Ainda abalados com o desastre na tumba, Harry, Hermione e Vito andavam em um jeito sem rumo à frente de onde eles não sabiam direções. Já haviam se passado horas e nada de conseguirem chegar definitivamente em lugar algum.

    Olhando à frente, via-se o sol, mas não se sentia o calor. Alguns minutos à frente, deu uma "louca" em Hermione e ela surtou. Começou a berrar que não aguentava mais e afins.

    - EU JÁ NÃO AGUENTO MAIS! - Berrava

    - Hermione não... - Tentavam acalmá-la Harry e Vito, mas sem sucesso 

    - CHEGA! LIBERTE-NOS DAQUI AGORA!

    - Hermione calm...

    - NÃO TOQUE EM MIM! DEIXE-ME FAZER, BERRAR O QUE EU QUISER PARA ESSE MANÍACO QUE NOS PRENDEU AQUI SEM SINAL DO RONY!

    E Hermione se remexia loucamente, era difícil segurá-la. Harry levou um tapa enorme na testa ao tentar segurá-la. Hermione estava fora do controle.

    - Calma Hermione...

    - CALMA PORCARIA NENHUMA! EU NÃO VOU FICAR CALMA! ELE ESTÁ ME DEIXANDO LOUCA! ME DEIXE SAIR DAQUI AGORA E...

    Vito perdeu as paciencias.

    - CHEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEGAAAAAAAAAAAAAAA!

    Com o berro mais alto de todos, a voz de Vito ecoou pelo branco que começou a ficar azul. O branco virando azul? Era uma rachadura.

    E o raio divisório se quebrou. Do nada, todos estavam no lado escuro. Não havia mais o raio divisório, o céu ia lentamente de uma cor azul celeste para um azul escuro até chegar ao preto. Agora, os dois mundos estavam unidos num só. Sol de um lado, Lua do outro. Harry pensara no que levaria a Dug ter uma imaginação assim.

    Eles entraram no vale solar. Estava um calor agradável, muitas plantas, árvores, rios, pássaros, um restaurante fast-food...

    Restaurante fast-food. Isso mesmo, Harry estava vendo certo. Aquele delicioso cheiro de hamburguer e bebidas típicas bruxas. Havia Hidromel naquele lugar.

    E de repente, apareceram no balcão, três pratos com sanduíche e três taças com Hidromel envelhecidos em barris de carvalho.

    Como estavam com uma fome horrenda, eles foram atacar a comida. Estava deliciosa. Harry já tinha comido metade do sanduíche quando se lembrou de que ele tinha que respirar. Hermione só faltava engolir o prato, e Vito comia até o guardanapo.

    Harry tinha vontade de comer até o balcão e tentou, mas seus dentes não conseguiram quebrá-lo. Hermione lambia o prato e Vito havia roubado a garrafa de hidromel, e estava bebendo sem parar.

    Pela primeira vez, naqueles quatro dias, Harry se via e via os outros menos pálidos, mais felizes. Havia um rio e um restaurante inteiramente para eles. Harry amava o Vale do sol.

    E o dedo de Harry caiu. Literalmente caído no prato. O dedo de Hermione e o de Vito fizeram a mesma coisa.

    - Ah não! Desgraçado do Dug - Disse Vito

    - Que feitiço é esse? - Perguntou Harry

    - Poção da dissipassão ingestiva. - Respondeu Hermione - Altamente perigoso. Ele quebra todo o corpo até você desintegrar.

    E Harry estava mesmo desintegrando. Sua mão direita e sia cicatriz não existiam mais.

    - Como podemos parar isso? - Perguntou Harry

    - Botando para fora. - Respondeu Hermione

    - Como? - Perguntou Harry

    - Nesse mundo, a água cura. Só se estiver doente, se estivr saudável ela envenena... - Disse Vito

    - Para a água 

    E correram para a água, mas à medida que corriam, iam se dissipando cada vez mais. De Harry só haviam a parte da frente, a ponta dos dedos.

    E conseguiram chegar á água. Pularam no rio e Harry sentia como se seu corpo se reconstituísse. Minutos depois estavam novamente enteiros e saíram do rio.

    - Eu detesto o Vale do sol. A única comida que tem quase nos mata! - Disse Harry

    - Isso aqui é tudo magia negra. Não há como deter. - Disse Vito

    - Se achassemos uma fonte dessa magia... - Disse Hermione

    - Mas isso não é magia das trevas? - Perguntou Harry

    - Sim - Responderam

    - E o que são as trevas?

    - Seria... Escuridão? - Disse Hermione

    - Exato - Disse Harry

    Hermione não conseguia entender.

    - Trevas... Escuridão... - Disse Harry

    - O Vale da lua! - Concluiu Hermione

    - Será? - Duvidou Vito - Será que a fonte está lá?

    - Esse mundo é ao pé da letra. - Disse Harry - Tem que estar lá

    - Mas... Não é muito perigoso Harry? - Disse Hermione

    - Não temos escolha. Não há mais raio divisório. É fácil chegar lá. - Respondeu

    - Não custa tentar - Disse Vito

    Hermione não gostava muito dessa decisão, mas teve que concordar.

    - Vamos depois. Preciso descansar - Disse

    - Procuramos uma cama? - Sugeriu Vito

    - NÃO! - Disse Harry - Vamos deitar no chão! É mais confiável.

   E deitaram-se no chão. A grama estava fofa e perfeita para reaxar. Logo adormeceram.

    Tudo correria bem, pensou Harry, até que brotaram do chão, raízes, que mais pareciam mãos, e trancaram as vias respiratórias dos três e os puxavam para baixo.

    Não podiam respirar e estavam sendo enterrados. Mal podiam se mexer. Harry odiara o lugar, que agora, mais parecia sua futura cova, do que um reino.