Percy Jackson E A Revolta De Poseidon escrita por Dellair
Notas iniciais do capítulo
Enjoying!
Sabe quando você pensa que vai tudo acabou e agora vai ter um pouco de paz? Eu não posso nem me arriscar a pensar nisso, já que como semideus, pensamentos positivos atraem perigos e monstros.
Meu nome é Percy Jackson. Tenho 16 anos. Sou semideus, filho de Poseidon, deus dos mares. Salvei o mundo cinco vezes, recusei a proposta de ser um deus (nunca pensei no deus que eu poderia ser mesmo). Fiquei com a garota, bem, por alguns meses pelo menos.
Algumas coisas mudaram desde o ano passado, quando salvei Manhattan e o mundo do rei dos titãs, Cronos. Primeiro, Annabeth e eu terminamos. Quando visitamos o Olimpo, para conferir a reforma de Annabeth, e depois fomos ao acampamento tivemos uma discussão que virou uma briga, e nós acabamos. Mas não se preocupem, eu ainda a amo com todo meu corpo que contém 95% de água.
Meus amigos, Grover e Thalia estão pelo mundo, ele sendo o senhor do mundo selvagem e coisa e tal e ela é tenente das caçadoras da deusa Ártemis, respectivamente. Nico ficou no acampamento depois que o chalé de Hades foi construído.
Quando cheguei ao apartamento, depois da aula, cumprimentei minha mãe e me dirigi ao meu quarto. Arrumei rapidamente minhas coisas na mochila, troquei a camisa verde pela do acampamento e pus uma jaqueta por cima. Antes de ir olhei para a foto na mesinha ao lado de minha cama.
Éramos eu e Annabeth abraçados perto do lago de canoagem. Ela estava linda, molhada dos pés a cabeça, seus olhos acinzentados sorrindo para a câmara. E eu era um palhaço perto dela, um sorri bobo no rosto e seco, diferente dela.
Fui na cozinha despedir-me da minha mãe.
- Eu já vou por acampamento – avisei vendo-a cozinhar.
- Tome cuidado, meu filho – ela veio me abraçar. – Nada de missões muito perigosas.
Eu ri um pouco com sua preocupação e voltei ao meu quarto. Pela escada de incêndio fui até o telhado.
Peguei no bolso um apito estreito e marrom. Um presente de um filho de Hefesto. Assoprei com forçar e esperei, olhei para o céu e identifiquei uma mancha preta se aproximando.
Quando estava mais perto, consegui distinguir a forma de um cavalo com asas, um pégasos negro.
Chamou Chefe? Blackjack perguntou.
- É, pode me levar até o acampamento? - pedi. - E não me chame de chefe.
Claro, chef... finho! Blackjack.
- Vamos logo! - Montei e ele alçou vôo.
Nova Iorque ficava muito embaixo para me concentrar no barulho constante, então decide só sentir o vento e não pensar em nada, nem ninguém.
O tempo passou rápido demais e de repente já estávamos no acampamento. No antigo pinheiro de Thalia, Blackjack pousou graciosamente.
- Obrigado! - Agradeci.
Desci a colina e em direção à Casa Grande.
Encontrei alguns amigos campistas e quando estava quase na varanda da Casa Grande uma garota muito, muito linda me surpreendeu. Tinha cabelos castanhos e olhos pretos, vestia short jeans e camiseta do acampamento. Seu rosto era familiar.
- Você deve ser o Percy – ela adivinhou. Afirmei com a cabeça, a garota desceu os degraus da varanda. – Meu nome é Alexa West, Quíron mandou eu te esperar e avisar que é pra você ir à arena.
- Ok. – Alexa veio para meu lado. Puxei assunto – Então, que é seu pai ou mãe?
- Não sei, cheguei ontem ao acampamento.
Eu parei e Alexa passou a minha frente, depois parou também.
- Quantos anos você tem? – Ela me olhou confusa.
- Fiz dezesseis semana passada. Por que?
Pensei no meu acordo com os deuses, Alexa tinha passado três anos correndo perigo e nenhum dos deuses assumiu a responsabilidade por ela.
- Er, nenhum dos deuses te reclamou ainda e você tem deze...
- Eu sei, Quíron me falou do seu pedido e toda a guerra contra os Titãs. Eu já devia ter sido reclamada há três anos...
Voltamos a caminhar.
- Quem trouxe você até aqui? – perguntei.
- Eu cheguei sozinha
- Como? – perguntei surpreso
- Eu tive um sonho, ele me mostrou o caminho até aqui.
Alexia sacudiu a cabeça, como se a ideia fosse impossível até para ela. Mas eu sabia o poder de sonhos de meio-sangues.
- Hum – foi a coisa mais inteligente que eu consegui dizer. Olhando a melhor, eu já a tinha visto, mas não me lembrava onde.
Chegamos até a arena e uma garota loira com olhos azuis veio nos receber, ela se dirigiu primeiro a Alexa.
- Lexis, a Daphenie quer muito seu autografou, mas tá com vergonha de pedir, então eu vim aqui – ela tirou uma caneta e um pedaço de papel do bolso traseiro – Ah, oi Percy!
Eu reconheci a garota como Gabrielle, filha de Apolo.
- Ok, Gabbe – Alexa assinou seu nome e devolveu a folha. Gabriela foi embora. Fiquei olhando para Alexia e me lembrei de onde a tinha visto. Abri a boca para falar, mas ela me interrompeu.
- Você foi o mais devagar de todos. É eu sou Alexa West, a tal cantora... – ela riu.
- Desculpe, não lembrei de onde te vi. Você é mesmo semideusa?
Alexa West era uma cantora de rock que Thalia gostava de ouvir quando estava triste, pois algumas músicas eram lentas, Annabeth e eu tivemos que ouvir também, não que fosse ruim, ela cantava muito bem.
- Sim, e eu já sabia desde os dez anos, meu pai me contou. Um monstro matou meus pais quando eu tinha doze anos, meu pai e minha madrasta.
- Você não é filha de Apolo, pela habilidade com a música?
Ela me olhou por meio minuto.
- Você ouviu quando eu disse que meu pai e minha madrasta morreram? Minha mãe é deusa.
- Eu sou meio lerdo às vezes.
- Percebe-se.
Alexa me levou até um canto mais afastado da arena onde Quíron estava de costas, instruindo dois campistas. Uma garota que devia ter quatorze anos e um garoto de uns treze, ambos com cabelos loiros e olhos cinza, e a aparência atlética, o pacote completo para uma criança de Atena.
Quíron se virou e me viu.
- Percy! Que bom que chegou! Estes são novos campistas, Samantha e Diego, filhos de Atena. E parece que conheceu Alexa – ele assentiu para si mesmo. Crianças terminem seu treino de arco e flecha, não devem ter muito problema com isso. Percy venha comigo.
Quíron me conduziu para fora da arena, e enquanto passávamos pelos campos de morango, ele começou:
- Como vê Percy, temos vários campistas novos, os deuses têm cumprido a promessa que...
- Não tem não, e Alexa?
Quíron suspirou.
- Alexa West é apenas um caso em particular, os outros foram reclamados assim que chegaram...
- Samantha tem quatorze anos!
- Ela completou hoje, pare de encontrar problemas, criança. – mesmo com dezesseis anos, ele continuava me chamando de criança. – O que quero, é que me ajude com alguns novos campistas que chegaram a menos de uma semana: Samantha, Diego e Alexia. E mais dois campistas que você não conheceu, Mike de Hefesto e Stella de Deméter.
- Certo, eu posso cuidar disso.
- Chame Annabeth se precisar de ajudar – minha respiração parou por um minutos, eu assenti uma vez meio hesitante. Quíron anunciou que iria terminar o treino de arco e flecha e eu fiquei ali nos campos de morangos. Com meus pensamentos.
De repente me senti vigiado, olhei ao redor, mas não vi ninguém, decidi ir para o meu chalé.
Senti alguma coisa se movendo atrás de mim e virei para me defender. Uma mão saia das sombras de uma das árvores. Eu a agarrei e puxei o resto do corpo, derrubado-o no chão.
Vendo quem era eu o soltei.
- Seus reflexos melhoraram, peixinho – Nico disse.
- Tentado me matar do coração, menino morte?
- Tentando – ele riu. – Então, concordou em treinar os novos campistas?
- Claro que sim, quem não quer treinar com o salvador do mundo.
Ele deu um soco de brincadeira no meu braço esquerdo.
- Convencido.
- Sempre – sorri. – Como vão as coisas por aqui?
Nico fez o que nunca achei ser possível. Nico c-o-r-o-u.
- Quem é ela? - empurrei-o de leve.
- Quem disse que é uma garota?
- Você é gay? – ele corou mais e eu gargalhei.
- É claro que não...
- Então qual o nome da deusa que amoleceu seu coração?
- Não estou apaixonado por ela.
- AHÁ, eu sabia que era uma garota. – Nico fez uma careta e me olhou tipo: “Infantil.”
- Stella, filha de Deméter.
Conversamos sobre outras coisas, e quando percebi chegamos ao circulo de chalés. Fui para o chalé de Poseidon e joguei minha mochila num canto. Hora do banho!
Embaixo d’água era o melhor lugar para pensar e isso era o que eu precisava. Eu não sabia o que iria fazer ao encontrar Annabeth hoje.
Sai do banheiro e me troquei. A trombeta para o jantar soou, não percebi que o tempo que havia passado. Sai do Chalé de Poseidon e fui para o refeitório.
Quando olhei para a mesa 6, eu a vi. Ela não havia mudado muito, alguns meses eram pouco tempo para qualquer mudança. Seus cabelos loiros e cacheados estavam puxados para trás e algumas mechas caiam na frente, seus olhos cinza estavam nebulosos, estava alguns centímetros mais alta e, se fosse possível, mais linda.
Seus olhos focaram em mim e um sorriso brincou em seus lábios, mas foram interceptados e ela continuou com uma cara de poucos amigos.
A garota que eu amo, Annabeth Chase, estava olhando para mim com raiva e era como se eu me apaixonasse por ela novamente.
Tirando-me do transe, Nico se materializou ao meu lado e roubou minha atenção.
- Você não sabe o que é disfarçar, né? – interrogou-me.
- HÁ, HÁ, HÁ – disse eu, sem humor.
Quíron bateu o casco no piso do pavilhão e todas as conversas cessaram. Nico foi para sua mesa e eu me servi, não percebi que estava com tanta fome. Levantei para ir à fogueira e chegando lá, ao colocar metade do meu prato para queimar, troquei o deus.
Afrodite. Não torne a vida um Hades para mim, por favor.
Senti um perfume de rosas e chocolate, aceitei como um sinal. Voltei a minha mesa e comecei a comer.
No final do jantar, enquanto a maioria dos campistas se dirigia ao anfiteatro, Quíron veio a minha mesa enquanto eu conversava com Nico sobre o caça bandeira; mas ele não estava só. Alexa, Samantha e Diego vinham atrás dele. Outros dois campistas também e Annabeth. A garota tinha olhos cor de mel e cabelos castanhos quase loiros, pele morena. Ela foi logo para junto de Nico e eles deram as mãos. Devia ser Stella.
O garoto me lembrava Beckendorf, alto e musculoso, uma carranca permanente e pele morena. O que me deixou irritado com esse cara foi o fato dele estar de mãos dadas com a minha garota. Annabeth segurava sua mão como se a soltasse não teria chão.
- Bom, Percy... – Quíron chamou minha atenção. – Este é Mike, filho de Hefesto, e essa é Stella, filha de Deméter. Garotos, vocês cinco terão aula com ele amanhã, primeiro com os pégasos e depois com esgrima. Podem ir para o anfiteatro agora ouvir a cantoria do chalé de Apolo.
Quíron saiu cavalgando até a Casa Grande, onde vi o Sr. D. Sam correu para o anfiteatro com Diego. Annie olhou para mim.
- Olá Percy – disse Annabeth seca.
- Oi – soltei por entre os dentes.
Percebendo o clima tenso no ar, Nico disse:
- Ei, Percy, está é Stella, aquela de quem eu te falei. – Sorri para a garota.
Um silêncio caiu sobre o espaço. Nico pigarreou.
Annie puxou Mike em direção ao anfiteatro. No meio do caminho Mike puxou Annabeth para um beijo, eu tive a impressão de que ia vomitar, meus olhos arderam em fúria. Nico olhou na mesma direção que eu e entendeu na hora.
- Ei Stella, por que não vai pro anfiteatro, te encontro lá. – ela deu um selinho nele e passou por mim.
- Acho que sua mãe me odeia. – mandei para ela. Ela olhou confusa para mim e depois pareceu entender. Assentiu para si mesma e se foi.
- Eu não gosto daquele cara. – Nico riu um pouco, mas se calou quando lhe olhei mortalmente.
- Então, você não vai para o anfiteatro?
- Estou sem humor
Ele acenou e se foi.
Estava caminhado de volta para o Chalé de Poseidon, quando parei.
- VOCÊ ME ODEIA? – gritei para o céu. – É ISSO?
Esperei uma resposta, e não recebendo nada, voltei a gritar.
- POR QUE VOCÊ FAZ ISSO COMIGO?
Nada.
- ODEIO FICAR SEM RESPOSTA.
Nada
- VOCÊ NÃO DEVERIA BRINCAR COM O AMOR, DEUSA – disse-lhe ironicamente.
Um relâmpago brilhou fraco no céu e eu pensei ter sido uma resposta, mas era só uma chuva que começava.
- PENSEI QUE VOCÊ IRIA ME DAR UM FINAL FELIZ! – senti as lágrimas caindo sem dó
Novamente não recebi nenhuma resposta.
- AAAAAAAAAHHHHHHH! – berrei e fui para o meu chalé. Bati a porta e me joguei na cama.
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Espero que tenham gostado e, claro, deixem review dizendo o que preciso melhorar e talz. Os primeiros capítulos não são muito bons, mas a história vai melhorando, prometo. Acompanhem e ajudem a divuldar, talvez eu post na quinta ou sexta, pois o capítulo já foi escrito.