Imprinting escrita por Mila


Capítulo 20
Calma, pode piorar.


Notas iniciais do capítulo

Oiee
Este capítulo ficou beeeeeeeeeeeeeeeem grande, com quase 3000 palavras - não é a minha média, mas pode ser a de alguém.
Enfim, é um capítulo diferente dos outros já que tem vários cortes de cena (Madson, Luke, Madson, Luke) para um capítulo só, mas é para ficar engraçado e agitado Mesmo.
O.K. é apenas isso mesmo ou daqui a pouco as notas iniciais vai ter mais palavras que a história.



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MADSON

Assim que minha mãe desapareceu e eu passei dois minutos devaneando, decidi ir atrás dela. Vai saber o que aquela mulher é capaz de fazer. Além disso, seria muita sorte se eu encontrasse Luke primeiro que ela. Não queria que ela enchesse a cabeça dele com aquela história de casamento. É im-pos-sí-vel pensar em casamento agora e não quero que essa ideia apareça na cabeça "imprintinada" dele.

Porém, o destino parecia não querer que eu corresse por entre os formandos e suas famílias, pois uma mão me agarrou no momento que pensei em sair dali.

Papai?

—Madson, você tem que me ajudar.

—Eric. - suspirei. - Agora eu não posso, estou meio ocupada...

—Maeva não larga do meu pé!

Revirei os olhos. Ele também não...!

—Vocês namoraram durante muito tempo ela ainda não consegue compreender o fim do namoro.

—Ela está louca! - ele exclamou.

Olhei bem para ele.

—Só agora você descobre isso?

—Ela está louca! Está tentando me agarrar! Você sabe o que ela me disse quando terminamos?

—Quando ela jogou a aliança em você e disse que era para que a enfiasse no...

—Sim!

—Ahn, o que tem?

—Achei que ela estivesse com raiva de mim, mas ela não desgruda de mim!

—Ela está com raiva por você ter terminado com ela, mas ela te ama.

—Isso é amar?

—É uma mulher. - expliquei.

—Vou virar gay.

—É uma ótima ideia. Posso ir agora?

—Madson, o que eu faço? - ele me agarrou nos ombros e me chacoalhou.

—Me solta, rapaz. Estou grávida!

Ele me largou.

—Não use isso como desculpa.

—Já ouvi isso antes.

—Eu... Eu estou cheio dela! Não aguento mais. Conheci outra garota...

—Fuja com ela. - resolvi rapidamente o problema. - Deixe Maeva para trás, literalmente.

—Fu...Fu...gir?

Balancei os ombros.

—Nunca ninguém me disse isso antes. - ele falou, com os olhos brilhantes e vidrados no próprio delírio.

—Pra tudo tem a primeira vez.

—Sem mais brigas...

—Isso, sem Maeva.

—Sem mais perseguições...

—É, sem Maeva.

—Sem Maeva...

—Exatamente... - resmunguei.

—Sem briga, sem perseguições, sem Maeva... Ela não será mais a minha sombra! - ele percebeu, feliz.

—Sim, olhe sua sombra atrás de você.

Ele deu um gritinho e virou-se para ver que não tinha ninguém atrás dele. Não demorei para me enfiar no meio das pessoas e desaparecer dali.

Idiota.

***

LUKE

Eu tinha um problema.

Não, é mentira. Eu tinha vários.

A formatura de Madson tinha acabado e milhares de pessoas - formandos e suas famílias - estavam ali, em pé, conversando. Estávamos todos tão próximos que parecia uma feira e não uma formatura.

Eu estava procurando por ela, uma coisa bem difícil com toda aquela gente, mas eu arranjei outro problema: minha família.

Sério, estavam todos ali.

Mark, Mike, Thai, Kaio, Drake, Kluke e a minha mãe, que eu arrastava comigo enquanto ela me dava conselhos do que dizer quando encontrasse com os pais de Madson. Os garotos riam.

Desculpe-me, senhor, mas é verdade. Eu desonrei sua filha. - Thai fez uma imitação do que eu deveria falar.

Minha mãe cobriu a boca com as mãos.

—Oh! Que horror, Thai! Não diga uma coisa dessas.

Paramos atrás do palco.

Não tinha mais nenhum formando ali além de duas garotas que retocavam a maquiagem num espelhinho minúsculo.

—Não fui eu que fiz isso, Sally. - Thai falou olhando para o chão, sem jeito. - Foi o Luke.

—Thai, cala a boca. - falou Kluke.

—Por que? - ele perguntou surpreso. - Eu não estou te irritando! Você está defendendo o Luke agora?

Ele riu da própria piada.

—Não. - ela respondeu sem ficar com raiva por causa do comentário imbecil do Thai, um imbecil. - É porque eu não aguento mais ouvir a sua voz.

—Madson não está mais aqui. - notou minha mãe. - Como vamos encontrá-la?

—Ela não está com o celular? - sugeriu Mark.

Eu não estou com o celular. - confessei.

—Tome. - Kaio tirou o celular do bolso dele. - Use o meu.

—Valeu.

Peguei o celular e disquei o número. Chamou algumas vezes antes dela atender.

Alô?

Madson.

—Luke!

—Onde você está?

Ahn... Eu estou... Aqui, na minha formatura.

—Eu também. - falei. - E a alcateia inteira.

Puxa, quanta consideração pela minha formação.

—Acho que eles vieram por causa do bolo. - observei.

Não tem bolo.

—Ah. - fiz e olhei para eles. - Acho que eles não vão gostar de saber disso.

Mike soltou as mãos ao lado do corpo, que bateram em suas coxas, num gesto exagerado de frustração.

—Poxa, não vai ter bolo?

—Que tipo de formatura é essa? - indagou Kluke.

—Madson. - voltei a falar no telefone, ignorando minha família— Onde você está? Estou indo aí.

—Estou no meio de um monte de gente. Ai, eu acho que não deveria ter comido tanto chocolate.

—Você está bem? - perguntei no mesmo momento.

—Não deveria ter comido chocolate com o estômago vazio. Ai. Formatura de merda. Escute, Luke, minha mãe está te procurando.

—Ahn? - era exatamente isso que estava na minha cabeça. Confusão.

Ela está indo te procurar para que você... Ah!

—Madson? Madson, você está bem? Madson? Madson, me responde!

Demorou uns três segundos antes dela voltar a responder.

Pai!

Acho que ela não falou comigo. Não é?

A ligação caiu.

—Onde ela está? - perguntou minha mãe.

—No meio de pessoas.

Todos nós olhamos para a multidão.

—Boa dica. - observou Drake sarcástico.

—Luke! - ofegou alguém, quando eu virei vi a amiga de Madson. Como ela chamava mesmo?

—Ah, você! - falei.

—Você viu Madson? Ou Eric?

—Ahn... Não.

Ela bufou, irritada.

—Depois que ela comeu o meu chocolate parece que virou a Mulher Maravilha. Ela sumiu tão rápido! Capaz dela ter criado asinhas e voado...

—Chocolate? Que chocolate? Foi você que deu chocolate para ela? - passei a mãos pelo cabelo, nervoso. - Não estava estragado estava?

—Está pensando que eu envenenei o chocolate só para ela desmaiar e você acordar ela com um beijo estilo Branca de Neve? - o humor dela mudou de repente. Estava brava.

—O... quê?

Branca de Neve? Que merda ela estava falando?

—É claro que não. Eu não sou uma bruxa! Se bem que se eu soubesse fazer uma poção de amor para o Eric eu aceitaria ser chamada assim... - sua voz sumiu quando ela bateu o olhar nos garotos. Ela soltou um palavrão e arfou. - Que... Que deuses!

Kluke engasgou com a própria saliva.

—Está falando deles?

A garota a ignorou.

—Quem são os pais dessas delícias? Eu preciso parabenizá-los! Como conseguiram fazer algo tão... perfeito?

Ela deu um passo para frente e fingiu cair em cima de Thai e Mark.

—Gente... Que pedaços de mal caminho! - ela falou enquanto esfregava a mão no peito deles.

—Dá licença. - falou a minha mãe não gostando nem um pouco daquilo. - Quem é você?

A garota jogou o cabelo para trás do ombros e subiu na ponta dos pés, tentando se aproximar de Mark, que a empurrou tentando ser delicado.

—Quando vocês quiserem provar isto. - ela colocou as mãos em baixo dos seios e os ergueu rapidamente. - Procurem por Maeva. - e a louca saiu tentando desfilar e parecer sexy enquanto dava olhadelas por cima do ombros.

Mark cuspiu no chão quando ela desapareceu.

—Quem era aquela doida?

Maeva. - falou Kluke com uma careta.

—Eu tinha que ser tão gostosão? - bufou Thai, mas não parecia tão irritado com a tentativa de Maeva de... Sei lá o que ela queria fazer com ele! Eca.

Para piorar a minha situação eles começaram a discutir, opinar, zoar e tudo passou a não fazer mais sentido algum. As conversas deles passaram a ser só mais um zumbido no meio de tantos feitos ali. Então uma voz se sobressaiu mais que as outras:

—LUTHER!

—Senhora Sighn! - assustei-me.

—Como assim você ainda não pediu minha filha em casamento, senhor Luther?

Novamente...

—Ahn?

***

MADSON

Virei para o lado e me enfiei no meio das pessoas.

Sim, eu estava fugindo de meu pai.

Pensei que já estivesse pronta para encarar ele, aquele velho magricela que nem chegava a causar medo, mas me enganei. Não estava pronta. Não podia fazer isso sozinha. Precisava, primeiro, achar Luke.

Gemi quando minha barriga voltou a doer pela enésima vez naquele dia.

Não acredito que estava fugindo do meu próprio pai.

—Madson! - alguém grasnou meu nome.

—Mamãe.

—Você já encontrou seu pai?

—Ahn... Não. - menti. - Você viu Luke?

—Luther está aqui.

—Quem é Luther? - perguntei, confusa.

Nesse momento Luke apareceu, pegou minha mão e beijou o topo da minha cabeça. Olhei para ele de modo que dizia "O.K. Conte qual é o problema agora!".

Então os garotos aparecerem. A alcateia inteira! E eu entendi o problema.

—Mamãe já conheceu sua família, querido? - cochichei para ele.

—De perto... Só minha mãe.

—Maravilha!

—Lucy! - exclamou alguém atrás de mim. - Você está ai. Já encontrou Ma... Madson!

—Papai! - abracei-o e demorei para soltá-lo só para não ter que olhar nos olhos dele por muito mais tempo. - Tudo bem?

—Você deve ser... - disse meu pai para Luke enquanto desvencilhava-se de mim.

—Luke, senhor. - ele estendeu a mão para meu pai apertá-la.

—... quem engravidou minha filha. - ele completou sua própria frase ao mesmo tempo que aceitava os cumprimentos educados de Luke.

Nem eu, nem Luke soubemos o que dizer.

—De qualquer forma... - falou meu pai. - Meus parabéns pela criança. Ser pai é algo realmente bom!

Bom? Pensei comigo: que adjetivo fraco!

Mesmo assim agradecemos-o.

—Então... - falou papai arrastando a última sílaba para soar mais descontraído. - Você trabalha com sua mão no restaurante a beira da estrada?

Senti vontade de rir.

"Restaurante a beira da estranha" tinha o mesmo efeito que "pudim": provocar o riso.

Quem dera ao menos Luke trabalhasse.

—Ahn, bem... - ele falou. Não gagueja! Não gagueja, por favor! - Minha mãe vendeu o restaurante... Dava muito trabalho. Ela não dava mais conta de cuidar de tudo... Agora estou aguardando a resposta de uma firma para que eu possa... Ahn... Trabalhar.

—Não está trabalhando? - perguntou meu pai. Sua voz mostrava muito mais certeza do que a de Luke. Em seguida, enquanto eu pensava que Luke estava ferrado com F maiúsculo, meu pai se virou para mim. - E você também não arranjou um emprego, não é, mocinha?

Corei.

—Você tinha que arranjar um emprego antes de engravidar. - meu pai continuou com seu discurso sábio. - Agora você não arranja nenhum, não é mesmo? Você não planejou trabalhar antes de engravidar?

Ergui as mãos para cima em tom de rendição.

—Eu nem planejei engravidar!

—É...é. - fez Luke, enfiando as mãos no bolso do jeans, covardemente.

—Minha nossa! Madson, você está se cuidando bem? Digo, está indo ao médico?

—Médico? Não! A últíma experiência que tive com um médico foi horrível!

—É preciso ir ao médico. - observou Sally. - E Luke tem que ir com você.

—E uma nutricionista. - opinou minha mãe já que opinião era a coisa que eu mais precisava no momento. - Do jeito que você é descontrolada, vai ficar enorme!

—Obrigada, mamãe - resmunguei.

—Você conhece algum médico bom nessa cidade, senhora Hunt, do qual minha filha possa frequentar com tranquilidade? - minha mãe começou a conversar com a mãe de Luke e com papai. Aquela conversa era muito estranha!

Por que será que os pais gostavam tanto de falar dos filhos?

Luke me virou para ele e perguntou:

—Que história é essa de casamento, Madson? Você quer se casar?

—Ah, só me faltava essa agora: casamento! Não deixe minha mãe bagunçar sua cabeça imprintinada com calúnias!

—Calúnias? Está parecendo sua mãe.

—Não usai essas parolas comigo ou defenestrar-te-ei! - irritei-o.

Luke riu.

—Viu? Nem doeu tanto. O pior já passou.

—Ah, pior que está pode ficar. Nesse mundo, eu não duvido de mais nada.

—Madson.

Aquela deveria ser a vigésima vez que alguém falava meu nome hoje.

Foi então que me surpreendi com quem tinha me chamado. Não eram meus pais, não era Maeva, não era Eric e tão pouco Nick... Era minha ex professora da faculdade.

Virei-me e vi uma das minhas ex-professoras de Biologia.

—Sra.Puthernoon. - exclamei surpresa.

—Podemos... Ahn... Conversar? - ela olhou significativamente para Luke, como se dissesse para ele ir embora. Menino esperto como era, entendeu o recado e saiu dizendo apenas "estou aqui do lado"

Voltei minha atenção à mulher a minha frente.

— Posso ajudá-la?

—Na verdade não a mim, mas à um amigo. O dr. Hapborn é um biólogo que possui um laboratório aqui na cidade, ligado ao controle ambiental das espécies que vivem aqui nessa floresta. Ele controla a cadeia alimentar quando esta está tendo problemas devido a intervenção humana.

—Hum... - falei.

—E como você especializou-se em Biologia Animal, pensei que você, talvez, pudesse ajudá-lo substituindo uma de suas biólogas que foi morar no México.

—Hm. - murmurei.

Era uma ótima oportunidade, mas...

—Eu tenho um problema.

—Que problema? - a professora enrugou a testa. - Já tem um emprego?

—Não. Essa é uma oportunidade que caiu do céu. Tem exatamente o meu perfil e fico muito feliz por ter lembrado de mim quando ficou sabendo dessa vaga no laboratório do seu amigo, mas é que... Bem, é complicado.

—Não quer trabalhar com o dr. Hapborn?

—Quero. Não é por isso, é porque eu estou... Eu vou... engordar. - soltei, de repente. O que eu estava dizendo? - Digo, não porque eu como muito, quer dizer, essa também é um dos fatores, mas não comer porque eu quero. Não que eu tenha bulimia, ao contrário, eu como, mas não quero... engordar. Outra pessoa quer, digo... comer, não engordar. Mas comendo se engorda e ... Ah, essa pessoa não come, bem, não tecnicamente, eu sou tipo um portal... Não, melhor! Sou um condutor para que ela coma e então... Eu vou engordar porque eu estou grávida. - resumi.

—Ah. - surpreendeu-se minha ex-professora. - Bem... Isso já é mais complicado.

—É mais complicado do que parece.

—Mas talvez você ainda possa trabalhar lá. Sabe, o sr.Hapborn precisa mesmo de uma ajudante com uma formação igual a sua. Os outros alunos que se formaram na área animal não moram na cidade. Ele está desesperado. Eu acho sim que você pode trabalhar lá mesmo... Bem, mesmo grávida. Você terá que conversar com ele, é claro, mas se trabalhar direitinho, sem usar essa fato como desculpa.

—É claro que não. - tratei de dizer. Eu mal estava acreditando nisso. Um milagre parecia ter caído do céu e pousando bem aos meus pés. Tinha que agarrá-lo antes que fugisse. - Eu trabalho. Faço tudo direitinho. Quando começo?

—Procure pelo doutor Hapborn na segunda, está bem?

—Está... ótimo. Tudo... ótimo.

A professora afastou-se com um sorriso amarelo no rosto. Quase podia ouvi-la dizendo: Adolescentes de hoje em dia...

Mas eu não me importava nem um pouco.

Eu tinha um EMPREGO!

***

LUKE

—Você tem irmãos? - a mãe de Madson me perguntou, referindo aos meninos parados à uns dois metros de nós.

—Ahn... Tenho. Um irmão e uma... tipo irmã.

Minha mãe começou a explicar como Kluke passou a morar conosco e se tornou a minha "tipo irmã". Por que será que os adultos gostam tanto de conversar sobre seus filhos?

Enfim, de qualquer forma quando elas começaram a conversar eu fiquei só olhando para a cara delas. Senti vontade de me aproximar dos meninos e conversar com eles. Tyler tinha se infiltrado no grupo deles e agora conversa animadamente com Mike sobre alguma coisa provavelmente não muito legal. Ou seja, sobrou eu e o senhor Singh.

—Você nasceu aqui, garoto? - ele me perguntou.

— Sim. Eu, meu irmão e meu pai nascemos aqui; mas a minha mãe nasceu no Canadá.

Falta de assunto é foda.

—Ahn, sim. Onde eles estão?

—Meu irmão está ali no meio conversando com a... - Alcateia? Engoli a palavra e prossegui: - com os amigos dele. E o meu pai, ele está... morto.

—Ah, puxa! Sinto muito. - ele ficou desconfortável com o assunto.

—Faz tempo.

—Bom, as pessoas vão e outras vêm. Você agora será pai, rapaz.

Eu ia dizer alguma coisa quando Mike gritou:

—O Sub Zero é muito foda!

O senhor Singh olhou para o filho e o novo melhor amigo com uma expressão horrorizada.

—Você está jogando game, Tyler?

Videogame. - o garoto corrigiu e confirmou timidamente.

O único momento bonito e parcialmente normal que eu já tive e poderia ter com o pai da minha namorada expirou-se mais rápido do que começou: com um comentário sobre um jogo de videogame

Então Madson apareceu, arrastando-se como um zumbi e disse, numa voz surpresa:

—Consegui um emprego.

Olhei ao redor.

—Onde?

—Como? - perguntou o pai dela. - Como? Você está grávida.

—Eu sei! - ela exclamou. - Mas o cara lá precisa de um ajudante de biologia animal urgente!

—Que cara lá? - perguntou a senhora Singh entrando na conversa. - Isso é maneira que se trata alguém que acabou de lhe oferecer trabalho?

Madson a ignorou.

—É amigo da minha ex professora.

—O quê? Não! O Scórpion que faz um pose super foda quando vence! - Tyler jogou os braços para cima como se o mundo fosse acabar. Os pais dele olharam-na como se tentassem imaginar se o filho tivesse sido abduzido.

Madson pareceu tão irritada quanto eu no momento que os garotos nos interromperam de novo com o papo do videogame.

—Certo... - disse o senhor Singh prolongando a última sílaba para ficar mais descolado. - Então Madson tem um emprego... e está grávida... E você ainda não tem um emprego.

Balancei-me nos meus pés.

—Por dia, um emprego caindo do céu já é... uma maravilha, não é mesmo?

Madson veio em meu apoio:

—É... Considerando o fato de que ultimamente tudo tem mais probabilidade de piorar.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Quero comentários, favoritos, recomendações, declarações de amor... O.K. Já estou exagerando.
Beijo, beijo, personas.
(espanhol que chique! ;D)



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