Soul Healer - Viva La Revolución escrita por Frau Schnellfeuer


Capítulo 5
Capítulo I - Argumentos/ Abrigo/ Colisão


Notas iniciais do capítulo

este capítulo está uma droga, a começar pelo título.
Se conseguir ler até o fim, meus parabéns sinceros.
* Capítulo revisado.



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[Capítulo I] – Argumentos/ Abrigo/ Rota de Colisão

– Seu pai nunca quis que você se metesse nessa vida... Por isso ele não a criou. Ele realmente te amava...

A garota riu de modo ácido.

– Que forma estranha de amar... Que se dane. Vivo ou morto eu continuo achando que ele é um grande sacana. E além do mais, eu to me virando muito bem sem ele, não acha?

O homem levantou de onde estava sentado.

– Eu não quero envolvê-la nisso. Você não sabe como...

– Eu não tenho mais nada. Isso é tudo o que eu conheço. É o meu legado. E, aliás, você é muito mais apto pra ser meu agenciador do que qualquer outro... Por favor.

Ele passou a mão na careca, impaciente. Aliás, aliás, aliás. Os Archenckowitz e sua maldita argumentação. Ele nunca ganhava em uma discussão com um Archenckowitz.

– Deixe disso menina, você ainda é só uma criança...! Não tem idéia do que está falando! Você tem um futuro inteiro pela frente! Não vá estragar a sua vida matando gente! Seu pai batalhou pra que você não se envolvesse... E agora você vai desperdiçar tudo o que ele fez?

– Eu estou ferrando pro que ele fez. À propósito, estou ferrando pra ele.Se você não for meu agenciador, eu vou atrás de outro.

Bo fitou-a, bravo. Havia algum tipo macabro de determinação no fundo daqueles olhos violeta. Era apenas teimosia? Ou seria a loucura?

06h26min, 19 de outubro de 5845, Zona Leste de Nebula.


Neriah acordou de seus sonhos pálidos com frio e com as extremidades do corpo dormentes. A primeira coisa que ela viu quando abriu os olhos foi o encanamento exposto do teto do seu quarto. Havia um rastro de lágrimas secas nos cantos dos olhos até as orelhas. Não fazia idéia de quanto tempo passara desacordada, mas sentia como se tivesse acabado de deitar, as pernas flutuando sobre a cama de tanto cansaço. Ela sentiu a cama afundar levemente e depois algo pequeno e peludo se aconchegou do seu lado, aquecendo as suas costelas. Era seu gato, que ela chamava de Thor. Então ouviu uma voz conhecida.

– Finalmente acordou.

E lá estava ele, transportado dos seus devaneios para a vida real. Estava mais velho do que no seu sonho - os fios brancos tinham se multiplicado entre aqueles que haviam restado na cabeça e o corpo estava mais arredondado do que nunca. Estava parado bem diante dos seus olhos, reclinado na janela aberta do quarto e, como sempre, havia um cigarro em sua boca.

– Estive sonhando com você novamente, Bo.

Ela tinha dormido por três dias.

O golpe com Pope fora arriscado. Ela pusera a vida em risco depois de utilizar todo o potencial do cérebro pra produzir a massiva quantidade de energia eletromagnética que a salvou da queda do prédio, e atraiu o raio para a avenida, impedindo de a polícia chegar à tempo de salvar o médico e ainda a última descarga que encerrou a carreira de Charles Daniel Pope.

Bo estava pressionado entre o orgulhoso e o irritado. Depois de muitas admoestações sobre como o que ela tinha feito era estúpido e irresponsável, ele a abraçou e a parabenizou, para logo em seguida deixá-la sozinha no quarto, com seus olhos meio-mortos fixos no teto, estática, exatamente como tinha passado as suas dez últimas horas de sono.

Costumava ser assim. Depois que voltava dos trabalhos, Neriah dormia por horas, até dias seguidos, e invariavelmente chorava durante o sono. Mas depois que acordava não tocava no assunto, como se nada daquilo jamais tivesse acontecido e assim que aparecia um novo trabalho, ela aceitava sem pestanejar. Era sempre assim, quase uma rotina... Uma rotina que estava se agravando.

Bo especulava que o sono era causado pelo desgaste físico.

... Toda essa maratona não podia ser vencida por uma pessoa normal. As habilidades especiais de Neriah a tornavam muito superior à Bo quando ele tinha a mesma idade e estava no auge da sua carreira como matador de aluguel. E não poderia ser diferente. Ele era apenas um cara normal que dependia apenas das suas facas pra viver.

O choro... Bem, esse Bo não precisava especular. Ele sabia o que era. Eram os sonhos que a perturbavam. Parecia um truque sujo de seu cérebro. A tortura das lembranças há muito apagadas por traumas que Bo nem imaginava, só vinha à tona depois que a existência de alguém era perfurada por suas descargas elétricas.

Neriah nunca tocou no assunto, mas pelos gritos arrepiantes que ecoavam pelo bar depois de uma entrega feita com suas habilidades de imune, não eram lembranças de jardim da infância.

Mais tarde, Bo tinha-lhe mandado que fosse até a loja dos Castiglione pra buscar uma encomenda. Haviam passado três dias da última entrega e ela supostamente deveria estar de folga. Não adiantou argumentar absolutamente nada com o homem. O último e mais escroto argumento que ele usou, com um sorriso de troça na cara, foi que ela gastara seus dias de folga roncando como uma velha.

– Cale a boca, e faça logo o que eu digo! – foi seu ultimato pragmático e sua derrota na argumentação racional. Ele nunca vencia racionalmente com um Archenckowitz. Ou mandava calar a boca ou ir se danar. - Você vai no furgão de entregas até Kohare-Ono levar esse embrulho. E leve o pulguento do seu gato com você! Se eu vê-lo na minha cozinha de novo, faço empadinhas dele.

De uma forma estranha ela, sentiu como se estivesse sendo expulsa da própria casa.

Bo deu-lhe uma embalagem de alumínio um tanto aquecida demais, dentro de uma sacola plástica com o logotipo do bar.

– Aí dentro está o pagamento pra Alphonse. Pegue a caixa de louça com ele. Saia pelos fundos do bar.

Ela saiu aquela manhã armada com nada além de sua pistola Walther P22 compactada, seu gato e seu mal humor.

Fugindo, sempre fugindo.

Começou quando ele estava no meio de uma briga. Ele estava indo sentar no seu lugar de costume, quando um dos garotos mais velhos se levantou sem mais nem menos e o empurrou, derrubando todo seu jantar em cima do uniforme surrado. Ele estava invadindo a área proibida pra pirralhos. Caleb o enfrentou. Tinha apenas 14 anos, mas era alto pra idade. Obstinado, conseguia brigar. Em recompensa à sua coragem, levou um gancho na mandíbula e o canino esquerdo quebrou. Estava com tanta raiva no momento que avançou sobre o outro garoto, que a vista apagou. Ficou cego.

Quando ele voltou a si e tomou consciência de que tinha cabeça, pernas, braços, descobriu-os empurrando pessoas, abrindo passagem entre os corredores apinhados de outros adolescentes maltrapilhos. Fugindo. Havia adrenalina causticante nas veias, e os ouvidos captavam muito bem o som dos oficiais gritando e empurrando os outros detentos logo atrás. Mas Caleb tinha a dianteira. Não sabia como aquela briga corriqueira com um dos manda-chuvas do reformatório tinha acabado em uma fuga, mas ia aproveitar a oportunidade. E não pretendia falhar, por que se falhasse, sofreria as conseqüências. Preferia ser atropelado por um caminhão ou destroçado pelos cães de guarda do que ficar mais uma semana na Caixa. Ele esticou os músculos o máximo que pode e forçou galope pelos corredores à fora. Apagou.

Quando acordou, não conseguia sentir o chão debaixo dos pés. O ar gelado da noite assomou-o de súbito e um vácuo se espalhou pelo estômago ainda vazio do garoto. Isso lhe lembrou que não tinha conseguido jantar. Estava tudo escuro – eram os olhos que estavam fechados. Abriu-os e viu atrás dos braços cruzados sobre o rosto, um mural verde-pálido passando e se aproximando, a grama do pátio: ele estava no ar. Os caquinhos de vidro refletiam o brilho azulado da lua cheia e a luz amarela de dentro do prédio, flutuando pelo espaço junto do corpo encolhido de Caleb. Em câmera lenta, seria uma cena bonita, o garoto saltando do segundo andar daquela mansão. Ao ver o chão se aproximar cada vez mais depressa, ele entrou em pânico e sacudiu os braços e pernas na noite morta. Apagou.

De repente, ele corria o mais rápido que podia, os pés machucados no cascalho fino do lado de fora dos muros da Casa de Retenção juvenil. Tinha perdido os sapatos de alguma maldita forma. Essa era a sua segunda fuga, e ele nem sabia dizer como tinha começado. Mas sabia onde ia terminar, e era na loja dos Castiglione, por que de jeito nenhum ele ia pra Caixa de novo.

Era só uma criança, correndo o máximo que suas pernas agüentavam, como estava acostumado à fazer. O cabelo, liso e fino, que tinha sido cortado à dois meses em um corte militar, já começava a crescer, como num ato de insubordinação.

Fugindo, sempre fugindo. Sua mãe o chamava de “meu pequeno rebelde”, quando questionava alguma de suas ordens. Era a voz melodiosa de sua mãe que ele ouvia, enquanto corria pra longe da sua prisão. Sorrindo, sentindo o vento no rosto, segurou um grito de satisfação, quando conseguiu dobrar a esquina no segundo quarteirão além dos muros do reformatório. Depois dali os oficiais com certeza parariam de persegui-lo. Estava livre. Talvez sua mãe tivesse razão... Talvez ele fosse mesmo um rebelde. Mas agora não fazia diferença. Ela estava longe, onde suas mãos não podiam alcançar. Onde seus sentimentos não podiam alcançar. Onde sua memória não podia alcançar.

Fugindo, sempre fugindo. Este era o fado de Caleb Hund. Ser um cachorro fujão, que morde o dono e escapa pela primeira fresta que encontra.

“Não significa que eu sou um covarde” justificara-se pra seu melhor amigo. “Só não permito me mandarem.”

Não vão me colocar uma focinheira, não vão me dominar – pensava Caleb, e cada pensamento lhe dava energia extra pra correr.

Fugindo, sempre fugindo.

10h16min, 19 de outubro de 5845, Zona Leste de Nebula.

Um par de tiros acordou a vizinhança, mas nada era mais tradicional por ali. Era o despertar daquele bairro, dando bom-dia pra cidade. Naquela manhã não tinha sido diferente.


Caleb estava com sono – o seu habitual de oito horas havia sido interrompido por tiros e mais tiros dos assassinos contratados pela máfia da Zona Leste para lhe matar. Pode chamá-lo de estúpido, por que sim, ele era um. Não tinha mudado de casa, e nem tinha lido os obituários da semana.


Objetivamente: Dom Francesco estava vivo, em uma cama de hospital gemendo como uma senhorita virgem, mas estava vivo. E sim, ele estava querendo abrir pelo menos umas duas novas saídas de ar no caçador, pra compensar o buraco na barriga que lhe quase lhe matou e a cicatriz que lhe tirou as graças da sua bela cara de italiano.

Como Caleb conseguiu deixar a oficina de motos que pertencia à mãe e onde ele morava desde que saíra do exército, é uma história longa demais para se contar aqui. Somente digo que ele levou dois tiros no ombro, e teve de abrir caminho com aço e sua moto. Às 10 horas, ele estava sentado na mesa de copa de Alphonse, fumando um cigarro e pedindo-lhe humildemente um favor, daquele tipo que só parceiros antigos podem fazer – Em Nebula, e principalmente naquela parte da cidade, nisto inclui-se conseguir um par de peitos, fazer um serviço sujo e ajudar a se livrar de um corpo.

Ele estava pedindo proteção.

– Seu filho da puta azarado.

Caleb fumava em absoluto silêncio. Mas bastou ver o olhar severo que Alphonse lhe dirigia com veemência pra ele não agüentar e explodir de riso junto com o amigo.

– Você é um bastardo azarado! E incompetente ainda por cima! – o rapazote que não devia passar dos dezoito anos ria, segurando o estômago. – Como você pode ter deixado ele escapar, seu excomungado???

– Ah, não amole, Alphonse. Está falando como sua vó.

Como uma deixa, eles ouviram o ronco da velhota meio lelé que adormecera no cômodo ao lado, assistindo filmes românticos na tevê.

– Lembra de ’35? Naquelas férias de verão eu te livrei do Big Tom. – bombardeou Caleb - Ele ia te comer no jantar se eu não tivesse brigado no seu lugar. Minhas costelas doem até hoje do soco que levei dele por sua causa.

– Sim, e vovó é a Marilyn Monroe. Naquela época Big Tom era só o moleque do leão de chácara do vovô que queria me roubar o dinheiro do lanche. Ele não tinha um arsenal guardado no porão nem duzentos cacundeiros armados até os dentes, nem o Conselho no pé dele. E vá se catar! Não faz nem uma hora que você levou dois tiros e já está aqui na minha cozinha enchendo o saco e bebendo o meu leite!

Um homem bateu no umbral da porta da copa. Comprido como uma limusine e largo como um trem, loiro, com cara de mastodonte, um sorriso palerma eram o apanhado que lhe compunha.

– Scarlet, a moça do bar veio entregar a comida. Eu trago logo?

– Diga à ela pra esperar um segundo, Big Tom. Tenho uma encomenda pra entregar à ela.

Alphonse se ergueu e bateu no ombro de Caleb, bem em cima das duas cicatrizes de bala, que agora pareciam com nada mais do que profundas queimaduras de um charuto grande. O espadachim se encolheu, rosnando.

– Cubra essas mazelas e pegue a caixa que está embaixo da pia, sortudo.

Caleb assoviou um insulto e se levantou pra pegar a caixa.

– E por acaso eu trabalho aqui?

Ele seguiu Alphonse pela casa, até a entrada, onde ficava a loja de Variedades da Família Castiglione.

– Se quiser proteção pra essa sua bunda asiática, sim!


A loja de Variedades para o lar da família Castiglione estava instalada no bairro de Kohare-Ono há 36 anos. Na verdade, esse era o slogan da casa: “Há mais de três décadas, fornecendo qualidade e felicidade ao seu lar”. Pertencera ao pai de Alphonse, ao avô de Alphonse, e ao avô do avô, e à geração anterior. O legado da família Castiglione era relativamente famoso em Nebula. O garoto ruivo, conhecido como Scarlet III em seus meios só estava cuidando da tradição, ao manter a loja em funcionamento.

– Aqui está, Neriah.

Caleb tinha soltado a caixa em cima do balcão de vidro e se escorou na parede atrás de Alphonse.

– O pedido. –ela estendeu a sacola pra ele. - Talharim ao molho branco, com vegetais. E uma porção de batatas fritas.

Neriah não estava em um estado de ânimo pra pensar no quanto o pedido do garoto era esquisito.

– Meu preferido! Agora, confira a mercadoria, pra ver se não tem nenhuma porcelana quebrada...

Neriah segurou um rolar de olhos com a piada insossa do ruivo. Ela abriu a caixa. Debaixo de uma mistura de palha e poeira de isopor, havia três caixas de munição Remington de baixo calibre, e uma caixa de munição Action Express de ponta oca, duas facas e uma pistola grande; sua Desert Eagle .50 AE, com a inscrição “Dulce” marcada à fogo no lado do número de chassi, um corcel que só ela conseguia domar.

Ela verificou as miras, desmontou a pistola em segundos e ficou girando a mola recuperadora contra a luz. Enquanto isso Alphonse comia seu pedido, jogado displicentemente sobre a cadeira giratória atrás do balcão.

– Tinha uma rachadura aqui, você consertou?

– Não sei como você conseguiu uma rachadura na mola, mas sim, consertei.

Ela verificou o resto da pequena carga, remontou a pistola com perícia e a carregou o pente. Caleb observava tudo com o canto dos olhos, lembrando de duas noites antes, no bar. Quando ela reinseriu o pente na pistola, e carregou, com um estalido, foi pro caçador que ela olhou, com firmeza e uma pequena lágrima de enfado escorregando no seu subconsciente. Guardou Dulce no cós da calça.

–Está tudo certo, Al. – ela falou e deu as costas pra sair.

– Obrigado pela preferência! Volte sempre! - Ele acenou piscando um olho.

Ela respondeu discretamente com um movimento de cabeça, segurando a caixa pesada nos braços e já na porta, disse:

– Cuidado com o recheio. –

O saco plástico transparente no fundo da quentinha, envolvido por fitas de massa pálida, uma meleca branca e brócolis estava cheio de dinheiro. Dinheiro vivo e cheiroso, odor que Alphonse captou por trás do cheiro das batatas fritas. Ele adorava aquele cheiro.

– É isso aí, baby. Adoro fazer negócios.

Al retirou o saco plástico do meio do macarrão com o garfo, como se lidasse com material radioativo ultra-sensível. Ele precisou de reflexos ninja pra não derrubar a sacola e espalhar dinheiro e macarrão no chão quando ouviu aquela voz cavernosa e quebradiça tonitruar bem às suas costas.

– Pra onde Bella vai?

Sua avó estava parada feito um dois de paus no acesso da loja com a casa, olhando pra porta que se acabava de fechar às costas de Neriah.

– Vovó! A senhora quase me matou de susto! – Alphonse ganiu – Está aqui desde quando? Volte, volte pro quarto!

A velha fez uma cara de pranto e começou a balbuciar em italiano. Mesmo conhecendo aquela família de mafiosos desde que tinha 13 anos, Caleb não conseguia entender uma palavra do que eles falavam quando estavam muito infelizes ou muito aporrinhados. Só conseguia discernir aquele nome. Bella.

Quando Big Tom veio e levou a velhinha pro quarto de novo, Alphonse caiu na cadeira suspirando profundamente.

– A vovó está cada dia pior... – depois de um segundo pensando, fazendo um beicinho, ele olhou pra Caleb, que se mantivera em silencio todo o tempo e sorriu. – Mas pensando bem, ela parece mesmo com a tia Bella, não é? O cabelo, a altura... Se ela tivesse o olho castanho...! Até o sinal ela tem...

Caleb lembrou do olhar de gelo da ruiva, segurando a pistola e do sinalzinho que tinha debaixo do olho esquerdo, refletindo no aço frio, exatamente como Annabella tinha. Ficou coçando de leve a cicatriz no rosto, perdido em memórias. Do nada despertou, repentinamente irritado.


– Não, não tem nada a ver. A Bella era muito mais bonita.



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Notas finais do capítulo

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