Things I ll never say escrita por Lonely Looney


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Quem é Amanda Ann Rice? É uma personagem que eu criei para fazer par com o Snape. Acho que a Lily não o merece e ele precisa de uma mulher forte e decidida para curar seu coração partido, e é exatamente isso o que Amanda está fazendo. Mas há a grande diferença de idade e de mundos... Até agora muita coisa entre esses dois ficou só no terreno da imaginação, mas o que escrevi até agora foram essas três fics muuuuuito aleatórias.
Amanda é aluna de Snape e nesse capítulo é o Yule Ball (Baile de Inverno?). Ela insistiu até o fim para que Snape a acompanhasse, mas ele não cedeu. E aí veremos no que dá.



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Amanda 01 – 

O vestido dela era lindo e seus olhos azuis brilhavam. Sua mãe sempre fora mesmo sua amiga. Os bruxos, que não tinham noção do que era “Dolce & Gabanna” estavam encantados com o vestido branco perolado, a cauda arrastando no chão e o ombro esquerdo exposto. E os garotos mais encantados ainda com os contornos de seu corpo. Os cabelos ondulados e loiros ela prendeu num coque intrincado, cheio de voltas e com presilhas brilhantes em forma de flor. Radiante, Amanda Rice parecia uma princesa.

Mas só ele parecia não notar.

Ao descer as escadas para a sala onde acontecia o Baile de Inverno, sozinha, Amanda sentiu-se muito frustrada. Ele provavelmente cumpriria sua promessa de não acompanhá-la. Bem, é claro que não iria acompanhá-la! O que ela estava pensando? 

E lá estava ele, andando pelo salão, parecendo um pássaro negro. O coração de Amanda começou a bater tão forte que parecia soar mais alto que a música. Era impossível que ele não estivesse ouvindo. 

E talvez ele estivesse, pois olhou em sua direção e pareceu se surpreender. Os dois se olharam por um tempo e o coração de Amanda quase parou. Até que ele se virou e foi embora. 

Ela percebeu que se esquecera de respirar e estava hiperventilando. Era uma ótima desculpa para ir tomar ar. “Talvez ele estivesse lá fora...”

E ela não o via em canto nenhum. Até que ouviu aquela voz... Sua voz... Era ele, conversando com aquele professor da Durmstrang? 

- Está acontecendo novamente, como antes! – sussurrava Karkaroff, parecendo desesperado. – E logo, ninguém poderá negar!

- Eu já lhe disse, Igor, que não vejo motivos para discutir esse assunto – respondeu Snape, indiferente, abrindo a porta de várias carruagens na tentativa de surpreender alunos namorando.

E de repente, ele começou a correr em direção a uma delas, quase escorregando na neve. Era impossível ver o que se passava dentro do veículo devido ao vapor que cobria a janela. Snape abriu a porta indignado e tirou ponto dos dois alunos que estavam a aprontar sob a invigilância dos professores naquele dia de festa.

- É um sinal, Severus! Você sabe que é! – Karkaroff insistia, seguindo Snape, exasperado. Snape simplesmente continuava a ignorá-lo, abrindo a porta de tantas carruagens quantas conseguia.

- Não sei do que está falando. – ele respondeu.

- Ah é? – perguntou Karkaroff, desafiador. – Então talvez você não se importe em arregaçar as mangas?

- O quê? – Snape perguntou, ultrajado.

- Você não me engana, Severus! Está assustado! Confesse!

Snape apenas encarou-o, e disse:

- Eu não tenho nada a temer, Igor. E você? Pode dizer o mesmo?

Karkaroff apenas ia se afastando, com passos hesitantes. Amanda resolveu mostrar que estava lá. 

Karkaroff foi quem a percebeu primeiro. Atônito, ele olhou para Amanda.

- Mas que diabos você faz aqui, menina?

Amanda ficou assustada com a reação do professor búlgaro.

- Eu... ora, eu vim tomar um pouco de ar...

- Vamos, deixe-a em paz, Karkaroff. Vamos embora, discutir isso em outro lugar...

Karkaroff parecia preocupado e Snape também. Antes que se retirassem, Amanda disse, num fio de voz:

- Professor Snape, posso falar com o senhor?

Snape sentiu um frio no estômago.

- Srta. Rice, não temos nada a conversar. Já disse que a sua nota foi justa e não quero discutir isso num dia de festa.

Nota? Que nota? Ele não iria se esquivar com uma desculpa tão esfarrapada!

- Professor... por favor.

Snape olhou para Karkaroff e fez um aceno com a cabeça pedindo a ele que se retirasse. Amanda, finalmente, ficou sozinha com o outro.

- Muito bem, fale. Antes que eu mude de idéia. 

Agora que eles estavam sozinhos, as mãos da garota tremiam. Sua boca estava seca e ela não tinha ideia do que dizer. Percebeu que jamais tivera ideia do que dizer! Olhou para Snape em pânico.

- Não tenho tempo a perder. Com licença, Srta. Rice.

E se voltou para ir embora. Mas ela, num ímpeto, o agarrou pela cintura e o envolveu num abraço. 

- Srta Rice!... Amanda...

- Você me deve uma dança... – ela disse, ainda agarrada a ele.

Delicadamente, ele retirou-lhe as mãos de sua cintura.

- Amanda... – ele olhou naqueles olhos azuis, tão apaixonados. Ela se recusava a soltar as mãos dele. – Só uma dança? Só uma dança e você esquecerá esse assunto? De uma vez por todas?

- Jamais, Professor Snape... Jamais... Eu o amo... Sempre o amei. Se você soubesse como é se sentir assim, o sofrimento... Se você me desse apenas esperança, eu esperaria por você, não importa quanto tempo...

Snape estava embaraçado e nervoso com todas aquelas declarações de amor desesperadas. E sim, ele sabia exatamente como era se sentir assim. E não ser correspondido. Ela devia estar sofrendo mesmo! E por que alguém o amaria tanto assim? Ela era só uma criança! Ele não queria magoá-la, mas não tinha jeito...

- Amanda, não posso lhe dar isso. – ele disse, enquanto gentilmente acariciava o queixo da garota com seu dedo indicador. 

E para a surpresa da outra, ele a beijou nos lábios. Como ele poderia estar negando e afirmando ao mesmo tempo? O coração de Amanda parou.

Os lábios dele eram tão macios. Ela já havia imaginado esse beijo tantas vezes. E lá estava ela, quase levitando. Quando estava prestes a se fundir num desespero por mais avidez, Snape interrompeu.

- E é aqui que o que jamais deveria ter começado, acaba.

Sorte dela estar usando maquiagem à prova d’água. As lágrimas não paravam de sair.

Ele deu-lhe um beijo na testa. Um último beijo... E se foi.

E ela prometeu que, se não fosse ele, não seria ninguém.


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