-la Push Love escrita por Julie Cullen, Cau Paes


Capítulo 12
Capítulo 11 - Garagem


Notas iniciais do capítulo

O segundo capítulo como prometido *.*



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Eu estava ensopada, tremendo levemente de raiva e com frio. Jake estava me encarando, talvez ainda esperando uma resposta ou apenas me encarando, seu cabelo pingava.

-Vem, eu vou te levar para casa – ele tirava a jaqueta.
-A aula já vai começar, eu vou entrar – ele colocou a jaqueta sobre meus ombros–Eu NÃO quero isso – eu ia tirar mas ele foi mais rápido, segurou meus ombros mantendo a jaqueta.
-Você está ensopada. Não vou deixar você pegar uma pneumonia.
-Então vou no meu carro.
-Você não está em condição de dirigir. Está triste. – disse num tom melancólico.
-Eu não vou com... – no mesmo momento ele saiu me rebocando até o carro dele – ME SOLTA – eu tentava me soltar, burrice, ele é muito mais forte que eu.

  Me enfiou no banco do passageiro, deu a volta e se sentou.

-Tem alguém na sua casa? – ele ligava o carro.
-Não. Foram trabalhar, mas por que quer saber?

  Ele não me respondeu, dirigiu em silêncio sempre fitando o nada através do pára-brisa, pensando. Fiquei olhando minhas mãos entrelaçadas sobre meu colo, se não eu iria olhar para ele e esquecer que estava chateada e magoada, é sempre assim comigo.

-Chegamos – ele saiu do carro.
-Mas essa é a sua casa! – falei com a voz alterada, sem sair do banco do passageiro.
-Exatamente, eu não vou deixá-la sozinha.
-Antes só do que mal acompanhada – falei em português e saltei do carro.

  Jacob abria a porta, tentava, que com aquelas mãos enormes com as chavinhas era uma catástrofe.

-MERDA! – ele xingou.
-Que foi? – me preocupei.
-A chave quebrou, vamos lá para a garagem, lá tem roupas secas e é mais quente que aqui fora.
-Eu e você? Não! – ele ergueu as sobrancelhas.
-Julia, quer que eu te arraste novamente? – ele me ameaçou. Segurei no carro.-Okay, você que sabe.

Ele me pegou e me jogou sobre seu ombro, eu estava de bunda pra cima, com os cabelos nos olhos e com a cabeça para baixo, detalhe eu estava de saia, ele a segurou para não ver.

-AFF – eu bufei e ele apenas riu.

  Ele me sentou no sofá.
 
Aquele telhadinho de lage sempre me agradou, eu até me lembro da vez que eu reclamei de não ter aonde sentar então ele, não sei como, arranjou um velho sofá e carregou sozinho até aqui. Só para eu ter aonde sentar.
 
Ele tirou a camisa, e é claro que eu não resisti fiquei olhando aquelas costas musculosas e aqueles braços...

-Toma, eu viro para você se trocar – ele me tacou uma camisa de mangas cinza ENORME.

  Ele colocou uma camiseta preta e se virou de costas para mim.
 
Tirei a jaqueta, depois o casaco que estava ensopado, minha blusa, ficando só de sutiã. Coloquei a blusa que ele me deu e tirei a saia, a blusa cobria acima de um palmo do joelho. Coloquei a jaqueta sobre minhas pernas.

-Ta pronta?
-To sim – ele se virou e se sentou ao meu lado.

  Me encolhi no sofá por causa do frio. Jake se aproximou mais do meu corpo e passou o braço sobre meus ombros, o empurrei mas nada adiantou e estava tão quentinho com ele ali então o deixei e me aconcheguei, sem preocupação com meu orgulho.

-Precisamos conversar – falou sério, me olhando nos olhos.
-Sobre? – o encarei também.
-Por que você foi encontrar o Devon? Você está saindo com ele? – ele parecia meio triste com a possibilidade – Eu vou entender se estiver, pelo menos vou tentar.

Ta isso vai ser vergonhoso.

-Eu não estou saindo com ele, eu fui hoje lá por que pensei que fosse você  que tivesse me mandado o bilhete para me encontrar.
-Ele te mandou um bilhete? Você acha que eu sou tão piegas assim? – falou rindo.
-Sinceramente – me levantei o encarando – achei sim, pensei que você – apontei para ele – quisesse se desculpar por me abandonar todos esses dias!
-Julia, para de besteira – comecei a lacrimejar.
-Jake, você realmente não quer nada sério comigo? E só me ama como amiga?
-Claro que não – ele se levantou e me abraçou – Eu te amo muito, muito mesmo, a um ponto que você não possa nem imaginar, é só que ainda não é a hora certa – eu estava chorando sobre seu peito largo.
-Quando vai ser a hora certa? Quando Jake? Quando?
-Logo. É que agora o ban... a reserva está precisando de mim – ele levantou o meu rosto para limpar as lágrimas e me deu um selinho.
-Eu vou para casa – falei já colocando a saia e calçando minhas botas – amanhã eu te entrego a blusa.
-Se você prefere assim – falou com uma voz entristecida. Olhei para ele.
-A gente se vê Jacob.

  Fui para casa caminhando de baixo da garoa que agora caía. Subi direto para meu banheiro, tirei a roupa e entrei debaixo d’água quente, fiquei um tempo sem pensar nada só aproveitando. Decidi ir a Seatle ver um filme, quanto mais longe possível de La Push melhor. 
  Sequei-me, coloquei minhas sandálias de salto brancas, uma calça jeans, uma blusa tomara-que-caia e fiz um rabo-de-cavalo. Peguei minha bolsa de couro branca e joguei todos meus pendurica-lhos. DROGA, meu carro ta na escola. Olhei pra fora da janela e ele estava ali paradinho na porta de casa.
  Desci correndo as escadas, toda vez que eu estou triste vou sozinha fazer algo e acabo melhorando Entrei no carro, no banco havia outro bilhete.

 “Jacob pediu para que eu trouxesse seu bebê.

                              Seth. “

  Fui para Seatle, coloquei um CD e fui escutando Paramore a 120 km/h.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Comentem, postarei logo :D