Bad Boy escrita por Liih


Capítulo 3
Explicações e complicações;


Notas iniciais do capítulo

SÓ 1 REVIEW ?!! O QUE TÁ ACONTECENDO COM O POVO DO NYAH ESSE DOMINGO ?? Bem, mas como eu disse, vou postar do mesmo modo.



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POV TOP


Depois de tudo que fiz aquela garota passar, me senti culpado. Mas não poderia deixá-la ser estuprada pelo verme que abusou da minha irmã... se dependesse de mim, nenhuma menina passaria pelo que minha irmã passou. Me lembro até hoje de como descobri...


Flashback on


Estava voltando da escola sozinho, como sempre, já que minha mãe é uma completa irresponsável e meu padrasto não liga para mim nem para minha irmã. Quando girei a maçaneta escutei um grito familiar, vindo do andar de cima.


Fui até a cozinha e ao lado da porta dos fundos, peguei um pedaço grande de madeira. Larguei minha mochila na sala e subi sem fazer barulho.Quanto mais me aproximava, os gritos de Ga Yoon ficavam mais audíveis. Usei-os como orientação e cheguei á porta do quarto da minha mãe.


Abri a porta lentamente, evitando os ruídos que são provocados, e encontrei um homem de costas pelado. Aproximei-me lentamente do homem e dei-lhe uma paulada na cabeça. Ele caiu desacordado, então olhei para a cama e vi uma cena deplorável.


Ga Yoon estava de quatro, sangrando muito, suas lágrimas eram incontroláveis. Sua saia rosa estava rasgada, mas ainda sim estava em volta de sua cintura. Algumas mechas de seu cabelo estavam cortadas irregularmente, seu rosto tinha alguns arranhões e sua bochecha esquerda estava inchada e ficando roxa. Em seu bumbum haviam marcas de mãos e algumas feridas que já haviam cicatrizado. O canto de sua boca estava sangrando. Suas pernas estavam amarradas com fiapos de tecido branco e verde, que deveriam ser o resto de sua blusa.


–Ga Yoon...-Somente agora havia percebido que lágrimas tomaram conta de meus olhos. Por que isso acontecera justo com ela? Ela só tem 4 anos! Olhei para o desgraçado ainda desacordado no chão e uma raiva imensa me subiu a cabeça.- Eu não vou te matar agora. Nem hoje. Mas pode esperar, que um dia você morre... e o assassino vai ser eu.-Semicerrei os olhos e chutei-o em suas partes.


Peguei Ga Yoon no colo e levei-a até seu quarto. Peguei suas roupas e joguei tudo em uma mochila. Vesti-a com um vestido e lhe coloquei um sapatinho rosa. Saí correndo apressado, com ela no colo e a mochila nas costas, abri a porta e fui em direção a pista. Todos os taxis que passavam, nenhum parava. Um carro prata parou bem na minha frente e a porta traseira se abriu.


–Entre. Iremos levá-lo a um hospital.- Disse uma moça de cabelos ruivos.


–Quem são vocês?- Perguntei.


–Nós somos da casa de proteção á menores. Seus pais se envolveram em um acidente e faleceram. Estavamos indo até sua casa para buscá-lo, mas o encontramos aqui.-Disse um homem com uma barbinha no queixo e um pansa gigante.-O que aconteceu com sua irmã?


–Ela... ela foi abusada.-Não consegui conter as lágrimas. A moça de cabelos ruivos passou a mão em meu ombro, reconfortando-me. Não demorou até que chegassemos ao hospital. Assim que entramos, Ga Yoon foi posta na maca e eles entraram em uma porta dupla.


Segundos, minutos, horas se passaram e nenhuma notícia da minha irmã. Já estava mais que uma pilha de nervos, quando um médico saiu da mesma porta branca em que minha irmã havia entrado.


–Choi Seunghyun ?


–Eu ? - Me levantei.


–Sua irmã é a Ga Yoon?- Perguntou olhando para um papel.


–É sim.


–Bem, ela chegou aqui, muito machucada e com uma hemorragia interna... Ela estava com uma grave perfuração no útero e hematomas por todo o corpo.


–Mas agora ela está bem, não é?-Eu estava aflito.


–Não sei como te dizer mas... ela morreu.- Meu mundo desmoronou. Fechei meus olhos em descrença total.


–Não, deve estar havendo um engano... ela não pode estar morta. Ela... ela só tem 4 anos! Por favor, examine-a direito e me diga que ela esta viva e vai ficar bem.- Sem lembrar que eu estava no hospital, chorei, gritei, esperneei.


–Obrigada por nos avisar, doutor.- A ruiva disse. O doutor acenou com a cabeça e se retirou.

Senti uma mão em minhas costas então, olhei para cima. A moça me olhava com um sentimento de tristeza. Abracei-a mesmo sem conhece-la. Tudo o que eu preciso agora é chorar até me desidratar. Mas não posso morrer ainda... Tenho que matar aquele verme.


Flashback off


Limpei as lágrimas que teimavam em escapar, e virei-me para observar Bom. Ela de alguma forma me lembra Ga Yoon. Dei um sorriso fraco e voltei minha atenção para a estrada. Chegamos e então estacionei o carro em frente ao galpão. Logo os garotos vieram a meu encontro.


–Hey chefe. Vejo que trouxe um prêmio não? - Disse YoungBae.


–Ela não é um prêmio.- Eu disse sem expressão.


–Por quê a trouxe para cá? - GD perguntou.


–Eu salvei-a do canalha do Junhyung.- Podia sentir meu corpo arder em puro ódio ao lembrar dele.


–Ele tentou estuprá-la? - Daesung resolveu participar.


–Como sempre.


–E você fez o quê com ele?


–Matei-o.


–TOP me diz que você não fez isso. - GD me olhou com reprovação. Ele sabia de tudo.


–Sim eu fiz. E ainda foi pouco, morreu só com dois tiros na testa. Ele deveria sofrer, morrer rápido para ele é um prêmio.


–Você tem noção da guerra que você desencadeou com o BEAST ? - YoungBae estava espantado.


–Sim, inclusive já sofri um ataque. Um mustang preto me seguiu. Mas consegui mandá-lo pelos ares.


–Vai ter coisa bem pior por vim. Avise aos outros meninos para vigiarem muito bem essa parte da cidade.


–E quanto á garota? - Daesung se manifestou.


–Ela vai ter que ficar aqui por um tempo. Ela mora no território deles. Com certeza se ela voltar, sofrerá algum ataque. Onde está Seungri ?- Estranhei ele não estar com os meninos.


–Deve estar namorando um saco de batatas fritas e a televisão.- Disse YoungBae provocando o riso de todos nós.


–Avisem aos outros e depois podem ir fazer o que querem. Mas não saiam das redondezas.


–Sim senhor.- Eles entraram no galpão e eu voltei para o carro. Abri a porta de Bom e tirei seu cinto. Peguei-a no colo e fui em direção ao meu quarto. Quando cheguei até lá, acomodei-a na cama e fui até o banheiro. Peguei um kit de primeiros socorros e voltei á cama, sentando a seu lado.


Abri a caixa e peguei algodão e molhei com alcóol. Passei em sua bochecha esquerda para limpar o sangue e matar as bactérias. Quando passei mesmo de leve, percebi que mesmo dormindo seu rosto se retorceu em uma expressão de dor. Continuei passando até deixar limpo, depois peguei um band aid e coloquei no ferimento.


Peguei a caixa e guardei novamente no banheiro, aproveitei e tirei minhas roupas para tomar banho. Entrei no box e liguei o chuveiro. A água escorrendo pelo meu corpo quente me acalmava. As lágrimas teimosas insistiam em cair, se misturando com a água. Terminei o banho e peguei a toalha, me sequei e enrolei-a em mim.


Saí do banheiro e fui até o closet. Coloquei um moletom qualquer, e não me preocupei em colocar uma camisa ou algo assim. Voltei ao quarto e Bom estava sentada na cama.


–Acordou?- Fiz uma pergunta meio óbvia, eu sei, mas não tinha outro jeito de começar uma conversa.


–Sim, acho que foi a minha bochecha. Obrigada.


–De nada.


–Mas... por quê você me salvou?- Em seu rosto, mesmo no escuro, era notável a expressão de dúvida.


–Por quê não é justo que as pessoas abusem das outras.


–Ele era seu rival? - Ela franziu a testa.


–Sim.


–Posso perguntar por quê?


–Pode mas não deve.


–Hum. Eu tenho que voltar para casa.-Ela se levantou. Corri até ela e segurei seu braço.


–Você não pode ir. Se for, vai estar correndo perigo de vida.


–Mas eu tenho que seguir em frente.


–Se você quer seguir em frente, fique aqui por um tempo. Matando aquele cara, eu desencadeei uma guerra contra a gangue que domina o lado em que você mora. Eles sabem quem é você, sabem que estava comigo e vão querer te matar.


–Mas... e minhas amigas? Elas ficarão preocupadas. E minha faculdade? Não, eu não posso!- Ela tentou libertar-se mas não conseguiu.


–Bom, eu não quero que você morra, e sei que você também não.


–Por quê você não quer que eu morra? Seria uma saída para você. - Sua voz falhava a cada palavra.


–Eu não quero que você morra... Você me lembra... a minha irmã.- Baixei o olhar.


–Sua irmã? Por quê eu te lembro ela? - Acho que ela se interessou pelo assunto.


–Aquele cara que eu matei... ele abusou da minha irmã. Eu tinha 6 anos e ela tinha 4.


–Mas e seus pais? Eles denunciaram ele ?


–Minha mãe naõ se importava com a gente e meu padrasto tampouco. Eles morreram no mesmo dia em que eu descobri que minha irmã estava sendo abusada. Levei-a para o hospital com ajuda da casa de proteção á menores, mas ela não resistiu.- Minha voz falhou na última frase. Me senti ser abraçado, por braços finos.


–Nossa. Que horrível. Você sofreu muito. Como era o nome dela ?


–Ga Yoon.- Não consegui me controlar e acabei por deixar algumas lágrimas escaparem. TOP, que tipo de homem é você? Chorando na frente de uma mulher, que você deve proteger?- Acho melhor você dormir, se quiser tomar banho o banheiro é ali.- Apontei para o banheiro.- Vá dormir está tarde.- Me separei de seu abraço e deitei.- Se quiser tomar banho, deixarei uma roupa para você.


–Ok.


–Tem toalha limpa no banheiro. Pode usar. - Ela acenou com a cabeça e foi em direção ao banheiro. Deixei uma roupa para ela e deitei-me novamente na cama. Hoje, eu mereço um descanço. Fechei os olhos e escutei apenas o barulho do chuveiro.



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Notas finais do capítulo

Gostaram? Esse cap tá meio chato mas...foi o que deu pra fazer.
Uii, TOP é um gangster chiique!
Kissus ;*