A Vingança de Allison Castellan escrita por Queen Julia


Capítulo 22
20. Garota de Vidro.


Notas iniciais do capítulo

Fic já na reta final. Mais uns 4 capítulos e então CHEGA! E como minha mãe me ensinou, após dar uma notícia ruim ofereça alguma comida.

Alguém quer um bolinho ana maria? :)



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È um sentimento complicado, realmente. O que muitas pessoas não entendem é que quando alguém diz que quer estar só, nem sempre é o que necessariamente quer dizer.

Meu cérebro dizia que eu deveria abandonar meus companheiros de viagem agora mesmo, mas meu coração dizia que se eu os deixa-se ele iria se partir em mil padaços. Porém eu acredito que é o que deveria acontecer de qualquer jeito, pois é isso que pessoas quebradas como eu fazem, as vezes elas caem aos pedaços.

O motivo de eu não contar a ninguém os meus segredos, e acima de tudo ESSE segredo, é meu medo delas passarem a me tratar diferente, passarem a me tratar como um pedaço de vidro. O grande problema de ser um pedaço de vidro é que quando ele quebra, machuca as pessoas. È perigoso.

Não há nada de interessante para contar sobre o nosso caminho de volta ao acampamento. Eu não quis tocar no assunto do que ocorreu na casa da minha mãe de May e nem eles. Talvez fosse melhor deixar as coisas assim.

– Então... o que você irá fazer agora? - Clarisse perguntou.

– Você irá viver no acampamento certo, quer dizer. Você não pode continuar vivendo para todo lado como antes... - disse Nate quando percebeu que eu não iria responder.

– Ally, você queria respostas. Agora as conseguiu. Por favor você não quer continuar com algo que você considera uma vingança. - Chris falou.

– O que isso quer dizer?! - berrei. Apertei o volante com força. Por que eles não podiam somente calar a boca e parar de cuidar da minha vida.

– Ally posso falar com você? A sós? - perguntou Nate.

Estávamos na estrada alguns minutos do acampamento meio-sangue. E no fundo eu sabia, era agora ou nunca. Eu tinha que me despedir dele.Meu querido amigo da infância, que até agora funciona como uma marionete nas mãos dos Deuses.

Eu e Nate caminhamos até estar distantes do carro e encostamos ao lado de uma árvore qualquer.

De dentro da minha jaqueta tirei uma pequena garrafa. Não pergunte como.

– Cerveja? - ofereci. Ele me olhou com cara de " você não vai conseguir fugir do assunto ".

– Você vai voltar conosco, e vai viver no acampamento, e vai parar como esse desejo de vingança.

–Quem você acha que é? Eu faço o que quiser. E de qualquer modo, eu não poderia mais chamar isso de vingança. Acredito que posso chamar de ensinamento, eu estou dando lições a eles.

– Droga Ally. Eu to tentando eu juro que estou. Mas eu não consigo fazer você voltar a como era antes.

– Olhei para os seus olhos castanhos que me olhavam diretamente com algum brilho bizarro.

– Ah merda! - resmunguei.

– O que é?

– Nate, o que exatamente você sente por mim?

– Você também sente não é? - perguntou vindo na minha direção.

– Não. Não. Não. Eu já mencionei? Não. - falei me afastando. - Nate o que quer que seja que você pensa que sente por mim, não é verdade. È somente um truque dos Deuses. Obviamente plano da Afrodite. Eles estão te usando.

– Usando para que exatamente, Ally?

Desde o íncio. Só um plano para me impedir.

Allison!

Me afastei rapidamente.

– Eu não gosto de você Nate! Que saco! Nunca poderia haver nada entre nós, você não entende isso?

Pareceu que eu havia o socado na cara. E mesmo se o tivesse feito iria ter o ferido menos.

– Você disse que estava dando lições para os deuses. Quais eram? -resmungou.

– Lição número 1: Não pense que só porque alguém tem uma parte mortal, que não é forte suficiente.

Caminhei até o carro e com calma sentei no banco do motorista. Ao contrário de Nate. Que entrou batendo a porta com força.

Será que algum dia ele irá entender que o que está sentindo não tem nada haver comigo?

Nos minutos que se passaram até a colina meio-sangue foram os mais silenciosos da minha vida. Tirando pelo barulho do meus coração batendo mais rapido a cada minuto.

A raiva que eu senti quando descobri sobre a morte de Luke voltou tudo ao mesmo tempo.

Apertei o pé no acelerador sem parar. E vire o volante em direção á colina.

– Ally!- gritou Clarisse.

Lagrimas escorriam pelas minhas bochechas. E senti o carro começar a inclinar enquanto o carro subia a colina rapidamente.

A descida foi a pior parte. Eu não controlava o carro e as vozes de Clarisse, Chris e Nate pedindo para eu frear pareciam distante.

Mas o meu objetivo foi alcançado. Por um momento, no máximo uns 10 segundos a dor parou. A dor da saudade que eu venho sentindo nas últimas semanas sumiu.

Acordei com o impacto da batida do carro em uma árvore qualquer do acampamento.

Paramos bem próximos do refeitório, por isso que alguns segundos depois todos os campistas já estavam ao redor do carro perguntando sem parar.

Porém no meio de todas aquelas peguntas a única coisa que eu conegui ouvir foi o grito de Annabeth.

– O que você pensa que estava fazendo Ally!? Você poderia ter morrido! - gritou.

Esse era mais ou menos objetivo.

Consegui escutar a respiração pesada de Clarisse e Chris ao meu lado. E de longe vi Nate sair correndo de volta para o chalé de Apolo.

Fiz o que eu tenho feito muito ultimamente. Eu fugi.

Corri até chegar á minha cabana no meio da floresta. Fui surpreendida por uma certa pessoa que me seguiu.

– Allison. - chamou Thalia atrás de mim. Ela me encarava com aqueles olhos azuis elétricos que eu sinceramente morria de medo.

Puff. Morria de medo. Essa piada passou a ser sem graça agora.

E naquele momento eu sabia...
Eu estava ferrada.


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