Harry Potter E A Varinha Do Tempo escrita por Potter Felipe Peverell


Capítulo 28
Capítulo 28 - O Cofre Sem Número


Notas iniciais do capítulo

Último capítulo galera :D



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O que não mata, o deixa mais forte. Harry repetia isso para ele mesmo todas as vezes que pensava em Rony e Tiago. Gina não sabia, mas Harry a via chorar todos os dias. Isso acabava com ele, fazendo com que se sentisse culpado pelo desaparecimento dos dois. Harry se sentia como uma marmota, que cavara um buraco tão fundo e chegara ao centro da terra, onde sua passagem se fechou e ela ficou ali, ao relento, presa até a fome a matar, lenta e dolorosamente. E Harry sentiu que ali ficariam seus sentimentos. Enterrados no centro do mundo, jazendo ao nada, sem assombrar ninguém, como uma punição calorosamente dada e friamente recebida.

Hermione também chorava. Isso deixava Harry pior. E Rosa e Hugo... E Lílian... E Alvo... Isso era uma tortura eminente. Parecia que Dug tinha armado tudo para ele, e que estava rindo ao ver a cabeça de Harry latejar sob a cicatriz que um dia ardeu e incomodou tanto a vida de Harry e seus amigos. Agora a dor era bem mais profunda.

A cicatriz que Dug fizera em Alvo já estava cicatrizada e agora ele se parecia muito mais com o pai do que antes. Seus olhos verdes estavam fracos de desânimo em não ter o irmão para fazer aquelas brincadeiras sem graça, cujo Alvo ficava bravo e estava sentindo falta agora. Os machucados de Lílian estavam melhorando agora.

Harry teve uma ideia absurda. Vito uma vez, no Reino dos Cavalleres, disse a Harry que Dug havia sob sua custódia a pedra filosofal. Escreveu imediatamente a Vito pedindo explicações e contando de que vira a notícia da tentativa do roubo depois que Harry saiu de lá, que ele, Rony e Hermione haviam tentado salvar a pedra e que Dumbledore destruíra uma “suposta” pedra.

A resposta chegou no dia seguinte:

Harry,

Que história é essa de Dumbledore ter destruído a pedra? Dug está com ela. Seja lá o que foi que você e Hagrid pegaram no Gringotes, era outra coisa. E quem pegou a pedra depois que ela apareceu em seu bolso? Não havia nada estranho lá? Só estava você e Voldemort em frente aquele espelho? Precisamos ir ao Gringotes. Urgente. Encontre-me lá no dia 17 de janeiro à uma da tarde.

Vito.

Era impressionante os fatos que Vito abordara em sua resposta. Harry também estava curioso. Então esperou agonizantemente até o dia 17 de janeiro, onde, quando faltavam cinco minutos para uma hora da tarde, Harry desaparatou em frente ao Caldeirão Furado, onde entrou e Tom o cumprimentou. Lá dentro estavam Vito e Rodrigo. Eles seguiram então a parede, Vito encostou sua varinha e o portal se abriu com a revirada de tijolos.

- Me digam – Disse Rodrigo – O que aconteceu?

- Já ouviu falar na Pedra Filosofal? – Perguntou Harry

- Mas é claro. O que houve? Dumbledore a destruiu não foi?

E eles explicaram tudo para Rodrigo que observava perplexo.

– Então... Será que Dug esperou até o certo momento de Harry achar que Voldemort queria roubar a pedra para se fortalecer, esperou ela aparecer em seu bolso, e depois quando estavam todos distraídos, ele trocou-as? – Pensou Rodrigo

- É bem provável. – Disse Vito, quando chegaram em frente ao Gringotes.

Seguiram rápido até o balcão onde lá estava o duende, escrevendo em um papel.

- Com licença... – Disse Rodrigo, mas o duende interrompeu.

- Identificação. – Disse o duende sem olhar para eles.

- Nós precisamos de uma informação. – Disse Harry

- Ah! Sr. Potter! O que deseja? – Perguntou

- Preciso de uma resposta sua. – Disse Harry

- Pergunte! – Disse o duende.

- No dia em que Voldemort tentou arrombar o Gringotes – O duende tremeu quando ouviu “Voldemort” – desapareceu alguma coisa?

- Não. Eu tenho uma das melhores memórias de todas, e não lembro de nada desaparecido naquele cofre. – Disse o duende.

- Mas... Dug Craver está com a pedra filosofal – Disse Harry

- Impossível. Dumbledore a destruiu.

- Não destruiu. Ela foi trocada do meu bolso depois que desmaiei naquela noite em meu primeiro ano em Hogwarts. Está lembrado dessa história?

- Sim, lembro, mas não sumiu nada daqui.

- O fato é que ele substituiu por algum rubi ou coisa do tipo. Ele pegou o rubi daqui, esperou até a pedra aparecer no meu bolso, e quando estavam todos distraídos, ele fez a troca.

- É realmente um plano de gênio, Sr. Potter. Contando que Dug havia se escondido naquela época ele poderia agir sem deixar suspeitas. Contudo, nada aqui sumiu. E eu sei que o senhor e seus amigos arrombaram o Gringotes há vinte anos Sr. Potter. Isso poderia ser alguma conspiração contra o banco.

- Não é. Precisamos verificar...

- Todos os diamantes, inclusive os rubis, estão em cofres de família, e nenhum cofre, exceto o 713 foi aberto. O único rubi solitário que temos em posse do banco está num cofre abaixo, muito abaixo dos outros. E contando que esse incidente aconteceu há vinte e sete anos...

- E quanto tempo faz que o senhor não visita esse cofre?

- Há exatamente... VINTE E SETE ANOS!

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Eles se apressaram em correr ao carrinho e chegar até o cofre. A viagem era longa e agitada. Aquele era particularmente e oficialmente o que Harry menos gostara. A cada final de curva aparecia uma nova, inclinações e declínios repentinos o faziam sentir um frio na barriga desconfortável. Havia uma parte em linha reta e plana, o que deixou Harry aliviado. O túnel estava totalmente escuro. Não se via nada. De repente, uma descida repentina, totalmente reta fez o coração de Harry saltar pela boca e gritar feitiços. Se houve um momento onde Harry quase pedira a morte de susto foi aquele. A descida foi rápida e assustadora. Atingiram a plenitude de uma caverna com tochas em chamas azuis iluminando o caminho com um baque ensurdecedor e lá no final, além do horizonte de pedra, atrás dos estalactites, entre os portais virados de ponta cabeça, depois dos trilhos inversos e reversos, estava a porta do cofre.

Houve uma série de estrépitos a cada centímetro que o carrinho seguia depois da queda do horizonte. Desviava das estalactites desesperada e rapidamente, que faziam Harry gritar de medo. Depois de uma série de complicações e sustos, chegaram então à base. O cofre não tinha número. Era com certeza, o cofre mais valioso e secreto de todo banco. A porta estava entreaberta.

- Ah não. – Disse o duende.

- Aqui deveria estar um rubi muito valioso de fato. – Disse Rodrigo

- Eu falei – Disse Harry – Dug os enganou. Ele é mau.

O duende apertou um pequeno botão escondido atrás de uma portinha, dentro da estalactite direita. A sineta tocou alto.

- Temos que voltar à superfície. E não ousem dizer que vieram aqui. – Disse o duende e os três concordaram.

Fizeram a viagem de volta. Com certeza foi pior do que a primeira. Harry desembarcou tonto e chegou ao saguão, onde, acostumado ao escuro, quase foi cego pelo sol. Já era cinco da tarde. Levaram muito tempo ali em baixo.

Depois de um tempo, Harry, Rodrigo e Vito discutiram o plano do que iam fazer contra Dug, enquanto os duendes vasculhavam tudo. Foram embora descansar.

Tudo girava na cabeça de Harry, que estava atordoado com tudo aquilo. Ele sentou na soleira do Largo Grimmauld, 12. Hermione o acompanhou.

- E foi isso o que aconteceu? – Perguntou Hermione depois de Harry contá-la tudo o que havia acontecido.

- Sim. Nós vamos atrás de informações sobre o tal rubi secreto, escondidos dos duendes. Dug deve saber. Vamos esperá-lo na entrada do tal mundo. – Disse Harry.

- É um bom plano, Harry. Mas você sabe que os nossos planos nunca dão certo como esperado. Se prepara para o improviso. – Disse Hermione

- Já estou acostumado. – Disse Harry.

Olhou para o horizonte. Estavam ao por do sol, lindo e magnífico.

- Procurarei Rony e Tiago enquanto vocês procuram Dug – Disse Hermione

- Não! Não devemos nos separar. – Disse Harry.

- Eu sei que vai ser difícil. – Disse Hermione, desiludida.

- Vai. Mas nunca é impossível Hermione. Nunca. – Disse Harry

Era mais um consolo para Hermione que para ele mesmo. Já estava pronto. Queria ir agora. Mas não podia. Tinha que esperar as coisas se acalmarem. Ele e Hermione ficaram lado a lado, olhando o horizonte e imaginando se um dia as coisas seriam normais em suas vidas.






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Notas finais do capítulo

Continuação em Harry Potter e o Guardião dos Dois Mundos. Postarei em breve.



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