Olá, meu nome é Liss e antes de contar essa história quero que saibam algumas coisas sobre mim.

a) Eu consigo ler o pensamento das pessoas

b) Eu vejo monstros me seguindo o tempo inteiro. Monstros egípcios e gregos

c) Eu sou adotada e a única coisa que sei sobre mim é que me chamo Liss, nem meu sobrenome eu sei

d) Eu tenho TDAH e dislexia e por mais estranho que achem, quando me interesso por um livro eu consigo lê-lo sem nenhum problema

e) Eu consigo falar com os animais. Na verdade, só com gatos

f) Consigo ler e entender qualquer coisa em egípcio ou grego e, um pouco de latim (mesmo nunca tendo aprendido)

g) Nunca me irrite, a menos que queira acordar no inferno (só uma dica).

Bem é só, então vamos á história.

Eu tenho 15 anos; moro no Brasil com meus (argh!) pais adotivos, Andréia e Paulo; atualmente estudo em uma escola chamada Montreal que fica em Brasília (sou frequentemente expulsa das escolas); também tenho algumas amigas, todas elas são super falsas, a maioria só fala comigo por terem medo de mim, as outras, praticamente andam comigo pra meter medo nas pessoas, em todas as escolas foi a mesma coisa. A esse ponto você já deduziu que minha vida é uma droga.

Estávamos no terceiro tempo, aula de Matemática, e eu estava lendo a mente de todo mundo da minha sala e, acredite, nem todas as mentes são sãs (ou limpas, se preferir). Quando parei na mente de alguém que prestava atenção na aula fiquei aliviada. O professor havia feito uma pergunta pra mim e (ainda bem) era fácil. Respondi e acertei. Óbvio. Todas as garotas me olhavam com raiva, até minhas supostas "amigas". Todas elas achavam o Daniel (o professor) um "gato" (vá entender). Eu apenas soria docemente para cada uma delas.

Finalmente o sinal tocou e todo mundo saiu correndo para comprar o lanche. Eu não tinha pressa, então esperei o tumúlto acabar e saí junto com o professor. Mais uma vez, as garotas me olharam com raiva.

O recreio passou como um borrão em minha mente. A única coisa que pensava é que a próxima aula seria de História. Desde que eu dei um soco na cara da antiga professora de História e quebrei o nariz dela, ela se demitiu e o Sr. Brunner chegou. Eu adorava o Sr. Brunner, porque ele adorava mitologia grega e eu amo mitologia grega (e egípcia). Então, toda aula ele contava uma das histórias de heróis e deuses, que eu tanto amava. E isso sem contar que ele é o único professor que não me odeia. Ele me trata como uma pesoa normal.

Quando chegamos na sala de aula o professor já estava lá. Todos entramos e nos sentamos, algo que seria impossível com outro professor, pois "os alunos tem que chegar na sala de aula antes do professor".

A aula começou e, como sempre, o Sr. Brunner começou a contar uma de suas histórias.

Quando a aula de História acabou e a professora de Português entrou eu comecei a ler a mente da turma e quando a aula acabou fui a última a sair, já que eu sempre fui a isolada.

Estava indo a caminho da saída quando encontrei meu professor favorito.