-la Push Love escrita por Julie Cullen, Cau Paes


Capítulo 23
Capítulo 22 - Como pode?


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, estou atolada em provas, de castigo por causa das notas e sem tempo nenhum, mas vou tentar postar logo. Espero que gostem.



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  Acordei, ainda era de noite, tateei com a mão a cama, mas não havia nada.

-Jacob?  Falei abrindo os olhos e bocejando.

-Ele saiu. Foi conversar com o bando, mas já está voltando.

-Quem é? - procurei no quarto escuro.

-Sou eu. - ela parou na minha frente.

  Dei um pulo com a aparição repentina.

-Oi Cacau, não me assuste mais assim.

-Desculpa. - ela se sentou na cama.

-O Jake que pediu para você ficar aqui?

  Ela riu. Olhei no relógio, 05h02min, o horário que ela geralmente aparecia.

-O Jacob pode até pode até “acreditar” mais em mim, mas eu ainda sou uma “sanguessuga” para ele. Ele não gostaria de arriscar a sua vida mesmo confiando em mim.

-A ta.

-Julia, senta aqui. Preciso conversar com você.

  Me sentei ao seu lado, só que de frente para ela.

-Fale.

  Havia um ar de seriedade, uma coisa que nunca houve entre nós.

-A guerra será daqui a três dias. E eu...

  Ela deu uma pausa olhando fixamente em meus olhos. O mesmo frio de tristeza apareceu.

-E eu não vou poder mais te ver... - escapou uma lágrima.

-Mas por quê?

-Eu não posso ficar aqui, se eu ficar vou ter que lutar ao lado dos lobos e... a minha família não pode ficar sem mim. - ela falava desesperada - A Ana Luiza... O Peter - ela falou os últimos nomes a um fio de voz.

  Isso era verdade, eu não podia colocá-la contra a parede. Não podia fazê-la decidir entre nós e eles, oque já era de fato sido escolhido.

-Tudo bem - falei a abraçando.

  Ficamos ali, abraçadas, como duas irmãs em uma despedida.

-Só lhe pesso uma coisa. - falei olhando em seus olhos. - Não morra.

  Ela sorriu entre as lágrimas.

-E você não faça nenhuma bobagem - ela me deu um tapinha na cabeça. - Eu... eu tenho que ir. Tenho que falar com o Seth.

-Entendo.

 

  Demos mais um último abraço.
-Não se esqueça de mim - falamos uma para a outra.

-Nunca - e repetimos.

  Ela saltou a janela. Uma despedida tão avassaladora e em tão pouco tempo. Sinto como um pedaçinho de mim já estivesse ido embora. Mas era assim que tinha que ser. Vampiro versos Lobisomens.

-POR QUÊ? - gritei no meio do quarto.

  Me joguei na cama, secando as lágrimas com o meu travesseiro.

  Logo isso iria acabar. Uma hora tinha que acabar. Mas não no fim.
  Fiz minha higiene matinal.

  Desci e fui para a cozinha, abri a geladeira. Sempre mal abastecida. Peguei uma maçã, fui para a sala e me sentei olhando pela porta que no meio era de vidro, esperando-o.

  Fiquei algum tempo ali, já não tinha noção da hora, viajei um pouco em meus pensamentos, nas minhas lembranças. Tudo muito rápido, muito forte, muito sobrenatural... Mas eu prometi que iria participar da vida maluca dele, não que eu queira sair dessa vida mas é que... eu gostaria tanto que tudo isso fosse diferente. Que nada dessa loucura de lobisomem, vampiro existisse, que fossemos todos humanos, assim seria tão mais fácil.

  Escutei o meu celular tocar. Subi e o peguei na cama.

-Alô?
-Oi Ju. – ele estava ofegante.
-Oi Jake. Oque houve?
-Nada, é que eu estou correndo, fazendo uma patrulha.
-Entendi.
-É que eu queria te avisar que eu não vou poder te levar para a escola hoje. Tudo bem se for o Quil?
-Hum... Tudo bem.
-Ele vai se comportar. Eu prometo.
-Mas Jake... eu não quero ir. Não quero ir para a escola, por favor... eu quero ficar com você!
-Depois disso... nós vamos para algum lugar. Sozinhos. – falou baixinho – Eu vou te buscar no colégio, espero que não se importe de ir com o meu carro – a última frase ele falou mais alto.
-Não claro que não. Mas...
-Isso vai te distrair. Por favor.
-Ok.
-O Quil  já deve estar chegando ai. Nos vemos pequena.
-Te amo Jake – choraminguei.
-Também te amo Ju.

E ele desligou.

-JUJUBINHA!
-Fala Quil.

  Ele me abraçou apertado.

-Não consigo...respirar.
-Ah! Desculpe. – ele me soltou rindo.
-Vou me trocar.
-Ok, estou te esperando no carro.

  Subi e fui para o quarto do Jake.
  Depois de algumas noites aqui aprendi que devia deixar sempre uma trouxinha de roupa em seu quarto, por precaução.

  Coloquei uma calça jeans, meu All star preto que eu estava ontem, uma blusa de manga comprida branca e vi jogada uma blusa dele na cama. A peguei, era uma blusa de botões de meia manga verde clara e quadriculada, a joguei por cima da minha blusa branca e a amarrei.

  Prendi o cabelo num rabo-de-cavalo enquanto descia as escadas. Fui para fora da casa e entrei no carro.

-Oque o Jake está fazendo agora exatamente? – perguntei pelo simples fato de tentar quebrar aquele clima de silêncio, não gosto disso.
-Ela aqui pela área, pela circunferência de La Push, para depois ele passar para o Embry e vir ficar com você.
-Entendi.

  Sabe aquelas vezes que você fixa o olhar em um lugar e o tempo passa rápido e depois quando você se toca tudo já passou? Pois é, é assim que eu sinto que está sendo a minha vida.
  Chegamos no colégio e eu fui direto para a minha aula, com o Quil, depois que ele tomou o esporro do Jake por ter me deixado entrar sozinha no cinema ele nunca mais “falhou”.
  As aulas foram entediantes, dormi na de química e agora estou indo em direção ao meu armário – não, não é o Quil – pegar o dinheiro para o meu almoço.

-JULIA!  PERAÍ! – escutei de longe.

  Parei em frente ao meu armário – não, não é o Quil.
  Olhei, Devon, é claro.

-Oi – ele parou ofegante na minha frente e se apoiando nos joelhos.
-Oi, oque foi Devon?
-É que... eu queria falar com você. – ele olhou para o Quil.

-Quil, se importa?

  Ele que estava olhando tudo como se fosse uma novela se tocou e acenou que não com a cabeça e saiu, foi para o fim do corredor.

-Pode falar agora.
-É que bem... eu sei que você tem namorado e talz... só que eu tenho visto vocês meio que separados agora...

  Impressão dele, pois mais que nunca estamos com o relacionamento forte.

-Sei. Continua.
-Provavelmente, você vai querer ir com ele e talz... mas não custava, quer dizer, custa eu tentar eu falar com você sobre isso e sei lá quem sabe você aceite mas talvez não.

-Resume eu to com fome.
-Claro, é que bem... Você quer ir ao baile comigo?
-Hãn?
-É. Você quer ir ao baile? Comigo?
  Que pergunta mais absurda!
  Até saí para não lhe dar um bofete na cara, fui em direção ao Quil...

-Posso ir para casa?
-Hãn? Ah... Por quê? – ele perguntou coçando a cabeça.
-Por que eu to afim, ou o Jake não deixa? – perguntei com raiva e meio rude.
-Desculpa Julia, mas o Jacob disse que era para eu fazer você ficar a manhã e a tarde inteira aqui até que ele pudesse vir te buscar.
-HÃN? QUEM ELE PENSA QUE É?

  Fiquei com raiva sai batendo o pé até o refeitório.
  Comprei um monte de coisa mais não comi nada de tão aflita que estou, quero logo a minha caminha – a do quarto do Jake – e bater no meu namoradinho, ah esquece, ele não é meu namorado mesmo.

  Fui para as aulas, fiquei nas fileiras de trás escutando meu Ipod, uma coisa que eu faço desde os 12 anos na escola quando to sem saco.
  Os tempos forma passando mais rápido com a minha técnica de escutar música.
  O sinal bateu.

-Aleluia!

  Levantei-me já me preparando para a bronca que eu ia dar em Jacob, com a raiva que eu ia expelir hoje.
  Sai do prédio escolar e fui em direção ao meu carro, ao seu lado havia um Jacob montado em uma moto preta. Toda a raiva que eu estava sumiu por causa daquele sorriso ultra branco em sua face morena.

  Olhei para trás para o Quil, mas ele não estava mais ali. Mas vi o Devon apertando o passo para chegar a mim antes que eu chegasse ao Jacob.

  Cheguei à moto.

-Que moto é essa? – falei boba com a máquina e lhe dei um beijo.
-Minha, quer dizer, nossa. – falou abrindo um sorriso enorme e apontando para alguma coisa na parte de metal, aquela onde você segura para manejar.

  Está escrito: Jacob&Julia com um coração ao lado do meu A.

-Owwwn – lhe dei outro beijo e ele apenas riu.
-Vem, monta.
-Mas eu não sei...
-Você monta lobisomem e não moto? Me faz um favor Julia monta logo!

  E ele me puxou pela cintura, me ajeitei e segurei em sua cintura.
-Se segura!

  Me segurei mais firme em sua cintura e começamos a correr, aquele ventinho batendo em minha franja e esfriando as minhas bochechas.
  Corremos durante um bom tempo, não sei para onde ele está me levando e também não sei o por que, mas deve ser interessante.
  Colei minha bochecha esquerda em suas costas.
-Ta gostando? – ele gritou.
-To sim! Para onde nós vamos?
-Eu não sei!
 Corremos mais um pouco e voltamos.

  Ele parou em frente a uma trilha bem conhecida, a trilha par ao nosso lugar.

-Vem – ele saltou da moto e me puxou pela mão.

  Andamos um pouco em silêncio, abraçados pois estava bem frio. O calor do Jacob é alo tão.. Agradável.

-Sabe, eu queria conversar com você.. – ele falou se sentando na mesma pedra de sempre mas ao invés de me sentar em seu colo como ele sempre fazia ele me segurou pelos ombros e me fez sentar de frente para ele.

-Pode falar – falei com um sorriso no rosto.
-To meio nervoso, é melhor você me falar como foi seu dia hoje.
-Ta... – me lembrei do fato de ele ter mandado, repito, mandado o Quil me fazer ficar na escola – um saco né! Eu quis ir para casa, mas não pude é claro! Por que você – coloquei o indicador no peito dele – mandou o Quil me fazer de prisioneira.

-Julia... para, não foi bem isso, é para o seu próprio bem – falou ele tirando meu indicador de seu peito – eu não queria você por ai antes de eu mesmo inspecionar La Push.
-Jacob, que absurdo, por que disso? Antes você nem fazia isso. Você apenas me colocava com o segurança.
-Mas a situação mudou! A muito mais vampiros agora no comando do Luke! – ele começou a tremer levemente agora, não sei se pelo fato de estarmos brigando ou pelo fato do que ele acabou de falar. – e não é por que você quer ir para casa dormir que nós vamos atrapalhar todo o planejamento da sua segurança!

  Ele gritou comigo? Sem essa! Comecei a tremer de raiva, uma reação involuntária que peguei de tanto ver os lobos assim.

-Você nem sabe o por que de eu querer ir para casa!
-Sei sim! Só para dormir! Como na maioria das manhãs!
-Não Jacob! Por que o idiota do Devon me pediu para ir ao baile com ele sabendo que eu estou namorando você!

  Travamos os dois com a minha última frase.

-Quer dizer, que eu estou com você por que nem namorando a gente está!
-Quer saber! Então vai nessa porra desse baile com o Devon, não me importo nem um pouco! – ele estava quase com convulsões de tanta tremedeira, sei que aquilo era um símbolo de perigo mas a minha raiva estava tão grande que os meus instintos me deram alguma defesa que eu sei lá oque é que me deu coragem.
-Talvez eu vá! – gritei mais alto que ele e me levantei.

  Voltei pela trilha, só dei mais uma olhada para trás e o vi transformado em lobo indo em direção contrária a minha.

  Como ele pode ser grosso daquele jeito comigo? Ainda mais agora.


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Notas finais do capítulo

Esperto que tenham gostado logo vou postar o novo capítulo. Comentem porfavor. Amo Vcs.

Beijinhos.



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