Percy Jackson E A Revolta De Poseidon escrita por Dellair


Capítulo 9
Capítulo 9 - Pegamos um ônibus


Notas iniciais do capítulo

Hey gente, demorei muito dessa vez? Well, um tempo aceitável u.u no me matem.
Hm, essa capítulo foi muito legal de escrever, dá pra conhecer um pouco mais da Alexa e tem um tiquinho de ação, espero que gostem
Ok, parei de enrolar, nos vemos lá embaixo e tem aviso!



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Fechei o zíper da mochila lentamente. Sairíamos em missão naquela manhã e eu não podia estar mais ansioso, para dizer o contrário.

Não, na verdade, eu até estava esperando que tudo começasse logo, para acabar o quanto antes também. Oito dias. Um calafrio percorreu meu corpo. Passei a mochila pelos ombros e sai do Chalé de Poseidon em direção à colina meio-sangue, mais precisamente ao antigo Pinheiro de Thalia, sem nenhuma animação ou fome para o café da manhã.

Fiquei assobiando sob a sombra do Pinheiro e com a companhia de Peleu pelo que me pareceu alguns minutos, quase uma hora. Uma espécie de plano tentando se formar em minha mente, mas como eu disse tentando.

Nico chegou acompanhando do de Stella algum tempo depois, a filha de Demeter me olhava algumas vezes e eu não entendi por que. Mas decidi deixar para lá. Nico pouco falou.

Alguns minutos depois Annabeth e Thalia vinham conversando sobre não sei o que e Alexa vinham mais atrás, meio cabisbaixa. Quíron chegou quase no mesmo momento que as meninas alcançaram a colina, seguido por Rachel.

– Heróis – Quíron começou, formalmente. – Como vocês ouviram da profecia, devem ir para o oeste, não necessariamente visitar Hades. – assinalou ele e Nico bufou. – Não tentem levar a profecia ao pé da letra, muitas vezes ela é apenas uma metáfora e Annabeth, criança, as respostas veem lentamente, não engula todo mistério de uma vez.

Foi à vez de Annie bufar, mas ela assentiu uma vez.

– Tenham cuidado – Rachel disse com a voz meio sombria. – É sério gente, isso não me parece que vai acabar rapidamente. – e depois ela sorriu toda contente. – Me tragam um souvenir, preciso decorar minha caverna.

Thalia riu, e Alexa a acompanhou, soltando uma risada meio nervosa.

Nos despedimos de Quíron e Rachel, Stella se despediu de Nico, que parecei meio distante no processo.

Esperamos Argos que nos levaria até algum lugar onde pudesse apanhar um ônibus. Depois de rodar por alguns minutos para longe do Acampamento Meio- Sangue, Argos nos deixou, piscando todos os seus olhos, numa das poucas paradas de ônibus naquela estrada, refazendo seu caminho para o Acampamento.

– O que fazemos agora? – perguntou Alexa incerta.

– Temos que pegar um ônibus para Manhattan e depois arranjar uma forma de chegar ao oeste.

– Assim, uma perguntinha inocente: o oeste é bem extenso, como vamos descobrir onde está o tridente? – Thalia indagou.

– Pensamos nisso depois – eu comecei. – Primeiro, precisamos chegar à Manhattan, como disse Annabeth.

Meus amigos assentiram. Ficamos na parada durante quase uma hora, Thalia já estava impaciente, Nico começava a ficar estressado por conta dela e minha cabeça parecia que ia explodir pelos dois. Annabeth lia um livro sentada na chão e Alexa cantarolava alguma música baixinho.

– Aaaargh! Você pode, por gentiliza, parar com esse negócio?! – Nico soltou depois de tanto observar Thalia estalando os dedos.

– O que você quer dizer? – ela estalou os dedos mais algumas vezes, e sua voz era falsamente inocente. – Isso?

– É – o filho de Hades sibilou.

A caçadora continuou a estalar os dedos, e minha cabeça doeu quando Nico segurou as mãos dela nas dele.

– Para. Com. Isso. – disse ele mortalmente. Thalia lhe fuzilou com os olhos. A filha de Zeus abriu a boca e eu já sabia que eles iam acabar brigando.

Don't wanna be an American idiot. – cantou Thalia bem na cara de Nico, que ficou vermelho quase que instantaneamente.

Don't want a nation under the new midia. – continuou ela, Annabeth ainda lia seu livro e até Alexa estava alheia aos dois.

Nico soltou as mãos dela e virou-se de costas.

And can you hear the sound of hysteria? – insistiu a caçadora, balancei a cabeça.

Meu amigo filho de Hades tapou os ouvidos, eu ri da infantilidade dos dois.

The subliminal mind...

– Olhem – interrompi a cantoria de Thalia e apontei para o fim da estrada, por onde via um ônibus. Ela parou de cantar imediatamente e Annabeth se levantou, tirando a sujeira do short e guardando o livro na mochila. Alexa prontamente se voluntariou para chamar atenção do motorista. Ficamos só analisando quando ele parou.

A filha de Afrodite conversou rapidamente com o motorista, utilizando-se do chame de sua mãe e logo estávamos dentro do veículo. Nico se dirigiu rapidamente para o fundo e Thalia puxou Annabeth para uma cadeira à frente dele. Sentei com Alexa nos acentos ao lado do das garotas.

Esquadrinhei o ônibus quase cheio a procura de perigo, não queria que, de repente, algum monstro atacasse a mim e a meus amigos. Não havia nada que gritasse claramente “sinto cheiro de semideuses, sou um monstro, prazer”, contudo mantive-me alerta.

Nico pôs os fones de ouvido, Annabeth voltou a ler seu livro, Thalia a estalar os dedos, Alexa a cantar e eu encostei minha cabeça no vidro do ônibus, uma das mãos próxima à cintura, pronta para pegar Contracorrente caso algo acontecesse.

– Você não fica nervoso? – Alexa perguntou de repente. – Digo, de sair numa missão... E principalmente essa, que é para te salvar.

– Não é só a primeira vez que acontece – eu respondi sorrindo de lado. Alexa assentiu. – Relaxe, estamos todos juntos nessa.

– É só que tenho a sensação de que algo vai dar errado.

Eu tentei pensar em algo inteligente e divertido para acalmar Alexa, enquanto eu mesmo tinha a mesma sensação.

– Você está com três filhos dos três grandes, além de Annabeth. – eu ri um pouco. – O que pode dar errado?

E a resposta veio logo em seguida. Eu tinha que ter uma boca de praga, porque foi só eu terminar minha frase e sentir Annabeth me fuzilando com os olhos que o ônibus parou.

Os passageiros da frente começaram a descer apressados, junto com o motorista. Meus amigos e eu nos levantamos quase que ao mesmo tempo, Annabeth ainda me olhando mortalmente e fechando o livro com força.

– O que foi? – Nico perguntou alheio a tudo, logo tirou os fones de ouvido.

– O cabeça de algas ali, super esperto, perguntou o que podia dar errado! – disse estupefata.

Thalia me deu uma tapa na nuca e antes que eu pudesse sequer revidar, a caçadora fixou o olhar num ponto atrás de mim, do lado de fora do ônibus.

– Ei, garotos, vocês não vão descer? – o motorista gritou do lado de fora do automóvel.

– Oh-oh – Nico murmurou seguindo o olhar de Thalia.

Me virei ao mesmo tempo em que a lataria do ônibus balançou, tentei me manter de pé buscando apoio nos acentos vermelho-escuros do veículo.

No instante seguinte, eu não sentia mais o chão do ônibus sob meus pés, eu estava girando, alguns pedaços de vidro se chocando contra meus braços e pernas, minha mão voou logo para o bolso traseiro da calça, buscando Contracorrente. Peguei a caneta-espada e antes de sequer poder destampa-la, minhas costas se chocaram contra uma das poltronas do ônibus e eu arfei. Senti alguém ao meu lado e busquei a mão dessa pessoa.

– Percy?! – Annabeth gritou em meio ao alvoroço do ônibus.

Apertei sua mão, como para afirmar.

Quando paramos de capotar, eu nem sabia se estávamos mais na estrada ou no meio das árvores que serpenteavam a rota principal.

– eu vou matar o Percy – Thalia bradou. Já percebeu como a culpa sempre é minha? Escutei uma risada do meu lado direito e acabai identificando-a como de Nico. Primos da onça.

Levantei-me cambaleante e procurei uma saída no ônibus mutilado. Quando o ar fresco da pequena campina penetrou minhas narinas, eu não me senti aliviado. Busquei apoio na lataria do ônibus e ajudei Annabeth a sair, em seguida Thalia e Alexa, por último Nico.

– O que é esse monstro? – a voz de Alexa vacilou.

Annabeth balançou a cabeça, olhando para Thalia e esperando uma resposta. Fiz o mesmo para Nico.

Antes mesmo que pudessem responder, a criatura correu da vegetação que nos margeava, eu puxei na memória um nome para a besta. Ele tinha a cabeça de uma águia, patas munidas de garras afiadas e asas cobertas com penas de tonalidade marrom e cinza, porém o resto de seu corpo possuía o físico de um cavalo, também marrom.

Sequer pude concluir o pensamento sobre o monstro a minha frente, quando Annabeth, Thalia e Nico sussurram em perfeito uníssono:

– Hipogrifo.

Alguns trechos de diferentes histórias me vieram à mente, em todas, a espécie a minha frente sendo, na maior parte, do mal e com habilidades magníficas. Pouquíssimas que eu me lembrasse, o Hipogrifo era amigável.

– O que fazemos agora? – indaguei lentamente numa voz quase inaudível.

Vi o Hipogrifo arrastas as patas da frente algumas vezes, preparando para atacar. As órbitas de seus olhos mirando-nos, a cor preta intensa nos encarando. Estremeci, involuntariamente.

– Escutem com atenção. – Annabeth começou sussurrando. – Nada de movimentos bruscos e evitem encará-lo nos olhos, ele pode levar isso como uma afronta.

Rapidamente desviei os olhos.

– Não temos onde nos esconder, então o máximo que podemos fazer é mata-lo e o mandar para o tártaro, o que será bem difícil considerando que o Hipogrifo está bastante alerta, pronto para atacar; ou podemos fugir.

Engoli em seco, meu pequeno ego diminuindo com a palavra fugir. Mas Annabeth manteve a postura firme e respirou lentamente antes de continuar.

– Nico, você pode invocar alguns cavaleiros-esqueleto para distraí-lo? Thalia e Alexa corram o mais rápido possível à...

– Direita – Thalia ajudou. – O vento é mais fraco para lá, então é mais próximo da cidade. – a caçadora disse.

Eu não fazia a mínima ideia do que dos ventos ela estava falando, mas passar um tempo com Ártemis e na Caçada, e como bônus sendo filha de Zeus, devia ajudar na sobrevivência.

– Certo, direita. – concordou Annie. – Percy e eu vamos ficar aqui para se Nico precisar. Ao meu aviso... – murmurou.

Esperamos o Hipogrifo empinar as garras/patas traseiras e balançar a cabeça de ave, para Annabeth berrar:

– Agora!

Thalia e Alexa correram na direção marcada ao mesmo tempo que os esqueletos do filho de Hades surgiram do subsolo. Preparei Contracorrente enquanto Annabeth aparava Nico, um tanto mais pálido que o normal.

Ela o arrastou até a entrada na floresta, onde Thalia e Alexa esperavam ansiosas. Mantive um pouco a frente, andando de costas à eles, observando o Hipogrifo que acabava velozmente com os guerreiros de Nico.

Quando nós cinco estávamos já na estrada da floresta, um som furioso veio do Hipogrifo. O grito era semelhante a um pio de uma ave qualquer, que começava estrangulado, mas acabou com um meio relincho autentico de um cavalo.

Esperamos Nico recuperar o folego e corremos adentrando as árvores. Minha intuição me dizia que aquela não era a última vez que veríamos o Hipogrifo.


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Notas finais do capítulo

Primeiramente, desculpem qualquer erro de ortografia ou coerência, tipo, assim que acabei vim logo postar.
Porque, até eu estou surpresa, levei três dias pra escrever esse capítulo, dias partidos, sempre que eu parava, perdia a empolgação. Mas ai antes de ontem e hoje, a inspiração bateu e cá estou eu!
O que acharam? A verdade, hein! kkkkkkk. Sério, preciso da opinião de vocês, deixem reviews e, quem sabe, recomendem! Isso me motiva a escrever melhor e mais rápido.
O aviso que eu falei é sobre o trailer da fic e outra coisinha, mas amanhã eu trago tudo "formalmente" e aviso direito a todos, porque vai ser importante.
Então, comentem! Recomendem! Conversem Comigo T.T, kidding, bem-vindos novos leitores e antigos, bora sair da escuridão;
Nanda.
Ps.: A Thalia cantou "American Idiot" do Green Day para o Nico *0*



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