Aquele momento estranho quando...

Define praticamente o que aconteceu ontem á noite sim eu fiquei chapada e depois dormi a noite inteira, então vou pular direto para as 15 horas de hoje. Já estávamos em Westport, Connecticut e a caminho da casa da minha mãe.

Nate e Clarisse estavam dormindo no banco de trás porque passaram a noite assistindo American Horror Story. Enquanto o Chris estava do meu lado dizendo as direções.

- É melhor parar para pedir informação. - comandou.

Parei o carro do lado de um policial que nos encarou confuso por ver adolescentes sozinhos dentro de um carro, então eu dei um dos meus melhores sorrisos inocentes.

- Com licença, poderia nos dizer aonde fica a casa de May Castellan? - perguntou Chris.

- May Castellan? Hunf ela é doida. Muito perigosa. Fiquem longe dela. Acreditem se eu mandaria ela para o hospício se não fosse o marido dela impedindo.

- Marido? - perguntei confusa.

- É ele aparece só uma vez por semana na cidade. Pelo visto nem ele mesmo aguenta os ataques de doida daquela lá. Olha garotinha eu não sei quais seus assuntos com aquela mulher, mas te aconselho a não ir até lá. - e depois foi embora.

Dei a partida no carro sem conseguir tirar uma coisa da cabeça. Marido? Marido!? MARIDO? MARIDO!?

Depois de um momento de silêncio Chris se pronunciou.

- Nate me contou o que aconteceu ontem.

- Dane-se.

- Você está bem?

- To ótima porque? - perguntei.

- Já pensou o que vai dizer á sua mãe? Percy me disse que ela está um pouco... perturbada. Há chance de ela não acreditar em você.

- Quando tudo isso acabar eu vou cuidar dela. E ela vai voltar ao normal.

Senti os olhos de Chris em mim. Ele me encarava como se eu fosse uma menina perdida que não faz ideia do significado das palavras que diz.

- Eu sei o quanto importante a familia é Chris, porque eu nunca tive a chance de ter uma.

Estacionei na frente da minha antiga casa sentindo minhas mãos começarem a tremer.

Acordei Nate e Clarisse e sai do carro antes que eu pudesse mudar de idea.

O jardim era totalmente mal cuidado e lotado de miniaturas da mitologia grega feitos de gesso.

Cheguei na porta da casa sendo seguida por Chris e Clarisse com um Nate sonolento logo atrás.

Passei os dedos no escrito da porta onde está escrito Castellan em grego e logo em baixo em letras romanas.

Nunca entendi o porque. Não é como se houvessem deuses romanos.

Toquei na campainha mas ninguem abriu. Tentei abrir a porta mas estava trancada.

- Talvez ela não esteja em casa. - sugeriu Clarisse.

- May Castellan é a psicopata da cidade ela não vai simplismente atravessar a rua para ir na padaria.

Escutei um grito de dentro da casa. Chutei com toda a minha força a porta e essa quebrou e foi parar no chão.

- Olá? Alguém aqui? - falei.

- Senhora Castellan. - chamou Chris.

Fui até a cozinha mas estava fazia. O cheiro de biscoitos queimados pairava no ar.

Senti um movimento na sala mas nao me virei.

- Pai?! - disse a voz de Chris assustado.

Pera o pai do Chris tava aqui? Pera o pai do Chris era o meu pai também. O QUE O MEU PAI TAVA FAZENDO AQUI.

- Chris? O que você está fazendo aqui? - perguntou Hermes.

- HERMES? - gritei.

- Allison?

Uma voz veio da escada.

- Allison? - disse uma mulher parecida comigo confusa.

- May. - chamou Hermes.

- Mãe?

- Biscoitos! - falou May correndo em direção á cozinha.