Imprinting escrita por Mila


Capítulo 18
Harmonia familiar


Notas iniciais do capítulo

O capítulo ficou engraçado.
xD



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LUKE

Imprinting.

Já era.

Ela soltou o ar pela boca, emitindo um gemido. Segurei com força o ombro dela. Sentia-a tremer.

Tinhamos perdido-a. Não tinha volta.

Peguei ela no colo, antes que se transformasse ali na frente. Se Kluke realmente estivesse bem teria protestado quando fiz isso.

—Ei, onde vocês vão? Madson está na cozinha comendo um boi, mas ela já volta! - ouvi Tyler gritar.

Antes de sair correndo como um sequestrador depois de capturar a sua vítima, vi Madson aparecer na porta.

—Luke, o que foi? - ela me perguntou.

—Eu já volto! - avisei. Depois virei de costas e comecei a correr. Kluke tremia em meus braços, e só quando entramos na floresta que coloquei-a no chão. Seus joelhos fraquejaram e ela caiu na grama, assim que eu a soltei.

—Kluke! Kluke! Hey, olhe para mim! Kluke!

—E-eu... E-ele... Luke... - os olhos ainda opacos me olharam enquanto ela falava engasgada.

Aquela expressão "meu coração quase saiu pela boca", por mais que muito falada, nunca foi sentida por nenhum humano realmente. Mas nós, os Lobos, depois de termos um imprinting... Bem, digamos que estamos mais perto que os humanos de alcançar o sentido exato dessa frase.

Ela começou a tremer de modo mais intenso. Afastei-me quando ela se transformou.

Pareceu mais forte, mais viva, porém os olhos ainda opacos me disseram que ela não fazia ideia do que estava fazendo.

Ela uivou.

Então, seus olhos rodaram várias vezes e ela soltou o ar rapidamente, como se fosse fogo que ela expelisse de sua garganta. No mesmo instante que fez isso, caiu no chão, desmaiada. Assim que tocou a grama, ela se transformou em humana novamente.

—É, garota... - peguei-a no colo facilmente. Ela era tão leve quanto uma manta de inverno. - Se tiver sorte vai dormir por vários dias.

***

Eu tinha colocado Kluke na cama dela. Ela já estava apagada. Não aconteceu nada.

Porém minha mãe avisou a aldeia inteira e, se minha casa não ficava cheia sempre, agora estava super lotada.

O pai de Thai, estava lá, andando de um lado para o outro da casa. Não parecia tão confiante quanto no dia da reunião que ele contou uma história. Sinceramente, ao meus olhos, ele parecia desesperado.

—Mais humano nenhum pode saber da nossa existência. - ele pensou em voz alta e depois resmungou algo em tom mais baixo: Seria... "ou não?"?.

—Não está insinuando sobre... - Sally escolheu as melhores palavras para serem ditas. - o aumento da próxima geração, não é?

—Ei! - protestei. Todos me ignoraram.

—Diga isso a Kluke quando ela acordar. - falou Drake, sinistramente. Ele estava sentado no sofá com os antebraços apoiados nas coxas, a cabeça abaixada. - Vamos ver se ela concorda.

Todos ficaram em silêncio e após isso ninguém disse mais nada. Aos poucos eles foram indo embora, nenhuma palavra foi dita o dia todo.

Acho que me senti aliviado, foi a coisa mais inteligente que eu já ouvi meu irmão dizendo.

***

Três dias depois

MADSON

Esses tinham sido os dias mais loucos da minha vida, definitivamente. Minha mãe me ligou algumas vezes - umas dezoito apenas - depois que liguei para ela (pelo celular, porque eu não estava brincando quando disse que eu tinha quebrado o telefone de casa ao jogá-lo no chão) Por incrível que pareça, ela não parecia brava ou decepcionada comigo, acho que o fato de eu ser maior de idade deva dissolver um pouco esse susto. Agora ela está pegando no meu pé falando que eu preciso casar logo antes que a barriga cresça. Disse para ela que se isso for acontecer vai ser depois que eu ter o bebê. Tem muita coisa acontecendo agora - tanto no mundo humano quanto no do sobrenatural. - e pensar em casamento é loucura demais para minha cabeça.

Enfim, Luke anda meio tenso. Preocupado é a palavra ideal. Ele me disse sobre o encontro que teve com dois vampiros num dia que estava fazendo a vigia. Foi um acontecimento muito estranho, porque o casal de vampiros podia ter matado ele e Drake com facilidade, mas não fizeram isso - não que eu quisesse que tivesse acontecido, só digo isso porque tem lógica. Ou não tem? Quer saber, esqueça, Madson! - "Queriam descobrir os pontos fracos deles e voltar com o exército". Seja lá o que isso significasse.

E também tinha Kluke, o fato de ela ter tido um imprinting pelo meu irmão assustava tanto a mim quanto a Luke. Caramba, eles eram tão novos para terem um amor para vida toda - Ah, ainda não sei definir o que é imprinting.

Sally serviu mais limonada para mim. Estávamos no fim do verão e eu queria que fosse o começo. Os metereoligistas diziam sempre na tevê que o inverno seria bem rigoroso. Mal podia esperar!

—Quando Kluke vai acordar? - perguntou Kaio.

—Sinceramente, eu espero que demore mais uns dias. - falou Drake enquanto tirava os sapatos.

Sally fingiu que não escutou.

—Talvez hoje ela acorde. Já se passaram três dias.

—Hum... - resmunguei monótoma.

Mike grunhiu.

—Capaz daquela louca continuar com a ideia de que eu tenho que ser seu cozinheiro.

—Antes dela ter... - Luke olhou para mim, inseguro com o que iria dizer. - Dela ter o imprinting, ela me disse algo sobre você ter que ser castigado. Ou seria torturado?

—Oi? - perguntou Mike, assustado, de repente.

—Será que ela vai estar... diferente? - perguntou Kaio, meio hesitante.

Luke franziu a testa.

—Diferente como?

—Ela não virou um zumbi, retardado. - reprendeu Thai. Espere. Era Thaí? Será que não era Shay? Shai? Ai, caramba! - É a mesma Kluke doida-varrida de sempre.

—Ou, esperem. - falou Luke de repente, erguendo as mãos para cima, como se parasse o trânsito. - Vocês estão insinuando que só porque Kluke teve o imprinting ela não será mais a mesma?

—Bem, você não é. - resmungou Mark.

Me senti mal de repente.

Caralho, o que eu estava fazendo ali no meio daquele bando de homens além de gerar um filho de um deles? Eu não queria atrapalhar a harmonia familiar de família alguma.

—Vou indo já. - me levantei.

—Não, senhora. - falou Luke, segurando meu braço.

—Como "não, senhora"? Não está percebendo que eu arruinei a harmonia familiar de vocês?

—Harmonia o que...? - Drake fez um careta. -Seja o que for, por favor, não diga isso de novo, é... nojento.

—Drake! - Sally o reprendeu e depois virou-se para Madson: - Querida, você não está arruinando nada.

—Sally! - exclamou Mark. - Ahn... - ele corou quando ela voltou seu olhar para ele. - Quietinha.

—O quê? - Sally assustou-se. - Eu não acredito nisso. Vocês são uma família! Qual é o problema de vocês? Escutem aqui, se querem vencer os vampiros vocês tem que agir juntos, em união, é a única maneira de derrotá-los. E não é porque Luke e Drake são Lobos mais fortes que todos vão se virar contra...

—O QUE? - exclamaram os outros.

Sally fuziu os filhos com o olhar.

—Vocês não disseram nada?

Luke resmungou coisas incompreensíveis e Drake apontou imediatamente para o irmão.

—Culpa dele.

Como resposta, Drake recebeu um soco no ombro.

—Eu não aguento mais isso. Vamos, agora! Sentem todos aqui no chão em uma roda!

Senti vontade de rir. Sally estava pensando em conversar calmamente com aqueles garotos impulsivos?

Os garotos começaram a resmungar, buscando por qualquer desculpa, mas Sally levou dois dedos a própria boca e assoviou.

Eles sentaram no chão imediatemente, como cãezinhos treinados.

Abafei uma gargalhada.

Que pensamento estúpido.

Sally lembrou-se de mim.

—Você também, Madson.

—Oi?

—Venha, sente-se aqui. - ela me arrastou pela mão. - Ao lado de Mark.

—Eu não acho... - ela me obrigou a sentar-me no chão. - Está bem.

Ao meu lado, Mark bufou.

—Be... leza? - tentei.

—É o seguinte. - explicou Sally, sentando-se entre os dois filhos. - Vocês terão que dizer uma verdade sobre vocês. Algum segredo. Qualquer coisa importante. Para que vocês tenham o que falar, cada um faz uma pergunta para a pessoa que mais sente raiva...

—E se eu tiver raiva de todos? - sugeriu Shai. Droga! Qual é o nome dele?

—Conte sobre porque tem raiva de todos. - respondeu Sally sabiamente. Thai se encolheu, timidamente. - Comece, Luke.

—Por que eu?

—Porque Andrew se suicidou por sua causa. - falou Mark sinistramente. - E agora você é o alfa.

—Por que você está com raiva de mim, cara? - perguntou Luke, impaciente.

—Por causa dela. - Mark apontou para mim, com raiva.

No mesmo instante recuei, como se o indicador dele pudesse me derreter ou qualquer coisa escrota que possa ter uma resposta melhor do que o susto que eu levei.

—Ótimo! - exclamou Sally. - Vocês estão pegando o jeito da coisa. Kaio, você é o próximo.

—Ahn? O que tem eu? - ele perguntou desconexo, saindo do transe Luke-Mark-e-a-intrometida-da-Madson de repente. - Ah, a pergunta. É claro. Ahn... Sally. Você mesma, mulher. O que quis dizer com Drake e Luke serem Lobos mais fortes?

—Bem, - ela uniu as próprias mãos. - já que meus filhos não explicaram, eu explico. Ahn... Como eu começo? Enfim, todos vocês são da alcateia Hunt. Sabemos que os Lobos pulam uma geração. O avô de vocês eram Lobos, os pais não, vocês são, os filhos de vocês não serão... - Sally olhou para mim rapidamente, mas logo desviou o olhar. - Existem outros Lobos no mundo. Outras alcateias. Vocês não são os únicos.

Os meninos inspiraram e expiraram.

Olhei para Luke, ele estava olhando para mim e não desviou o olhar.

Pensei em lhe soprar, sussurrar alguma coisa, mas não encontrei nada sábio para dizer.

Eu era de outra alcateia. - Sally falou. - A alcateia Knai. Em minha alcateia a geração de Lobos... Bem, a geração de Lobos estava em mim.

Eles olharam para Drake e Luke.

Sally continuou. Acho que ela não queria ouvir comentário algum.

—Então eu conheci Bill, o pai dos meninos. Eu não tive um imprinting, mas gostava dele. Ter um imprinting é algo muito raro. Se eu tivesse tido um não estaria aqui, viva, agora, após a morte de Bill.

Senti um arrepio percorrer a minha espinha e eu tremi.

—Nós concordamos a não dizer nada a ninguém e não contamos nem mesmo aos nossos filhos. Não é culpa deles vocês saberem disso só agora. Eu... Sinceramente, não esperava que eu tivesse que contar isso a vocês assim tão cedo.

—Mas a Madson engravidou. - deduziu Kaio. - E a verdade apareceu.

Sally suspirou, concordando.

Os olhos dos meninos se voltaram para a minha barriga. Corei.

—Então o bebê... Vai ser um... - Khai perguntou. - um de nós?

—Sim. - disse Luke não tirando o olhar dos meus olhos.

—Em quanto tempo? - perguntou Kaio, enrugando a testa. - Quero dizer, ele não vai ser um mutante que se transformará assim que nascer, não é?

—É claro que não! - exclamou Sally. - Luke e Drake não são mutantes ou qualquer coisa assim.

—Não sei se pode dizer isso sobre Luke, Sally. - falou Mark, sarcástico.

—Kaio, ele irá se transformar em Lobo quando já for grande. - respondi a pergunta dele. - Mas ainda está longe para pensarmos nisso, não é? O bebê tem mais exatamente sete meses de gestação e depois que ele nas...

—O que disse? - Luke perguntou de repente. - Exatamente sete meses? Isso quer dizer que... Que hoje você está completando dois meses de gestação?

—Parabéns, Madson! - falou Sally.

Luke sorriu bobamente.

—É, deu pra ver que você engordou. - falou Mark.

Drake me segurou para que eu não voasse para cima dele.

Meu celular tocou.

Tentei me recuperar para atender o telefone.

Alô?

—Isso é permitido? - perguntou Mike. - É a minha vez! Achei que em reuniões de família não pudesse usar o celular.

—Você está assistindo muito desenho, cara. - falou Drake.

Madson, onde você está, criatura?— ouvi a voz de Tyler.

Na casa de Luke.

Ele tem casa?

HÁ-HÁ. Muito engraçado, Tyler. — ironizei. - Diga logo o que quer comigo.

Comprei um carro!

Você o que...?

Um carro! Eu comprei! Não é uma ferrarri, mas anda.

Como assim anda? Você tinha que ver se o carro tinha garantia, se os equipamentos eram de qualidade, se funcionavam!

Os garotos fizeram cara de confusão, tentando compreender a conversa.

Quer testar? — ele perguntou então, como se fosse a solução.

Tyler,— falei lentamente, tentando manter a calma. - Você já tinha que ter testado. E além do mais, você não mora na minha casa. Como vai levar o carro para casa do papai e da mamãe lá no fim do mundo?

Sei lá.— ele comprovou todos os meus temores. - De repente se eu passasse as férias toda com você...

Ou, ou, ou! Vai com calma, cara! As pessoas na minha casa estão aumentando. Daqui a alguns meses vai ter uma criança endiabrada correndo para todo canto e Luke também vai para lá. Ou seja, dois adultos, que duplica todos os gastos, e uma criança que vai precisar...— Caramba, do que crianças precisam? - de muitas coisas.— falei como se resumisse tudo.

Luke ergueu uma sobrancelha, curioso.

Ah, mas sei lá. Vai que eu arranjo um trampo por ai...

—Trampo? - exclamei, como se aquela palavra fosse uma praga. - Você precisa mais do que um trampo, moleque, precisa de um milagre. Espera aí! Você tem carteira de motorista, não tem?

É claro que tenho, criatura. - do outro lado da linha, ele bufou. - Não sou como você que tem carta e não aproveita.

Eu compraria um carro! — retruquei. - Se não tivesse que comprar... coisas-de-bebê.

Sally fez uma careta.

Tyler, eu tenho muita coisa para pensar agora. Vai dar umas voltas com o carro e cuidado ao dirigir, hein!

Já entendi, mamãe.

Tive que me controlar para não jogar meu celular na parede. Ao invés disso desliguei.

—O que aconteceu com Tyler? - perguntou Luke.

—Por favor, continuem. - pedi, querendo mudar de assunto. Não queria a atenção em cima de mim.

—É, claro. Agora que você já atrapalhou tudo. - Mark falou irônico. - Podemos continuar normalmente.

Mike ignorou nossa breve discussão.

—Isso é tão divertido. - ele falou, realmente feliz.

—O que? - perguntei. - Terapia familiar?

Os garotos bufaram.

—Hum... Para quem eu pergunto? - Mike ignorou meu comentário. - Já sei, para a Madson. Preparada? -

—Tem certeza que essa é a sua pergunta? - rebati.

—Ahn? O que? Não, é claro que não. E ignore essas últimas perguntas também. A minha pergunta é: Como se sente send a excluída da família?

Corei.

—Ei! - protestou Luke. - Ela foi integrada.

Virei-me para ele, brava.

Integrada? Desde quando pensa assim? Desde que eu engravidei? É isso que está tentando dizer?

—É. -Mike balançou a cabeça. - Pode ser.

—Não era bem assim que eu esperava que funcionasse a brincadeira... - Sally resmungou, mas eu a atrapalhei.

—Você não cansa de apanhar? - perguntei para Mike. Em seguida, voltei minha atenção para Luke: - Explique-se ou não entra mais em casa.

Os garotos riram alto.

—Madson, você entendeu o que eu quis dizer! - protestou ele. - Quando começamos a namorar...!

—Quando você teve o imprinting, quer dizer. - explodi.

—Mas pode dar certo. - observou Sally, surpresa.

—Não foi isso! - Luke tentou se explicar.

—Então explica, ameba! - falou Mark, também já impaciente.

Eu estava quase pronta para pular em cima de Luke, mas fui impedida por um ataque de riso.

A princípio ninguém entendeu porque eu ria e eles ficaram com cara de quem vê uma dissecação em uma sapo pela primeira vez.

—Ameba. - ri. - Esse foi o xingamento mais estúpido da história.

Mark riu, nervoso.

E então ele explodiu em gargalhadas. Todos começaram a rir.

Sally pousou as mãos na barriga, tentando recuperar o fôlego.

—Acho que agora vocês se entenderam. Mesmo que tenha sido assim.

Continuamos rindo.

Eu já estava sem ar.

—Ouviram isso? - perguntou Drake, de repente, parando de rir.

—Ouvir o que? - perguntou Luke.

—Do quarto.

—Kluke! - exclamou Sally.

Eu, Sally e Luke corremos para lá.

A garota mexia nas cobertas, incomodada com elas. Assim que viu Sally ela fez uma expressão de dor, como se disesse: Ah, pessoas!

—Por que eu sempre me machuco? - ela perguntou, mal humorada.

—Vou buscar um pano molhado. - decidiu Sally e saiu logo em seguida.

Kluke tossiu.

—Ei, - falou ela com a voz fraca. Seus olhos piscaram, tentando se acostumar com a luz e tentou falar casualmente: - Que foi que perdi?

—Uns três dias. - falou Luke

—Tudo isso? - ela se assustou. - Bati meu récorde.

—Você se lembra o porque de ter... dormido?

Ela franziu a testa, tentando se lembrar.

—Tem um garoto... Nem sei o nome dele... É irmão da Madson. Não é? Tyson?

—Tyler. - corrigi.

Foi quando ela me viu, e soltou um palavrão.

—Madson, você engordou!

Dei um sorriso amarelo.

—Mal acordou... - resmunguei.

Luke riu alto e me puxou pela cintura. Deu um beijo na bochecha em minha bochecha e comentou:

—Nosso bebê faz dois meses hoje.

Kluke apertou os olhos.

—Tem certeza que eu dormi só por três dias?

—Está achando que eu comi por você?

—Não. Eu não como tudo isso. - ela ergueu a mão, fracamente, e fez um gesto, apontando para o meu corpo. Cruzei os braços, para se proteger. - Por falar em comida... Como eu ainda não morri de fome? Não acredito que fiquei sem dias sem comer nada! E vem cá, cadê o meu cozinheiro particular? Ele não se livrou do castigo não.

—Essa é a nossa Kluke. - resmungou Drake, aparecendo depois de escutar o barulho da confusão.

Ela olhou para ele, ligeiramente brava.

—E, você? Caramba, Drake! Você também engordou!

Descruzei os braços do corpo e ri.

—Drake se inspirou em Madson. - comentou Luke enquanto dava um empurrãozinho amigável no irmão. - Está achando que também está grávido.

Drake riu um pouco, não muito, só para não deixar transparecer que não ficou ofendido com o comentáiro.

Kluke se ajeitou na cama.

—O que aconteceu nesses três dias? Vocês parecem tão mais... unidos. - ela fez cara de quem ia vomitar. - Já sei! Falaram mal de mim, não é?

Drake riu e bateu no pé dela, amigavelmente.

—É... Sem você conseguimos ajeitar umas coisinhas.

—Como ela ainda não perguntou de Tyler? - estranhou Luke.

—Não lembra, não. - pedi.

Kluke deu um pulo.

—Madson, menina, o que você disse para ele?

—Como assim? Não disse nada sobre imprinting.

—Eu sei que não! - ela balançou a mão, impaciente. - O que você disse quando eu tive o imprinting? Ele perguntou o que aconteceu comigo?

—É claro que ele perguntou. - falei, óbvia. - Você tem um colapso nervoso na frente dele e Luke carrega você no colo e te leva pro meio da floresta. Seria retardado se não perguntasse.

Kluke jogou o travesseiro nela.

—O que foi que ele disse? - gritou.

—Caramba, calma! Ele perguntou o que tinha acontecido e eu falei... Bem, eu falei que você teve... quevocêteveumaconvulsão.— disse rápido.

—O que? - é, ela tinha entendido. - Uma convulsão?

—O que você queria que eu dissesse? Que você teve probleminhas?

—Que probleminhas? - perguntou Kluke, frustrada. - Madson, você tem probleminhas.

—Tá, esquece. Se te fizer melhor, ele não ficou pensando que você é maluca, ao contrário, ficou preocupado.

Kluke comemorou, mesmo deitada, com uma dancinha; mas depois ela encolheu os ombros, como se a animação desaparecesse de repente.

—Mas é sério. - ela falou, mudando a expressão do rosto. - Estou com fome.


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Notas finais do capítulo

Vocês perceberam ou é impressão minha que está começando a ter MUITAAAAAAAAAAAAA confusão?
*-*
HAHAHAHA
É, preparem-se para morrer de medo.
Mentira, é mais provável que você morra de rir do que de medo.
Beijocas
QUERO MEUS REVIEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEWS!
Conseguiram entender o que eu quis dizer com isso?
Ah, então tá. Eu fui bastante clara? O.K. Belezinha. Beijinhos. Tchauzinho.
~dá para parar de ser esquisita?~
~Para escrever uma história assim é de extrema importância você ter alguns parafusos soltos xD~



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