–Robert? - perguntei surpreso, confuso e levemente chateado. Ele lenvatou-se num átimo, surpreso com minha chegada, Bella estava sorridente, mas ficou repentinamente seria quando me viu, abri os braços num pedido mudo e ela caminhou hesitante para me abraçar, continuei encarando Robert.

–Edward, o Dr. Rob estava me fazendo companhia e. - Bella estacou ao ver minha mãe e eu estaquei ao ouvi-la chamando de Dr. Rob. Que espécie de intimidade era aquela?!

–Quem é essa?- Bella perguntou ainda abraçada a min, e o quarto era só tensão, minha mãe olhava para nós dois, feliz porem notou meu desconforto com a presença não avisada de Robert ali.

–Meu amor essa é minha mãe. - falei nos virando e dando passagem pra Esme entrar no quarto. - Mãe essa é a minha Bella.- as apresentei.

–Bem, eu acho que vou indo.- Robert falou desconfortável.

–Já?- perguntou Bella meio decepcionada e eu me segurei pra não soltar um impropério.

–Sim Bella, eu preciso... Ir. É nos vemos segunda. Tchau Edward, Hum tchau mãe do Edward. - Ele saiu do quarto como se tivesse levado um choque. Ainda segurei a carranca por um tempo então Bella tocou meu rosto atraindo minha atenção.

–O que foi Edward? Não gostou de ele ter vindo me ver?- perguntou preocupada, Deus! Que mulher observadora.

–Você é atenta demais pro seu próprio bem!- falei rindo e beijando seu narizinho, Bella riu nervosa e minha mãe ofegou. Bella estava estranha.

–OH MEU DEUS! VOCÊS SÃO LINDOS JUNTOS!- Esme gritou fazendo Bella se assustar.

–Mãe!- ralhei.

–Oh desculpe, é que não estou acostumada ha te ver com uma garota querido.- ela falou como se aquilo explicasse tudo.

–Bella, minha mãe veio especialmente para te ver hoje. - falei abraçado ela.

–Oi.- ela falou com as bochechas vermelhas.

–Ola querida, é um prazer finalmente conhecê-la, Edward fala que você gosta da minha comida, então nós trouxemos uma cesta de pique nique, o que acha de sairmos?- perguntou uma Esme sorridente, Bella me encarou incerta.

–Vamos amor?-pedi manhoso e ela só acenou com a cabeça, calçou suas sapatilhas vermelhas e saímos, a medida que caminhávamos para o jardim todos nos encaravam como se fossemos E.Ts, Bella quase nunca saia do quarto e quando sai atraia demais a atenção e os cochichos, nos distanciamos um pouco e estendemos uma toalha xadrez, típica de pique nique embaixo de uma arvore grande, para aproveitar a sombra.

...

– Então Bella esta gostando do nosso pique nique?- minha mãe perguntou com uma alegria tão esfuziante que assustou um pouco Bella.

–É... Eu nunca estive em um antes, mas gosto disso. - ela falou encostada á min, enquanto eu abraçava seu corpo junto ao meu. Ela estremeceu e eu estranhei, mas não dei importância.

–Que bom que está gostando de tudo querida, eu estava louca para conhecê-la, desde que Edward falou-me de você. - minha mãe falou sorridente e Bella olhou intrigada e confusa.

–Por que a senhora iria querer me conhecer?- perguntou verdadeiramente confusa.

–E por que não iria querer?- minha mãe retrucou - Bella Edward só fala maravilhas sobre você meu bem, e estou constatando que você é um amor. Estou muito feliz por vocês dois. - minha mãe sorriu amigável piscando pra min.

Então eu achei que Bella fosse sorrir ou simplesmente corar, mas não. Ela começou a chorar silenciosamente minha mãe ficou chocada e eu fiquei surpreso.

–Meu bem eu falei algo errado?!- Esme perguntou frenética, prestes a correr em direção a Bella. Fiz sinal pra mamãe se acalmar e puxei o rostinho banhado em lagrimas do meu anjo.

–Bella? Por que está chorando?- questionei limpando suas lagrimas, eu odiava quando ela estava triste.

–Eu... - ela fungou e olhou de Esme pra min - As pessoas não gostam de min. Elas se afastam ninguém quer conviver com uma louca.– ela sorriu tristemente- Seu filho poderia estar com alguém melhor que eu. - ela falou diretamente pra minha mãe. - Como pode dizer que estar feliz por nós dois?- perguntou abalada- Senhora Esme perdoe-me. - falou chorando novamente, então Bella levantou abrupta e eu levantei assustado ela estava tremendo e minha mãe desesperada, como um dia lindo virou isso?! Bella fez menção de se distanciar e eu á segurei pelo pulso.

–Bella?- perguntei assustado.

–Edward- ela tocou meu rosto em meio as lagrimas e sorriu tristemente, um tremor nada bom subiu pela minha espinha- Me perdoe, você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida tão sombria. - eu não estava gostando do rumo dessa conversa.

–Fui?– perguntei um pouco desesperado.

–Meu anjo. Ajudou-me a sair das sombras, ainda não estou a salvo, mas tudo começou por sua causa meu lindo anjo.

–Bella você esta me assustando amor!- falei tremendo segurando seu rosto com minhas mãos. Esme estava de pé perto de nós sem saber o que fazer.

–Edward, você não pode mais condenar sua vida por min, eu te amo. - Fechei meus olhos absorvendo aquelas palavras, era a primeira vez que Bella dizia com todas as letras que me amava, mas eu sentia que não vinha algo bom a seguir.

–Não estou condenando nada Bella, você é minha vida amor. - falei fazendo ela olhar nos meus olhos, ela balançava a cabeça transtornada em meio as lagrimas silenciosas.

–Você tinha uma vida antes de min. Não estou pedindo pra ir embora, estou só... - ela apertou os olhos e ofegou.

–Bella?!- perguntei desesperado

–Me deixe Edward. Só me deixe você não pode viver em função de uma doente, mesmo que eu me cure não sabemos quando vai acontecer. Que vida você poderia ter ao meu lado?!- ela questionou e eu entrei em um profundo pânico.

–A vida mais feliz que um homem poderia ter. - falei aflito.

–E você terá meu anjo, longe de min.- ela começou a se afastar.

–Bella!- ela não olhou pra trás.

Comecei a andar a passos largos atrás dela. Ela não estava falando serio! Não podia!

–Bella!- comecei a gritar pra ela parar então ela começou a correr em disparada pro seu quarto, e eu no seu encalço, ouvi ao longe minha mãe gritar, mas naquele momento meu cérebro não estava processando nada direito. Só que Bella me queria longe dela.

Vi seu olhar de pânico quando alcançou sua porta e fechou com força e tentei empurrar, mas estava bloqueada por dentro.

–BELLA!-comecei a bater freneticamente na porta. - PELO AMOR DE DEUS ABRI!-gritei desesperado.

Nenhuma resposta veio, eu estava louco gritando que nem lunático vários enfermeiros apareceram do meu lado dentre eles estava Charlie como cara de poucos amigos.

–O que você fez Cullen?- ele perguntou com um ar acusador.

–NADA!-gritei desesperado. - Eu não fiz nada! Ela... Oh meu Deus ela estava bem, estava comigo feliz e... E, do nada ela disse que me queria fora de sua vida.- quando falei isso o peso da frase se abateu sobre min e as indesejáveis lagrimas caíram grossas pela minha face.

–NÃO ACREDITO EM VOCÊ SEU MISERAVEL! O QUE FEZ COM MINHA FILHA!?-ele me empurrou e eu me senti sem rumo.

–Charlie sei que não gosta de min, mas juro não fiz nada! Eu a amo! Deus eu amo loucamente sua filha nunca machucaria ela! Por favor, acredite. - supliquei.

–Saia do meu hospital agora Cullen!- ele falou friamente.

–Não, não Charlie, por favor, não faça isso comigo!- supliquei em pânico- Eu não posso me afastar dela, você tentou afastá-la de min uma vez, não tente agora me afastar dela. - eu estava chorando copiosamente, eu era um homem em pratos suplicando desesperadamente.

–Eu sabia que isso não daria certo, de alguma forma você a machucou. Sei o que é melhora para minha filha, mesmo que eu erre alguma vez ainda sou o pai dela, e como você disse ela pediu pra você sair de sua vida! Então Dr. Edward Cullen considere-se demitido, a partir de agora não trabalha mais neste hospital! Fique longe da minha filha. - falou taxativamente e eu literalmente pirei. Voei em cima dele, ele não podia me privar de ve-la! Eu não sobreviveria. Não sem ela!

Os enfermeiros brutamontes me seguraram e me arrastaram pra fora, minha mãe gritava desesperada eu tentava enlouquecidamente em meio as lagrimas e dor descomunal me soltar. Mas não adiantou no fim me vi sentado no meio da rua deserta em frente ao portão do hospital com a cabeça no colo da minha mãe, que parecia ainda em choque. Eu não tinha mais vida. Minha vida estava lá dentro, minha vida era minha Bella. Deus o que houve? O que colocaram na cabeça dela?! Como vou viver agora?

Chorei até tudo escurecer, lagrimas, dor, desespero tudo me tirou o ar e eu simplesmente apaguei no chão, na rua, no colo da minha mãe.

...

Abri os olhos, e pisquei em busca de luz, tudo estava escuro como minha cabeça, confusa que girava nesse momento, tentei me levantar e então uma quantidade absurda de luz me atingiu.

–Ahhh- gemi com a dor nos olhos.

–Finalmente!- Berrou Alice? Onde eu estava?

–Alice?- minha voz estava rouca e grossa, como se eu tivesse chorado.

–Eu em carne e osso. - falou surgindo na minha frente, gemi novamente com a luz ferindo meus olhos.

–Onde estou?- perguntei.

–Em casa onde mais você estaria?

–O que houve?- questionei confuso, eu me sentia como se tivesse sido atropelado por um bonde, minha garganta doida, meus olhos ardiam e minha cabeça girava.

–Ta ai uma resposta complicada de se dá. - ela falou meio nervosa, eu estranhei. - Não acho que eu seja a pessoa mais apropriada pra te cotar tudo o que houve nos últimos três dias.

–Três dias?- eu estava muito confuso, tudo estava embaralhado na minha cabeça. Varias imagens misturadas e borradas surgiram, mas eu não conseguia identificar nada direito, até que o rosto de Bella surgiu na minha mente, lagrimas, dor...

''Me deixe Edward. Só me deixe você não pode viver em função de uma doente, mesmo que eu me cure não sabemos quando vai acontecer. Que vida você poderia ter ao meu lado?!''

OH MEU DEUS! Eu acho que arfei com a lembrança. A pior da minha vida!

–Edward? Ai meu Deus vou chamar o papai!- Alice gritou e saiu em disparada.

–Bella.- chiei baixinho seu nome e as lagrimas voltaram. Minha Bella. Como viver sem meu ar? Sem meu folego de vida. Chorei, novamente. Eu não sabia até que ponto um coração podia se quebrar, o meu parecia partido em mil pedaços.