Pela terceira vez seguida, Lisanna arremessara a bola e fizera ponto para o seu time.

 - Está ótimo Lisanna! – A capitã do time de vôlei elogiou a albina – Agora deixe as outras tentarem também! – Ela sorriu.

 – Mas Mira-nee, se eu não treinar eu vou perder minhas habilidades! – Lisanna se defendeu entregando a bola para outra garota e ficando em frente da rede.

 – Todas aqui precisam! Até mesmo eu! Então menos conversa e mais treino! – Mirajane assoprou o seu apito e outra partida começou.


 –Mira-nee, hoje eu posso usar a quadra? – Quando o treino do time de vôlei terminou, todas as garotas seguiram para o vestiário, e enquanto colocava a blusa do uniforme Lisanna perguntou a sua “senpai” e melhor amiga.

 –Lisanna, esqueça um pouco os treinos!  Saia com suas amigas; estude ou sei lá...

 – Mira-nee, quantas vezes terei que te falar que não tenho amigas além de você? E eu não tenho muita paciência com os estudos...

 – Que tal... Arranjar um namorado? – Mira sorriu carinhosamente.

 –N-Namorado? – Lisanna corou e fez um bico – Quem precisa de um? E eu tenho que esperar o meu príncipe, então ele deve vir até mim e não eu correr atrás dele.

 – Todo mundo precisa de um! – Mira fechou seu armário e se sentou no banco que tinha em frente – A não ser que você seja homem, então você precisará de uma namorada, mas não vem ao caso. Então você acha mesmo que ele vai te encontrar numa quadra de vôlei sozinha arremessando bolas para o além? Acho que não.

 – Mas eu tenho que treinar bastante! – Ela ergueu as mãos em punho até a altura do queixo – Tenho que dar sempre o melhor de mim!

 – Pelo menos por hoje vá da uma volta ok?

 – Mas será uma tarde de treino perdida e...

 – Você está tão obcecada em melhorar que está esquecendo-se de viver! Vamos, por mim?!

 – Isso não é verdade... Mas se você insiste tanto... – Lisanna suspirou fechando a porta de seu armário e apoiando o pé no banco para amarrar o cadarço de seu sapato- Você pelo menos vai me acompanhar não é?

 – Desculpe, mas não. – Mira continuava a sorrir.

 – Por quê? – Lisanna a olhou indignada.

 – Reunião com o conselho – suspirou.

 – Mas isso não é dever do Sensei Câncer (N/A: “ah, mas por que o Câncer?” simples, porque ele faz cortes \o/ q ook, sem graça =/)?

 – Não... É sobre os novos membros, então é comigo. Desculpe...

– Tudo bem... – Suspirou saindo do vestiário feminino se despedindo da amiga e seguiu para o pátio.



 – O que Mira-nee quis dizer com “estou deixando de viver”? – Lisanna se perguntava caminhando solitária pelo pátio do colégio – Eu vivo muito bem! Dou sempre o melhor de mim em tudo! Menos nos estudos, mas o vôlei é mais importante... – continuava a andar sem olhar para frente, por isso não percebeu a aproximação apressada de um garoto – E quem realmente precisa de um namorado? Nada mais é do que perda de tem... – Foi interrompida por um corpo encontrando o seu. Sentiu que estava caindo, e teve certeza que havia mesmo caído quando sentiu o chão gelado de pedra.

 – De-desculpe! – Abriu os olhos lentamente e se deparou com uma figura de cabelos róseos a sua frente estendendo a mão para ajudá-la a levantar.  Foi então que o vento clichê apareceu, levantando a ponta de seu cachecol e fazendo seus cabelos balançarem também.

 – M-Meu príncipe! – Lisanna falou corada e segurou sua mão, enquanto Natsu a encarava confuso.

 – Seu o quê? – Natsu arqueou uma sobrancelha tentando entender o que ela quis dizer com “meu príncipe”.

 – A partir de hoje você será meu namorado! – Ela sorriu, mas Natsu a encarou espantado.

 –Seu o quê? – Repetiu a pergunta de antes, sentiu os olhares masculinos em cima de si, estaria ferrado novamente.

 – Meu namorado. – Ela repetiu e o olhou impaciente, era tão difícil de entender isso?

 – Mas acabamos de nos conhecer, não tem como isso acontecer... EU NEM SEI SEU NOME!- Tentou esconder o desespero e o desconforto, mas sem muito sucesso.

 – Meu nome é Lisanna, e você é...? O tempo de relacionamento não é importante.

 – Natsu. –Falou mais calmo.

 – Pronto, sabemos o nome um do outro! Me encontre aqui mesmo em frente a fonte na hora da saída, então nos conheceremos melhor! – Sorriu e deu um beijo na bochecha de Natsu antes de sair correndo para procurar Mirajane.

 – O que foi isso? – Natsu levou a mão ao rosto, onde a garota roçara os lábios.

 – EU QUE TE PERGUNTO! O QUE FOI ISSO NATSU? – Loke (que novamente brotou do chão) perguntou surpreso, presenciou a cena desde quando ela repetiu que Natsu seria seu namorado.

 – É Loke, Natsu foi mais rápido que você... – Gray que acompanhava Loke falou vendo quase lágrimas cair do rosto de Loke.

 – E-EU NÃO FIZ NADA! – Natsu ergueu suas mãos para o alto.

 – Ele só está tentando esquecer a Lucy, Loke! – Gray tentou consolar Loke zombando de Natsu – Tenho certeza que Natsu passara essa história a limpo para gente, não é gatinha (N/A: Gatinha por causa das orelhas dele u_u NADA DE YAOI AQUI U_U)?

 – Claro ursinho pooh! (N/A: Urso poohlar. Sacaram? Q ook, foi sem graça :/ Vou ali me cortar T-T qn)- Natsu retrucou e o trio seguiu para sala.



 – Tá, o que quer dessa vez Jellal? – Erza falou calmamente, tentando controlar a impaciência de estar ali.

 – Bem, você já deve imaginar do quê se trata! – Jellal mostrava empolgação, como de quando conheceu Natsu – Você e Juvia já deveriam saber... Mas já que não tem idéia, olhem para os laptops a frente de cada um.

Cada um dos capitães abriu o aparelho e se encontrou com um perfil de dados e uma foto de um certo aluno do 2-C.

– Como não imaginei que se trataria do Dragneel? – Erza falou sarcasticamente apoiando o queixo entre os dedos entrelaçados em cima da mesa e mordendo o lábio inferior. Fazia esforço para não dizer “o menino que te colocou em apuros”.

 – O que tem de tão especial nesse menino? – Jet, capitão do clube de corrida e estudante do 2-A falou analisando o perfil do garoto.
 – O que tem de tão especial? Ele conseguiu vencer o colégio inteiro! Ele é rápido, ágil, habilidoso, entre tantas outras coisas! Imagine quantos prêmios ele pode trazer para o clube que ele entrar!

 – Não me interessou. – Levy, do clube de leitura e estudante do 1-D protestou calmamente.

– Algum motivo Levy-chan? – Jellal a olhou intrigado.

– Pelo o que você está dizendo, percebo que ele não é do tipo certo para sentar e ler, ou participar de debates sobre autores e títulos famosos.

– Isso tem lá sua verdade... – Jellal colocou o dedo indicador sobre o queixo pensativo – Tudo bem, você está fora. – Falou indiferente.

– Como assim “está fora”? – Levy levantou-se e o encarando.

– O premio não irá te agradar...

– Então pretende fazer um jogo? – Evergreen do clube de artes, estudante do 3-F o olhou intrigada e curiosa.

– Bem, primeiro preciso escolher meus jogadores. O premio tem que agradar a todos para a competição ficar mais excitante. – O azulado sorriu – Juvia, quem sabe se você transformar a velocidade dele em talento para natação?

– Juvia está interessada, continue.

– Fora que se você conseguir amizade com ele poderá chegar ainda mais perto de Gray.

– Juvia está dentro e sairá vencedora! – Disse segura e determinada.

– Bis e Al! – Jellal voltou o olhar para o casal de capitães do clube de tiro, ambos do 3-A – Agilidade ele já tem, acho que com treinamento ele pode superar até mesmo vocês!

Eles se entreolharam, parecendo ler a mente um do outro e então assentiram com a cabeça.

– Estamos dentro. – Bisca falou abrindo um sorriso.

– Ótimo! Dois jogadores. – Os olhos de Jellal percorriam a mesa, buscando pessoas dispostas a ouvir o que ele tinha a dizer sobre o dono dos cabelos rosa e do cachecol branco. Até mesmo Levy que já havia declarado estar fora voltara a sentar para ouvir o que o azulado tinha a dizer – Jet! Tenho que dizer mais? Tenho certeza que ele te venceria numa corrida. – Sorriu em deboche.

– Isso é um desafio hn? – O olhar de Jet se encheu de excitação e raiva – Quando eu o vencer e ele entrar no meu clube, você terá que engolir essas palavras, Fernadez.

– Cana! Oh minha adorável Cana! Como anda os negócios na cantina?

– Vão ótimos, consegui bastante dinheiro para a bebida! Mas que tal ir direto ao ponto? – Cana, a garota da cantina que atenderá Natsu á uma semana atrás, falou com pouco interesse no caso – Onde ele pode me ajudar a ganhar dinheiro?

– Se por acaso ele tiver alguma habilidade culinária, duas pessoas pode arrecadar ainda mais dinheiro... E você com certeza dará seus jeitos para “explorar-lo”!

– Conte comigo. –Surgiu um sorriso em seu rosto

– Ever, minha fada adorável!

– Ever hn? Quantas vezes terei de dizer que apenas o meu time pode me chamar assim? Mas deixe a parte da fada.

– Como quiser Evergreen. Artes não? Talvez para o padrão de beleza feminino, ele seja “atraente”, o que daria um ótimo modelo para pinturas, desenhos ou o que vocês inventarem.

– Mas nosso clube não é só formado de desenhos, pinturas e esculturas. TSC, arte não é só voltado a isso!

– Claro, como pude me esquecer da musica? Como Levy observou no inicio, ele parece ser bastante barulhento, talvez ele sirva para tocar algum instrumento.

– Pode me colocar nessa competição. Afinal a fada numero um deve ganhar qualquer desafio.

–Levy está totalmente fora ou pensou uma segunda vez?

–Fora.

– Erza, Erza. Minha querida Titânia... Pense querida, ele pode te servir de saco de pancadas!

–Está me chamando de monstro é? – O sorriso que antes era de deboche havia sumido e deixado uma expressão de extrema irritação.

– Era apenas brincadeira, sei o quão adorável você é! – Ele mordeu o lábio inferior e lançou um olhar malicioso para a ruiva a fazendo corar.

– Poupe-nos dos detalhes Jellal, por favor. – Jet falou colocando os pés em cima da mesa.

– E você pelo menos finja ter educação – Se recompôs e voltou a olhar sério para Erza – Eu não tenho mais nada para falar. – falou dando ombros - Eu sei que você vai ganhar ameaçando ele, então aceite logo.

–Vou te mostrar que consigo trazê-lo para o clube de esgrima sem usar ameaças ou limpar o chão desse colégio com a cara dele.

– Faça do seu jeito, minha querida! – Sorriu destacando a palavra “minha”. Todos ali sabiam como Jellal gostava de fazer brincadeiras do tipo com Erza. Ele sabia que ela sempre ficava corada com suas falsas insinuações e não se defendia porque quando estava com vergonha seu raciocínio era mais lento.

– Sua é? Quem sabe? – Sorriu se espreguiçando.

– Deixamos para resolver isso de noite, de preferência na minha casa... Mira-chan, vai participar?

– Estou com a Levy.

– Por quê? – A olhou confuso.

– Jellal, Jellal. Antes de você ficar pensando no que você e Erza vão fazer hoje à noite, lembre-se que o meu clube é um de vôlei feminino. – Sorriu amigavelmente.

– Claro, como esqueci esse detalhe... – Deu um leve tapa em sua testa – É uma pena. Seria divertido se você participasse.

– Não aconteceriam brigas como antigamente entre eu e Erza. Somos amigas agora esqueceu?

– Claro que não esqueci, só quis dizer que ficaria divertido mais um jogador.

– Claro né! Se me permite, não tenho mais nada para fazer aqui e tenho aula agora. – Falou sorrindo e se levantando, sendo acompanhada por Levy.

– Levy-chan quer que eu te acompanhe? – Jet levantou-se afobado sorrindo bobamente para a azulada.

– Não precisa. Mas fico grata! Boa sorte né?! – Sorriu e então saiu da sala, e então Jet se sentou.

 – Agora as regras Jellal. – Ever falou com uma pitada de pressa e Jellal percebeu.

– Já deixei avisado aos professores que estamos em reunião, então não terá problema em chegar atrasado. Mas vamos ao que importa: 1° regra: devem se organizar em números. E esses números serão a vez da pessoa, ou seja, se Juvia pegar o numero quatro, ela será a quarta pessoa a tentar convencer Natsu a entrar em seu clube. Certo?

– Uhum.

– Ótimo... 2° regra: deve-se convencê-lo a entrar no clube através de um desafio!  O capitão do clube deve desafiá-lo a algo relacionado ao clube. Como por exemplo: Jet deve desafiá-lo em uma corrida, Erza em um duelo, Juvia em uma competição de nado e nãnãnã.  Se o capitão ganhar, ele entra no clube.  Se perder, ele tem o direito de não entrar no clube e dar chance para outro capitão.

– Certo.

– 3° regra: Se ele ganhar ele ganhou e ponto final.

– O que ele irá ganhar? – Erza perguntou.

– Uma semana sem nenhum evento do tipo “pegue ele e ganhe alguma coisa”. – Sorriu.

– Quando começa?

– No intervalo do segundo tempo. Bem, é isso... Estão dispensados. - Ouviu então o barulho das cadeiras e viu-se corpos levantarem.  – Ah, Erza... Posso falar com você?

– Pode. – Falou se virando curiosa para o garoto de cabelos azuis que tinha um sorriso maroto em face.

Ever e Cana antes de saírem da sala deram uma risadinha e disseram boa sorte.

– Garotas sem noção – Resmungou a ruiva se sentando em cima da mesa – O que quer?

–Nada demais – Falou se aproximando e ficando em frente á ruiva.

–Então só estou perdendo tempo aqui?

– Nunca será perda de tempo ficar ao meu lado – Falou perto do ouvido da garota, “sem quer” enroscando o dedo polegar na barra da saia da menina fazendo-a levantar dois dedos – Se esqueceu que se trata de mim?  - E então mordeu o canto da orelha da garota. Ela por sua vez, agarrou a camisa do rapaz, fazendo-o começar uma trilha de beijos iniciando pela orelha. Ela colocou uma de suas mãos no peito do garoto, com esperança de sentir o coração batendo rápido. Nada. O coração dele não batia acelerado como o dela. Por que não batia? Por que não estava igual ao dela? Eles não estavam ali no mesmo instante, compartilhando o mesmo sentimento, então por que ele não tinha as mesmas reações que ela? Por quê? Por quê? Jellal, você não há ama? E se não, por que insiste em fazer isso a ela? Por que suas brincadeiras com ela tinham que ferir tanto? POR QUÊ?

Ela se indagava. Tantos “por quês” e nenhuma resposta.  Suspirou, fazendo o garoto parar na metade da trilha e a olhar intrigado.

– O que foi? – Perguntou a encarando, já que agora ela estava de cabeça baixa.

– Tenho aula agora e já estou atrasada. – Falou empurrando o corpo do garoto para trás e se levantando e já se dirigindo para a porta, mas parou no meio do caminho – E pare de me tratar como se eu fosse uma peça de jogo para os seus desejos. – Ao dizer, seguiu seu caminho sem olhar para trás.

–Qual é o problema dela? – Indagou-se fitando a porta entreaberta por qual a ruiva passara há alguns segundos.           



– NATSU, ME DÊ METADE DA SUA SORTE, POR FAVOR- Loke choramingou – Justo Lisanna? O prodígio do time de vôlei? Você tem muita sorte...

– Pense pelo lado ruim Loke, agora todos os fãs dela saíram atrás de Natsu! – Gray sorriu, Loke melhorou e Natsu entrou em desespero – Agora pense você Natsu, será o principal alvo de vários eventos tipo “Mate Natsu e leve Lisanna, enterre-o vivo e ganhe o email do prodígio do vôlei, suma com ele e passe um dia com a albina do 2-B”, mas se der muita sorte como deu no anterior, sairá vivo e se tornará um recordista! Pode virar um atleta famoso e quem sabe não aparece na TV? Claro, eles precisaram de um saco para esconder essa cara feia, mas nada que uma ida na padaria e mais alguns pães não resolva.

– Nossa, que futuro feliz você previu para mim! – Natsu o fitou sem reação, talvez estivesse buscando palavras para dizer o quanto as palavras “meigas e gentis” o deixaram “feliz”.  

Mal eles sabiam que um garoto da sala os olhava sobriamente, talvez esse olhar fosse direcionado a outra pessoa, ou para o “namorado” de Lisanna? Talvez ele fosse apenas mais um fã ou coisa parecida ao ponto de vista de Natsu – claro, se ele tivesse percebido -, mal ele percebera que era alguém querendo arranjar uma briga.


Depois de 3h dentro da sala, o sinal soou, fazendo todos, exceto Lucy, Juvia, Erza, Loke, Gray, Natsu e um aluno extremamente alto e musculoso sair da sala sair correndo para fora da sala.

– Natsu? – Lucy falou se aproximando, junto com suas amigas.

– Sim?- Ele olhou em direção a ela e as amigas.

– Fiquei sabendo do seu namoro com a Lisanna do 2-B, queríamos dar os parabéns! – Nesse momento, o olhar do aluno gigante voltou a encará-los sombriamente, mas logo saiu da sala.

– É que ele ficou decepcionado demais com o fora que você deu nele... – Gray deu uma cotovelada no braço de Natsu, que corou junto com Lucy – Então decidiu sair com a Lisanna!

 - N-NÃO É NADA DISSO!  - Disse nervoso, Gray pagaria por aquela – Pare de inventar coisas e preste atenção no seu uniforme jogado no chão, olhos caídos. – Gray olhou para a peça de roupa, tirara sem perceber a camisa. Logo a apanhou e a colocou – Tudo não passa de um mal entendido. –Suspirou Natsu.

– Então não estão namorando? – Erza lançou um olhar de curiosidade.

– Não.

– Então melhor desmentir logo! Já que a pobre da Lisanna está conformada com isso. – Juvia que parecia não demonstrar interesse no assunto falou.

–Bem, então boa sorte! – Lucy sorriu e então saiu da sala acompanhada das amigas.

– Sorte é? É tudo que eu preciso. –Natsu suspirou e então o trio saiu da sala.




– Escolheremos os números agora! – Jellal estava em sua sala com os donos do clube novamente – Será um sorteio, então boa sorte, meus peões. – Ele falou fitando Erza que apenas virou o rosto. – As meninas serão as primeiras. Juvia por favor! – Ele estendeu para ela um saco com papeizinhos dobrados.

Enfiou sua mão no saco e apanhou um. Desdobrou e anunciou:

– Juvia é a terceira. – Mostrou o papel para os demais que continha um numero três.

– Evergreen. – Foi na direção de sua cadeira e colocou o saco na frente dela.

Fez o mesmo procedimento que Juvia.

– Ironia do destino ou não? – Sorriu – Primeira.

– Cana.

– Quinta.

– Erza. – falou e então fixou o olhar nela. – Titânia.

– Sexta. – Não o olhou nos olhos.

– Tudo bem. – Suspirou pesadamente escutando os sussurros de Evergreen e Cana. –Bis e Al.

–Segundos.  – Respondeu Alzack falou sem muito animo. Já Bisca parecia muito interessada.

–Jet, então você será o quarto. Boa sorte a todos, e saiam campeões! Uma semana é tempo demais.

Todos se levantaram e saíram rapidamente para dar espaço a reunião com os representantes de classe, e claro, Lucy estava entre eles.




O trio seguiu para o canto perto da jaula, já que fazia uma semana desde que só eles habitavam aquele lugar.  Natsu como de costume, deu metade do seu pão para o gato enjaulado, no qual os três apelidaram de Lily.

– Eu ainda acho Lily muito feminino. – Gray resmungou olhando para o gato.

– É! Lily é muito feminino. – Loke confirmou.

– E se ele for fêmea? – Natsu se defendeu, pois fora ele que escolhera o nome.

– Fêmea? É só olhar para a cara dele que dá para saber que é um homem.  – Loke falou dando ombros. Parecia não estar tão a fim de discutir sobre gatos.

– Então que tal PhanterLily? Tem o seu maldito Lily e está mais másculo. – Gray propôs ainda incomodado com o “Lily”.

– Tá pode ser. Mas vou continuar o chamando de Lily.

– Faça como quiser olhos puxados. –Suspirou.

– Um homem... – Ouviram uma voz estranha ao fundo, olhando em volta procurando por alguém e encontraram o aluno gigante da sala.

–Ah, é você.  – Loke falou indiferente com os olhos fixos em seu notebook – O que quer Elfman?

– Vim falar com Natsu. – Se aproximou dos três garotos que não pareciam se importar muito com a presença do rapaz.

–Você é quem mesmo? – Natsu falou tentando abrir a gaiola de Lily, sem sucesso.

–Como você ousa namorar a minha irmã? – Falou estralando os dedos e então Gray, Loke e Natsu o olharam um tanto surpresos.

– E-Eu não sou namorado de ninguém! – Natsu deixou de tentar abrir á gaiola e ergueu as mãos para o alto em sinal de inocência.

–Então vocês já terminaram? Então você magoou o coração da minha maninha? Imperdoável. – Abaixou um tanto a cabeça, fazendo seus cabelos brancos lhe cair sobre os olhos - Um homem de verdade não fere minha irmã! – Gritou fechando as mãos em punho.

– Mas eu e Lisanna não temos nada nem nunca tivemos!- Falou irritado.

–Tá chamando minha maninha de mentirosa? Um homem de verdade deve assumir seus erros e enfrentar as conseqüências!

– Não venha com esse papo de “homem”! Eu estou dizendo a verdade!

– Vou lhe ensinar a ser um homem de verdade, Natsu Dragneel!

Ele então partiu para cima do dono do cachecol branco com as mãos em punho. Natsu pensou que finalmente chegará sua chance de descontar todo o autocontrole da semana passada no qual ele teve que se segurar para correr – e por medo de Erza principalmente-. Finalmente uma briga aconteceria e ainda melhor por ser num lugar afastado, longe dos olhos de Erza.

Natsu fechou a mão em punho também, revidaria o golpe que estava em processo com um golpe igual, e segundo seus cálculos, ainda mais forte. Mas foi interrompido.

De repente, um corpo negro apareceu em sua frente e deu um soco no albino que o fez cair para trás, derrotado.
 
– Você está bem Natsu? – A voz do corpo perguntou.

– Estou! Mas quem é você? – O corpo o olhou por cima do ombro e então reconheceu – Lily?!

– Que bom que me reconheceu. – O gato negro voltou ao “normal”. Voltou a ser um gato pequeno e quase fofo.

– Vocês sabiam disso seus tarados? – Natsu virou para fita-los, eles também estavam surpresos.

 – Não, é mais novo para gente do que para você – Falou Loke ajeitando os óculos e fitando agora o pequeno gato.

– Mas exceeds só deviam voar não é? Nem a Charles nem o Happy podem se transformar!  - Gray apontava para o gato e buscava respostas nos olhares dos amigos.

– Deve ser por isso que ele estava preso... Para não assustar ninguém, não é PhaterLily?

– Exatamente.

– Mas então por que você não se transforma e vai buscar comida? – Natsu resmungou se agachando enfrente ao gato – Era só se transformar, sair e voltar para forma de gato!
 
- Happy e Charles nunca deixaram faltar nada para mim. Aquele dia eles ainda não tinha aparecido e você apareceu e me deu. Mais tarde eles descobriram que você ficará com pena e decidiram se aproveitar de você.  –O gato falou indiferente.

– Porque você não me disse antes? –Natsu continuava irritado.

–E perder tudo? – Deu ombros.

–Hunf. – resmungou – Tudo bem.

–Isso que eu fiz foi á recompensa pelo favor que você me fez. – O gato falou indo para o lado da jaula e entrou novamente – Sempre que você precisar, eu irei aparecer! – Então ele sumiu no escuro lá dentro.

– Defendido por um gato, que hilário! – Gray caçoou.

– Ele se enfiou na minha frente! – Natsu apontou para onde o gato antes estava – Eu tinha a situação sobre controle. –Resmungou levantando.

–Natsu... – Elfman levantava devagar com a mão na bochecha, onde Lily acertará o soco – Você é um homem de verdade. Você me venceu... –choramingou – Você tem o direito de namorar minha irmã. MAS SÓ DEVE TER OLHOS PARA ELA!

–Mas eu não quero ficar com ninguém! – disse teimoso e com birra.

–Ninguém é? Luuuuuuuu~ - Cantarolou Gray.
 
–Quieto Gray. – Natsu o fitou enfurecido.

–Já que o Natsu não quer, eu aceito! – Loke disse com um sorriso no rosto.

–Você não é um homem de verdade Loke! Homens de verdade amam somente uma menina, e é a minha irmã!

–C-Como assim não sou um homem de verdade? – Os olhos de Loke se encheram de lagrimas – Mas eu amo sua irmã também, por favor! - Se atirou aos pés de Elfman implorando – Por favor! Por favor! Por favor!

–Loke... – Gray o olhava como se ele fosse um retardado. –menos. Bem menos.

–Claro. – Levantou-se depressa arrumando os óculos – Apenas me empolguei um pouco.

– Um pouco? Tá bom. – Natsu respirou fundo, tentando se acalmar sobre as descobertas por parte de Lily e a história de Lisanna. – Vamos para sala.

– Mas o sinal nem tocou ainda! – protestou Loke.

– A gente tem no máximo cinco minutos de intervalo, é o tempo de chegarmos lá e ser feliz.

–Tá senhor mal humor. – Resmungou Gray e então todos ali seguiram para sala.



Todos já estavam acomodados em seus lugares, prestando atenção na garota loira que escrevia alguns tópicos na lousa. Podiam ver os acessórios na cabeça de todos, até mesmo na de Natsu.  Jellal como prêmio trocou seus acessórios por um de cachorro preto. Mais másculo e menos chamativo. 

– Então... – Lucy respirou fundo e continuou – Todos, menos Natsu, sabemos que o dia de esportes está chegando, e precisamos dos participantes para as gincanas que terá no dia. Agora, citarei os esportes de brincadeiras e quem for se candidatar levante a mão está bem? – Sorriu – Corrida e 100 metros?

E então as meninas e alguns meninos começaram a se candidatar.

– Por que tanta afobação? – Natsu sussurrou para Loke tentando entender a situação.

– É o dia de esportes, um dia inteiro dedicado a esportes.

–Jura? Eu jurava que era sobre coelhos! – revirou os olhos.

– HAHA engraçadinho. Mas então, todos estão esperando para se candidatar para a corrida de cavalos.

– Por que disso?

– Por causa da Lucy. Todos querem estar perto dela, e nessa brincadeira eles iram carregá-la entende?

– Mais ou menos. –Suspirou. Ouviu vários meninos gritando “eu, eu, eu!” e Lucy apontando para quatro e escrevendo seus nomes em um papel apoiado em uma prancheta – Você vai participar?

– Mas é claro! Gray! – Chamou o moreno que virou o olhar para eles – Vai participar? – gesticulou.

– ‘cê vai?

– Claro!  É a Lucy! E Natsu também vai.

– Ah, então eu vou também!- Gray gesticulou enquanto a professora dizia: “Agora só falta candidato para a prova mista!”.

– Nós vamos participar também! – Gray, Loke e Natsu levantaram, Natsu sendo erguido pelo uniforme por Loke.

– Que ótimo! É novidade alguém se candidatar para a prova mista! Sinto muito! – Aires falou impressionada. Os meninos quase caíram para trás.

– NÃO É ISSO! –Loke falou desesperado – Nós queremos participar da corrida de cavalos! Não tem essa de prova mista!

– ISSO MESMO! NADA DE PROVAS! –Gray concordou.

– Eles só estão fazendo isso para ficar perto da Lucy, infantis. – Garotas comentavam a todo momento.

– Gray-sama! Isso é verdade? – Juvia olhou para Gray com uma cara chorosa.

–Não exatamente! – Gray falou agitando as mãos.

–Juvia está magoada! – Choramingou. “Mas quando Juvia ganhar do Natsu, Gray-sama só terá olhos para a Juvia!” sorriu com o pensamento.

– Mas falando nisso... Lucy, em que categoria você vai jogar?- Erza perguntou curiosa.

 – Esse ano eu não vou poder participar. – Lucy sorriu constrangida, já que foi ouvido vário “QUÊÊÊÊÊ?!” da parte masculina da sala – Farei parte da administração então não poderei competir.

– Do mesmo jeito, eu não quero fazer droga de prova nenhuma. – Natsu protestou revoltado.

– Natsu, Gray, Loke, pessoal...  Dêem seu melhor ok? – Lucy sorriu. Um sorriso sincero e alegre. Um sorriso tão belo que fez Natsu corar e se sentar.

– Tá, mas qual será o premio desse ano? – Uma aluna da sala perguntou.

– Acho que será acessórios dourados para sala. – Aires falou com o dedo indicador debaixo do queixo – Eu sinto muito!

– Ainda estão pensando no que será, mas é o mais provável. –Lucy falou – E é isso, daremos o melhor de nós para conseguimos isso não é?

–SIM! – A classe gritou, aplaudindo e cochichando sobre os preparativos.

–TSC, irritantes. – Gajeel resmungou e suspirou.


O intervalo do segundo tempo soou. Todos saíram da sala. Erza e Juvia seguiram cada qual para um canto para armar a emboscada.

 Natsu seguiu sozinho para perto da gaiola, onde alimentaria mais uma vez Lily. Chegando lá, se deparou com Elfman olhando para o escuro da gaiola.

– Elfman! O que faz aqui? – Perguntou o fitando.

– Vim lhe avisar, amigo. – Ele suspirou e então ergueu os olhos para Natsu.

–Amigo? – Ergueu uma sobrancelha.

–Agora somos amigos! Grandes amigos homens! – Elfman falou como se fosse obvio.

–Tá, claro, resolvemos isso depois. Mas o que você veio me falar?

–Tome cuidado com os capitães dos clubes, eles vão se tornar assustadores. – E então saiu dali deixando Natsu com seus pensamentos.

Natsu desceu para o pátio, para procurar Gray e Loke, foi o seu maior erro.

–Natsu, Natsu!- Uma voz feminina o chamou, ele se virou e viu uma menina de cabelo castanho aproximar-se com um leque.

– Quem é você? – Natsu falou entediado, o que ofendeu a moça.

– Sou a fada numero um deste colégio! Como assim “quem é você”?

– Ta tá. Agora que você é uma fada, levante voou e saia daqui. – Falou com a mão esquerda sobre os olhos ainda procurando sinal dos colegas.

– Como ousa... – Respirou fundo, contou até dez em pensamento e então falou calmamente – Eu te desafio.

– Você o quê? – Ele finalmente a encarou nos olhos – Está me desafiando é? – Uma energia incrível começou a percorrer pelo corpo de Natsu, o deixando empolgado.

– Eu sou a capitã do clube de artes, e Jellal está fazendo um jogo. Quem ganhar de você em um desafio te leva para o clube.

– Aquele demônio... –Sussurrou – Tá, mas que droga de desafio?

– Pintura! – Sorriu.

Então, membros do clube colocaram duas telas, uma enfrente de cada, e um anunciou:

– Aquele que fizer o melhor quadro ganhará o desafio. Vocês têm 5 minutos começando de... JÁ! – Gritou.

Natsu pegou a aquarela e o pincel sem jeito. Tentou desenhar um dragão, mas suas tentativas eram sempre falhadas.  Irritou-se e começou a passar o pincel na tinta e começou fazer rabiscos coloridos. Ainda não satisfeito, jogou os potes de tintas que lhe deram no quadro.

– Tempo esgotado. – Anunciou um dos alunos gesticulando com as mãos – Virem os quadros.

Os dois viraram ao mesmo tempo. Ever pintara a arvore de sakura, uma linda paisagem. Já o quadro de Natsu não passava de borrões coloridos e rabiscos.

– M-Mas isso é uma obra de arte perfeita! – Os olhos do juiz brilharam encantado com a pintura de Natsu. – Veja Evergreen-sama, olha como ele usou cores frias nesse ponto do quadro! – ele apontou para um canto da pintura, e Natsu o fitava com cara de “qual o seu problema?” – Uma combinação gentil e ao mesmo tempo ousada! Oh, Deus! Obrigada por nos presentear com esse gênio no colégio! – o garoto disse ajoelhado com as mãos erguidas para o céu.

– Ele tem razão... Meu quadro nunca chegará aos pés desse, eu sou uma vergonha! – disse com tristeza, mas foi consolada por outros membros do clube, o que deu tempo para Natsu sair correndo.



– Esse povo é doido! – Natsu falou recuperando o ar encostado em uma parede.

– Mas acabamos de começar! – Uma mulher de cabelos verdes disse seguida por um rapaz de cabelos escuros. O rapaz estava no meio do corredor lhe apontando uma arma, a garota fazia o mesmo, mas do lado esquerdo de Natsu – Nós o desafiamos!

E atiraram.  Natsu com medo das balas avançou para frente e viu os dois dardos com ponta de borracha se encontrarem e cair no chão.

–Qual é o desafio?

– Tiro ao alvo. – Bisca sorriu, e então Alzack empurrou o garoto até uma sala de tiro ao alvo.

Lá tina diversos acessórios para o treno. Patinhos de borracha, madeira, jogos de dardos, tinha arcos, flechas, armas, de tudo um pouco.

– Três tentativas para Dragneel, e três para Bisca. Aquele que fizer mais pontos ganha. – Outro juiz anunciou, os posicionando em frente a um   jogo de dardos, entregando três para cada. – Natsu será o primeiro.

Natsu posicionou um na altura do olho, calculando um modo de acertar o meio, que valia 150 pontos. Jogou e fez 50. Tentou novamente: conseguiu os 150 pontos. E finalizou despreocupado, fazendo mais 150.

– 350 pontos para Natsu! Bisca, sua vez!

A dona dos cabelos esverdeados se posicionou, 150 pontos sem muita dificuldade. O segundo também não tivera dificuldade para acertar o meio. Com o terceiro, ela decidiu brincar. Tentaria acertar em 60 pontos, para Natsu perceber que eles estariam sempre à cima dele.

Bisca posicionou o dardo na altura de seu nariz, nem notando a multidão que estava em volta deles, mas pode ouvir um comentário parecido com “Bisca sumalinda, vemnimim!”, mas não se importou. Mirou e quando ia atirar, seu corpo encontrou com o de Alzack que ficara irritado com o comentário e fora tirar satisfação com o rapaz.

Olharam os dois desesperados para o alvo, e viram que o dardo acertará apenas 10 pontos.

– Com 40 pontos na frente, Natsu é o vencedor! – Disse o juiz tristonho enquanto Natsu fugia.


– Quem é o próximo? – Natsu estava ofegante, correra para frente da ponte e gritou com raiva.

– Juvia. – A moça saiu de frente da ponte e fora até ele – Juvia agora te desafiará! Faremos uma competição de nado de 100 metros.

– Mas natação? – Juvia já o puxava para a piscina do colégio.


Quando os dois se trocaram, foram para os postos.

–Em três, dois, um! Disparar! – e então um apito soou.

– Juvia vai ganhar bem facilmente. – ela olhava para trás, Natsu quase se afogava, mas tentava bastante.

– NATSUUUUUU! – ouviu a voz de Gray entrar na quadra aquática gritando pelo amigo.

– Gray-sama! – Os olhos de Juvia brilharam. Ela então parou de nadar para observar Gray seminu (N/A: Ele tinha que ficar só de cueca pelo menos uma vez nesse capitulo ‘-‘ e serviu de alguma coisa \o\), o que serviu para Natsu ultrapassá-la sem ela ao menos perceber.

– Eles estão competindo? – Loke observou Natsu nadar feito um louco e Juvia observar Gray – VAMOS JUVIA, VOCÊ CONSEGUE! GANHE DO NATSU! – Loke gritou tentando incentivar a azulada.

– Não era para você estar torcendo pelo Natsu?-Gray o encarou, ele continuava a incentivar Juvia.

– Homens não precisam de incentivo, AGORA VAMOS JUVIA! – Loke continuava a gritar.

– Natsu! Juvia!  Vocês conseguem! – Gray gritou para os amigos. Juvia começou a boiar, e Natsu saia da piscina vencedor – Ela esta bem?

– Teve crise de felicidade por você ter incentivado ela. – Natsu explicou ofegante e enquanto se secava rapidamente e corria para o vestiário.


– Agora eu devo ir correr?  Mas é só isso que eu posso fazer! – Natsu corria para a pista, era pela segunda vez alvo de brincadeiras de Jellal e isso o incomodava. Seria o resto do ano perseguido? – Apareça senhor eu-sou-rapido-demais!

– Estou bem aqui! – Natsu o viu, e atrás dele havia um bando de meninas gritando seu nome.

– Tá, a gente vai correr, quantos metros? – o mau-humor tomou conta de Natsu por total. Por que o maldito sinal não tocava quando se precisava?

– 100. Corrida simples.

Os dois seguiram para o meio da quadra de corrida, se posicionaram.

– Natsu! Serei legal com você e te mostrarei do que sou capaz antes. – Saiu em disparada. Natsu mal pode acompanhar seus passos com os olhos. – Viu? Tem uma chance de desistir!

– Não vou perder.

– Ótimo! – Falou sorrindo e se posicionando novamente. Alguém assoprou o apito, e os dois saíram correndo.


Jet estava bem á frente de Natsu. Corria de um jeito estranho, meio cambaleando para os lados, mas ainda sim era mais rápido.

– JET-SAMA! – uma garota do bando gritou para o capitão que não a olhou – Você está esquecendo-se de correr belamente!

Jet parou imediatamente a olhando espantado. Poderia não parecer, mas Jet sempre se importava com a beleza que corria, tentava ao máximo fazer com que suor e roupas grudas parecessem bonitos e atrativos para impressionar Levy.

– E que tal assim? – Fingiu correr, mas sem sair do lugar levantando as pernas até a altura do quadril – Ou assim? – dava a impressão que ele queria dançar balé a cada tentativa de parecer belo correndo.

Natsu aumentou a velocidade e disparou na frente de Jet, o deixando para trás e vencendo a competição.


Agora ele corria procurando a outra pessoa. Correu por todos os lados do pátio, ninguém o desafiará. Então decidiu comprar uma água na cantina, sem saber que seu próximo desafiante o aguardava lá.


Apesar de ter bastante gente do lado de fora, tinha o dobro dentro do refeitório. Viu um grupinho amontoado, e foi para cima dele tendo certeza que ali estava seu próximo desafiador.

– Aqui está! Todos os pedidos de vocês na hora! – Cana carregava grandes caixas contendo pães e algumas guloseimas de seus clientes.

–Ai está você! – A figura do menino de cabelos cor-de-rosa aparecera no meio da multidão empurrando as pessoas, até ser empurrado e cair bem em cima de Cana, fazendo-a derrubar todos os pedidos das pessoas ali – Me desculpe... –Natsu falou levantando meio atordoado com o tombo, foi então que percebeu que todo o lanche que ela carregava estava espalhado pelo chão.

– Meu dinheiro, meus lanches – Ela estava sentada no chão observando a bagunça incrédula – Você me paga! – Seu olhar virou sombrio e virou lentamente a cabeça para ele.

-Eu sinto muito! – Levantou-se e se curvou.

-Sentir muito não vai trazer os lanches de volta!

- Eu tenho que ir! – Gritou saindo correndo daquele lugar antes que ela pudesse sair da multidão e ver para onde ele tivesse ido.







–Natsu! – A voz de Erza o chamou. Será que depois de 26 minutos inteiros correndo e vencendo outras pessoas agora ele teria que passar por Erza? – Pare de correr e venha me enfrentar! – Ela estava com uma espada em mãos e a lamina parecia extremamente afiada.

– Jellal seu capeta! Você quer que eu morra? – Natsu gritou quase chorando, mas ao ouvir o nome do azulado, Erza abaixou a cabeça lembrando do ocorrido de manhã.

– Pare de bancar o retardado e me escute! – Falou irritada – Você pode passar, você vai vencer.

– Eu o quê?

– Vá logo. Talvez com uma semana sem te torturar Jellal vai aprender a não tratar as pessoas como peões.

– Não entendi nada, mas não sou burro o suficiente para não aceitar essa. – Passou pela ruiva aliviado e então gritou agradecendo – Erzaaaa! Você poupou meu coro, agora você mora no meu coração! – Sem perder o ritmo, correu até a sala, onde entrou e se sentou. Não voltaria a sair até o fim do dia, que seria apenas para voltar para casa.




– Ei Natsu! –Loke chamou enquanto guardava seus materiais – Você não teria que ir se encontrar com a Lisanna agora? – Falou alto, alto o suficiente para todos da sala ouvirem e voltar olhares raivosos para direção deles.

– É mesmo! Tinha me esquecido! – Deu um tapa na testa e colocou a mochila no ombro.

– Como se atreve... A esquecer da Lisanna-chan? – Um ser com um grupo de garotos atrás falou estralando os dedos.

– Foi sem querer! – Natsu ergueu as mãos e então saiu correndo, novamente. Os garotos foram atrás.

– O que você fez foi muita maldade... – Gray olhou para Loke que tinha estampado em face um sorriso vitorioso.

– É para ele jamais esquecer uma garota, afinal elas tem sentimentos.

– Ok então vai procurar ela para avisar que ele não pode ir porque tem um bando de homem correndo atrás dele.

-É, vai ser divertido. – Sorriram e começaram a busca pela menina.