Os Cinco Marotos escrita por Cassandra_Liars


Capítulo 44
Capítulo 12 - Levicorpus


Notas iniciais do capítulo

Bom, estamos no final do quarto ano. Esse é o penúltimo capítulo. E agora que as coisas vão realmente ficar boas. Próximo ano: Animagos e o surgimento oficial dos Marotos.



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Depois de uma desculpa muito mal contada por parte de Peter, Remus soube que havia algo errado. E já estavam no Salão Comunal, pronto para ir atrás dos amigos, quando os viu passando pelo quadro da Mulher Gorda.

Os três até que tentaram disfarçar, mas Remus exigiu uma boa explicação e no final os outros acabaram cedendo e confessando que tinham estado na biblioteca e pesquisado sobre animagos. Tinham descoberto qual o feitiço que era necessário para se transformar (“Animagus”. Como não tinham pensado nisso antes?), mas também descoberto o que significa “terrivelmente errado”. Eles podiam acabar como animais para sempre, os metade animais metade humanos ou, pior, morrer.

Remus os fez prometer que eles não tentariam fazer tamanha loucura e os três juraram (“Juro solenemente não fazer nada de bom”), apesar de terem cruzado os dedos, mas ninguém precisava saber disso.

Nem mesmo Remus precisava saber que a missão T.A.I. continuava em pé. A única mudança é que ela fora adiada para as férias, época em que eles combinaram de se encontrar na casa de Pam para estudar melhor o feitiço e então finalmente voltar para Hogwarts no ano seguinte e o realizar com sucesso.

O plano não tinha falhas. Era perfeito.

É ótimo ser inteligente.

*~~*~~*~~*~~*

Snape não tinha criado um feitiço à toa. Não tinha gastado quase dois meses o aperfeiçoando para nada. Não. Sua intensão desde o começo era o usar contra o Potter.

Tinha idealizado o momento algumas vezes. Tinha imaginado Potter, Porter e Black azarando qualquer um pelos corredores e então ele próprio chegando, desafiando-os e usando o seu feitiço para finalmente ganhar deles. E então todos o aplaudiriam. Lily iria o abraçar e dizer que Sev era seu herói. E então as coisas iriam ficar no seu devido lugar.

Os vermes no lugar em que os vermes deviam ficar. Sev se tornaria um herói!

O começo foi exatamente como em sua imaginação. Porter, Black e Potter estavam mesmo implicando com um aluno pequeno que vestia roupas pretas e verdes. Havia um pequeno circulo de pessoas ao redor deles, admirando-os e os incentivando.

_Certo. – Disse Snape decidido. – Parem com isso!

O efeito foi imediato. Nem bem a voz hostil do sonserino com quem mais adoravam implicar chegou aos seus ouvidos e os três já tinham se virado para ele, um sorriso maroto brincando em cada um de seus lábios quando encontraram Sev.

_Ranhoso! – Saudou Potter, esquecendo-se completamente do garotinho a quem estava azarando e então se virando para o antigo inimigo. – Que bom vê-lo aqui!

Porter abafou o riso.

_Sim, é ótimo! O que o trás aqui? – Perguntou a garota, animada.

Já Black apenas continuou sorrindo enquanto se aproximava cada vez mais.

Logo a pequena platéia que eles tinham se juntou ao redor de Sev e Porter, Potter e Black continuam em pé, ombro a ombro, o encarando com certo ar de superioridade. O da garota, mais irritante do que o dos outros.

_Ei, - Começou a Porter. – Eu aprendi um novo feitiço em um livro. Mas, nunca testei antes. Não sei se funciona.

_Que tal testar agora, Pam? – Perguntou o de óculos. – Você se lembra do feitiço de cabeça?

_Claro que sim! Minha memória continua boa como sempre, obrigada, James.

Então ela apontou a varinha de castanheira para Sev e pronunciou palavras incompreensíveis antes de uma luz sair de sua varinha. Mas ninguém nunca soube o que a Porter estava tentando fazer, uma fez que Sev foi mais rápido com a varinha e gritou “Protego”, fazendo seu feitiço sumir no ar.

_Densaugeo! – O sonserino gritou de volta. O feitiço atingiu a Porter que cobriu a boca com as mãos assustada. Rapidamente Potter passou a mãos pelos seus ombros e a virou de costas, a afastando do Snape e Black entrou na frente dos dois, apontando sua própria varinha para o sonserino e gritando com fúria:

_Estupore!

Porém Sev desviou e uma garota atrás dele caiu desmaiada.

Sem esperar que Black entendesse o que tinha acontecido, ele gritou seu feitiço novo. O feitiço que pela primeira vez era usado em uma pessoa.

_Levicorpus!

Funciona, pensou Sev, feliz, ao ver Black ser içado do chão por mãos invisíveis.

_Oww! – Ele tentava voltar para o chão, mas continuou subindo conforme Sev levantava mais a varinha e o fazia passar por sobre a sua cabeça e então ele caiu como um monte de trapos perto da garota desmaiada.

Um já tinha ido. Faltavam dois.

Potter tentava acalmar uma Porter a beira de um ataque histérico. Seus dentes da frente agora estavam tão grandes que ia até o decote de sua blusa, não cabendo dentro da sua boca.

Os dois nem ao menos tinha percebido que o Black fora derrotado.

Seria fácil. Fácil demais para Sev os atacar e então tudo teria acabado. Ele teria ganhado dos invencíveis grifinório, para quem jurara se vingar.

_Expelliarmus! – Berrou uma voz atrás do sonserino e ele não teve ao menos tempo de se virar para ver quem era antes de sua varinha pular de sua mão.

_Vejo que você ainda tem que aprender algumas lições sobre duelos. Nunca, NUNCA, vire as costas para o seu adversário. – Black sorria, satisfeito.

Sev ficou com uma expressão idiota por um tempo. Em um momento, estava em clara vantagem, de repente fora desarmado e estava indefeso na frente dos que mais adoravam o azarar.

Black murmurou algum feitiço que ele não pôde ouvir bem e então tudo o que ele podia ouvir eram as risadas. Não demorou muito para ele perceber que Black transfigurara suas roupas em um vestido cor de rosa que parecia com os das bonecas e tinha um gorro igualmente infantil na cabeça.

Ele apanhou a própria varinha no chão, desfez o feitiço e correu para longe, constrangido.

Seu plano fracassara. Não era um herói. Tinha apenas conseguido se humilhar mais ainda. A única coisa boa nisso tudo era que, pelo menos, ele sabia que seu feitiço funcionava.

*~~*~~*~~*~~*

Pam agora estava na enfermaria. Seus dentes já tinham voltado ao normal, mas Madame Pomfrey, que tinha uma preocupação desnecessária com seus pacientes, insistira em deixa-la ali por algum tempo em observação, caso demonstrasse algum efeito colateral da poção que tomara para fazer seus dentes voltarem ao normal.

James, Sirius, Remus e Peter a rodeavam na cama em que estava deitada. Tinham aceitado ficar observando a amiga com prazer e gritariam caso algo estranho acontecesse.

_Vocês viram o feitiço que o Ranhoso usou? – sussurrou Sirius, para a enfermeira não ouvir a conversa. – Eu nunca tinha ouvido aquele feitiço antes! E outra que eu já tive que desviar de uma boa dúzia de maldições lá em casa…

James riu.

_Não estava prestando atenção, Sirius. – Confessou ele. – Qual era o feitiço?

_Hum… - Ele pensou. – “Levicorpus”, eu acho. Faz a pessoa levitar. Pode ser útil.

Pam balançou a cabeça, positivamente.

_Sim, sim. – James refletiu a respeito disso. – Talvez seja mesmo…

_Acho melhor vocês não fazerem isso! – Remus advertiu os olhos.

_E porque não, Remmy? – Pam perguntou. – É divertido! E não temos mais medo de detenções.

_Ah! – Ele continuou. – Quer dizer que algum dia teve?

James, Peter e Sirius riram. Sirius soltando sua típica risada canina.

_Mas, me diga, Pam. – Disse o último. – Quantas detenções você tem até agora?

Ela pensou um pouco antes de responder.

_Cento e vinte e sete. – Ela disse, precisa. – Esta contado.

James continuou rindo.

_Quantas você acha que vão dar até o final do ano?

_Ah, não sei. Umas cento e trinta e cinco no total, ou mais. – Ela disse.

_Eu espero que não. – Remus disse sério ao contrario dos outros, que gargalhavam.

~~*~~*~~*~~*~~*~~

Sem saber que o feitiço pertencia a Snape, que nunca disse nada para ninguém, Pam, Sirius e James começaram a usar e abusar do “Levicorpus”, esse passou a ser sempre o segundo feitiço que lançavam em suas vítimas logo depois do feitiço de desarmar. E eles davam boas gargalhadas depois. Uma vez que eles eram populares em Hogwarts, logo todo mundo estava usando o feitiço e era quase impossível andar pelos corredores sem ser levantado no ar.

Logo, a última partida da Grifinória contra a Lufa-Lufa chegou e agora Pam e James tentavam chegar ao campo sem serem enfeitiçados pelos lufanos, o que estava acontecendo com uma frequência muito acima do normal.

Alguém (chamado Sirius Black) tinha escondido a vassoura de Pam e agora os dois estavam atrasados para o jogo já que James tinha ficado para ajudá-la a achar a preciosa vassoura.

_Eu ainda vou matar o Sirius! – Exclamou Pam, um segundo antes de ser içada no ar.

Edgar Bones tinha feito á garota subir e ficar de cabeça para baixo, os cabeços caindo no rosto.

Ela cuspiu os cabelos da boca.

_Me coloque no chão, Bones! – Ela exclamou, irritada e cruzando os braços sobre o peito.

_Mas você não gosta de estar aí em cima? – Ele perguntou, rindo. – Não gosta de voar? Afinal, é isso que vai fazer hoje no campo de…

_Coloque-a no chão, Bones. – Falou James, entre os dentes. – Por falar nisso, você não devia estar no campo, apoiando o seu time? E não atrasando o time adversário. Não seja um mal perdedor.

_Não vá cantando vitória antes do tempo Potter. – Ele disse antes de fazer Pam aterrissar delicadamente no chão. – Você ainda não ganhou nada.

James, porém, sorriu.

_Mas vou ganhar. E você não perde por esperar.

_Não, Potter. Você esta errado. Eu não vou perder. – E dizendo isso o lufano foi embora.

Pam olhou para James, agradecida.

_Ei! – Ela se lembrou de repente. – Falar com o Edgar Bones, me lembrou do outro Edgar!

_O Ed? – Perguntou James.

_Ele mesmo.

Os dois subiram um lance de escadas, visto que tinha descido uma a mais e não demoraram a encontrar o quadro do homem de peruca branca.

_Ed! – Os dois gritaram.

_O quê? O quê? – Ele olhou para os lados. – Onde é o incêndio?

Pam riu.

_Lugar nenhum. Apenas precisamos chegar rápido ao campo de Quadribol. – Disse ela.

Ele suspirou.

_E deixa-me adivinhar, vão querer passar por mim.

_Sim! – Disse James, animado com a rapidez que ele tinha entendido isso.

_Senha? – Ele perguntou.

_Abra os olhos! – James disse.

_Eu já disse que a senha mudou, seu imbecil! – Exclamou Ed. – É difícil entender isso?

_Ah, por favor, nós deixe passar! – Pam implorou.

_Isso mesmo. Ou eu vou fazer cócegas em você.

_Quer saber de uma coisa, Srta. Porter. – Ele disse, ignorando James e mirando Pam. – Você me lembra seus pais. Eles usavam essa passagem o tempo todo. Então, em honra a memória deles, eu vou deixar vocês dois passarem sem a senha, mas só desta vez! Ah! E cuidado com o lago!

Os dois passaram correndo pelo lago e nem tiveram tempo de fazer nada. Qualquer que fosse a magia ainda desconhecida do lugar, não era o tempo certo para descobrir. Estavam atrasados. Mas um pouco e perderiam o jogo.

E quando os dois subiram nas vassouras e voaram para os ares, cada um se importando com uma bola diferente, os dois sabiam que faziam isso para vencer.

Não foi uma surpresa para ninguém quando a profecia do Prof. Gelles se concretizou e eles venceram a Taça de Quadribol naquele ano.


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Notas finais do capítulo

Gente! Então, eu mudei a capa da fic. Não sei se ficou boa, mas depois me digam qual vocês mais gostaram. A que tava antes ou a que tá agora. Vou colocar a capa que tiver mais votos. XD