A Caminho Do Destino escrita por De Freitas


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

entao
demorei a postar, mas como o prometido
graças a recomendação perfeita que recebi
aqui vai um capitulo com 1000 palavras a mais que o maior até agora.
Se preferir apague as luzes e boa leitura!



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POV Annabeth:

                Quando cheguei à soleira da porta quase desmaiei.
                 À minha esquerda, no canto do chalé estava o novato, agora cabisbaixo e com os punhos cerrados, mas o estranho e chocante não era isso, e sim uma luz ofuscante que ele irradiava em direção a uma figura disforme do outro lado da sala, em feixes a luz concentrada atingia a pessoa, que soltava gemidos fracos a cada ataque se contorcendo de forma estranha no chão, depois de alguns segundos minha visão pode se acostumar com a luz e eu pude ver melhor o que acontecia, a cada raio de luz lançado por Der, a figura no chão (que agora eu pude distinguir como um dos Stoll) mudava de idade, roupas e expressão, enquanto de seus olhos vidrados saia uma projeção de situações horrendas, pessoas morrendo, sendo mutiladas, torturadas, doentes, desilusões, todas as desgraças imagináveis, e todas com o Connor, cada uma em uma época, mas ainda assim, todas com o Connor, imagens perturbadoras saiam de seus olhos, enquanto ele gemia e se contorcia pude ver uma do acampamento sendo invadido pelos monstros de Luke (quando a árvore de Thalia foi envenenada), em outra eu vi sua mãe morrer, e ainda em outra o seu irmão era atacado por uma cobra enquanto dormia...

                Só quando desisti de ver aquilo é que pude identificar quem gritara, uma garotinha de oito anos com cabelos marrons e olhos de fogo tinha se colocado entre Der e o Stoll, Héstia chamava Der a cada raio que conseguia desviar de Connor, seu vestido pardo estava em frangalhos, e a cada raio que ela não conseguia desviar chamas consumiam seus olhos e ela soltava gritos de dor e agonia, entretanto, apesar de seus gritos pedindo que parasse Héstia não conseguia chamar a atenção de Der, que parecia totalmente alheio à situação, pensei rápido em o que fazer, não podia contar com mais ajuda de Héstia que já estava bem enrascada, entretanto ela não aguentaria tempo o suficiente para que eu chamasse por ajuda, olhei para os lados enquanto pensava, e percebi debaixo de uma cama que estava ao lado da porta uma ponta, me abaixei e puxei, ótimo um taco de basebol avancei até Der, e antes que os feixes de luz me atingissem dei com tudo na cabeça dele com o taco e então cai, atingida pelo ultimo raio que ele lançou...

POV Ófion:

                Depois de recuperados do choque causado pela paisagem, decidimos seguir viagem pelas bordas do canyon, parecia a forma mais rápida e segura, sem muitos declives seria fácil correr por ali, partimos tão logo recuperados da vista estonteante, porem após corrermos cerca de quinhentos metros, o golem começou a se agitar outra vez em meus braços , me forçando a parar e verificar o que ele queria, Eurínome percebeu e parou também.

 - Qual o problema desta vez? – minha paciência não estava muito bem...

 - Sinto uma aura estranha nos abrangendo. – ele falou enquanto tremia.

 - Consegue reconhecer? – Perguntou Eurínome aflita.

 - Parece Gaia, mas não esta tão debilitado, nem parece ser ela mesma – Ele já estava me deixando confuso.

 - Como assim parece, mas não parece? Decida-se! – Ele estava dando um alarme falso ou um alerta de perigo real? Aquilo me deixava nervoso, eu já avançava para o golem, mas minha mulher o pegou primeiro.

 - Seja mais claro, se tem amor à estes braços – Ela disse enquanto segurava os dois braços da pequena criatura.

 - Eu sinto os poderes dela, mas não a sua essência, é como se ela não estivesse... – Ele dizia desesperado, e ia terminar, mas foi interrompido por uma cratera que apareceu repentinamente abaixo de nós, arrastando-nos à um túnel escuro e lamacento que fazia uma descida calma, na qual pudemos nos agrupar, e depois uma queda vertiginosa em um abismo de denso negrume onde todos os nossos sentidos foram sugados pelas trevas, agora sob ameaça eu voltei a minha forma primordial, até porque não haviam humanos com quem me preocupar por aqui...

                Eurínome também já tinha assumido sua forma primordial (uma gigante ruiva) quando atingimos o chão, como já havia previsto que o golem teria problemas na aterrisagem, ela havia o colocado nas costas, e assim ele permaneceu intacto quando ela caiu agachada, como eu estava em minha forma primordial (uma cobra vermelha gigantesca que pode facilmente alterar o seu tamanho) tive um pouco mais de dificuldade com a queda, mas estendi o meu corpo de forma a diminuir o impacto com o chão.

                Porem, mal acabamos de nos recuperar da queda, fomos surpreendidos, enormes pilares de rocha maciça da largura de um tronco humano se erguiam do chão ao nosso redor, e após uma certa altura se dobravam para nos enroscar, eu não tinha dificuldades quanto a isso, sendo uma cobra me esquivava facilmente de seus ataques, para depois jogar o meu peso sobre eles despedaçando-os, minha mulher entretanto parecia ter sérios problemas, um pilar de rocha avermelhada já havia se enroscado em sua perna e agora a puxava teimosamente para baixo, o que não seria problema, se ela também não tivesse que defender o golem, que indefeso ante a ameaça se limitava a esconder-se atrás de Eurínome.

                Aumentei meu tamanho e fui na direção deles, me esquivando de todos os pilares que se erguiam ao redor, para depois atingi-los com a ponta de minha cauda, quando alcancei minha esposa, pude ver que, a sua maneira, o golem também atacava colocando um pilar contra o outro de uma forma bem estranha, aparentemente uma afinidade com a terra, mas Eurínome agora tinha sérios problemas, a rocha avermelhada já conseguira arrastar toda a sua perna para dentro da terra, enquanto se alastrava cobrindo agora metade de sua cintura. Definitivamente ela estava com problemas, simplesmente não tinha tempo para cuidar da rocha vermelha se espalhando pelo seu corpo, estava ocupada demais destruindo as que surgiam ao seu redor, aumentei ainda mais o meu tamanho, atingindo proporções que só usava em guerra, e me levantei um pouco, para depois me lançar sobre os pilares, porem minha falta de prática com aquelas proporções cobrou o seu preço, mesmo eu tendo me lançado de uma altura pequena (dois metros) o meu tamanho provocou um tremor violento na caverna que fez com que os pilares todos ruíssem, porem agora varias rochas caiam em velocidade total do túnel, e Eurínome estava presa ao chão sem poder desviar.

                Eu só pude assistir enquanto uma rocha gigantesca caia em sua direção...

POV Der:

                Olhei pra ele, e me lembrei dele rindo, a raiva aumentou ainda mais, e a sensação gelada em minhas costa foi subitamente aniquilada por uma onda de calor que subiu pela minha espinha, e eu não segurei, senti ela se espalhar pelo meu corpo junto com a raiva, fechei os olhos, enquanto ela passava pelo meu peito e braços e depois fluía calmamente em várias direções, era ótimo, o alivio completo se espalhando pela minha mente...

                E depois vieram os gritos, me tirando do transe, eu abri os olhos alarmado, e olhei ao redor...

                E tudo que vi foi a garota que tinha me guiado caindo pelo chão do chalé com um taco de basebol em mãos, segurei ela antes que a cabeça pudesse chegar ao chão, levei-a até uma cama que estava ao lado, pra depois procurar a fonte dos gritos, quando me virei de costas pude ver uma figura se contorcendo violentamente no chão enquanto gritava nomes e lamentações assustador, tentei me aproximar dele e ajudar, mas fui impedido por uma garotinha de uns nove anos de idade que eu sequer tinha percebido, ela tinha longos cabelos castanhos e seus olhos chamejantes me encaravam com uma fúria, que simplesmente não condizia com seu rosto angelical e suas vestes simples em trapos.

 - Já não basta o que você fez? Veja o estado dele! Seria melhor se você tivesse o matado! – Ela disse com uma expressão esgotada, porem indignada.

 - Mas eu não fiz nada a ele, e... – Eu ia insistir em provar a minha inocência, mas fui interrompido por outra pessoa.

 - O que pelo Styx você fez aqui garoto?! – Apolo disse espantado com a situação em que o chalé se encontrava.

 - EU JÁ DISSE QUE NÃO FIZ NADA! – Porque todo mundo insistia que eu tinha feito aquilo com o garoto? Eu só me entreguei a uma onda de calor por um minuto e eles me vem falar isto!

 - Héstia, o que aconteceu por aqui? – Agora Quíron entrava no  chalé indo diretamente na direção de Travis.

 - O filho de Hermes foi torturado pelo novato, de uma forma muito cruel – Ela disse enquanto me olhava com um misto de medo e nojo, enquanto três relâmpagos riscavam o céu negro.

 - Pelos deuses, este é o filho de Hermes?! – Disse o genial Apolo, que só agora percebeu o estado de Travis...

 - Criança, me acompanhe até a casa grande, alguém deve querer tirar satisfações com você. – Disse Quíron se aproximando de mim.

 - Mas e o Travis?

 - Héstia, você poderia conduzir Annabeth e Travis à enfermaria por favor? – Ele disse extremamente calmo.

 - Se quiser eu posso te ajudar – Se ofereceu Apolo.

 - Eu acho que seria melhor se você fosse até o Olimpo explicar a situação aos deuses senhor Apolo – Quíron tinha uma capacidade incrível de manter o controle da situação.

 - Ao Olimpo? Zeus vai querer exterminar o garoto – Esse Apolo não parece estar querendo melhorar a situação...

 - Por isto mesmo, senhor Apolo eu acho que seria melhor que o senhor fosse pessoalmente e explicasse o que aconteceu, sabendo que ele não fez isto de propósito. – ele disse em cochichos depois de ir até Apolo, os quais por algum motivo muito anormal eu estava escutando, estranho...

 - Como assim explicar a eles? Um filho deles foi torturado, não há o que explicar! – Apolo também respondeu em cochichos, eu me virei de costas para não levantar suspeitas e continuei escutando.

 - O senhor sabe tanto quanto eu que esta criança não conseguiria fazer algo deste porte de propósito. – Quíron tentava convencer Apolo de que eu era inocente ao que parece.

 - Mas Quíron, como quer que deixemos ele aqui, sabendo que ele pode fazer isto! – Apolo ainda insistia indignado, o que ele pensa que eu sou? Uma bomba?

 - Ele não sabe controlar suas emoções, nem seus poderes, não é culpa dele, com algum treinamento nos podemos corrigir isto. – Apesar dos apesares ele conseguia manter a calma, é eu vou virar fã desse centauro.

 - Quíron, você realmente acha que pode treinar um deus? – A expressão de Apolo agora era séria, senão sombria.

 - Eu espero conseguir alguma ajuda, mas em todo caso, o senhor recebeu a profecia, sabe a importância desta criança, ele TEM que ser treinado. – Quíron estava começando a ficar nervoso, trocava o peso de um casco para o outro constantemente.

 - Você esta certo ele precisa ser treinado, mas você sabe que caso outro acidente destes ocorrer, você será responsabilizado não é mesmo? – O centauro não podia aceitar algo de gênero, ele iria estar se arriscando demais!

 - Sim, eu posso me responsabilizar pela criança. – Quíron disse pesadamente, como quem aceita um fardo obrigatório, me senti um lixo.

 - Ótimo, amanha eu reunirei o conselho olimpiano, e você poderá jurar.

 - Que seja, vou levar o garoto para a casa grande. – Agora centauro estava conformado, encerrou a frase com um suspiro, e veio em minha direção enquanto Apolo sumia em meio a uma explosão de luz.

 - Me acompanhe criança, vamos para a casa grande. – Ele disse quase paternal, e me conduziu para fora do chalé.

                Refizemos todo o caminho em direção a casa grande, agora passando pela ponte.

 - Porque eles têm medo de mim? – Eu não resisti e perguntei sem sequer perceber enquanto passávamos perto da fogueira.

 - Você torturou um filho deles até o estado vegetativo. – Ele ironizou com um sorriso.

 - Eu juro que não fui eu não me lembro de ter feito nada do gênero com ninguém! – Respondi indignado com a acusação.

 - Acalme-se criança, eu sei que você sequer sabe como fez aquilo. – Ele era muito compreensivo, e confiava em mim a ponto de se tornar o meu responsável, falta o que pra ser pai?

 - Eu só abaixei a cabeça e senti o poder passar por mim em ondas... – Eu insisti em explicar o que eu senti quando aconteceu.

 - Não se preocupe, descobriremos como controlar isto – A esta altura, já chegávamos à casa grande.

 - Zeus não gostou muito da noticia – Ele completou apontando para a estrada, onde nuvens negras derrubavam raios.

Pouco depois de entrarmos na varanda, Apolo se materializou à nossa frente, parecia furioso e desgastado, algo como se ele tivesse acabado de perder uma briga para  Zeus.

 - Garoto, me acompanhe. – Ele disse indo em direção aos campos de morangos, enquanto agarrava meu braço e me arrastava.

 - O que Houve senhor Apolo? – Quíron perguntou trotando rapidamente para o lado de Apolo.

 - Zeus não gostou do acontecido, e ele só acreditará que o garoto não sabe o que fez, depois de tortura. – Ao mencionar aquela palavra, Apolo tremeu, e eu também.

 - Como assim tortura? Digo, senhor se ele não nos disse nada até agora, não dirá mais nada na tortura! – Quíron realmente estava do meu lado. Mas porque? E que profecia era aquela de que eles haviam falado?

                Apolo olhou para traz, na direção de Quíron com o seu rosto agora cansado, como que já cansou de teimar e nos transportou até uma caverna muito escura...


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Notas finais do capítulo

e ai?
prestou?
me critiquem que eu melhoro ok?
e se estiver bom (o que eu acho dificil)
avisem tambem =)



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