Imprinting escrita por Mila


Capítulo 35
Pensamentos idiotas


Notas iniciais do capítulo

Oi, xuxus, voltei.
Mais uma vez Lara sollo arrasando ao comentar. Obrigadinha!


Nos vemos lá em baixo.



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FIM DE SABÁDO.

POV. Luke

Isso não vai dar certo. Thai disse de repente, após um tempo que corríamos em nossa forma inumana. Em pouco tempo cruzaríamos a fronteira dos Estados Unidos com o Canadá e seguiríamos as intruções que minha mãe nos dera sobre a localização da alcateia Knai.

Por que não? Questionei.

Porque eles são velhos! Devem ter artrite, tendinite, celulite, sei lá! Todos os "ites" possíveis e mais um pouco!

Você sabe o que são essas coisas? Mark perguntou.

Doenças. Thai respondeu direto. Doenças o suficiente para eles serem péssimos no combate. Eles são velhos enrugados.

Está chamando minha mãe de velha enrugada? Indaguei.

Não, Luke. Ele está falando dos canadenses. Meu irmão me corrigiu.

Drake, presta atenção. Suspirei.

Enfim, Thai retomou seu discurso, são mais velhos que nõs, e mais velhos que sua mãe, Luke. Só estão esperando seus filhos terem netos para se aposentarem.

Que ogro. Kluke torceu o nariz.

Se perdermos a guerra por causa deles, a culpa é de Mike. Ele que teve a ideia!

Vai cagar, Thai! Mike exclamou, irritado.

Pera aí! Com isso eu concordo. Mike, a culpa é toda sua. Kaio manifestou-se.

Ah, legal. Todos agora vão dar sua opinião sobre o assunto.

E o que vamos fazer se Mike tiver ferrado a gente? Perguntei. Matá-lo?

É o alfa que está dizendo! É o alfa que está dizendo! Mark gritou na minha cabeça. Vocês ouviram não é? Foi ele que disse isso!

OK. Se fuder tudo, matamos o Mike como oferenda. Zack concluiu. Ele é bem gordinho.

Tá. Tá! Mike protestou. Mas se meu plano der certo, vocês... vão dançar conga pelados!

Então todos ficaram quietos de repente, meio intimidados com a aposta. Até que Kluke falou simplesmente:

Se Mike ganhar, também o matamos.

*****

Foi incrivelmente estranho quando chegamos no Canadá e logo a mente de outros dois Lobos começaram a entrar na nossa.

Seus nomes chegaram para nós rapidamente: Peter e Hugo.

Eles também perceberam nossa presença, a mente deles oscilando entre medo e desconfiança. Foi Hugo quem uivou, interpretando erradamente nossa visita.

Em pouquíssimo tempo outras presenças tornaram-se vivas em nossa mente. Eram mais seis. Era impossível distinguir aquela confusão de troca de ideias. Minha própria alcateia não conseguia organizar tudo aquilo, o que resultava em mais vozes confusas agredindo minha cabeça.

Silêncio! Uma voz autoritária berrou. A alcateia dele acalmou-se e a minha, assustada, também silenciou-se.

Quem são vocês? Ele perguntou. A resposta chegou para mim: Era o alfa, Alaric.

Lobos da alcateia Hunt, do norte dos Estados Unidos.

Vão embora.

Viemos para conversar. Respondi. Ainda não conversamos.

Luke, se acalma. Kaio pediu para mim.

Luke. Esbravejou a voz. Alfa da alcateia Hunt. Diga logo o que quer.

É uma longa história.

Fez uma longa viagem... vai disperdiçá-la ao não contar essa "longa história" para mim?

Aquele degrau que ele queria estar acima de mim, deixou-me fervendo de raiva. Mas, percebendo que em forma de Lobo todos os meus pensamentos e sentimentos eram transmitidos a todos transformados, afastei-os e foquei no importante:

Você consegue ler minha mente. Somos Lobos como vocês. Por que há tanto receio?

Ele ficou irritado com minha resposta e rugiu:

Aproximem-se.

Então fomos. Nos embrenhando por meio das árvores, guiados pelo cheiro, nos encontramos numa clareira grande, há vários metros de distancia entre nós.

Todos os Lobos, tanto os Hunt quanto os Knai, observaram-se atentamente, contando-se, analisando-se...

Luke. Alaric disse. É um jovem. Quantos anos tem?

Vinte.

O que pensa que está fazendo aqui em meu território? São vândalos, vieram fazer arruaça?

O que é arruaça? Zack se perguntou.

Rugi, nervoso.

Preste atenção no que pensamos, Alaric. Você não vê a verdade? Somos ou não somos arruaceiros?

Percebi Alaric conferindo a veracidade de suas palavras em mim e nos garotos.

O que quer?

Conversar. Respondi. Já disse.

Então conversaremos em forma humana. Não quero que aconteça uma briga, portanto você e sua alcateia estado-unidense devem transformar-sem. Esperamos vocês aqui, tamém em nossas formas humanas.

*****

Quando nos afastamos pude sentir os membros da alcateia Knai tranformando-se, a presença deles saindo de minha mente. O último a se transformar foi Alaric, relutante.

Legal. Pensou Thai. E agora?

E agora o que? Vários Lobos perguntaram ao mesmo tempo.

Ficamos pelados?

Ah, não! Droga! Não tinha pensado nisso.

Parabéns, alfa! Falou Drake.

Vocês também tinham que ter lembrado!

Ótimo. Resmungou Mark. O que fazemos?

Ficamos pelados? Sugeriu Kaio. Não podemos ficar na forma de Lobo, eles vão pensar que somos uma ameaça!

Tem razão. Falei. Viemos aqui em paz. Precisamos da ajuda deles. Temos que nos transformar.

Mas tem mulheres! Reclamou Thai.

Kluke olhou para a cara dele com seus olhos amarelos, depois virou-se para um lado, caminhou por entre as árvores e, antes que desaparecesse de nossa vista, avisou-nos, sem responder muita coisa:

Vou para lá.

O que sugere, alfa? Que nos cubramos com as mãos? Drake ironizou, quando a jovem Loba se afastou.

Você tem alguma ideia melhor? Perguntei.

Alguns pensamentos idiotas correram pela cabeça deles. Kaio: Fujam para as colinas! Mike: Podemos nos pintar de branco e fingirmos que somos ursos polares perdidos. Thai: Quebre os óculos deles e dá tuuuuudo certo. Drake: Distraímos eles com um "Olha, ponei cor de rosa!", enquanto fugimos quanto há tempo. Mark: Legal, agora vamos dar uma de Adão e Eva e nos cobrirmos com folhinhas. Zack: Vamos dar Mike de oferenda para eles como forma de perdão por permanecermos em forma humana.

Revirei os olhos.

OK. Já responderam. Nenhum tem uma ideia melhor. Disse-lhes. E... Zack. Pare de usar a palavra "oferenda".

*****

DOMINGO

POV. Madson

A vampira de dentes pontudos me agarrou com força. Minhas costas e minha barriga sentiram o impacto. Uma dor exagerada desceu pela minha coluna. Não conseguia mais respirar.

Acordei com um pulo, respirando ofegantemente.

O ar estava ali.

Passei a mão na testa para limpar o suor e chutei as cobertas para longe. Respirei fundo, acalmando-me. Foi só um sonho.

Percebi então o vazio ao meu lado na cama.

Passei uma mão pela barriga enquanto dizia:

–É, Nathan. Parece que somos só nós dois.

Levantei-me da cama lentamente, meus movimentos limitados pelo final da gravidez, encaixei meus pés no chinelo de quarto e rumei ao banheiro para tomar um banho.

Quando terminei desci até a cozinha e preparei um chá bem quente para mim. A dor que sentia se localizava em baixo da barriga, em meu útero. Nathan estava com soluço durante toda a noite - Por que ele não pode dormir quando eu vou dormir? - , o que me causou uma irritante cólica.

Após beber o chá quente que desceu queimando por minha garganta, voltei a cama para tentar dormir, em vão. Havia tomado chá mate; desse jeito não dormiria mesmo.

Então passei umas horas da manhã na frente da tevê, tentando esquecer-me de pesadelos e da realidade.


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Notas finais do capítulo

Oiii
Desculpa. O capítulo ficou minúsculo, pois tive que cortar algumas partes e coloca-las no capítulo seguinte para fazer coerência, portanto, animem-se o próximo será enorme.



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