Os Cinco Marotos escrita por Cassandra_Liars


Capítulo 35
Capítulo 3 - A Primeira Garota em Hogsmeade


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. Vejo vocês no final do capítulo.



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Não demorou quase nada para o primeiro final de semana em Hogwarts chegar, e, para a surpresa de todos, esse também foi o primeiro final de semana em Hogsmeade.

Filch recolheu as autorizações de todos e desta vez Pam e Sirius exibiram as suas com orgulho.

Era ótimo saber que eles poderiam ir para Hogsmeade sem ter que se esconderem para tanto. Apesar de que o risco era grande o que fazia a vontade de ir para Hogsmeade ser ainda maior.

Agora eles estavam no Três Vassouras, fazendo apostas e rindo.

James tinha apostado quinze galeões que Remus não conseguia azarar um professor. A princípio o lobisomem tinha dito que não faria, mas depois que vira a quantidade de ouro, acabara se convencendo e lançou um Tarantallegra no Prof. Slughorn, que era o único presente no lugar, para divertimento de todos.

Depois Sirius apostou dez galeões que Peter não conseguia comer três pudins de fígado em dez minutos sem vomitar.

Comer os pudins não fora exatamente um desafio, o difícil fora manter tudo no estômago. Por fim, Peter não resistiu e, apesar de ter sido a maior nojeira, Sirius acabou ganhando os únicos dez galeões que o amigo tinha levado para Hogsmeade.

Então foi a vez de James apostar com Pam. Ela queria ficar de fora das apostas, já que não tinha ouro para pagar se perdesse. Mas, quando James começou a imitar uma galinha e dizer que ela era covarde, não pensou duas vezes antes de aceitar. Eram vinte e cinco galeões se ela conseguisse arrotar o alfabeto inteiro.

Pam pedira duas cervejas amanteigadas, as bebera em um só gole e então arrotara o alfabeto inteiro com direito a palmas por parte dos amigos e os vinte e cinco galeões na hora.

_Sua vez, Sirius. – Disse James, que parecia ter um estoque infinito de ouro. – Eu aposto… - Ele olhou para dentro da carteira e contou quanto dinheiro ainda tinha. – Aposto cem galeões que você não consegue beijar a garota mais bonita do Três Vassouras.

Sirius olhou para o ouro que o amigo acabara de colocar em cima da mesa. Era muito ouro. Ouro que poderia o ajudar a comprar a tão desejada moto que os pais se recusavam a comprar.

_E quem seria a garota mais bonita do Três Vassouras? – Perguntou Sirius, com um meio sorriso.

James olhou em volta, a procura de alguma garota bonita, quando finalmente seus olhos caíram sobre uma garota que estava sentada em uma mesa sozinha.

Ele virou-se para Sirius e disse, com um sorriso de superioridade:

_Kim McGreen, da Corvinal.

O rosto de Sirius se contorceu em uma careta ao ouvir o nome da menina e seus olhos procuraram loucamente a cabeleira loira não muito distante.

Algumas palavras sobre Kim McGreen.

Ela era a garota mais bonita de toda a Hogwarts. Estava no quinto ano, ou seja, era um ano mais velha do que Sirius. Tinha longos cabelos loiros, olhos azuis como contas, fartos seios, era magra e alta. Era desejada por basicamente todos os garotos de Hogwarts.

Mas, não tinha namorado.

Isso porque sempre recusava todos os garotos que iam falar com ela.

Era um exemplo de garota difícil que Sirius, um garoto que nunca tinha beijado ninguém e nunca olhara para garotas com nenhum tipo de interesse amoroso, jamais iria conseguir.

_E então? – Disse James. – Você aceita? Ou ela é muita areia para o seu caminhãozinho?

_ Que caminhãozinho, James? – Brincou Pam. – Ele leva a areia dele nos bolsos.

Com isso todos riram. Os olhos de Sirius continuaram correndo rapidamente entre Kim e os galeões em cima da mesa.

Conseguir Kim era impossível, mas com todo aquele ouro… Ele bem que podia tentar.

Afinal, cem galeões eram sempre cem galões.

Não, Sirius, seu idiota. Cem galões às vezes podem ser cinco galeões. Ele pensou.

_Eu aceito. – Ele disse, por fim.

James, Pam, Peter e Remus olharam para ele como se ele fosse louco.

E talvez fosse mesmo. Não podia acreditar que estava fazendo aquilo.

Mas, uma vez que passara o choque inicial de ouvir Sirius dizendo que ia fazer algo tão estúpido, James começou a rir.

_Acho bom você ter cem galeões. Porque vai ter que me pagar.

_Ei! – Exclamou Pam, encantada com a ideia de ganhar mais ouro. – Eu também vou querer participar.

_E eu.

_Eu também! – Exclamou Peter, se juntando aos amigos.

_Ok. – Disse James. – Então façamos assim. Cada um de nós vai ter que dar vinte e cinco galeões se o Sirius ganhar. Mas, se ele perder, vai ter que dar vinte e cinco galeões para cada um de nós. – Ele já não se importava mais em ganhar cem ou vinte e cinco galeões, tudo o que ele queria ver era o amigo levar um fora.

É amigos também servem para rir um da cara do outro.

_Tudo bem. – Disse Sirius, com uma falsa confiança, e se levantando. – Mas fiquem sabendo que eu vou ganhar.

James riu mais alto ainda.

_Só nos seus sonhos, amigo. Mas, pode tentar.

Sirius fechou a cara para o outro antes de partir para a mesa em que Kim estava sentada sozinha.

Ele respirou fundo antes de se curvas ligeiramente e sussurrar no seu ouvido:

_ Será que eu posso pagar alguma coisa para você?

Kim virou-se rapidamente para ver quem falava com ela e Sirius pode ver seu rosto perfeito de boneca.

A loira rolou os olhos.

_Você tem duas opções. – Ela disse, o encarando com uma expressão que fez Sirius desejar morrer. – Ou vai embora agora. Ou eu te beijo e você me dá metade do dinheiro da aposta.

O queixo de Sirius caiu. Como ela podia saber que era só uma aposta. Mas, qualquer coisa valia, e seus amigos estavam longe demais para ouvir a proposta de Kim.

O grifinório assentiu fervorosamente, mas não disse nada, incapaz de falar qualquer coisa por causa do bolo que se formara em sua garganta graças ao nervosismo.

Kim se levantou, sorrindo para ele como se ele tivesse dito a coisa mais fofa do mundo, e então passou seus braços ao redor do pescoço dele. Seus lábios foram avançando cada vez mais… Cada vez mais…Ultrapassando limites, quebrando barreiras…

E os lábios de Kim tinham encontrado os de Sirius.

Ele fechou os olhos calmamente.

A partir desse ponto o beijo foi inevitável. Sirius estava tão nervoso que quase perdeu o momento, mas quando sentiu a língua de Kim pedindo passagem para sua boca, não pensou nenhuma vez antes de permitir.

O garoto se permitiu colocar as mãos na cintura de Kim e a puxar mais para si. Ela era alguns centímetros mais alta do que ele, o que não fez diferença alguma.

Agora era a língua de Sirius que estava dentro da boca de Kim. As preocupações e os medos iniciais do garoto tinha se ido conforme o beijo se intensificava cada vez mais.

*~~*~~*~~*~~*

Os olhos de James, Pam, Peter e Remus viam. Viam, mas não acreditam.

Sirius Black estava beijando Kim McGreen no meio do Três Vassouras!

Kim McGreen!

_Como ele fez isso? Como isso é possível? – Perguntou Pam, incrédula.

_Mas isso é impossível! – Disse James.

_Não é possível, não é possível… - Murmurava um atordoado Remus.

Peter apenas piscava repetidamente, acreditando que seus olhos o traíam.

Kim McGreen, a garota mais desejada de Hogwarts, mas que sempre recusava todos os garotos, estava beijando Sirius Black, alguém que nunca tinha beijado ninguém na vida e que era um ano mais novo, estando longe de ser o que os outros garotos que iam falar com ela eram.

Não era possível!

Na mente dos meninos passaram mil pensamentos. Mil teorias de como aquilo poderia estar acontecendo. Teorias que envolviam todos estar sonhando o mesmo sonho maluco, lavagem cerebral e ilusão de ótica.

Já Pam não conseguia pensar com clareza. Seus pensamentos e sentimentos se embaralhavam, se misturando e se separando rapidamente. Tão rápido que ela começava a achar que talvez fosse desmaiar. As únicas coisas das quais ela tinha certeza era que ver Sirius beijando outra garota doía e que ela tinha perdido os vinte e cinco galeões que acabara de ganhar.

*~~*~~*~~*~~*

Há algum tempo tinha sido notificado nos jornais que o maior temor do mundo bruxo tinha se concretizado. Tinha, de fato, um bruxo das trevas que estava querendo dominar o mundo bruxo e eliminar todos os trouxas e nascidos-trouxas. O nome que ele usava era Voldemort e seus seguidos eram os Comensais da Morte.

Depois desse anuncio, Lily começou a ficar sempre meio preocupada, principalmente quando ela saia de Hogwarts, como era o caso naquele momento, que ela estava andando pelas ruas de Hogsmeade, um dos olhos olhando as vitrines e o outro atento ás pessoas ao seu redor.

Mas, ela não podia olhar suas costas, e foi assim que um sonserino se aproximou sem que Lily percebesse e tocou seu ombro.

A ruiva virou-se em um salto para trás, levantou um susto grande e então se acalmando quando percebeu que era apenas Sev.

_Sev! Você me assustou!

_Desculpe. – Ele sorria. – Não era minha intensão.

_Tudo bem. – Lily sorriu para ele. – Estou só um pouco preocupada por causa do que o Profeta Diário anunciou… Sobre aqueles bruxos das trevas…

_Ah, isso deve ser mentira para atrair publicidade. Eu não me preocuparia, Lily. Me preocuparia mais com o Lupin do que com esses tais bruxos das trevas.

Lily sussurrou, estava cansada de ouvir o amigo dizer a mesma coisa.

_Eu já disse que a possibilidade de ele ser o que você diz é quase nula! Tem uma porcentagem de um ou dois eu diria.

_Mas ele sempre some na lua-cheia.

_Ele é doente! E não consigo ver como Dumbledore poderia aceita-lo na escola se ele fosse mesmo uma ameaça. Por favor, Sev, pare com isso.

_Mas, Lily…

_Sem “mas”.

_Lily…

_Não.

Finalmente o sonserino se calou e eles continuaram a andar pelas ruas de Hogsmeade, conversando, mas sem se tocar.

*~~*~~*~~*~~*~~*

No final da visita a Hogsmeade, uma garota foi levada á enfermaria e, de lá, para o St. Mungus. Seu nome era Mary McDonald.

Foi usada uma magia muito forte contra ela.

Não se sabia exatamente que magia era muitos diziam que era magia negra.

Avery e Mulciber foram os responsáveis. Ninguém nunca teria sabido se não fosse por Edgar Bones, que tinha visto tudo e corrido buscar ajuda.

Mary era da Grifinória. Estava no terceiro ano, o mesmo ano que Regulus. E dizem que tinha sido por isso que ela tinha sido escolhida como alvo. Por ter irritado Regulus ou coisa parecida em uma aula de Defesa Contra as Artes das Trevas.

Avery e Mulciber pegaram uma semana de detenção e seus pais foram avisados. Provavelmente eles sofreriam as maiores consequências em casa.

Ou não. Tinha dito Sirius. Talvez eles fossem parabenizados por usarem magia negra com sucesso. Ele achava que aconteceria isso se fosse com Regulus ou ele próprio.

Sendo Mary da Grifinória, esse logo era o assunto mais comentado na torre. As pessoas só falavam sobre isso e a relação entre os sonserinos e grifinórios só piorou mais ainda.

Para o Pam, Sirius, James e Peter foi o momento ideal para fazer mais marotagens com o pessoal da Sonserina e fazer com que Remus os ajudassem. Foi nesse época que eles levaram mais detenções, mas foram apoiados todas as vezes pelos colegas de casa, menos por Lily, que continuava a insistir que eles eram idiotas e arrogantes.

James cada vez mais tentava atrair a atenção de Lily, e depois, de uma vitória complicada contra a Sonserina no Quadribol, passou a ser considerado alguma espécie de herói do Quadribol, já que agora ele era o capitão do time.

Mas, Lily só era contra os outros porque Sev era da Sonserina. Para ela, foi uma época difícil, em que ela quase não podia se aproximar do amigo e que as amigas sempre questionavam a razão de ela ainda andar com ele. Era cada vez mais difícil para Lily manter uma amizade com o sonserino e isso a levou começar a se afastar.

Certo dia, eles indo para o Salão Principal, almoçar, andando lado a lado. E começaram uma discussão. Sev tinha chamado Lily para ir com ele até o lago para verem o por do sol juntos. Ela tinha dito que não podia. Que já tinha combinado com Dory, Lene e Alice de ir assistir ao treino de Quadribol.

Lily começou a se irritar quando ele insistiu que ela poderia fazer o que quer fosse com as amigas outra hora. Ela disse que não podia. Que Dory, Alice e Lene eram amigas dela e que ela não iria deixá-las na mão.

- Você disse que elas são suas amigas, mas e quanto a mim? Eu pensei que fôssemos amigos. - Sev disse - Melhores amigos.

- Nós somos, Sev, mas não gosto de algumas pessoas com quem você anda saindo! Desculpe-me, mas eu detesto Avery e Mulciber! Mulciber! O que você vê nele, Sev, ele é asqueroso! Você sabe o que ele tentou fazer com Mary Mcdonald outro dia?

Lily chegou a um pilar e encostou-se nele, olhando para o rosto magro e amarelado.

- Não foi nada demais. - Disse Snape. - Foi uma brincadeira, só isso...

- Foi magia negra, e se você acha isso engraçado...

- E as coisas que o Potter e seus amigos fazem? - Interpelou Snape. Sua cor novamente voltou quando ele disso isso, parecendo incapaz de segurar seu ressentimento.

- O que o Potter tem a ver com isso? - Disse Lily.

- Eles xeretam durante a noite. Tem alguma coisa estranha com aquele Lupin. Aonde ele sempre vai?

- Ele está doente - Disse Lily. - Eles dizem que ele está doente...

- Todo mês na lua cheia? - Disse Snape.

- Eu sei sua teoria - Disse Lily, e soou fria. - Por que você está tão obcecado com isso? Por que se preocupa com o que eles fazem durante a noite?

- Só estou tentando te mostrar que eles não são tão maravilhosos como todos pensam que são.

A intensidade de seu olhar fez Lily corar.

- Pelo menos eles não usam magia negra. - Ela baixou a voz. - E você está sendo mal-agradecido. Eu ouvi o que aconteceu na outra noite. Você foi xeretar aquele túnel sob o Salgueiro Lutador, e James Potter salvou você do que tinha lá embaixo...

O rosto inteiro de Snape se contorceu e ele explodiu:

- Salvou? Salvou?! Você acha que ele estava bancando o herói? Ele estava salvando o próprio pescoço e de seus amigos também! Você não vai. Eu não vou permitir que você...

- Me permitir? Me permitir?

Os olhos brilhantes e verdes de Lily pareciam fendas. O sonserino recuou imediatamente.

- Eu não quis dizer… Só não quero ver você fazendo papel de boba para… Ele gosta de você, James Potter gosta de você! - As palavras pareciam escapar contra a sua vontade. - E ele não é... todo mundo acha... grande herói do Quadribol... - A amargura e o desgosto de Snape despedaçavam-no incoerentemente, e as sobrancelhas de Lílian estavam cada vez mais levantadas em sua testa.

- Eu sei que James Potter é um idiota arrogante, - Ela disse, cortando Snape. - Eu não preciso que você me diga isso. Mas a idéia de humor de Mulciber e Avery é completamente má. Má, Sev. Eu não entendo como você pode ser amigo deles.

Lily não tinha certeza de que Sev tinha escutado as suas restrições quanto à Mulciber e Avery. No momento em que a ruiva insultou James Potter, todo o corpo do sonserino relaxou, e quando eles voltaram a caminhar, havia uma nova alegria nos passos de Sev.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem. Espero que tenham gostado.
BBK,
Cassie