I Am On The Road To Love escrita por Beilschbitch


Capítulo 7
Capítulo 7




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- Os senhores poderiam me responder por qual motivo chegaram atrasados? – Sr. Dirnt estava com as mãos em sua cintura. Ele odiava atrasos, e dava punições severas para os atrasados.

            - Ela teve um probleminha, senhor Dirnt, e a ajudei.

            - Certo... – Ele nos olhou desconfiado. Já não estávamos de mãos dadas. – Vão para seus lugares. Desta vez passa, okay?

            - Sim, senhor. – respondemos secamente.

            - Então, após a pequena interrupção, voltemos aos nossos estudos. Por favor, abram o livro na página cento e trinta e dois.

            Os pesados livros de física foram retirados com certa moleza da mochila pelos colegas. O abrir e fechar de zíperes é o momento mais maçante de toda e qualquer aula. Odeio generalizar, mas no caso de minha sala, bem como em tantas outras no mundo, são todos a favor da utilização de tablets ou notebook, substituindo livros e cadernos. Não é muito melhor carregar um iPad levinho do que uns cinco livros grossos, para todo o resto do ensino médio? Evitar páginas amassadas, rasgadas, orelhas, capas danificadas, papeis amarelados, além de ajudar o meio ambiente.

            Mas, infelizmente, há aqueles professores arcaicos que detestam qualquer tipo de tecnologia, e chegam ao extremo de entregar avaliações escritas à mão para os responsáveis pela organização das provas.

            Abri o livro. Pode parecer estranho, mas eu estava... Entediado. Sabe quando sua aula favorita fica terrivelmente chata? Imagino que sim. Eu queria estar em todo lugar, exceto na sala. Acredite. Isso é algo REALMENTE estranho.

            O professor começou a leitura, enquanto atentos, o acompanhava. Matéria fácil, tirava de letra. Vou gabaritar a prova, mole, mole. Então, para quê prestar atenção?

            Espera um pouco...

            EU ESTAVA ME NEGANDO UM MOMENTO DE ESTUDO?!

            Pelo amor do santíssimo Deus, desde quando eu faço isso? Vou tentar me concentrar na aula...

            - ... Em casos de sistemas à velocidades constantes e massa variável, a exemplo um fluxo constante de calcário caindo sobre uma esteira transportadora em indústrias de cimento, a velocidade pode ser retirada da derivada e a força...

            Não sabia, mas o brinco da Stefani era de estrela.

            - Com licença senhor Way, mas, o que observas tão atentamente?

            Epa.

            - Apenas observando o ângulo que a persiana forma num dia de chuva.

            - Aham. E qual é?

            - Nove graus, senhor Dirnt.

            - É... Parece nove graus mesmo. Agora preste atenção na aula.

            -Sim, senhor.

            - Pois bem... Agora façam os exercícios de numero dez a quinze.

            Todos pegando os cadernos em sua mochila. Meu fichário estava no armário.

            - Com licença, sr. Dirnt, posso pegar meu fichário no armário?

            - Claro, sr. Way. Claro.

            “Meu Deus! O que está acontecendo comigo?” refletia enquanto ia ao corredor onde meu armário estava. Inseri a combinação. Deu erro. Tentei novamente. Minha mão estava tremendo.

            - Michael? –uma voz doce me chamou. –Tudo bem?

            Não, não estou bem.

            - Sim, sim, estou bem.

            - Mas não parece. – ele me olhou, cética.

            - Estou sim, Stefani.

            - Se você diz...

            - É que eu não consigo abrir meu armário... – passei a mão em meus cabelos.

            - Travou?

            - Não sei, só não abre...

            Ela bateu duas vezes de leve nele.

            - Tenta agora – ela sorriu.

            Inseri a combinação novamente. Abriu!

            - como você...? – a olhei, curioso.

            - Esse era meu armário no ano passado. Ele é cheio de manhas. - ela riu.

            - Notei... – ri também.

            Peguei meu fichário e fomos para a sala. Me perguntei mentalmente como ela foi parar lá, ao meu lado, uma vez que o professor detesta que saia mais de um aluno da sala. Acabei abandonando tal pensamento quando ela veio com uma pergunta:

            - O que tem para amanhã?

            - Amanhã... - olhei para cima, buscando o que eu tenho às quartas-feiras – Ah, amanhã tenho ensaio...

            - Legal! – seu sorriso ficou radiante. – de quê?

            - É que eu sou da equipe de louvor da minha igreja... Toco baixo lá.

            - Que legal! E qual é ela?

            - Igreja Cristã Evangélica de Nova Jersey.

            - Acho que sei onde fica. Posso fazer uma visita?

            - Claro. – Sorri.

            Chegamos na porta da sala

            - Eu acho bonito...

            - O que?

            - Quando você sorri. É um fenômeno raro, tipo o cometa Harley. Acho tão... incrível – seu rosto ficou vermelho. E o meu também.

            - Obrigado. – o seu também, pensei.


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