Capítulo 1 – Caçadores de Brooksvield

POV Eric

            E mesmo depois de grandes e complicadas tentativas, eu não consegui recuperar a única mulher pela qual me apaixonei, Sookie Stackhouse, uma simples garçonete e descendente de fada, mas não foi por isso que me apaixonei por ela, isso aconteceu devido a grande compaixão e amor aos outros que Sookie tem.

            Mas eu, com essa minha ignorância e minha falta de amor aos outros perdi ela para o Rei da Louisiana, William Compton ou Bill, tanto faz. Aquele babaca e idiota conseguiu a única coisa que valeu a pena em minha vida.

            - Ser xerife tem que ser uma coisa merecida, Sr. Northman – me falou a rainha da Califórnia.

            Megarah, a rainha, é uma mulher deslumbrante. Seu cabelo loiro é preso em um rabo de cavalo e sua calça jeans apertada me permite ver as suas deslumbrantes pernas e a blusa regata nos revela que ela tem belos seios, mas eu pouco me importava com o corpo dela naquele momento, estávamos tratando de negócios.

            - Sim, eu sei Majestade – respondi.

            - Eu preciso de um xerife presente e responsável, como o senhor, em uma área do meu reinado. Temo colocar um inexperiente, pois a área pode ser perigosa para nós.

            - Não vejo como pode haver perigo para alguém da nossa espécie – eu respondi, quase debochando do aparente medo da Rainha.

            - Não estou brincando Eric, há Caçadores naquela área.

            - Caçadores? Mas pensei que eles estavam instintos há muito tempo.

            Os chamados “Caçadores” são famílias muito antigas que matavam seres sobrenaturais perigosos, mas todas as famílias foram extintas quando eu ainda estava rodando o mundo com Godric, meu criador.

            - E estavam, mas andei pesquisando uma família da cidade de Brooksvield ao norte daqui que podem descender dos Caçadores.

            - Mas há risco deles saberem de algo? Afinal, todos os registros deles foram queimados.

            - Sim, os registros foram queimados, mas mesmo assim ainda tenho medo de que se descobrirem algo possam ensinar tudo a esses bastardos humanos que querem tanto acabar conosco.

            - Para mim vai ser uma honra ser xerife da Área 2 e servi-la Majestade.

            - Ótimo Eric, vá o quanto antes e procure não alertar os vampiros da sua Área sobre os Caçadores. Eu quero ter certeza sobre a natureza da família humana antes de decidir o que fazer. Se algum vampiro babaca da sua Área souber, é arriscado que mate a família suspeita, o que vai causar uma grande confusão na mídia, principalmente agora que a luta pelos nossos direitos está tão perto de se concluir.

            - Não se preocupe Majestade, manterei isso entre nós.

            - Essa é a família que você deve ser aproximar e pesquisar sobre ela – a Rainha me deu uma pasta com todas as informações necessárias.

Antes do amanhecer

            - Por que sempre temos que ir para uma cidade pequena, Eric? – perguntou Pam, antes que fossemos entrar nos caixões e tirarmos mais um dia de descanso.

            - Porque é sempre mais seguro e acho que está reclamando demais Pam – falei reclamando. – Amanhã é a estreia da Fangtasia aqui, então não me perturbe com suas reclamações de como a cidade é tediosa.

            Pam se direcionou ao caixão dela, deitou e o fechou sem reclamar mais nada e eu apenas fiz o mesmo processo que ela, esperando por um descanso calmo e sem problemas.

POV Norah

            Mais uma vez, lá estava eu, no tédio do tamanho do quadril da professora de história (ou seja, bem grande). A aula estava até que normal para um dia de sexta-feira, onde todos planejavam sair para beber escondido dos pais, pelo menos os que ainda têm dezessete anos. O sinal encerrando a última aula bateu, fazendo com que todos na sala saíssem o mais rápido possível.

            - E ai, o que vamos fazer hoje? Que seja algo bom – falou minha melhor amiga, Malenca Harold.

            Malenca é completamente o oposto de mim, fisicamente falando, sendo ela uma loira deslumbrante e eu apenas uma garota magra, de cabelos castanhos, tentando sobreviver ao Ensino Médio.

            - Não faço a menor ideia, mas acho que podemos alugar alguns filmes e assistir na minha casa, minha mãe não se importa – falei e abri o meu armário, que por sorte, ficava ao lado do de Malenca.

            - Filmes? Isso não é nada bom. Cinema em casa só serve quando estamos sem dinheiro e sem nada para fazer – respondeu ela, arrumando o cabelo em frente ao espelho do meu armário.

            - E estamos nessa situação, com exceção do dinheiro – peguei a porta do armário da mão dela e fechei-o, para que pudéssemos ir para casa.

            - Não, não estamos não. – respondeu Malenca. – Hoje é a inauguração daquela boate, a Fangtasia ou Vamtasia, tanto faz.

            - A boate que o dono é um vampiro? – perguntei.

            Talvez não fosse uma conversa normal para ter, afinal, vampiros são seres místicos e toda aquela baboseira, mas isso só em filmes de terror e ficção, aqui na realidade, eles existem e andam entre nós.

            - Essa mesma e o melhor é que não fica muito longe da sua casa, podíamos passar lá mais tarde.

            - Você é a única que fez dezoito anos aqui, ainda não cheguei lá, você vai ter que ir sozinha.

            - Acha mesmo que eu deixaria minha amada namorada ir sozinha a algum lugar? – perguntou Lucio Dalli, namorado da Malenca se aproximando de nós duas.

            - Nunca mesmo – falou Malenca rindo e logo depois dando um beijo em seu namorado.

            - E então, vamos à boate dos vampiros hoje? – perguntou o Lucio e riu. Ele era um dos que não gostava muito de vampiros, mas também não falava mal ou saia fazendo passeata com os malucos da Fellowship of the Sun, a igreja antivampiros.

            - A Norah não pode, ainda tem dezessete – falou a Malenca.

            - Não tem problema, vocês podem ir sem mim e tirar a noite só para curtirem sozinhos, eu fico em casa e assisto algum filme ou faço o dever de casa – chegamos ao meu carro.

            - Tem certeza que não há problema se deixarmos você sozinha em plena sexta-feira? – perguntou o Lucio. – Podemos esperar até você fazer dezoito para irmos.

            Malenca deu um tapa no braço do Lucio, o repreendendo por ter oferecido aquilo.

            - Não precisa Lucio, ainda falta um mês para o meu aniversário e tenho certeza absoluta de que a Malenca não aguentaria esperar – eu disse rindo e abrindo a porta de trás do meu carro, jogando minha bolsa e meu material lá dentro.

            - Não é isso amiga, eu adoraria esperar por você, mas o problema é que a estreia vai bombar e eu estou doida para conhecer o dono. Imagina só, um vampiro de verdade na minha frente, isso é de-mais.

            - Já entendi Malenca. Bom, se divirtam e qualquer coisa me liguem. Vou ficar em casa a noite inteira.

            Entrei no banco do motorista do meu carro e saí com calma do estacionamento da escola e dirigi em direção a minha casa. No caminho, passei em frente ao portão da nova boate que era toda preta e uma placa estava bem em frente a porta, informando sobre a estreia de hoje. Senti uma sensação estranha em ficar ali em frente, então simplesmente acelerei e entrei na garagem da minha casa e quando o portão elétrico fechou me senti bem melhor.

            Entrei em casa e dei de cara com a minha mãe malhando enquanto via um DVD sobre musculação.

            - Oi mãe – eu falei e ela se assustou quando ouviu a minha voz.

            - Oi filha, não me assuste desse jeito enquanto eu estou concentrada na TV – ela disse e pausou o filme, logo depois de pegar o controle de cima do sofá.

            - A senhora deveria pelo menos ter ligado o alarme de segurança, com a altura dessa televisão um ladrão roubaria a casa inteira e a senhora só viria quando fosse a cozinha fazer seu shake estranho.

            - Não é estranho, é uma mistura saudável. Alguém nessa casa deve manter a forma.

            - Eu não preciso disso tudo, sou bem saudável e estou feliz com meu corpo.

            Minha mãe era completamente viciada em malhação desde que eu me lembro. Ela tinha sempre que estar com o corpo perfeito para se sentir melhor. Nós duas moramos em uma casa enorme, com duas suítes, dois quartos, três banheiros social, uma cozinha muito exagerada, sala gigante e uma piscina usada geralmente por mim, já que minha mãe não precisa tomar sol devido às sessões de bronzeamento artificial.

            Quando eu tinha 10 anos, meu pai morava com a gente, até que ele saiu de casa e pediu o divórcio da minha mãe, que ficou com uma bela pensão, a casa, os dois carros e é claro, comigo. Obviamente eu vejo o meu pai sempre que posso, mas ele mora Nova York e raramente consigo vê-lo, afinal ele é um cirurgião plástico e vive ocupado com os pacientes.

            - Vai sair hoje à noite? – perguntei logo depois de ver a nota fiscal de uma loja de sapato.

            - Vou à estreia da nova boate – falou ela e riu. – Todos vão e estão muito animados com os vampiros aqui. E me disseram que e o dono do bar é um gato e quem sabe eu não consiga fazer o coração do gostosão parar de bater.

            - Na verdade, o coração dele não bate mais, ele está tecnicamente morto.

            - Então eu farei o coração dele voltar a bater novamente.

            Parei de tentar conversar com a minha mãe e então subi as escadas, esperando que algum milagre acontecesse e eu não ficasse com um tédio maior ainda naquela noite. Todos curtindo no bar de vampiros e eu aqui em casa, sem fazer nada.

POV Eric

            - E como você pretende chegar perto dessa família? – perguntou Pam.

            Estávamos sentados longe de toda aquela população estranha, tentando fingir que sabem dançar, enquanto eu esperava que a tal garota chegasse.

            - Pela adolescente da família. É uma menina bastante atraente e eu tenho certeza que consigo chegar nela bem rapidinho – falei.

            - Mas você sabe que não pode enfeitiçar os caçadores.

            - É CLARO QUE EU SEI – gritei e Pam se calou, como uma cachorrinha obediente.

            A tal garota entrou e de costas, pude perceber a sua semelhança com a Sookie. O cabelo dourado da garota balançou ao entrar na boate, infelizmente de mãos dadas com um garoto, provavelmente o namorado. Ela olhou para mim e sorriu, fiz um sinal com os dedos a chamando até mim. Ela puxou o namorado e se aproximou.

            - Curtindo a festa? – perguntei a ela.

            - Acabamos de chegar, mas adoramos a decoração. Tudo vermelho e preto, bem vampiro – ela falou e riu.

            - Por favor, sentem – eu pedi e apontei as cadeiras a frente. – Pam, vá com o cavalheiro buscar algo para beber, por conta da casa.

            O namorado dela se levantou meio incomodado e foi com Pam até o bar pegar as bebidas.

            - Qual o nome da bela moça a minha frente? – perguntei e ela riu nervosa.

            - Malenca Harold e você?

            - Pode me chamar de Eric – respondi. – E então, aquele é o seu namorado?

            - Sim, o Lucio é meu namorado.

            - Mas o que uma moça tão bela quanto à senhorita faz com um garoto tão simples como aquele? Tenho certeza de que encontraria algo melhor.

            - Bom, tenho certeza que sim, mas eu o amo e acho que só isso importa. Tenho que ir Eric, foi um prazer, você tem uma bela boate.

            Ela se levantou da cadeira e se afastou de mim, puxando o namorado do bar, com as bebidas em mão. Saíram porta a fora.

            - Não deu certo? – perguntou Pam rindo.

            - Não muito, ela não se deixa influenciar por um vampiro tão fácil assim.

            Ficamos olhando a boate com todos aqueles humanos repulsivos, procurando por alguém para morder e me deliciar, mas todos ali eram completamente inúteis.

            - Ela me lembra um pouco a sua preciosa fadinha Sookie – falou Pam.

            - Já disse para não se referir mais a ela na minha frente, se não eu te acorrento em prata por dias – Pam apenas me olhou de cara feia e saiu.

            Ela podia ser mimada e preguiçosa às vezes, mas era bastante obediente e tinha noção de que eu era o criador dela e ela me devia o respeito e obediência.

POV Norah

Música: Korn – Word Up

            Eram umas três da manhã quando me ligaram da Fangtasia, avisando que minha mãe tinha bebido demais e que eu deveria ir pegar ela. Por sorte, minha mãe havia ido de táxi para a boate, mas não tinha a menor ideia de como chegar em casa e por isso pegaram o celular dela e discaram o número ‘Casa’ e eu atendi.

            Entrei naquela boate desprezível depois de falar na portaria que tinha vindo buscar a mulher bêbada. Nem precisei mostrar a identidade, apenas me deixaram entrar como se estivessem desesperados para se livrar da mulher bêbada e eu tenho certeza que estavam.

            Todos pareciam se divertir bastante lá na boate. Era possível ver dançarinas vampiras, humanos bastante bêbados dançando e muitas pessoas estavam se agarrando em qualquer lugar da boate. Um casal lésbico se pegava em cima do bar, casais se agarravam em todo canto, era uma enorme orgia.

            - O que uma de menor mal vestida faz aqui dentro? – me virei e vi quem estava me fazendo a pergunta. Era uma mulher alta, de cabelo longo e loiro e pela palidez pude perceber que era uma vampira, provavelmente uma funcionária da boate.

            - Eu vim buscar a minha mãe – eu respondi e ela continuou me avaliando e apontou para outra direção.

            Lá estava a minha mãe caída em uma poltrona preta, dormindo de tão bêbada que estava, mas o que chamou a minha atenção não foi isso, afinal eu já estava acostumada com as sessões de bebedeira da minha mãe, o que realmente fez com que eu permanecesse parada, olhando atentamente, era o vampiro que estava na poltrona ao lado.

            Era um homem particularmente alto, com o cabelo loiro e curto, ele parecia extremamente entediado com todas aquelas pessoas idiotas e bêbadas ao redor. Devia ser o dono do bar. Dei passo por passo em direção a minha mãe, apenas observando o cara, até que ele me olhou (com os olhos bem azuis) e sorriu, cheguei perto dele e me virei para o lado oposto para poder acordar minha mãe.

            - Mãe, sou eu, acorda – balancei-a, enquanto o vampiro do lado me observava.

            - Eu quem? – ela perguntou e riu.

            - Sua filha.

            - A estraga-prazer. Deixa-me curtir um pouco mais aqui na boate dos vampiros – ela falou e riu. – Você viu o loiro dono do bar? Minha nossa, o maior gostosão e eu acho que ele ficou afim de mim. O que achou dele?

            Não respondi, apenas tentei levantar ela da poltrona, mas não obtive muito sucesso.

            - ME RESPONDA – ela gritou.

            - É mãe, ele é bonito, agora vamos, a boate já vai fechar – falei, mentindo é obvio. Aquela festa ia durar até às quatro da manhã.

            - Me deixa paquerar o loiro gostosão primeiro – ela falou.

            - Precisando de ajuda aqui? – perguntou o tal loiro gostosão, logo depois de se levantar da poltrona e se abaixar ao meu lado.

            A pele dele se enroscava na minha e pude sentir como ele era gelado o que me fez ficar ainda mais nervosa por ele estar ao meu lado. Talvez eu estivesse daquele jeito por ele ser um vampiro ou talvez por ser muito bonito.

            - Esse é o loiro gostosão – disse minha mãe e riu.

            - Mal cheguei aqui e já recebi um apelido – falou ele e riu sarcasticamente. – Deixe-me ajudar você.

            Ele pegou a minha mãe no colo e andou em direção a porta da boate e eu fui atrás. Mostrei qual era o meu quarto e ele a colocou no banco de trás e fechou a porta.

            - Obrigada – eu disse.

            Ele apenas sorriu e permaneceu me observando, com um sorriso bastante tarado na cara. Entrei no banco do motorista e girei a chave, comemorando quando me afastei da boate e não era mais possível ver o vampiro.

POV Eric

            Observei a humana se afastar da boate e Pam se aproximou por trás.

            - Humanidade nunca vai ser seu ponto alto, Eric. Por que ajudou a humana? – ela perguntou.

            - Ela é uma amiga próxima da Malenca Harold e vai ser mais fácil eu chegar a vitima por ela.

            - Você também não é um bom mentiroso. Pelo menos para mim.

            Pam se afastou e eu apenas observei o carro da humana, que me chamou a atenção. O olhar dela era o igual o da Sookie e por isso eu me senti no dever de ajuda-la. E como sempre depois que eu me apaixonei, tudo o que acontecia ao meu redor tinha conexão a Sookie Stackhouse.

E continua...

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Sejam bem vindos a minha mais nova fanfic baseada na série da HBO, True Blood. Como sempre, gosto de usar um ator ou uma atriz base para mostrar aos meus leitores como eu imagino o personagem que crio, então, aqui está a apresentação dos personagens da fanfic.

O galã Eric Northman, interpretado por Alexander Skarsgard, assim como na série True Blood. Tem como não amar ele? Lindo e sexy, tive que permanecer com ele.

Norah Fitzgerald - Troian Bellissario da série Pretty Little Liars. Esse foi o personagem mais difícil de escolher, mas depois de muuuuuita pesquisa encontrei a atriz com as caracteristicas necessárias.

Malenca Harold - Ashley Benson, também de Pretty Little Liars. Eu havia escolhido ela desde o começo. Não queria pegar duas atrizes da mesma série, mas as duas (Troian e Ashley) ficaram perfeitas como Norah e Malenca.

Pam Ravenscroft, interpretada pela atriz Kristin Bauer na série True Blood. Ela é perfeita em todos os sentidos e não consegui deletar esse personagem da minha fanfic.

Lucio Dalli - Jeremy Kapone, um ator e cantor francês bastante conhecido pelo filme LOL - Rindo A Toa. É um personagem de pouco destaque na minha fanfic, mas achei importante escolher o ator.

Rainha Megarah - Candice Accola, conhecida por fazer The Vampire Diaries. Ela não ia ser a atriz base, mas amo tanto ela que decide colocá-la aqui.

Bom, esses são os personagens que aparecem nesse primeiro capítulo e achei importante que já imaginassem eles como eu os imagino.

A mãe da personagem Norah Fitzgerald não recebeu nome nesse episódio e nem uma atriz base, MAS ela ainda vai ganhar bastante destaque aqui na fanfic.

Quando o nome dela for revelado eu mostro a atriz aqui.

Espero que tenham gostado e que acompanhem a fanfic.

Um grande beijos e até o próximo capítulo!