Imprinting escrita por Mila


Capítulo 7
Lobos, todos.


Notas iniciais do capítulo

Voltei gente.
Espero que gostem.
Ficou uma merdinha porque minha imaginação se enforcou num barbante de uma pipa. Mesmo enforcada ela fugiu de mim naquela pipa idiota.
Odeio pipas.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/205012/chapter/7

MADSON

Depois de observá-lo por um tempo, o suficiente para fazer o meu coração desacelerar. Ele se escondeu atrás de algumas árvores e me chamou:

–Madson?

Tive um sobressalto. Ele podia falar na forma de Lobo?

–Ainda está em forma de Lobo? - eu perguntei.

–Não. Já voltei a forma humana, mas eu preciso da sua ajuda.- ele pude ouvir sua voz, e de repente ela me pareceu um pouco constrangida. - Quando me transformo, minhas roupas se rasgam e quando volto a forma humana...

–Está pelado? - interrompi-o bruscamente.

Comecei a rir. Dane-se os grilos, os lobos eram mais legais.

–Bem... É. Você pode pegar roupas para mim no meu armário?

Eu continuei rindo, sem conseguir acreditar nisso. Caramba, ele é um moreno lindo que se transforma num super Lobo, mas esquece de pegar roupas para vestir?

Eu ri ao imaginá-lo pelado entre as folhinhas.

–Tudo bem. - ele resmungou. - Pode rir.

–Mas eu já estou rindo. - respondi, quase engasgando. Tentei recuperar o fôlego. - Está bem. Qual é a senha do seu armário?

*****

Depois de um tempo voltei com as roupas e coloquei-as em cima de uma pedra.

–Luke, está aqui. - avisei. - Vou virar de costas para você se trocar.

Eu virei de costas e me segurei para não começar a rir de novo.

–Valeu, Madson.

Dei meia volta e vi que ele ainda não vestira a camiseta. Minha nossa. Como ele era forte. Senti-me ruborizar. Uma risada envergonhada saiu de minha garganta.

Ele vestiu a camisa com um sorriso de canto de boca.

–Você não teve a reação que eu esperava. - ele conta, erguendo um pouco os olhos para mim e deixando o sorriso torto permanecer ali no rosto. - Essa risadinha. Achei que fosse cair para trás.

–Eu não caio para trás. - respondi, cruzando os braços. Suspirei. - É, acredito em você.

–Vai me ignorar? - ele fingiu uma cara de bravo.

Eu revirei os olhos.

–Não.

Logo o silêncio instalou-se novamente, mas então eu peguei-me pensando no "mico do Lobo" e explodi em gargalhadas novamente.

–Ai, como você é tonto! Aposto que nenhum dos seus amigos passou por essa situação.

–Pois é, o que o imprinting faz com a gente. - ele soltou uma gargalhada.

Quando me acalmei, ergui meu rosto e o observei por um tempo, com calma. Sem pensar muito, abri a boca e disse:

–Sim. Eu aceito.

–Aceita o que? - Luke me perguntou com as sobrancelhas franzidas.

–Ser sua namorada. - eu ri, provocando-o.

–Mas eu não fiz o pedido. - ele estava perdido.

–Então, faça.

Afastei-me dele e esperei que ele fizesse a pergunta.

Ele me olhou por um momento, obviamente se perguntando se era o coisa certa a fazer.

–Namora comigo. - pediu, seus olhos negros brilhando com esperança.

Inclinei-me em sua direção e beijei a ponta de seu nariz.

–Namoro.

*****

LUKE

–Ainda não consegui entender... - falou Drake com a testa franzida, completamente confuso. - Por que você sumiu hoje de manhã? Você foi ver a Madson?

Ele tinha me encontrado enquanto eu procurava uma nova jaqueta no meu armário. Eu não estava com frio, mas ficar sem um agasalho enquanto a temperatura era de 17°C parecia loucura. Eu tinha que parecer uma pessoa normal.

Revirei os olhos.

–Você é lerdo, ein?

–Mas, tudo bem. Você não queria ficar longe dela para proteger ela e agora vocês estão na-mo-ran-do?

–As coisas mudam. - falei empurrando ele com o ombro, Drake me empurrou de volta.

Eu já tinha até erguido o punho para lhe dar um soco, quado Madson aproximou-se de nós.

Eu enfiei a mão no bolso rapidamente, e eu e Drake demos um sorriso amarelo.

–Bom dia. - ela disse.

Eu estendi a mão para ela, e Madson a segurou, aproximando-se.

–Drake já está sabendo. - eu contei a ela.

–Ah. - ela murmurou e em seguida pigarreou. Sem jeito, tentou dizer alguma coisa: - E aí, cunhado?

Eu ri quando Drake fez uma careta.

Cunhado? - repetiu ele com nojo. Ele tinha problemas com "títulos". Odiava que eu o chamasse de "irmão", ou quando mamãe o chamava de "filho".

Eu me inclinei sobre ele e disse:

–De novo, lerdo.

Depois fui com Madson para uma das últimas aulas que frequentaria - Ufa!

*****

–Oi, Sally. - falou Madson timidamente.

Elas já se viram antes, mas agora que estávamos namorando, Madson sentia como se fosse tudo novo, ou então, tudo esquisito demais. Ela devia olhar para a minha mãe e pensar: Minha nossa, aquela mulher deu a luz a dois Lobos!

Apertei a mão dela que estava entrelaçada na minha.

–Olá, Madson. - Minha mãe se aproximou dela e a abraçou. - Como vai, querida?

–Bem. Tudo bem.

A ideia que minha mãe optou para as coisas não ficarem tão estranhas, foi fingir que elas já se conheciam há muito tempo.

–Luke me disse que lhe contou sobre a alcateia. - minha mãe disse, com cuidado. Depois, para não deixar o clima muito pesado, fez uma careta: - Do jeito que o meu filho é, tenho quase certeza de que foi um desastre.

Madson riu e concordou.

Elas se afastaram e foram conversar num canto da cozinha. Quase no mesmo instante, Kluke saiu do corredor e veio em minha direção com os punhos cerrados.

–Luke!

–E aí, baixinha?

Recebi como resposta um olhar fulminante e duas palavras como resposta.

–Floresta. Agora.

Eu odiava quando ela falava dessa maneira. Ou ela estava muito brava, ou o assunto era sério. Geralmente, era as duas coisas.

Parei e olhei para baixo. Olhei para ela. Ela cruzou os braços e ergueu uma sobrancelha para mim, desafiadora. Eu não tinha coragem de me meter com ela.

–Temos problemas? - indaguei, com uma careta.

Ela fez que sim com a cabeça, cansada.

–Só vim pegar algumas gominhas de gelatinas. - ela disse, encaminhando-se para trás do balcão. -Jujubas, sabe? Já estou indo para lá.

Seu olhar bateu em mamãe e Madson na cozinha.

Ela enfiou um punhado de jujubas na boca antes de falar alguma coisa, sem olhar para mim:

–A Madson tá aqui?

–É o que parece.

–Hmm. - ela fez, apenas, mais feliz mascando a jujuba.

Eu bufei.

–Qual é o problema, Kluke?

Ela olhou para jujuba que segurava entre o polegar e o indicador, depois olhou para mim. Optou por engolir a jujuba. Acabou até engasgando. Isso que dava me trocar por uma gominha de gelatina.

Depois que se recuperou, falou:

–É com Andrew o problema.

–Ele é o problema ou ele está com problemas? - perguntei, muito confuso.

Ela ficou séria de repente.

–Eu não sei.

Minha mãe saiu da cozinha, seguida de Madson.

–Oi, Kluke. - Madson disse.

–Oi.

Lembrando-se de que deveríamos ir, Kluke jogou a jujuba dentro da boca e tentou explicar a situação.

–Ahn... Hum, será que posso pegar emprestado o Luke um pouco? Sabe? - ela engoliu. - Emergência de primos...

–Ela já sabe, Kluke. - eu cortei.

–Ah é? - ela fez uma careta, surpresa. - Enfim, emergência da alcateia.

–Tudo bem. - Madson disse, não parecendo abalada.

Minha prima se afastou rapidamente do pote de jujubas antes que se esquecesse do que precisava fazer e terminasse com o pote inteiro.

–Pronto. Já tenho açúcar no sangue. Podemos ir.

*****

Nos encontramos numa clareia, já transformado. Ventava um pouco, o que fazia as folhas das enormes árvores que se estendias acima de nós, farfalharem e caírem ao nosso lado.

Assim que nos transformamos eu ouvi os pensamentos dos outros e descobri qual era o problema: Ninguém estava encontrando Andrew.

Falta quem? Kaio perguntou enquanto contava os Lobos.

Mark. Eu respondi.

Em pouco tempo, ele apareceu já em forma de Lobo. Ele me olhou um pouco assustado.

Luke... é com você! Ele pensou.

Demorei um segundo para compreender o que ele dizia. Eu era o segundo da hierarquia, sem Andrew aqui, eu me tornava temporariamente o ala.

Ah, não... Drake choramingou.

Engoli em seco.

Nada podia ter acontecido a Andrew. Eu não sei nem se aguento ser o alfa por poucos minutos, imagine pelo resto da minha vida!

Luke, controle seus pensamentos! Kluke grunhiu.

Vamos lá. Encorajou-me Mark. Vamos achá-lo.

Vamos procurar pelo perímetro. Decidi, um pouco incerto. Não sei se usar palavras chiques parece mais profissional.

Thai fez uma reverência, zombando de mim.

Sim, majestade.

Eu soube o por quê Andrew vivia sempre frustrado, ninguém merece governar esses imbecis.

Separem-se. Eu rosnei.

Fiquei sozinho na clareira até perceber que também deveria ir atrás de Andrew.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam??
Beijocas, até o próximo.
Agora as coisas mudam!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Imprinting" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.