Serviteur Tentation escrita por Willian Picorelli


Capítulo 6
Capítulo 6 - Tempestade Sem Volta




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Era como um breve sonho. Tudo passou tão rápido, que apenas parecia algo superficial, Keiichi enxergava uma luz que se apagava quanto mais ele andava para frente, a escuridão estava prestes a se propagar, mas com um simples toque, uma enorme chama se acendia e iluminava o seu mundo, não havia porque temer a solidão, havia alguém para compartilhar consigo esses trilhos dolorosos, talvez, já era hora de acordar. O rapaz abria lentamente seus olhos, desnorteado e com seu corpo dolorido, pensava com calma, olhava para sua frente e ela estava por ali. Anna, sentada na beira da cama, apenas recebia o garoto com um sorriso, como se nada tivesse acontecido.

- Dormiu bem querido? – A mulher colocava uma de suas mãos sobre uma das pernas do rapaz acariciando-a com suas unhas enquanto fitava os olhos semi-abertos de Keiichi. O garoto, por sua vez, tentava se recompor, lembrava-se de tudo que havia acontecido e com uma rápida reação, se sentava na cama, querendo explicações sensatas.

- O que aconteceu? Como eu vim parar aqui? Não estávamos no depósito!? – Parecia desesperado para obter respostas, por um lado, seu medo era recoberto pela presença de Anna em seu quarto, ficava feliz por tudo estar bem.

- Eu te carreguei, oras. Bem...acho que eu não tenho mais escolhas, não é? – Anna se levantava, abria a cortina da janela do quarto do rapaz, e olhando para o céu estrelado, apreciava o brilho da lua que a envolvia.

- O que aconteceu foi culpa minha, Keiichi-Kun. A verdade é que eu não fui trazida pra cá apenas pra cuidar da mansão e fazer trabalhos domésticos, na verdade essas especialidades estão foram de cogitação pra mim, o meu verdadeiro trabalho é proteger você e sua irmã, é claro que, não estou aqui por esse motivo, eu realmente escolhi vir por você, desde aquele dia a 8 anos quando você partiu, eu realmente decidi dar o meu melhor e ser uma ótima empregada para lhe servir, te queria como meu mestre, e agora sei que esse desejo pode ser real, mas para chegar até aqui eu tive que passar por muitas coisas... – O garoto, atento á história da empregada, ao mesmo tempo que ficara curioso, também se sentia preocupado com o que poderia ouvir, mas confiava na mulher que estava em sua frente, na mulher que horas atrás, havia lhe salvado, mesmo que fosse de uma maneira surreal. Por mais que ela tivesse deixado vários corpos espalhados, Keiichi ainda conseguia a amar da mesma maneira, na verdade, sua paixão só aumentava ao ver o quão incrível Anna se mostrava. Se virando novamente para o garoto, a ruiva subia até sua cama, e engatinhando em direção ao mesmo, ficando colada com o corpo do rapaz, colocava suas mãos em seus ombros e o encostava na cabeceira da cama.

- Keiichi-Kun, não vai me odiar não importa o que aconteça, certo? Eu não sou uma empregada comum pelo que você já percebeu, todos esses anos eu estive treinando no setor especial daquele lugar que você esteve a 8 anos, o setor 46. – Completamente excitado com a presença da garota em cima de si, Keiichi tentava prestar atenção nas palavras da maid, mas ao sentir sua respiração cada vez mais perto, seus pensamentos já se fundiam com cenas de prazer, porém, não podia se deixar levar nesse momento, era algo importante, olhava para baixo e continuava a ouvir a mulher.

- Eu fui treinada para ser uma maid-soldado, esse é a verdadeira função do Complexo de Empregadas, antes de você ir embora, seu pai me disse para fazer isso pois, futuramente, ele precisaria de pessoas desse tipo para proteger sua família. Keiichi, você não deve saber mas, os Otanawa são alvos de muitas organizações, seu pai por ter uma grande influência no Japão inteiro, acabou criando vários inimigos, não diria que seu pai é alguém ruim, pelo contrário, ele é dono de um dos maiores grupos esquerdistas do Japão e no momento atual, uma crise estourou para o lado da família Kochikawa, e agora parece que a guerra já começou, eles querem tirar seu pai do jogo mesmo que isso custe várias vidas, alguns aliados do Otanawa-San já desistiram e se mudaram por medo, parece que as coisas vão ficar difíceis, mas não precisa se preocupar, pois eu estou aqui e garanto que não deixarei nada lhe acontecer, e além do mais, Lenon e outra pessoa da mansão também não são empregados comuns, seu pai já está em busca de um grande ‘exército’, mas por hora, acho que eu sou mais do que necessária pra cuidar de tudo. – Keiichi ficava paralisado com as informações de Anna, sabia que seu pai tinha vários inimigos e que já havia criado conflitos por Japão a fora, mas tudo aconteceu tão repentinamente que parecia mentira, ainda tinha várias coisas para saber, e deixando seu tesão de lado, olhava seriamente para a empregada.

- E quem eram aqueles de ontem? Aliás, o que aconteceu com os corpos!? E A SASAMI? – Keiichi se lembrava de sua irmã, rapidamente, tentava se levantar, mas Anna o impedia.

- Relaxa, ela está bem, sua irmã é uma garota forte e não se abateu pelo que aconteceu, no momento ela tá descansando, e quanto aos corpos e a bagunça no depósito, o Lenon chegou pra arrumar tudo, a verdade é que a polícia nem o governo podem se envolver nessa guerra que está por começar, seu pai é um homem poderoso, no momento, há várias pessoas dispostas a ficarem do lado dos Otanawa, pode considerar que estamos em vantagem, e aquela mulher de ontem...ela era minha melhor amiga no complexo, ela acabou indo para o lado dos Kochikawa a 4 anos, ela seduziu o chefe da família, e depois do adultério descoberto, ela armou para sua esposa e o mesmo, o Kochikawa agora é casado com Maria Yoshimiya, a empregada mais forte já criada. – A expressão séria que Anna fazia enquanto olhava para Keiichi o preocupava, parecia um game, essa guerra de famílias, empregadas monstruosas, mas no momento, só tinha uma certeza, queria ser feliz com Anna e proteger sua família, até o momento, pensava em fugir e se desemparelhar dos Otanawa, queria viver longe de todas as preocupações do seu pai, mas com o que acabara de ouvir, não podia apenas deixar isso passar, por todo esse tempo seu pai esteve fazendo o trabalho pesado garantindo a segurança da mansão, e havia algo mais importante, o que aconteceu a 10 anos, era a motivação maior por Keiichi se jogar de cara nessa guerra. Ao olhar os olhos de Anna, segurava a mão da mesma e a agradecia.

- Obrigado...por tudo Anna, mas a partir de agora você não vai lutar sozinha, eu prometi que seria só eu e você, e depois que resolvermos todas essas merdas, vamos poder ir pra longe e poderei te fazer feliz. – Era a primeira vez que o rapaz falava como se fossem um casal, ao perceber que havia se empolgado, seu rosto de corava e tentava desviar seu olhar de Anna, que apenas sorria, feliz por ter um mestre como ele.

- Eu que agradeço por poder estar aqui ao seu lado, goshujin-sama. – Sem resistir aos agrados do rapaz, Anna se jogara em cima dele, segurava seu pescoço e o beijava loucamente. Keiichi entrelaçava seus braços na cintura da ruiva virando-a rapidamente para cama enquanto a prensava com certa força, sentia seus peitos tocarem seu abdômen, seu membro, já animado, roçava sobre as pernas da empregada, que apenas brincava com a língua de Keiichi enquanto que com suas mãos acariciava todo corpo do garoto. Anna interrompia o momento caloroso, colocava Keiichi ao seu lado e colocando um dos dedos sobre os lábios do jovem, dizia de maneira provocante.

- Hoje meu mestre precisa descansar, afinal, amanhã vamos ‘brincar’ bastante já que iremos á praia. – Keiichi ficara desapontado por um instante, mas ao ver a expressão safada da empregada, aguardaria ansiosamente pelo dia seguinte, mas pensando com mais calma, eles iriam para praia depois de tudo que aconteceu!?

- Praia!? Mas...com tudo isso acontecendo? E as passagens? – Anna ia se levantando e ao mesmo tempo respondendo o garoto deixando a mostra sua calcinha e bunda viradas para o rapaz, somente na intenção de provoca-lo.

- É exatamente por isso que temos que viajar, Maria com certeza vai planejar um ataque massivo, e é nesse momento que as forças especiais que seu pai contratou entram em ação, meu dever é levar você e Sasami para longe e protege-los, eles irão pensar que ainda estamos aqui e será uma ótima armadilha, e quanto as passagens, Lenon também passou para compra-la, ele realmente é um empregado útil, haha. – Keiichi fazia uma expressão indiferente ao imaginar Lenon todo feliz com as passagens em mãos, queria ir apenas com Anna, mas era uma boa oportunidade para se darem melhor, queria compensar todo tempo que passou longe da garota.

- Bem, então trate de dormir tá? Partimos ás 08:00 amanhã, vou providenciar o melhor biquine pro meu mestre ficar todo excitado e acabar comigo ♥ – Anna se despedia do garoto colocando seu dedo indicador em sua boca, Keiichi se jogava com força na cama, confuso e excitado ao mesmo tempo. Antes de cair no sono, pensava novamente em Sasami e não poderia dormir sem ao menos ver como ela estava.

A garota, depois de ter sido violentada por Maria e levada por Lenon até seu quarto, tinha tomado um medicamento especial feito pelos melhores médicos contratados por seu pai, tal medicamente conseguia fazer a pessoa se esquecer de tudo que havia acontecido nas últimas 16 horas, Sasami então, apenas acordava sem saber o que tinha acontecido, se lembrava vagamente do depósito e de Maria, talvez fosse um sonho, pensava consigo mesma enquanto colocava sua camisola ao ver que estava vestindo suas roupas casuais.

- Como é que eu poderia dormir com essas roupas? Eu sinto como se alguém tivesse me drogado, arg. – Sasami sentia fortes arrepios em seu corpo devido ao efeito do remédio, olhava para o relógio e ao ver que eram 23:00, se sentava na cama e pensava em Keiichi. Se lembrava que estava perseguindo ele e Anna, isso a deixava inquieta, sentia um forte ciúmes que a fazia se retorcer por completo, quando ameaçava se deitar novamente na cama, a porta do seu quarto se abria, e sem bater, Keiichi entrava silenciosamente pensando que a menina estava dormindo.

- Nii-Chan? O que você... – Sasami ficara surpresa com a aparição de seu irmão a essa hora, curiosa com sua memória bagunçada, ela rapidamente queria saber o que havia acontecido.

- Pode ir me dizendo tudo que aconteceu eu não consigo me lembrar de nada, eu desmaiei!? – Keiichi não sabia se podia dizer tudo para sua irmã, no momento, apenas inventava uma desculpa qualquer até confirmar com Anna.

- Não se lembra mesmo? Você estava na rua quando desmaiou, eu e Anna a encontramos e a trouxemos pra casa. *Aliás, acho que Anna trocou a roupa dela, porque se ela a visse toda rasgada... eu queria saber o que aconteceu com ela, mas parece que não se lembra de nada, merda...mas talvez seja melhor assim.

O garoto se sentava na cama da menina, olhava para a mesma com uma expressão de alivio por ela estar bem. O quarto estava apenas iluminado pela luz fraca do abajour, Sasami ao ver a atitude inesperada do irmão se sentando em sua cama, logo ficara nervosa.

- O que diabos deu em você pra entrar em meu quarto sem pedir e sentar na minha cama? Não perdi todas as memórias ainda ok. – Keiichi apenas sorria por ver que sua irmã estava agindo como de costume.

- Fico feliz que esteja bem Sasami, bom, agora posso dormir tranquilo. – Enquanto o rapaz ia se levantando para se retirar, Sasami, corada pelas palavras do irmão sentia seu coração bater da maneira mais rápida que já havia sentido em toda sua vida. Lembrava de Keiichi junto de Anna, e antes que o rapaz pudesse cruzar a porta, ela se levantava e agarrava o garoto por trás com certa força.

- Onii...Chan, eu estou com medo, fica comigo essa noite? – O garoto arregalava seus olhos ao sentir sua irmão tocar seu corpo e dizer tais palavras, talvez o remédio que tivessem dado para ela estava criando efeitos bem estranhos, se sentia excitado ao ser agarrado por trás, Sasami apertava todo seu corpo, o cheiro da menina era agradável para o olfato de Keiichi que não conseguia ter reação.  Ao tentar se virar, Sasami em um rápido movimento jogava seu irmão contra a cama e subindo rapidamente por cima do mesmo, colocava as duas mãos sobre seu peitoral e com um olhar sedento, fazia com que Keiichi começasse a tremer.

- Quero que você veja o quanto eu cresci, onii-sama.


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