The True Lives Of The Fabulous Killjoys escrita por Adrenaline Earthquake


Capítulo 59
I'm who I've got to be


Notas iniciais do capítulo

O capítulo saiu mais cedo. Yayzies -q
Ok, estamos quase no fim da fic '-' E eu decidi mesclar os dois finais que eu tinha em mente.
Não vou dar nem um mínimo e nem um máximo de capítulos, porque vai depender de como eu vou juntar os dois finais, ok?
So, esse capítulo talvez (repito: talveeeeeez) seja meio chatinho e, provavelmente, sem noção, mas é importante. Lá embaixo vou dar uma explicadinha rápida e, quem não entender, reviews estão aí pra isso -qq
Enjoy!



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Hmm?

Onde estou?

É... É claro aqui... Claro demais...

Espera, isso debaixo de mim é grama?

Mas onde, na Califórnia inteira, haveria grama?! Em pleno ano de 2019?!

Olhei em volta, piscando e tentando me acostumar com a claridade. O lugar era como uma colina, com árvores e flores... Havia até pássaros! Há quanto tempo eu não vejo uma cena como essa, tão calma e pacífica? Acho que desde que...

Acho que desde que eu e minha família me mudamos...

Era tudo tão verde... Tão verde que doía a vista.

De repente, ouvi uma voz ao longe, cantando uma melodia estranha, ao som de um piano.

“Well they encourage all complete cooperation! Send you roses when they think you need to smile!”

Aproximei-me do lugar de onde vinha o som e vi uma coisa que era, no mínimo, estranha, se não perturbadora. Era uma versão de mim mesma... Sentada na frente de um piano preto lustroso...

Não, isso tudo era perturbador mesmo.

–I can’t control myself because I don’t know how, but they love me for it, honestly, I’ve been here for a while! – continuou a minha… Cópia? – So give them blood, blood, gallons of the stuff, give them all that they can drink and it will never be enough, so give them blood, blood, blood… Grab a glass because there’s going to be a flood!

Foi aí que a “Poison Heart nº 2” notou a minha presença e sorriu. De um jeito totalmente estranho.

–A celebrated girl amongst the gurneys, they can fix me proper with a bit of luck! The doctor and the nurses, they adore me so, but it’s really quite alarming, ‘cause I’m such an awful fuck… ! I gave you blood, blood, gallons of the stuff, I gave you all that you could drink and it has never been enough, I gave you blood, blood, blood… I’m the kind of human wreckage that you love!

A outra apertou a última tecla do seu piano e sorriu novamente.

–Estava esperando a sua visita!

–Q-quem é você?

Ela afastou o banco do piano e ficou de frente para mim. Era quase como que olhar para um espelho, mas esse espelho sorria, diferente de mim, que mantinha uma expressão confusa.

–Eu sou você, oras! Nós já batemos um papinho antes!

–Continuo sem entender.

O clone se aproximou de mim e sussurrou no meu ouvido:

–Eu sou seu lado irritadinho.

Arqueei as sobrancelhas e apertei os lábios para não sorrir.

–Ah sim, você é uma espécie de “diabinho” que fica no meu ombro direito. Sei. – comentei, totalmente irônica.

–Não isso, imbecil. – retrucou ela, rispidamente – Eu vivo dentro de você. Eu sou uma parte de você. Uma parte grande, para falar a verdade. E seria maior se não fosse pela sua consciência burra que ficasse me impedindo. – choramingou ela, revirando os olhos – Mas hey, isso não vem ao caso.

–Onde estou? – indaguei, cautelosamente.

–É uma pergunta complexa. – comentou o meu “evil side”, com uma cara pensativa – Você está... Em um lugar entre a vida e a morte.

–C-como?

–Você está por um fio, Poison. Ou melhor, nós estamos. – disse ela, dando de ombros.

Caí sentada no banco do piano da evil side, completamente estática.

–E... Eu vou morrer? – perguntei, segurando o fôlego.

Ela balançou a cabeça. Soltei tudo, com um alívio imensurável, e com a certeza de que eu valorizaria muito mais a minha vida do que antes.

–Mas então... Por que estou aqui?

–Porque ainda não está pronta pra voltar. Você precisa entender uma coisa, após isso tudo, eu vou me recolher, o que quer dizer que você não vai me ver por um tempo. – disse ela – A não ser em momentos de extrema raiva. – acrescentou.

–Quer dizer que...

–Suas oscilações de humor vão acabar. Mas você vai ser bem mais fraca, devo avisar. Não existe força sem raiva, Poison. Mas sabe... Você pode escolher o que quer. Pode me deixar no controle da situação, como sempre estive... Ou pode escolher começar uma nova vida, demonstrando sentimentos e emoções. Faça sua escolha.

Mordi meu lábio inferior, olhando fixamente para a evil side. Não posso negar: ela havia me ajudado bastante nesses últimos anos, mas... As coisas mudaram agora. Eu não sei se posso continuar com minha máscara de antipatia para sempre...

De repente, meus pensamentos voltaram-se para Kobra. Ah... Kobra... O primeiro a me aceitar como eu era e lutar contra isso...

E Pony? Ele me conheceu quando eu nem era assim! E ele já me disse tantas vezes que sente falta de quando eu era uma garotinha inocente, boba e alegre...

E...

E Sunshine?

Agora que a mãe dela morreu, eu preciso cuidar dela. Como seria cuidar dela com minhas mudanças constantes de humor? Não, não daria certo. Ela precisa de alguém estável, que brigue com ela quando fizer coisas ruins... Mas que não esteja sempre com raiva e, do nada, fique feliz.

Mas esses três são apenas uma porcentagem mínima! Ainda existem todos os outros! Party, Fun, Jet, Danger, Diamond...

Diamond...

Ela é mais forte do que eu pensei. E mais forte do que Dr. D. pensou. Quem diria que ela não está morta?

Às vezes, eu acho que eu... Deveria aprender com ela.

–Hey! Poison!

–Huh?

–Já decidiu? – perguntou a evil side, séria, despertando-me de meus devaneios.

–Eu... Acho que vou deixar minha consciência e meu coração me guiarem a partir de agora. – deslizei a ponta de meus dedos no piano preto.

–Você que sabe. – disse ela, dando de ombros – Escute, está na hora de você acordar. Siga até aquele portal ali e siga em frente... Uma hora, irá acordar na maca de um hospital – avisou ela, apontando para um arco de onde saia uma luz estranha.

–O-ok...

–Está esperando o quê?! – disse ela, rispidamente.

É. Realmente ela era meu lado irritadinho.

Levantei-me do banco lentamente, pisando na grama verdinha, ainda olhando para a evil side, que simplesmente revirou os olhos e cruzou os braços. Sorri de lado, aproximei-me dela e abracei-a de surpresa.

–Ei, eu...

–Cale a boca. Você sabe que você é e sempre será uma parte de mim e, portanto, é especial – cortei-a, rindo baixinho.

É aí que você entende o significado de “amar você mesma, inclusive seus defeitos”. Acho que isso me serviu de lição para entender uma coisa: eu sou cabeça-dura, eu sou estressada, eu sou sem paciência, mas, acima de tudo, eu sou Poison Heart. E eu devo gostar de mim mesma.

Separei-me da evil side e comecei a caminhar até o arco, piscando muito por causa da luz forte.

–Poison! – gritou a evil side, lá de longe. Virei para olhar o que era e ela estava acenando pra mim, tentando conter um sorrisinho de lado – Boa sorte!

–Obrigada. – sorri largamente e voltei a andar em direção ao portal, pronta para recomeçar do zero.


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Notas finais do capítulo

*É, eu mudei a letra de Blood, sorry, i had to*
Ok. Talvez vocês estejam se perguntando onde ela estava.
Quem aqui já leu HP?
*a maioria levanta a mão, creio eu -q*
Vou tentar falar de um jeito que não dê spoilers, caso alguém não tenha lido ainda '-'
Existe uma parte em que ele vai até Voldemort e deixa que ele o mate por... motivos especiais. O que acontece é que ele não morre. Ele vai para uma espécie de estação de trem, muito clara e tal. E é essa a ideia que eu estou tentando passar com todas essas colinas e tal. Não é nem o mundo real e nem a vida após a morte, se vocês acreditam nesse tipo de coisa. É como uma espécie de "sala de espera".
Quanto à evil side... Bom, todos temos um "lado do mal" dentro de nós. Esse evil side pode ser psicopático, estressado, egoísta, sanguinário... Depende de cada pessoa. Mas ele se caracteriza por ser a parte de nós da qual nós mais temos vergonha. Mas por favor, notem que existe uma diferença entre EVIL SIDE e DEFEITOS. Muitas vezes, nós não notamos nossos defeitos e, geralmente, estamos insatisfeitos com eles, mas não fazemos muita coisa (ou não fazemos nada) para mudá-los. Já o evil side, nós tentamos mudar, sim. Mas não conseguimos. Quantas vezes você já não teve uma atitude horrível ou pensamento horrível e quis parar, mas não conseguiu? É como se drogar. Você não consegue parar. (A não ser que vá pra uma reabilitação, mas infelizmente não existe reabilitação para isso né -QQ)
A maior pergunta de agora deve ser: o que vai acontecer com Poison?
Well well, vão ter que esperar um pouquinho pra saber -qq
Acho que é isso...
Cya c:



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