Change Of Heart escrita por Sak Hokuto-chan


Capítulo 34
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Peço desculpas pela demora. Meu período entre fim e começo de ano foi bastante nebuloso e difícil. Sem falar que eu meio que estava resistindo a marcar a fic como concluída de vez (mães... -q). Ainda estou triste, mas ao mesmo tempo feliz, com aquele sentimento de dever cumprido.

Ao meu carneiro-beta, Orphelin, obrigada por tudo, tudo. Gente, ele fez muito mais do que revisar a fic toda. Ele me trouxe de volta à escrita depois de eu ficar anos bloqueada. Não é à toa que mereceu que eu dedicasse todas as palavras que compõem essa fic a ele. Me ajudou a criar a história e me pressionou a escrever mesmo quando eu estava nas maiores crises criativas e fazia ele passar nervoso com minha demora. Eu, enquanto ficwriter, não seria nada sem ele e esta fic seria menos ainda. Obrigada por ter aguentado até aqui, baby!



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Epílogo

A primeira vez que Aiolia o viu, achou que Mu era a pessoa mais estranha do mundo. Poderia facilmente ter saído de algum fabuloso mito grego.

O ariano achou graça quando soube disso. Porque, então, seu próprio mito ainda estava sendo escrito e, neste, estava incluído um deus grego adolescente.

Não era uma história de amor à primeira vista. Nem à segunda. Na verdade, era uma história complexa e atribulada, que andava envolvendo arroubos de paixão e ciúmes. Amor? Ah, esse ainda era um campo misterioso e delicado sobre o qual nenhum deles ousava comentar.

O fato era que os amigos realmente próximos sabiam que eles estavam namorando. Não havia razão para espalhar a notícia, pois quem importava sabia. Aliás! Mais ou menos, visto que Mu ainda não havia inteirado sua própria família da novidade – já não tão nova assim – e sua apreensão natural ainda não concordara em revelá-la para os pais de Aiolia também. E olha que o leonino sequer se incomodava com essa hipótese.

De qualquer forma, a preocupação aliada à timidez impedia o tibetano de passar muito tempo na casa de Aiolia. Só dormia por lá se tanto os pais do rapaz quanto Aiolos não estivessem. Preferia que ficassem em sua própria casa, agora que Shion e Dohko tinham se acostumado com a situação, o que facilitou tudo.

Porém, Aiolia logo começou a reclamar por eles sempre ficarem na casa do outro, não podendo acordar na própria cama. Nessas ocasiões, Mu usava a bagunça que o mais novo aprontava como a justificativa perfeita para manter as coisas como estavam. Chegava a ser atordoante estar no quarto de Aiolia, em especial por sempre encontrar objetos duvidosos que o próprio leonino não fazia a menor ideia de como tinham chegado até lá.

Com esse crédito, Mu permaneceu em sua própria casa quando a época de suas últimas provas chegou. Como de costume, estava estudando no escritório de Shion, tendo a companhia distraída de Aiolia e os dois gatinhos. Sim, dois! Para a estupefação maior de Shion, como se não bastasse Regulus, o gato inquieto de pelagem dourada, agora havia Atla, o gato branco que, felizmente, era supertranquilo.

Mal iniciou a primeira pausa nos estudos e o olhar do ariano se perdeu sobre o jovem grego. Haviam tido um breve desentendimento por aqueles dias. Coisa de ciúmes. Aiolia era possessivo ao extremo, mas achava um absurdo quando Mu sentia ciúmes dele também. Era raro que o ariano demonstrasse, mas acontecia às vezes.

Aiolia achava que por estar namorando, o interesse alheio sobre si diminuiria. Mu percebia que acontecia justamente o contrário. Quanto mais garotas o leonino dispensava, mais garotas apareciam querendo sair com ele. E por mais distraído que o mais novo fosse, o tibetano desconfiava de que, no inconsciente, o orgulho leonino do outro inflava envaidecido. Por fim, esse pequeno contratempo acabou em amassos tórridos na cozinha e, assim, eles voltaram a ficar bem.

Indiferente à atenção direcionada a si, Aiolia permaneceu deitado sobre o assoalho, de barriga para baixo e apoiado nos cotovelos, cercado por revistas, panfletos e outros papéis não identificados. Havia, até mesmo, um notebook aberto, que estava sendo usado como cama pelos gatos. O leonino parecia animado, rabiscando algo enquanto fazia e estourava bolas de chiclete por entre os lábios avermelhados.

Mu sorriu daquele jeito que só quem está apaixonado não acha bobo, sentindo uma inusitada vontade de estalar um tabefe no traseiro do rapaz para tirá-lo de seu mundo particular. Contudo, franziu um pouco o cenho ao vê-lo afastar uma mecha de cabelo levemente úmida de cima do rosto. Naquela noite, Aiolia tinha vindo para sua casa logo após tomar banho, como fazia pelas manhãs antes de ir para o colégio...

Pensar no colégio foi meio perturbador porque se lembrou de Kanon lhe perguntando, no dia anterior, se sua fantasia sexual por colegiais de uniforme era antiga – sendo Aiolia a realização dela –, ou se era algo recente – despertada graças ao próprio leonino.

Sentir-se indignado foi a primeira reação de Mu, é claro! Não tinha nenhuma fantasia sexual. Logo, a resposta era não para as duas alternativas. Não foi o fato de Aiolia ser um colegial que o atraiu – isso, inclusive, complicou mais a situação – e colegiais não passaram a lhe chamar a atenção também.

Aí, Kanon havia perguntado qual era, então, a sua fantasia sexual. Sendo honesto, Mu ainda não tinha nenhuma. Não que fosse contar para alguém, se tivesse. Nunca tinha parado para pensar nesse assunto... Tudo bem! Uma vez meio que fora induzido a tanto...

Foi quando Shina apareceu com alguns acessórios de cosplay, para um evento de animes que aconteceria dali a algumas semanas, e, do nada, colocou um par de orelhinhas de gato na cabeça de Aiolia. Aí, na maior cara de pau, ela perguntou se Mu tinha achado atraente. E, bem, observando com cuidado, tinha ficado muito, muitíssimo adorável e engraçado – ainda mais com o grego fazendo um beicinho emburrado com aquilo. Atraente seria exagero, certo?

Não que Aiolia já não tivesse provado, mais de uma vez, que conseguia ser sexy usando qualquer coisa ou... Absolutamente nada. E ele nem precisava se esforçar! O leonino tratou de provar isso com as bobas e infames orelhinhas de gato, mais tarde naquele mesmo dia, quando conseguiu parar de gargalhar de si mesmo ao se dar conta da situação cômica. Mu se constrangia só de lembrar.

– Mas passa longe de fantasia sexual... – constatou para si mesmo, sem perceber que tinha pensado alto demais.

– Você disse fantasia sexual? – Aiolia perguntou, levantando a cabeça de seus rabiscos com os olhos cintilando.

Nesse momento, Mu teve certeza de que o grego deveria ter várias, que, para o seu desconcerto, o tempo se encarregaria de revelar. Por ora, o ariano balançou a cabeça numa negativa enfática e desviou o rumo da conversa, dizendo que estava fazendo uma pausa nos estudos.

Aiolia estourou uma nova bola de chiclete e, no instante seguinte, já estava sentado na mesa em frente ao tibetano, impregnando o ar com seu perfume enquanto mostrava alguns papéis para o outro. Com um belo sorriso no rosto, sugeriu que, depois que acabasse o período de provas, eles passassem um final de semana em alguma ilha. Já até tinha feito uma pré-seleção, mas, como tinham muitas opções e seus gostos eram diferentes dos gostos de Mu, precisariam escolher juntos.

– Preciso de praia! Já estou parecendo a geladeira, igual a você...

– Pelo menos você consegue um lindo bronzeado – Mu replicou, soltando um suspiro conformado diante das fotos paradisíacas estampadas num panfleto. – Se eu tentar, só consigo tons cada vez mais ardidos de vermelho...

– Awn, tadinho... Deixa eu te consolar... – o leonino brincou, jogando os papéis que estavam nas mãos do outro para o lado ao puxá-lo para mais perto, entre suas pernas espaçadas, de forma que pudesse beijá-lo de onde estava apenas inclinando-se para baixo.

Mu pestanejou ao interromper o beijo com gosto de hortelã. O que Aiolia tinha feito com o chiclete?

Fazendo jus à idade, o grego colocou uma das mãos perto da boca, com uma expressão travessa, e cochichou num tom conspiratório:

– Grudei debaixo da mesa pra zoar o Shion!

O quê?

– É brincadeira, Mu! Eu prezo pela minha saúde... – esclareceu, apontando para o cesto de lixo perto da mesa, indicando que jogara o chiclete ali.

Respirando aliviado, o tibetano chegou a fechar os olhos por alguns instantes, agradecendo aos céus por Aiolia não ser tão inconsequente assim. Quando voltou a abri-los, deparou-se com o leonino segurando um palito de plástico com uma bala esférica e vermelha fincada na ponta.

– Pirulito? – Aiolia ofereceu, a voz inocente contrastando com o jeito obsceno que sua língua lambia o doce.

– ...

Com seu sorrisinho dúbio, o mais novo aproximou o pirulito dos lábios do ariano. Mu meneou a cabeça sem certeza, perguntando-se vagamente o motivo para Aiolia estar com tantos docinhos naquele dia. Em seguida, com seu semblante sereno usual, encostou o queixo sobre um dos joelhos do grego:

– Hmm... Estamos sem pudor hoje, é?

– Sempre. Opa! Estamos? – Aiolia repetiu, confusão se dissipando ao sentir uma das mãos do tibetano deslizar vagarosamente sobre sua coxa, subindo pela parte interna até parar perto da virilha. – Uh, é... – balbuciou antes de colocar o pirulito de volta na própria boca, entusiasmando-se na velocidade da luz.

Mesmo que não entendesse direito aquele negócio de signos, o leonino já tinha ouvido, algumas vezes, comentários sobre Mu não ter muitas características do signo dele: Áries. Qualquer coisa envolvendo mapa astral era a explicação, segundo sua tia astróloga. Todavia, ao menos o tal fogo ariano, Aiolia descobrira que o outro tinha. Em geral, o mais velho era bem controlado e não se atrevia muito, mas sabendo incentivá-lo... Nossa! Queimava pra valer! Daí para frente, a matemática era simples: bastava somar fogo mais fogo. Nem precisava de sua tia para saber a conclusão.

Obviamente, Mu era todo racional e prudente – para não dizer cabeça-dura. Ainda mais se Regulus e Atla estivessem por perto e se o local em que se encontrassem fosse o escritório de Shion. Apesar de contarem com quase dois – ou três, Aiolia era ruim com datas – meses de namoro, o tibetano ainda tinha dessas neuras.

Exato! Isso quer dizer que Mu se interrompeu, ponderando a situação, enquanto percorria o caminho entre o botão e o zíper da calça jeans do grego com um dedo hesitante.

Certo! Aiolia puxou de leve os cabelos compridos do outro, atraindo a atenção deste. Era hora de incentivar.

Ou não. Duas batidas na porta soaram antes e fizeram com que o tibetano empurrasse a cadeira para trás, frustrando as expectativas do leonino. Mu gesticulou para que Aiolia se levantasse de cima da mesa, mas, assim que ele se pôs de pé, percebeu que o mais novo estava entusiasmado de um jeito bem visível. Por isso, o ariano tratou de se levantar da cadeira e empurrar o outro, para que este se sentasse em seu lugar.

– Entre – concedeu segundos depois, já constrangido.

Aiolia quase bufou, prestes a reclamar de que a interferência só podia ser proposital, mas mudou de ideia no último instante antes que Shion adentrasse o escritório, puxando Mu para que se sentasse em seu colo.

Vendo-se pressionado daquele jeito repentino, Mu enrubesceu com ardor, dividido entre olhar para o irmão com cara de paisagem – fingindo que não sentia a pressão nada confortável que o baixo-ventre do mais novo lhe proporcionava – ou ralhar com Aiolia pela situação em que o colocara, porque era muito abuso.

– Diga, Shion – Mu pediu do jeito mais casual que pôde, como se ser flagrado no colo do leonino fosse algo comum. Bem... Aquela não era a primeira vez mesmo. Até tentou se levantar, o que foi inútil, já que o grego o envolvera pela cintura, prendendo-o.

E por mais que Mu tivesse tentado disfarçar, Shion compreendeu a situação em que o irmão se encontrava, deixando isso claro ao lançar um de seus olhares estreitos para o cunhado – que não teve efeito porque Aiolia estava meio escondido atrás das costas do tibetano mais novo e não viu. Por sorte, ou por ter outras preocupações em mente, Shion não fez qualquer comentário.

Já o grego, como se soubesse que estava sendo observado pelo recém-chegado, balançou o pirulito no ar, por cima do ombro de Mu, como forma de cumprimento.

O ariano mais velho emitiu um som parecido com um suspiro de descontentamento e, contendo o impulso de rolar os olhos, voltou sua atenção para o irmão:

– Tenho uma novidade – começou, num tom bastante suave. – Acabei de falar com nosso pai ao telefone.

– Ele está bem? – Mu perguntou, empenhado em manter a expressão neutra, já que sentia várias mordidinhas percorrerem suas costas por cima da camiseta. Chegou a beliscar o braço do grego, que o envolvia fortemente, da forma mais discreta que conseguiu. Foi em vão.

– Ótimo! – Shion respondeu, encostado no batente de braços cruzados. – Tanto que pretende vir nos visitar no fim do mês.

Como?

A novidade fez o ariano mais novo enrijecer de tal forma que Aiolia parou de molestá-lo, decidido a ficar atento à conversa. Ué, pensou, por que seria motivo de preocupação ser visitado pelo pai que morava no Tibete?

– Ele ainda não sabe se virá sozinho – Shion prosseguiu, ouvindo passos rápidos se aproximarem pelo corredor –, mas não vai ser uma visita curta. Prepare seu espírito. As estrelas andam inquietas.

Enquanto Mu absorvia a informação, Dohko apareceu na porta com uma expressão preocupada:

– Hey, Shion, seu pai falou que dia virá? Nós combinamos de ir à China para o casamento do Shiryu com a Shunrei, este mês, lembra?

À menção da moça, involuntariamente o tibetano mais velho contorceu os lábios num trejeito de desgosto. Não bastasse o fato de que teria que passar alguns dias presenciando Shunrei pajear Dohko – do jeitinho costumeiro que o aborrecia –, fingindo-se de cego para não armar nenhuma confusão; o libriano ainda fazia questão de ficar lembrando-o daquilo o tempo todo. Em todo caso, neutralizou a expressão com rapidez e assentiu com um ar distraído.

– E tem certeza de que ele vem este mês mesmo? – o chinês insistiu, tratando de dar continuidade à conversa mesmo percebendo o leve descontentamento do companheiro.

– Ele deu a entender que sim... – Shion respondeu com a voz vaga.

– Pelos céus! – Mu exclamou, agora assustado de verdade. – Você não pode me deixar sozinho com nosso pai...

Dohko e Shion se entreolharam. Aiolia, que permanecia em silêncio, remexeu-se – fazendo Mu reprimir um ofego surpreso no processo – e inclinou-se um pouco para o lado, de forma a ser visto pela dupla.

– Quer dizer que vou conhecer o sogrinho?

Silêncio pesou no ar durante a troca de olhares que se seguiu entre os três mais velhos. Vendo Mu conseguir a proeza de ficar mais pálido do que já era, Dohko se aproximou rapidamente deles, abaixando-se ao lado da cadeira em que estavam para dizer ao leonino em um tom baixo, mas urgente, de aviso:

– Nunca, jamais, sequer sonhe em chamá-lo de sogrinho, nem nada do tipo. Se puder ficar fora do alcance da vista dele, melhor ainda. Vai ser uma sorte...

Aiolia arqueou as sobrancelhas e mordeu o lábio inferior, achando melhor não comentar nada. Acabara de lhe ocorrer que talvez o libriano estivesse falando aquilo por experiência pessoal, sobre as coisas serem mais complicadas do que podia imaginar.

Dohko bagunçou os cabelos castanho-claros do grego, quase como se sentisse dó deste, e voltou para perto do namorado. O tibetano mais velho apenas prometeu ao irmão que iria ver as datas direito com o pai.

– Independente da data, ele virá – Shion enfatizou, com um olhar significativo para cima do jovem leonino, e se retirou junto com o chinês, conversando sobre o novo problema.

Assim que eles saíram, Mu expirou o ar com força, massageando os sinais que possuía na testa, sentindo uma dor de cabeça iminente. Mal percebeu ao ser virado de lado sobre o colo de Aiolia, as pernas ficando por cima do braço da cadeira.

– Você vai me contar qual é o drama com a visita? Parece que vem caos por aí...

Mu o olhou de um jeito ressabiado, pois, apesar de toda a sua tensão, o grego não havia desanimado nada debaixo de si. A única diferença é que Aiolia assumira uma expressão séria e ponderada. Um daqueles momentos imprevisíveis dele. Considerando que não era uma boa hora para se inquietar com isso, o ariano explicou para o namorado qual era o problema:

– Meu pai é bastante... Difícil. E ainda nem contei a ele que não estou mais com o Shura...

Sério? Já faz quase um ano que vocês terminaram! – Aiolia reclamou, apontando o pirulito para o rosto do outro numa clara repreensão.

Aquilo era verdade, mas, poxa, tantos eventos tinham acontecido desde então! Não era o tipo de assunto para ter com o pai por telefone e, da última vez que havia ido ao Tibete, estava tão preocupado com os problemas relacionados à situação complexa que andava vivendo com o próprio leonino, na época, que acabou deixando a oportunidade passar.

Sem dizer que não era tão simples chegar até alguém como seu pai e dizer que, além de estar namorando outro rapaz – de novo, em vez de isso ser uma fase passageira, como o pai esperava de si, já que Shion era um caso irrecuperável àquela altura –, seu novo namorado ainda era um adolescente.

– Bom, não vai ter jeito agora, né?

– Temo que não. E já passou da hora – Mu concordou, incapaz de não continuar um tanto apreensivo.

– Se é assim... Desencana! – Aiolia sugeriu, começando a retirar a camiseta do ariano sem a menor cerimônia. – Você tem minha gloriosa presença ao seu lado – disse com orgulho, mas ainda muito sério. – Vai dar tudo certo.

Quando o mais novo sorriu, daquele jeito tão cativante, Mu sentiu o coração disparar e o sangue esquentar suas faces. Teve vontade de beijá-lo e abraçá-lo pelo resto da vida. De súbito, sentiu-se em um estado de extrema alegria. Tinha tudo a ver com o que Aiolia dissera e com o jeito como exibia aquele sorriso lindo. Com o modo como seus sentimentos por ele se aprofundavam naquele campo misterioso e delicado, embora o rapaz ainda não demonstrasse ter percebido.

O ariano sibilou um agradecimento sobre os lábios do grego, antes de beijá-los de leve. Gostava desses momentos em que Aiolia lhe dava toda a sua atenção, deixando claro que estava ao seu lado. E, agora, ele tinha dito isso de forma espontânea, prestando tanta atenção que Mu se sentiu incrivelmente fascinante. Continuava um pouco preocupado, mas, ao menos, não estaria sozinho, não é?

– Mu! – chamou, levantando-se com o ariano no colo só para sentá-lo sobre a mesa. Passou a incentivá-lo a relaxar com beijos no pescoço. – Sério! Desencana... Você não tinha parado com esse negócio de se preocupar com possibilidades?

O tibetano assentiu, surrupiando o pirulito da mão do mais novo ao mesmo tempo em que o envolvia com as pernas, puxando-o para si – não sem antes olhar de soslaio para o notebook no chão, conferindo se os gatos ainda dormiam ali. Aproveitaria o tempo tranquilo que tinha pela frente até o final do mês. Sabia que suas preocupações voltariam assim que seu pai chegasse, mas, bem, aí era outra história.

Fim.


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Notas finais do capítulo

Agora acabou de vez. E, como podem ver, deixa possibilidades em aberto ainda. Muitas pessoas me perguntaram sobre uma segunda temporada, mas eu não sei, gente. Teria que ter ideias realmente muito boas pra fazer isso, pra que a segunda não ficasse num nível baixo ao ser comparada a essa aqui, sabem? Então, por hora, vamos ficar com as sides, ok? Por sinal, em vez de postar as sides como fics diversas, vou postar todas sob uma fic só. Cada capítulo será uma side. Acho mais fácil de acompanhar. Fiquem ligados, começará com Dohko e Shion ^^

Enfim, sei que fui uma ficwriter demorada muitas vezes, mas não foi fácil. Fiz de tudo pra compensar as demoras com capítulos bons, espero ter conseguido. E, se a fic não teria sido iniciada e concluída sem a participação do Orphelin, saibam que ela não teria ficado tão longa se não fosse por vocês que me acompanharam até aqui. Eu tive centenas de ideias graças às reviews que vocês me mandaram, fiquei feliz e conheci pessoas muito fofas. Seria inviável citar um por um e dizer qual foi a ideia que cada um gerou em mim, mas aconteceu e foi demais.

Então, agradeço a quem acompanhou até aqui. A quem acompanhou até certa parte. E a quem chegar depois que a fic estiver concluída. Aiolia e Mu não são o ship mais popular, então fico feliz em saber que muita gente passou a apreciá-los após conhecer essa fic. CoH me deu muito trabalho, mas muita satisfação também. É minha marca mais significativa no fandom de CdZ.

Meu agradecimento superespecial para as queridas: reneev, Angel Ártemis e lekitcha, que foram muito amor e recomendaram a fic! S2

Muito obrigada a HitoriDe, G Rodrigues, reneev, Nanda Aquarius, Juliabelas, SweetTangerine, Sakykah, MilaScorpions, Angel Ártemis, Orphelin, Kass, lekitcha, delencei, Suh, cle, Julie Kannagi, Italo calixto, Caio Azzly, arianinha, manga love e sam chan pelas reviews no capítulo anterior :3

Pra quem comentou a fic ou fez o Gasparzinho e nunca comentou; pra quem esperou muito tempo pelo final e pra quem está encontrando a fic já completa; pra quem mandou MP cobrando; pra quem favoritou e pra quem recomendou... muito obrigada! De coração! S2