–---- 1 mês depois -----

( Sentimentos de Sam Puckett )

Arrrrgh! Arrumar os preparativos do meu casamento, com a minha mãe e a minha sogra discordando em tudo... é um saco. Fala sério.... elas discutem por tudo e sempre escolhem exatamente o que eu não quero. Hump... como se eu fosse seguir a opinião delas. É uma pena a Carly não estar aqui ainda. Parece que ela vai demorar pra chegar... e eu não estou mais aguentando ficar perto dessas duas. E ainda tem esses enjôos, que parecem não passar. Eu quero comer, mas tudo que vejo, me deixa enjoada.

Marissa: E que tal vermelho para as toalhas das mesas? - Perguntou sorrindo.

Pam: Credo... vermelho não... acho que fica melhor um dourado brilhante. - Falou, me cutucando com o cotovelo.

Sam: Quantas vezes eu tenho que dizer, que não quero nada escandaloso, heim?

Pam: Ai filha... mas tem que ter algo de brilho... e vivo.

Sam: Eu já disse que será lilás. - Eu falei bufando.

Marisa: Não acho que seja uma cor muita adequada....

Pam: É... essa cor é tão.. sem graça, sem vida.

Sam: Mas eu gosto de lilás... e o casamento é meu.

Pam: E as flores? O que acha de rosas vermelhas? - Sugeriu minha mãe.

Sam: Não... eu prefiro as brancas.

Marissa: Brancas? - Ela fez uma careta... Cara... to vendo que hoje será um longo dia com essas duas.

Pam: Porque brancas? Esse casamento ta muito apagado.

Sam: Dois motivos: 1° o Freddie me deu rosas brancas no nosso primeiro encontro.... e 2° o casamento é meu e eu decido, ok?

Marissa: Como quiser.

Sam: Hum.. cadê os convites?

Pam: Acho que é isso aqui. - Ela falou, me dando uma pasta preta. Peguei das mãos dela e abri. Dentro tinha vários convites diferentes.

Marissa: Já tem a lista de convidados?

Sam: Bom... mais ou menos. A maioria dos meus parentes estão presos, então não tenho muitos para chamar... agora eu tenho que ver da parte do Freddie. - Eu disse, enquanto observava cada convite. Alguns são lindos, mas outros são muito enfeitados e cheios de frufru. Encarei Marissa por um momento e ela parecia chocada.

Marissa: Presos?

Pam: É.. porque? Algum problema? - Falou minha mãe, se aproximando dela.

Sam: Mas é melhor assim... eu odeio gente mesmo, não quero um casamento lotado.

Marissa: Entendo... bom, se quiser eu posso cuidar da lista de convidados do Freddie. - Ela disse, com um sorrisinho.

Sam: Isso seria ótimo! O Freddie está muito ocupado no trabalho e eu não sei como fazer isso.

Marissa: Ótimo... eu farei a lista de convidados e te entrego amanhã.

Sam: Ta bom. Ficamos em silêncio, finalmente. Minha mãe estava olhando as sugestões de bolo e Marissa começava a fazer a lista de convidados. Eu ainda não decidi que convite vou querer. Há tantos aqui... talvez um branco... ou bege, eu sei lá. Na verdade essas cores não combinam comigo. É muito... comum.

–---- 15 minutos depois -----

Sam: ACHEI!! - Eu gritei, pegando um dos convite na mão. Ele é lindo...em tom de lilás, uma fina fita transparente no meio com o contorno em roxo, e uma pequena florzinha em roxo escuro fechando o convite.

Pam: O que?

Sam: Esse é o convite de casamento que eu quero. - Falei, sorrindo.

Marissa: Esse querida? Mas os outros são bem mais elegantes.

Sam: E também são sem graças... e sem cor... e comuns.

Pam: Eu não acho a menor graça em roxo, mas faça o que quiser. - Ela disse, dando de ombros.

Marissa: Quando vamos ver o vestido de noiva? Sam: Hum.. não sei, mas acho que amanhã, o que acham?

Pam: Amanhã não dá, eu vou ao shopping, fazer umas compras e comprar um presente para meu neto.... quero dar o primeiro presente.

Marissa: Nada disso... eu quem vou dar o primeiro presente.

Pam: Porque você? Ela é minha filha. - Falou minha mãe, iniciando mais uma discussão... talvez a quarta ou quinta no dia. Argh.

Marissa: E daí? O filho também é do Freddie... e ele é meu filho.

Pam: Mas eu sou a mãe da noiva, tenho mais direitos sobre a criança! - Ela falou alterando a voz. Espera... direitos sobre a criança? Quem disse?

Marissa: Você é maluca... não vai ficar sozinha com essa criança de jeito nenhum.

Pam: E muito menos você, com seus produtos tóxicos.

Marissa: Não são tóxicos sua tonta, são produtos anti-bacterianos. - Ih... lá vem. Porque eu não posso ter uma mãe e uma sogra normais, heim?

Pam: Não me venha com nomes complicados... eu vou dar o primeiro presente e pronto.

Marissa: Não... eu quem vou!

Pam: NÃO.. SOU EU! - Ela gritou...

Marissa: NÃO ... SOU EU. - Ela berrou de volta. É... como sempre a Sam que tem que apartar a briga.

Sam: ERRADO AS DUAS! - Eu berrei o mais alto que pude.

Pam: O que?

Sam: A Carly já deu o primeiro presente... na semana passada. - Eu falei, calmamente. Ambas fecharam a cara.

Pam: Carly? Porque ela?

Marissa: Sempre a calça-justa.... - Ela falou, revirando os olhos.

Pam: Tudo bem... então eu darei o segundo. - Ela falou sorrindo.

Marissa: Eu darei o segundo... - Ela retrucou... fazendo minha mãe ficar irritada de novo...

Sam: Mais uma vez... errado! O Spencer deu o segundo.

Pam: Ah qual é.... porque eles são os primeiros? S

am: Porque sim... Carly deu um ursinho e o Spencer fez uma escultura de esquilo pro quarto do bebe.

Pam: Esquilo?

Marissa: O Spencer fez?

Sam: É... porque?

Marissa: É melhor tomar cuidado, pra não pegar fogo...

Sam: Relaxa... não tem nada elétrico nela. - Eu disse, deitando no sofá. Ouvi o barulho da campainha, deve ser a Carly. Resmunguei e Marissa foi atender pra mim.

Marissa: Ah... é você! - Disse ela com desprezo em sua voz.

Carly: É bom te ver também, Sra. Benson. - Ouvi sua voz doce e gentil, mas com uma pitada de falsidade. Me sentei no sofá, para olhar para a Carly, que parecia meio assustada com a recepção da minha sogra.

Pam: Eu posso saber porque você deu o primeiro presente pro meu neto? - Falou minha mãe, com uma ameaçadora.

Carly: E..eu? - Gaguejou. Soltei um riso baixinho.

Pam: É... você! Eu é quem ia dar o primeiro presente.

Sam: Mãe pára com isso! Carly... nem liga pra elas... essas duas estão impossíveis hoje. - Eu falei, me jogando pro lado, deitando a cabeça no braço do sofá.

Carly: E aí? Como você está?

Sam: Estou bem... um pouco enjoada e irritada por culpa das duas que brigaram pelo menos 5 vezes hoje.

Carly: Já escolheu algo do casamento?

Sam: Sim... as toalhas de mesa em tom de lilás e aquele convite roxo com a florzinha ali. - Eu disse, apontando para a mesa.

Carly: Aiii Sam... ele é muito lindo. Ótima escolha amiga.

Sam: Amanhã, vou ver meu vestido de noiva, tá afim de ir comigo?

Carly: Óbvio... acha que eu vou ficar de fora disso? Minha melhor amiga vai se casar... isso é maravilhoso. - Ela disse, me abraçando.

Sam: Valeu, Carls.

Carly: Então... já pensou no bolo?

Sam: Ainda não... pega um dos albuns aí, e vê se encontra um bolo legal.

Carly: Ok..Minha amiga caminhou até a mesa da cozinha, pegou um album e começou a procurar. A casa ficou silenciosa. Todas estavam concentradas procurando algo para o casamento, enquanto eu relaxava deitada no sofá. Fechei os olhos e comecei a imaginar como seriam as coisas daqui pra frente. Freddie e eu juntos.... com nosso filho, ou filha. Vai ser maravilhoso... eu estou tão ansiosa. Ouvi alguém falando meu nome, mas ignorei... o sono está me dominando aqui. Mas uma vez, aquela voz familiar chamava meu nome.

Pam: SAAAAM! - Dei um pulo do sofá, assustada.

Sam: Que droga!! O que foi?

Pam: Marissa está falando com você há 5 minutos.

Sam: Foi mal... tava pegando no sono.

Marissa:Tudo bem.... o que você acha de pessego?

Sam: Ah por mim, pode ser... estou morrendo de fome. - Eu disse. Marissa começou a rir. Qual é a graça?

Marissa: Não querida... eu estou falando da cor pêssego, para o casamento.

Sam: Ah sim...

Pam: Pêssego é cor de velho.

Marissa: Ótimo, então é perfeito pra você. - Ela disse, debochando.

Pam: Pelo menos eu não tenho cara de ameixa seca. - Disse, minha mãe. De novo, não. Olhei para Carly, implorando socorro, com olhar. Ela bufou.

Marissa: RETIRA O QUE DISSE.

Pam: EU NÃO VOU RETIRAR NADA.

Sam: Argh.... eu vou pro meu quarto. - Falei, levantando do sofá, e indo em direção ao quarto meu e do Freddie. Me joguei na cama e fiquei ouvindo a discussão da sala.

Marissa: Eu já disse para não me chamar assim.

Pam: E como quer que eu te chame? - A voz delas era abafada pela porta que estava fechada, mas ainda dava para escutar os gritos.

Carly: JÁ CHEGA! Parem de se comportarem como duas adolescentes. Os filhos de vocês vão se casar e vocês terão um neto, já está na hora de se darem bem, não acha? - Ela falou com a voz alta e muito séria.

Marissa: Mas... - Ouvi minha sogra tentando protestar.

Carly: Mas nada! Olha, se vocês se odeiam e querem se matar, problema de vocês, mas façam isso longe da Sam. Ela precisa de paz, ela não pode passar nervoso, por causa da criança. Então resolvam seus problemas sozinhas. - Disse minha amiga. Depois disso, eu não ouvi mais nada. Ouvi uns passos se aproximando da porta. Logo algumas batidas na porta e depois Carly apareceu, séria.

Sam: Obrigada amiga..

Carly: De nada... elas me irritaram.

Sam: É... eu percebi mesmo. Até eu fiquei com medo. - Falei, rindo. Ela sorriu e sentou-se ao meu lado.

Carly: Olha.. eu vou ter que ir... já está ficando tarde.

Sam: Tudo bem...

Carly: Você vai ficar bem?

Sam: Vou sim, quero dormir um pouco. Espero que elas fiquem quietas agora.

Carly: Bom... qualquer coisa, me liga.

Sam: Valeu.... até mais.

Carly: Tchau. - Ela se despediu e saiu, fechando a porta do quarto. Ouvi alguns resmungos lá na sala, mas não entendi o que era. Ignorei, me virando para dormir um pouco.

–---- Horas mais tarde -----

Eu estava tendo algum tipo de sonho maluco... várias crianças me perseguiam. E depois a minha mãe e a Sra. Benson brigando pra ver quem fica com o neto primeiro. Só que minha cabeça estava confusa... eu sabia que estava sonhando, mas não conseguia acordar. Argh... odeio isso. Começo a ouvir uma voz grave e suave... sussurrando algumas coisas... como se estivese contando algo, à alguem. Era o Freddie... ele parecia contar a história da branca de neve. Ele falava algo como '' Bruxa perguntou ao espelho '' e também '' ela encontrou os 7 anões ''. Eu não o via... só ouvia. Comecei a me mexer e senti um peso na minha barriga. Abri os olhos devagar, tentando me acostumar com a luz.

Sam: Freddie? - Sussurrei, esfregando os olhos com as mãos.

Freddie: Oi amor... desculpa... não queria te acordar. - Ele falou, acariciando meu rosto.

Sam: Tudo bem... o que estava fazendo? - Perguntei. Ele sorriu e corou.

Freddie: Eu... estava contando uma história para o nosso bebe. - Ele falou, sem jeito. Sorri.

Sam: Branca de neve?

Freddie: Era... - Ele respondeu, corando ainda mais.

Sam: Own... que fofo, Freddie.

Freddie: E como foi o dia?

Sam: Um saco... eu quase enlouqueci com nossas mães. Elas brigaram sei lá quantas vezes, até a Carly dar um basta.

Freddie: É.. eu sinto muito. Queria poder estar mais presente.

Sam: Amor, não precisa... é a noiva quem cuida do casamento.

Freddie: Eu sei... mas você está gravida e fica passando nervoso.

Sam: Na boa Freddie, tudo bem. A Carls me ajuda. - Falei, sorrindo.

Freddie: Ok... e ai? Está com fome?

Sam: Morrendo.. porque?

Freddie: Eu trouxe pizza de bacon pra você. - Ele disse, me dando um selinho.

Sam: Eu já disse que você é o melhor noivo do mundo? - Falei, pulando em seus braços, dando um beijo nele. Caímos na cama, eu estava por cima. Freddie me abraçou na cintura, aprofundando o beijo. Enterrei minhas mãos em seu cabelo, enquanto ele deslizava as mãos pelo meu corpo. Hum.... eu já sabia onde isso chegaria. Comecei a desabotoar a camisa dele... quando ouvi um barulho alto. Meu estômago. Deve ter um tigre faminto aqui dentro. Freddie parou o beijo e me encarou sorrindo.

Freddie: Acho que vou trazer pizza de bacon todos os dias, pra você. - Ele falou, com seus olhos brilhando.

Sam: Não precisa ser pizza.... pode trazer um balde de frango frito na próxima. - Disse, me sentando na cama. Terminei de abrir a camisa dele, e a tirei. Fiquei alguns segundos, apenas admirando aquele corpo musculoso na minha frente. Trocamos mais um beijo calmo, romantico. Desviei meus lábios para seu pescoço, e fui descendo pelo peito de Freddie, dando leves mordidas e alguns beijinhos. Senti o corpo de Freddie se arrepiar... e um sorriso se formou em meus lábios. Ele me parou de repente...

Freddie: É melhor ir jantar... - Ele falou, sério.

Sam: Ah... mas está tão bom aqui.

Freddie: Mas você precisa se alimentar... lembre-se que não come só por você.

Sam: Tudo bem.. mas você vem comigo?

Freddie: Claro... - Ele falou levantando-se, puxando minha mão com ele. Caminhamos calmamente em direção a cozinha. O cheiro de pizza estava por todo apartamento, senti um leve enjoo, mas logo passou.

Convite  original. 

Convite Seddie... eu imaginei escrito assim: