer a Lily também.

Mas, a ausência do patrono de Remus foi preocupante.

Por fim, Lily não aguentou mais esperar e avisou que iria atrás de Remus e saiu correndo, antes mesmo que James tivesse tempo de impedi-la.

E isso deixou Pam, James e Sirius sozinhos. Foi quando eles conversaram sobre o que aconteceria. Acabaram de perder Lene e já haviam perdido Dory no ano anterior, não podiam se dar o luxo de perder mais alguém daquela “família” que aos poucos estava se desfazendo.

– Sabe o que eu acho? – começou Sirius. – Acho que eu ser o fiel do segredo ou a Pam seria muito óbvio. Quero dizer, todo mundo sabe que nós três somos inseparáveis, não é segredo para ninguém. Então, se Você-Sabe-Quem vier atrás de alguém quando perceber sobre o Fidelius, esse alguém será eu ou a Pam. Se quisermos ter mais chances, precisamos de uma estratégia, pensar antes dele. O ideal, - Sirius continuou – seria pegarmos alguém de confiança, mas totalmente inusitado para assumir o papel de fiel do segredo.

Os três amigos entreolharam-se, e então sorriram, ao perceber que pensavam iguais.

– Peter. – Sirius falou, decidido. – Ele é pequeno, parece fraco e inofensivo. Quem algum dia sonharia em coloca-lo em um cargo tão importante? E nós não devemos nem mesmo contar para Dumbledore. Esse será nosso segredo.

Os outros dois assentiram, acompanhando o raciocínio de Sirius, e admirando a ideia inteligente dele.

E, por coincidência ou não, nesse momento alguém bateu na porta. E era justamente a pessoa de quem eles estavam falando.

Peter.

*~~*~~*~~*~~*~~*~~*

Lily aparatou para a casa de Remus. O prédio parecia sombrio e abandonado e foi com um susto que ela percebeu que não nunca entrara no apartamento dele.

Bom, ali estava a oportunidade perfeita de fazê-lo.

Ela torceu o nariz com o cheio de mofo do prédio. Na verdade, não demorou a perceber que parecia que nenhuma alma viva habitava o lugar por muitos anos. Estaria no prédio certo? Tinha que estar, já que fora com Remus até aquele ponto várias vezes, mesmo que nunca tivesse entrado no apartamento do amigo.

Oh, céus, como podia uma alma viva existir ali?

Lily continuou avançando, enojada com a presença de baratas e ratos aos montes por todos os lados. Não era possível… Mesmo que Remus usasse o prédio apenas para suas transformações, já era nojento. E mesmo assim não fazia sentido, afinal quando o lobisomem tomava conta do amigo, ele normalmente estava na companhia de outros agora já que era um espião.

Não fazia nenhum sentido…

Mas mesmo assim a garota continuou avançando. Naquele ponto já estava praticamente convencida de que aquele era o prédio errado e que seu cérebro registrara mal todos os momentos que deixara ou pegara Remus na frente dele.

Mas resolveu que era melhor ter certeza. Pegou a varinha e a segurou firme, procurando o apartamento número sete com todo o cuidado do mundo. Nunca se sabia que tipo de seres podia viver na escuridão, onde não é possível ver quase nada. E com aquela guerra, a probabilidade de encontrar um Comensal da Morte em qualquer canto escuro era imensa.

Por fim ela achou a porta onde estava pendurado um número sete, quase caindo. Bateu na porta e esperou um tempo, sem resposta. Testou a maçaneta e percebeu que estava trancada. Então pegou a varinha e a destrancou magicamente, adentrando o apartamento.

Olhou para todos os lados e encontrou nada que não mais sujeira e algumas garrafas vazias jogadas no chão.

Devia estar no apartamento errado.

Tinha que estar no apartamento errado.

Estava quase virando de costas e indo embora, quando ouviu um barulho estranho vindo de um dos quartos cuja porta estava entreaberta. E correria, se não fosse pela voz que ouviu.

– Lily?

Por um momento não conseguiu identificar a quem pertencia a voz. Mas então percebeu que era Remus, e correu para a origem do som.

– Remus? Ah Merlin, Remus, você está bem? – ela disse, preocupada.

Isso porque, onde devia estar Remus, havia apenas um amontoado de roupas e algumas garrafas ao redor dele.

– Eu estou bem. – ele murmurou, levantando-se, mas não era o que parecia.

– Remus! O que aconteceu? – Lily perguntou, agora muito preocupada.

Ele suspirou, fazendo uma longa pausa e considerando se devia contar a ela o que acontecera. Por fim, cedeu.

– Tudo bem. – ele disse, mais para si mesmo do que para ela. – Eu fui demitido, feliz? Alguém descobriu que eu era um lobisomem e agora eu não consigo mais arranjar um emprego. Afinal ninguém quer contratar pessoas desconhecidas atualmente… Eu até entendo eles, mas mesmo assim eu preciso de um emprego. Sem emprego eu não consigo dinheiro. Não sou como vocês, que tem uma herança que pode os sustentar para sempre. Primeiro cortaram a luz do meu apartamento. Daí eu fui despejado. E esse foi o melhor que eu consegui.

Lily olhou melhor para ele. Nunca vira Remus daquele jeito antes. Levando em consideração as garrafas no chão e seu esforço para se manter em pé, ela podia jurar que ele estava bêbado.

­– Remus, você tem bebido? – perguntou.

– Só um pouco.

Mas não era o que confirmava as garrafas no chão.

– De qualquer jeito. – ele continuou. – Você não pode contar isso para o James ou o Sirius ou a Pammy ou o Peter. Eles não podem saber disso…

Lily entendia o amigo. Afinal, mesmo que estivesse do jeito que estava ainda lhe restava certo orgulho e contar aos amigos sua situação acabariam com tudo o que ainda lhe sobrara.

– Certo. – ela disse. – Então vamos fazer assim.

A ruiva lhe contou tudo o que acontecera nas últimas horas. Contou sobre Lene, sobre a visita de Dumbledore, sobre ela, James e Harry terem que se esconder.

­– O que quer dizer que nosso apartamento está vazio. Se você quiser, pode ficar com ele. Mas você definitivamente não pode ficar aqui.

Lily precisou de certa persuasão para convencer o outro que ele devia ficar no apartamento antigo deles, mas finalmente conseguiu.

Ela o levou para lá e deixou algum dinheiro com ele, garantindo que conseguiu um emprego para ele, que não contaria nada para os outros e que tudo ficaria bem, lhe pedindo também que parasse de beber.

E quando estava tudo bem, ela aparatou para casa.

*~~*~~*~~*~~*~~*~~*

Lily acabara de chegar e agora ela e James estavam na cozinha, discutindo sobre a decisão que eles tomaram antes sobre transformar Peter no fiel do segredo e não deixar ninguém que não James, Lily, Peter, Pam e Sirius saberem disso, nem mesmo Alice, Frank ou Remus. Na verdade só não estavam contando nada para Alice porque ela não sabia contar segredo e nada para Frank porque ele não conseguia manter qualquer segredo da esposa – e eles haviam descoberto isso da maneira mais penosa. Quanto a Remus, apesar de ser amigos deles, o lobisomem estava se comportando de maneira estranha desde que começara a espionar os da mesma espécie dele e havia sim, mesmo que pequena, uma probabilidade de ele estar do lado das trevas.

Claro que Lily não concordava com nada disso. E era exatamente sobre isso que o casal discutia.

Peter já fora embora e Pam e Sirius estavam sozinhos na sala, ouvindo os ocasionais gritos de Lily e James enquanto cumpriam suas obrigações como padrinhos e tomavam conta de Harry.

O garotinho estava sentado no sofá, olhando curioso para os lados enquanto Pam e Sirius tentavam distrai-lo para que não percebesse a briga dos pais. Os dois ficavam mostrando brinquedos ou contando alguma história, mesmo que algumas vezes parecerem ridículos pelo fato que Harry não conseguiu entender uma palavra do que falavam.

Em certo ponto, Pam soltou um suspiro.

– Acho que estamos fazendo papel de idiotas. Afinal, ele não entende nada mesmo.

– Eu espero mesmo que não entenda o que nós fazemos… – Sirius murmurou.

Pam olhou para ele, como se repreendesse por alguma coisa que ele supostamente fizera.

– Você nem sabe o que eu fiz! – ele reclamou, percebendo o olhar dela, e sorrindo ao mesmo tempo.

– Vindo de você, não pode ter sido coisa boa.

– Pois fique sabendo, Srta. Porter. – ele disse. – Que eu não vou esse monstro que você pensa não.

– Me conte logo o que você fez.

Ele suspirou, vencido.

– Lembra aquela vez que eu levei o Harry para passear no parque quando fiquei tomando conta dele?

– Lembro, Almofadinhas.

– Uma garota achou que eu fosse o pai dele. E bom, eu até tentei explicar que não era, mas ela não quis me ouvir e disse que ele era bonito “igualzinho ao pai”. Ela estava praticamente se atirando para cima de mim, eu não podia ter dito não!

Pam arregalou os olhos, quase batendo no outro.

– Você fez e essa garota fizeram na frente do Harry? – ela perguntou, horrorizada.

– Claro que não! – ele se defendeu. – Eu não disse nada disso. A perversão está na sua mente, não nas minhas palavras. A gente marcou um encontro. Aí sim que aconteceu, e eu juro que o Harry não estava por perto.

– Mesmo assim é muito feio… Marcar encontros às costas de crianças inocentes… Fico me perguntando por que mesmo James achou que seria uma boa ideia te transformar em padrinho.

– Ah, mas fale sério. Quando você tiver seus próprios filhos não vai me deixar seu o padrinho?

– Claro que não! – ela disse, emburrada. – Não depois disso!

– Mesmo? – Sirius sorriu para ela, aproximando-se da menina.

– Não mesmo.

– Vamos lá, Felina… - ele disse.

Ela virou para ele e percebeu que ele estava começando a ficar perigosamente próximo. Mas não ligou para isso.

Finalmente Sirius se levantou e estendeu a mão para Pam, se curvando levemente.

–Não fique chateada – E ele propôs, do nada – Vamos, Felina, dance comigo.

Ela sorriu rolando os olhos.

– Você é mesmo um idiota.

– Um idiota que você ama. – ela balançou a cabeça, em um sinal que indicava “que ele não tinha jeito mesmo”.

Eles ficaram parados naquela posição por um tempo, até que ele disse:

– Vamos lá, não me deixe no vácuo.

– Eu ainda estou brava.

– Então me de uma chance para eu me redimir.

– Mas nem tem música. – ela replicou.

– Não precisamos de música.

Ela rolou os olhos mais uma vez sorrindo e finalmente pegou a mão dele, aceitando o convite e os dois começaram a dançar devagar sem sair do lugar, apenas balançando os corpos de um lado para o outro.

– Sabe, Pam, hoje eu percebi como a vida é curta. Primeiro a Dory morreu, hoje a Lene e agora James e Lily tem se esconder. Quem sabe qual vai ser o próprio a acompanhar Lene e Dory?

Pam não conseguiu responder a essa pergunta, sentindo um vazio dentro de si quando ele mencionou as amigas mortas, mas mesmo assim sem que os olhos se enchessem de lágrimas desta vez.

– Eu prefiro viver cada momento como se fosse o único, afinal, ninguém espera que vai morrer quando morrer. Pode acontecer a qualquer hora. E eu não quero ter nem arrependimento quando esse momento chegar.

E de repente Sirius foi ficando perigosamente próximo dos lábios da amiga e Pam não fez nada para impedi-lo. A verdade era que queria. Não importava mais nada no momento. Talvez Sirius estivesse certo, talvez aquele fosse o último momento deles. Quem garantia que quando saíssem daquela sala não estariam sendo esperados por vários Comensais da Morte e assim morressem?

Porém, antes que eles tivessem tempo de levar aquilo a diante e transformar a proximidade em um beijo, eles ouviram o choro de Harry e se afastaram, Pam pegando o garotinho no colo e tentando o acalmar.

– Almofadinhas, eu acho que ele… - ela começou, mas não precisou continuar, ele já entendera.

Sirius bufou, começando a subir as escadas.

– Eu vou buscar outra fralda.


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Notas finais do capítulo

Desculpem a demora e eu sei que esse não foi meu melhor capítulo, mas ele é mais um capítulo de transição, então não ficou lá essas coisas.
E, mesmo que eu tenha muito que agradecer aos meus leitores que acompanham e comentam a história, me incentivando sempre, também tenho um pequeno puxão de orelha.
Gente eu tenho 154 leitores! Isso não é pouca coisa, devia ter mais comentários! Além disso, tem muita gente que eu não vejo faz um tempão! O que aconteceu? Será que eu fiz alguma coisa que não agradeceu ninguém? Por favor, me digam o que está errado!