Percy Jackson E A Revolta De Poseidon escrita por Dellair


Capítulo 11
Capítulo 10 - Andamos em círculos


Notas iniciais do capítulo

There's someone out there?
Ok, ok, eu mereço todos os abandonos e xingamentos; mas eu expliquei porque a demora, certo? Não pensei que estudar o dia todo fosse tão difícil, mas chego em casa e estou morta de cansada e tive provas, assuntos complicados e ainda teve umas doideiras ai com a minha família e enfim, eu não tive muito tempo e sempre que tinha tempo ia estudar e, quando estava cheia, ia tentar escrever. Por fim, ficava tão cansada que não gostava do capítulo e reescrevi mil vezes! Mas hoje eu decidi postar e recomecei do início e terminei correndo pra conseguir postar.
Espero que gostem, tem ceninha Percabeth e o Percy narra.
Boa leitura.



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Andamos por tantos metros, que na primeira clareira que encontramos, montamos um pequeno acampamento, onde ficaríamos apenas uma hora ou duas, pra recomeçar a caminhada.

Nico se jogou na relva assim que Annabeth anunciou que pararíamos um pouco, acho que o esforço de trazer os guerreiros-esqueletos exigiu muito dele. Thalia se encostou numa das árvores que nos margeava. Annabeth voltou a ler e Alexa passeava de um canto ao outro, sempre cantando. No fim, Alexa acabou acalmando a todos nós com sua voz melodiosa, além de si mesma.

Peguei uma garrafa d’água na mochila e fiquei brincando com a água contida nela, fazendo diversas formas com ela.

- Precisamos ir – Annabeth anunciou, fechando seu livro abruptamente. – Não podemos perder tempo.

Ela não nos esperou nem assentir, e já se pôs de pé. Thalia e Nico fizeram o mesmo. Alexa, já de pé, se aproximou de mim e eu fiz um movimento colocando a agua flutuante de volta na garrafinha. A filha de Afrodite estendeu a mão, me ajudando a levantar. 

- Para onde vamos? – indagou ela.

- Temos que chegar a Manhattan e de lá, pegar um trem para o oeste.  – respondeu Annabeth.

Thalia tomou a frente, nos guiando por dentro da floresta. Ocasionalmente, virávamos à direita numa curva por entre as árvores. Quando pensava que havíamos finalmente chegado, andávamos mais um pouco.

Depois de quase meia hora só andando, nos deparamos com uma clareira cercada por diversas árvores. Annabeth exclamou, depois avançou Thalia e deu um giro, observando lentamente o local, murmurando coisas desconexas.

- Como voltamos para cá? – perguntou em voz alta.

- Como assim? – perguntei quase automaticamente.

Nico me olhou de soslaio.

- É a mesma clareira onde estivemos antes – disse-me.

- Não pode ser! – Thalia bateu o pé. – Andamos demais para voltar para cá! Seguimos o ar em direção à cidade!

Alexa mordeu o lábio inferior, para depois falar:

- A floresta deve se estender por vários quilômetros. Pode haver várias clareiras iguais a que estávamos, assim como as árvores parecem as mesmas. Poder ser só coincidência.

Nos cinco nos calamos, pensando nessa possibilidade. Porém, coincidência para meio-sangues era uma coisa muito difícil, por mais que a teoria de Alexa pudesse estar certa.

- Vamos marcar esta clareira. – propôs Annie, depois a mesma tirou uma fita vermelha da mochila e andou até uma das árvores, passando a fita pelo tronco e dando um nó. – Se for a mesma clareira, saberemos pela fita.

Nós concordamos e voltamos a sair da clareira. Andamos apressadamente por entre as árvores, esbarrando em galhos e pisando em folhas secas.

Já estávamos cansados quando pisamos na grama de uma clareira. Praguejei em grego antigo quando vi, pela visão periférica, a fita de Annabeth prendida a uma das árvores. Thalia chutou uma pedra.

- Estamos andando em círculos! – exclamou frustrada.

Annabeth girou a cabeça pela clareira e se aproximou da fita.

- Isso não é possível – disse ela perdida em pensamentos.

- Thalia, você tem certeza que estava indo na direção certa? – indagou Nico.

- É claro! Já disse, o ar fica mais fraco na direção da cidade – disse minha prima, meio rude.

- Não estou questionando isso, mas você pode ter errado. – replicou o filho de Hades.

- Olha aqui, menino morte...

- Parem vocês dois – cortou logo Thalia e Nico que já se preparavam pra mais uma discussão, Nico ficou vermelho e Thalia cruzou os braços. – Precisamos sair dessa floresta, nosso tempo esta correndo. – avisei-lhes.

- Vamos tentar sair daqui – disse Alexa, que se manteve calada até o momento. – Mais uma vez, nós cinco podemos tentar guiar dessa vez.

- Certo. – eu concordei por todos e nos recomeçamos a andar em direção as árvores, novamente, cada um tentando se guiar de alguma maneira para sair da floresta.

Quando devíamos seguir pela direita, o que fizemos nos duas outras vezes, Annabeth e eu seguimos pela esquerda e nossos amigos nos seguiram. Caminhamos numa trilha quase apagada e depois de muitos metros, avistamos uma clareira entre as árvores.

Na margem da tal clareira, estudamos o lugar. Thalia soltou um grito e apontou para uma árvore do outro lado, rindo de nós, estava a fita vermelha de Annie. Nico chutou o chão e até Alexa soltou um palavrão.

- Esperem! – Annabeth soltou apressadamente.

Fizemos o que ela pediu e, muito pacientemente, ficamos calados, esperando por o que quer que fosse que ela tinha que dizer.

- Talvez nós não devamos sair daqui. – a olhei confuso, assim como os outros. – Digo, mudamos nossa direção e mesmo assim acabamos voltando para esta clareira. E se algo, ou alguém, não quiser que saiamos daqui?

- O que seria isso, ou quem? – Thalia perguntou quase concordando com Annie.

- Bem, já que não podemos sair daqui, o máximo que podemos é esperar. Daqui a pouco vai anoitecer e não teremos muito que fazer. Vamos montar o acampamento aqui e amanhã de manhã, se nada acontecer, bolaremos um plano.

Assentimos a seu plano. Thalia, Alexa e Annabeth juntaram-se para “arrumar” a clareira para nosso acampamento e eu puxei Nico em direção à floresta, para pegarmos alguns gravetos para a fogueira.

- Como vamos saber por onde voltar? – perguntou Nico enquanto nos afastamos das garotas.

- Se Annabeth estiver certa, vamos ser guiados para lá de alguma forma – respondi.

Fomos andando em busca dos gravetos e parávamos somente para recolhê-los, quando tínhamos uma quantidade razoavelmente boa, Nico e eu nos dirigimos na direção do acampamento.

- Você esta agindo estanho – comentei depois de alguns minutos de silencio. Nico mordeu o lábio inferior antes de responder.

- Como assim?

- Não sei, só estranho... Principalmente perto de Thalia. – analisei. Nico não respondeu, só balançou a cabeça minimante.

- Você já falou com Annabeth? – o filho de Hades mudou de assunto.

- Sobre o que? – pisquei para ele. Nico me olhou pelo quanto dos olhos

- Você não soube? – neguei com um aceno de cabeça. – Stella me contou que Annabeth terminou com Mike. E isso foi antes de sairmos nessa missão.

Pensei sobre isso e Nico não falou mais nada até chegarmos de volta a clareira. Lá, as meninas já tinham ajeitado os sacos de dormir e tirado alguns comidas da mochila e dividido, como uns biscoitos e água.

Entregamos os gravetos que serviriam de lenha para Annabeth e me sentei num tronco de arvore derrubado num dos cantos da clareira, Annabeth começou a fazer a fogueira a apenas alguns metros de mim.

Nico tirou seu Ipod do bolso e se afastou de nós, indo para uma das extremidades da clareira. Thalia quase que imitando seu movimento, também foi para uma das extremidades e Alexa, carregando um caderno pequeno e uma caneta, se movimentou para uma das pontas também. Formávamos quase um quadrado, o que era ótimo para o caso de algum monstro aparecer; estaríamos esperando preparados.

Quase peguei no sono observando Annie fazendo a fogueira, o que ela fazia sem pressa. Quando acabou, o sol já estava se pondo no horizonte. Estranhei, pois no verão, o dia costumava durar mais, só que sem relógio, era difícil dizer que horas eram exatamente.

Comemos nossos biscoitos e dividimos algumas barrinhas de cereal, assim como a água de duas garrafas.

Depois do jantar, arrastamos os sacos de dormir para próximo da fogueira e decidimos quais seriam os turnos para cada um.

- Podemos nos dividir em uma hora e meia pra a vigília – ofereceu Thalia. Nós concordamos.

- É melhor nos organizamos em duplas, porque será mais fácil se algum mostro aparecer. – disse Annabeth.

- Mas somos cinco – Alexa interrompeu.

- Bem... – Annie franziu o cenho. – Que tal, por exemplo, eu fico com o Percy durante uma hora, e vou dormir, acordando Thalia, depois de uma hora, Percy vai dormir e acorda Nico, depois Thalia vai dormir e acorda Alexa, depois Nico vai dormir e me acorda, depois Alexa vai dormir e acorda o Percy.

- É, assim parece funcionar – analisou Alexa. – Todos ficam acordados duas horas e podem dormir depois.

- Pronto – finalizou Thalia e depois bocejou. – Agora eu vou tirar um ronco e Annie e Pers ficam de guarda. Noite.

Thalia se enfiou num saco de dormir e tão logo se encolheu no mesmo, tão logo pegou no sono, ressonando tranquilamente. Nico e Alexa se dirigiram cada um para um saco de dormir e eu me recostei a um tronco de arvore, Annabeth pegou algo dentro de sua mochila e se aproximou de mim, sentando-se ao meu lado.

Annie abriu o livro de arquitetura numa página marcada e começou a ler a luz do fogo.  Sem ter o que fazer, e me sentindo meio ignorado, tirei Contracorrente do bolso e comecei a brincar com a caneta, passando-a entre os dedos de uma mão.

Limpei a garganta, tentando chamar a atenção de Annabeth.

- Quê? – perguntou sem tirar os olhos do livro.

- Você terminou com o Mike. – afirmei, quase a acusando.

- Isso não é uma pergunta – disse ela. Balancei a cabeça e encarei o fogo crepitante a minha frente.

- Só fiquei me perguntando o porquê – eu disse hesitante.

Annabeth não falou nada. E eu continuei encarando a fogueira feita pela mesma a minha frente. Ficamos mais uns segundos em silêncio, Annabeth focada no livro e eu desviando minha atenção dela para o fogo.

- Não achei... que eu deveria ficar com ele – Annie começou. – Se eu não gostava dele... de verdade.

Voltei-me para Annabeth e ela estava me observando. Não sei por quantos minutos ficamos apenas no escarando, mas fui o primeiro a tornar a olhar para frente. Um vento frio balançou as folhas das árvores e Annabeth se levantou, abraçando o próprio corpo. A filha de Atena foi até sua mochila e guardou o livro de arquitetura, pegando dessa vez um cobertor e voltou a se sentar ao meu lado, seu ombro quase tocando o meu.

Assisti Annie cobrir-se com o cobertor e, quase instintivamente, passei meu braço sobre seu ombro, sem encará-la, entretanto. Como resposta, Annabeth deitou a cabeça em meu ombro.

Encostei a cabeça no tronco da árvore e olhei para o céu acima de nós. Não falamos nada, fiquei sem entender o que aquilo significava, mas estava O.K. para mim.

Thalia se remexeu no saco de dormir e revirou-se no mesmo. Isso desviou minha atenção de Annabeth respirando próximo ao meu pescoço para as margens da clareira. Os arbustos e as plantas baixas num dos lados balançou, mesmo sem vento.

- O que tem ali? – sussurrei baixinho, bem perto do ouvido de Annabeth. A mesma levantou a cabeça minimamente e eu apontei discretamente para o local onde os arbustos se mexeram.

- Deve ser só um animal selvagem – murmurou Annabeth de volta, mas em alerta.

Continuamos encarando aquele pedaço próximo à fita vermelha de Annie e quando os arbustos se mexeram novamente, eu apertei meu braço ao redor do ombro de Annabeth e esta puxou a faca da bainha na cintura. Segurei Contracorrente mais firme.

Quando uma luzinha fraca e avermelhada chegou até nós, de dentro da floresta, eu suspirei. Aparentemente, não teríamos um momento de tranquilidade.


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Notas finais do capítulo

O que vocês acharam? Mereço reviews? Digam o que acharam, se gostaram, se não.... Enfim, comentem e recomendem, vou tentar postar mais rapido o próximo capítulo, mas não prometo nada, porque essa semana é de provas e depois é a recuperação, ai já viu ne... Enfim
Espero que me perdoem pela demora e recomendações e reviews são bem-vendos. O próximo capítulo vai ter surpresa e umas briguinhas :3 adoro!
Comentem! E se alguém lê Paraíso Proibido, amanhã tem capítulo novo. Se não lê, dê UMA chance.
Recomendem, to implorando T.T
Feliz sábado *0*
Ah, desculpem os erros de português, escrevi o capítulo num dia só e correndo!