The Weapon escrita por Claray, John


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

E depois de um século, aqui estamos nós. Ou melhor, eu.
Tenho quase certeza que o próximo capitulo também vai demorar, se depender da boa vontade dos autores. Enfim, boa leitura.



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   O resto das atividades continuou normalmente, para mim é claro. Johan foi chamado na Casa Grande e não saiu de lá até agora, não quero nem imaginar o que ele está fazendo lá, e já está escurecendo. Decidi então dar uma volta pelo acampamento. Não estou nem prestando atenção onde estou indo, apenas ando mexendo distraídamente no meu colar. Sem que percebesse, entrei na floresta do acampamento.

   Parei somente quando trombei com uma árvore... Espera, árvore? Olhei para trás e vi mais árvores, sombras de diversas formas e alguma coisa se mexendo no meio dos arbustos. Meu primeiro pensamento foi "Merda, merda, meeeerda" e em seguida tentei, inutilmente, voltar. Infelizmente meu senso de direção não é dos melhores.

   Desviei de algumas árvores, pulei algumas raizes e acredito que me perdi ainda mais naquele maldito lugar. Anunciando minha derrota, me sentei debaixo de uma árvore e pedi mentalmente aos deuses por qualquer coisa que me ajudasse a sair daqui. 

   Não foi bem isso que eles me deram. 

   Sinceramente... Ou os deuses estão surdos, ou me odeiam mesmo, pois acabo de ver um vulto. Foi o tempo de me levantar para a criatura surgir. Me surpreendi quando percebi que não era um monstro, e sim um garoto de aparentemente 14 anos, cabelos negros compridos na altura do ombro e olhos bicolores azul-glacial e prata que lhe davam um ar misterioso. Ele segurava uma espada totalmente dourada com um rubi de tamanho consideravel no cabo e alguns detalhes que não prestei atenção. Usava roupas nobres e o que mais se destacava eram os detalhes na manga do casaco. Aquilo eram cartas?

   Em suas costas também havia uma foice, ambas as armas emanavam um brilho cor-de-vinho. Percebi logo de cara que esse garoto não veio aqui para jogar cartas...

   -Quem é você? - Ousei perguntar.

   -Não precisamos saber dos nomes um do outro. - Ele se aproximou com calma, recuei.

   -Fique aí! - Gritei, rezando para que alguém ouvisse. Sai correndo, ele nem se importou em correr atrás de mim. Parecia calmo.

   No entanto, quando pensei estar a salvo e a uma distancia consideravel do outro, eu cai. Olhei para o chão atrás de mim, na altura do meu pé, a tempo de ver alguma coisa entrando na terra. Passos na minha frente. Devo olhar? Tudo bem, coragem... Olhei para frente hesitante enquanto tentava me levantar, mas fui parado por um chute no estomago que me fez cair de costas.

   Minha visão ficou turva, e até minha visão voltar ao normal eu só sentia os socos. Consegui, com dificuldade, empurrar quem me socava e levantar ofegante.

   -Por que está fazendo isso? - Questionei, agora mais atento aos movimentos do outro.

   -É divertido. Além de fazer parte do meu trabalho. - Respondeu tirando terra da camisa.

   -Trabalho?

   -Estou aqui para te levar até meu chefe, apenas isso. Você vem por bem, ou precisarei usar a força? - Perguntou avaliando despreocupadamente a lamina da espada.

   Agora sim estou ferrado. Eu deveria ter feito uma arma para mim logo... Comecei a mexer nervosamente no meu colar. Ir, lutar?

   Nessas horas até fazer dune-dune-tê fica dificil...

   Ouvi um som de rangido, que diabos? Olhei para baixo, percebi que o outro cara também fez o mesmo. Em minhas mãos estavam duas espadas de cabo preto e dourado curvo com uma espécie de folha na borda e lamina de uma cor quase transparente, parecia bem afiada. Nem parei para pensar direito antes de provocar o "oponente".

   -Heh, o que você chama de força?! - Corri até ele e o ataquei usando movimentos que eu nem sabia existir. Golpe direto com uma espada, lateral com outra, defender, golpe lateral. Ele era bom, mas eu também era. Acertei um golpe na mão que empunhava a espada, fazendo-o soltar a espada. No entanto, antes que esta caisse no chão, ele pegou-a novamente com a outra mão e, no mesmo instante, atacou-me novamente de forma tão rápida que nem tive tempo de desviar. E em seguida só me lembro de ter ouvido uma risada baixa e maligna.


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Notas finais do capítulo

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