The True And Love escrita por Luana Lee


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Não me matem pela demora kkk'
Estava totalmente sem criatividade para continuar ...
Boa Leitura...
-x-
PS: Senhorita Lohane, você entra nesse cap. LOL'



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Gerard’s P.O.V.

 Quando eu estava quase conseguindo romper a barreira imaginária que existia entre mim e Luana, Frank e Aline nos atrapalharam – na verdade, Aline só o seguiu, mas pareceu perceber que não gostei muito de ter sido atrapalhado.

 Aline ainda estava com seu cachorro-quente intacto, havia apenas algumas mordidas na parte onde havia salada, Frank já o comera – o que eu achei realmente estranho, afinal, ele era vegetariano.

 - Prontos para ir para outro lugar? – Frank perguntou animado ao se aproximar de nós.

 - Ainda vamos para outro lugar? – arqueei uma sobrancelha.

 - Frank pensou em irmos a um cinema ou coisa assim... – Aline explicou.

 - Por mim tudo bem – Luana disse, dando um leve sorriso.

 - Gerard? – Frank chamou-me, querendo minha opinião.

 - Okay – disse apenas, levantando-me.

 - Vocês estão imundos – Frank riu.

 - Não exagere – revirei os olhos, retirando os vestígios de grama que restavam em minha calça.

 - Não está tão ruim assim – Luana disse, ainda sentada, olhando para mim.

 - Obrigado – sorri, brincando, como se ela tivesse se referido a minha “aparência”.

 - Ah, eu não me referia a isso... – ela arregalou os olhos, começando a gaguejar. – Eu quis dizer que não estava tão sujo... Não que você não era tão ruim assim...

 - Então eu sou tão ruim assim? – continuei, fingindo-me indignado, para deixá-la ainda mais confusa.

 - Não! Eu não quis dizer isso – ela ficou nervosa.

 - Relaxa, ele está brincando – Frank riu.

 Ela suspirou pesadamente, como que para se acalmar.

 Estendi minha mão para ela, na intenção de ajudá-la a se levantar. Ela pareceu hesitar por uma fração de segundo, mas depois a pegou.

 - Você também não está tão ruim assim... – comentei, sorrindo.

 - É... Eu não me sujei tanto – ela concordou, limpando sua roupa.

 - Não era a isso que ele se referia – Frank disse aleatoriamente.

 Encarei-o com raiva. Maldito anão!

 Vi Luana corar imediatamente, mas não expressar reação nenhuma, fingindo não ter entendido o que ele quisera insinuar.

 Antes que alguém ali pudesse dizer algo, ouvimos uma voz gritar em nossa direção:

 - Hey! – a voz feminina chamou, olhamos imediatamente e vimos a garota de cabelos vermelhos já conhecida.

 - Amanda? – Aline pareceu surpresa.

 - O que está fazendo aqui? – Luana a encarou.

 - Eu e Ana viemos dar uma caminhada pelo parque – ela sorriu, gesticulando para uma garota baixinha há uns dez metros de distância dela, de cabelos escuros. Ela segurava uma caixa coberta por um pano escuro e se aproximava de nós. – Aline, está comendo cachorro-quente? – Amanda olhou assombrada para Aline.

 - Ah... eu... – Aline gaguejou. – Bem, tecnicamente sim, mas... Eu não comi, como você pode ver.

 - Por que a surpresa? – perguntei, confuso.

 - Ela é vegetariana – Amanda explicou.

 - Por que não disse? – Frank perguntou a Aline. – Eu teria comprado outra coisa...

 - Não, eu não estava com fome mesmo – Aline tentou se explicar.

 - Mas Frank não pode falar nada – comentei. – Ele também é vegetariano.

 Todos olharam na direção de Frank, que aparentemente comera todo seu sanduíche.

 - Aonde foi parar seu cachorro-quente? – perguntei-o.

 - Eu... deixei cair – ele disse rapidamente.

 Okay, eu entendi muito bem esse “deixei cair”. Ele jogou o cachorro-quente no chão de algum jeito que pareceu não ter sido de propósito, apenas para não ter de comê-lo.

 - Olá – a garota chamada Ana enfim se aproximou de nós.

 - O que é isso? – Aline perguntou a ela imediatamente.

 - Nada importante – ela tentou se esquivar da pergunta.

 - Uma aranha que ela comprou – Amanda respondeu por ela.

 - Quando eu disse “nada importante” significava que não precisava falar – Ana disse a Amanda, um pouco irritada pela intromissão da ruivinha.

 - Você sabe como eu sou – Amanda sorriu irônica para Ana.

 - Mas porque você comprou uma aranha? – Luana perguntou a Ana.

 - Você sabe que gosto dessas coisas... – ela deu de ombros.

 - Vamos mudar de assunto? – Aline sugeriu. – Para onde vocês vão?

 - Provavelmente para casa agora – Ana respondeu.

 - Estávamos indo ao cinema, não querem nos acompanhar? – Frank convidou-as.

 - Não dá – Ana disse, interrompendo algo que Amanda iria dizer. – Acho que seria estranho chegar lá com uma aranha – ela deu uma leve risada.

 - Mas... – Amanda tentou falar.

 - Deixamos para outro dia – Ana interrompeu-a novamente.

 - Okay, se acham melhor... – Frank concordou.

 Amanda parecia querer ir, mas acabou concordando com Ana no final. Depois de elas irem embora, voltamos a caminhar. Aline jogou discretamente seu cachorro quente no lixo, ela e Frank pareciam combinar, dois vegetarianos pirados.

Mas o que estou falando?, pensei. É gay demais ficar fazendo “casaisinhos” entre os amigos.

*

 Enfim chegamos ao cinema. Eu estava amaldiçoando Frank por ter nos convencido a ir a pé e não de carro.

 - Vamos assistir que filme? – Frank perguntou aleatoriamente.

 - Terror – Aline, Luana e eu falamos em uníssono.

 - Wow... Okay, acho que vamos assistir um filme de terror – ele riu.

 Escolhemos um filme de zumbis, eu nem sabia o nome daquele filme, mas parecia ser legal.

 Depois de comprarmos pipocas e refrigerantes nos encaminhamos até a sala do filme, escolhemos uma fileira vazia no meio da sala, havia pouca gente ali.

 Frank se sentou primeiro, Aline em seu lado, Luana, e então eu.

 Quando os trailers estavam quase terminando, senti alguém cutucar meu ombro, olhei por cima e vi Frank com seu braço estendido por trás de Aline e Luana, chamando-me.

 - O que foi? – falei, tão baixo que mal saíra o som, aposto que ele teve de fazer leitura labial.

 Ele disse algo, mas não entendi, então li seus lábios. Ele dizia “ataca”.

 - Como assim? – perguntei, confuso.

 Frank fez gestos com as mãos representando duas pessoas se beijando, logo entendi o que ele queria dizer.

 - Cale a boca, idiota – revirei os olhos, voltando minha atenção novamente ao filme que acabara de começar.

 Não parecia ser tão assustador, nem Luana e nem Aline esboçaram alguma reação de nojo ou medo.

 Estava tudo indo bem até eu ver uma cena que não gostei muito... Um dos homens que havia sido atacado pelos zumbis estava começando a se transformar em um, mas outro cara lhe injetou um antídoto – existem antídotos para tudo nesses filmes. A parte ruim é que... ele injetou isso com uma agulha.

 Um grande arrepio passou por mim, fazendo-me suar frio. Eu tinha medo de agulhas... não, medo não... Eu tinha pavor!

 - Você está bem? – Luana perguntou-me, olhando para mim.

 Só então percebi que estava encolhido na cadeira, minha testa totalmente suada, assim como meu queixo.

 - Uhum – disse apenas.

 Meu estômago estava embrulhado, eu estava sentindo meu corpo todo formigar.

 - Eu vou ir comprar um refrigerante porque o meu acabou – falei rapidamente, já me levantando da cadeira e indo até a saída.

 Assim saí da sala, corri até o banheiro, por sorte estava vazio, corri até um dos boxes e fechei a porta rapidamente, abaixando-me ao lado da privada e vomitando. Eu já passara por isso algumas vezes, mas geralmente não vomitava, acho que fora por eu ter acabado de comer.

 - Gerard? – ouvi alguém chamar, parecia uma voz feminina.

 Parei para escutar, será que eu também teria alguma alucinação agora? O que uma garota estaria fazendo no banheiro masculino?

 - Gerard? – a voz voltou a chamar, agora pude reconhecê-la.

 - Luana? – perguntei.

 Levantei-me rapidamente e puxei a descarga, abri a porta e olhei para fora, ela estava próxima à porta do banheiro, parecia preocupada.

 - Oh Deus, você está pálido – ela se espantou, caminhando até mim.

 - Eu estou bem – menti, saindo da cabine e indo até a pia para lavar meu rosto.

 - Quer que eu busque ajuda? – ela perguntou.

 - Não – respondi. – Você não pode estar aqui... É o banheiro masculino.

 - Obrigada por agradecer pela minha preocupação com você – ela ironizou.

 Revirei os olhos.

 - Obrigado por se preocupar – agradeci.

 Olhei para ela através do espelho, estava fitando-me realmente preocupada, pensei então que pudera ter sido rude demais com ela.

 - Vou voltar para a sala – ela disse simplesmente antes que eu pudesse dizer algo para amenizar minha falta de educação.

 Fiquei ali por mais alguns instantes, até ouvir o toque do meu celular, olhei no visor e era Ray.

 - Oi – atendi.

 - Tem uma pessoa que quer falar com você aqui no estúdio – ele disse rapidamente.

 - Quem? – perguntei.

 - Lohane – ele respondeu, sua voz tensa.

Droga, pensei.

 - Eu não tenho mais nada para falar com ela – esbravejei.

 - Gerard, ela está descontrolada e quer falar com você, não acha que precisa acabar com isso de uma vez? – ele também se irritou.

 - Mande ela ir até meu apartamento – falei.

 - Okay – ele desligou.

 Eu não a via há quase dois meses, e estava muito bem assim... Porque raios ela estava me procurando novamente? Não estava feliz o suficiente em ter me feito de trouxa?

 Saí do banheiro rapidamente, encontrando Frank, Aline e Luana do lado de fora, esperando.

 - O filme já acabou? – perguntei.

 - Sim – Frank respondeu. – Está melhor?

 - Não estive ruim, apenas uma pequena indigestão – menti.

 - Se você diz... – ele debochou.

 - Preciso ir agora – falei.

 - Mas eu pensei em fazermos alguma outra coisa – Frank disse.

 - Podem ir sem mim, Ray me ligou e preciso resolver alguns problemas – falei rapidamente.

 - Com a banda?

 - Não... Pessoais – enfatizei a última palavra para que ele entendesse.

 - Ah – ele pareceu entender.

 - Foi legal sair com vocês – sorri para Aline e Luana. – Nos vemos qualquer dia desses...

 - Claro – Aline sorriu.

 Luana não disse nada, apenas sorriu.

 Saí dali, pegando um taxi para ir até meu apartamento. Tentaria acabar com tudo isso de uma vez.


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Notas finais do capítulo

Reviews? Please?
Beijoos...