Love In Sickness And Health escrita por Daniela


Capítulo 11
Capítulo 8 - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Leiam as notas finais, e boa leitura! (:



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– Bella, por Deus, não sejas teimosa!

A minha mãe estava com vontade de arrancar os cabelos. Os dela e os meus. Era o meu primeiro dia de tratamento, e aquilo estava a aterrorizar-me. Agulhas e papéis e médicos, tudo à minha volta. Não queria ser criança e fazer birra, até porque sei que é por mim que fazem tudo isto, mas só tinha vontade de desligar os tubos ligados aos meus braços e esconder-me no colo da minha mãe.

– Eu não gosto, mãe! – Resmunguei, fechando a cara. Apertei os braços contra o meu peito, evitando que o Doutor Carlisle me vacinasse. – Por favor, Doutor… – Olhei com olhos pedintes para ele. – Pode ser de outra forma?
– Bella, este é o método mais rápido, e mais eficaz. – Ele sorriu-me, amoroso como sempre. – É o melhor jeito.

Resignei-me, fechando os olhos e deixando os braços moles. Ouvi o suspiro aliviado da minha mãe, sentindo logo depois uma picada desconfortável no braço. Este foi ficando dorido, com o passar dos segundos.

– Prontinho. Boa menina. – O Doutor Carlisle sorriu um sorriso enorme na minha direcção, animando-me instantaneamente. Era de esperar que as crianças da ala Pediátrica quisessem todas brincar com ele. Corei fortemente, vendo como o meu comportamento não se alterava muito dos dessas crianças.
– Obrigada, Doutor…
– O meu filho Edward irá acompanhar a Bella enquanto eu estou fora. Vou ao Vietname por dois meses, a partir de amanhã, e ele vai ajuda-la a preparar-se para a quimioterapia. – O Doutor Carlisle sorriu para a minha mãe. Fiz cara de desagrado, provocando o riso de Alice. A minha mãe não achou assim tanta graça, lançando-me um olhar irritado. Calei-me de imediato, ouvindo Carlisle. – Talvez mais tarde, se necessário, ela também fará uma leve e simples fisioterapia, caso a radioactividade das sessões de quimioterapia a afectem no ponto de vista motor.
– Mas isso será com o Doutor, não é?! – Perguntei, ansiosa. Estar junto de Edward não era da minha vontade.

Carlisle riu suavemente.

– Sim, Bella. Estarei cá quando atingires o meio do processo de quimioterapia.
– Ah, bom.
– Muito obrigada, Doutor. – A minha mãe apertou ao de leve a mão de Carlisle. – Só quero a minha menina…
– Nossa menina. – Cortou o meu pai, com a cara de emburrado, sentado no canto da sala. Sorri na direcção dele.
– Sim, nossa menina. – A minha mãe revirou os olhos. – Só a quero bem, Doutor.
– Ela vai ficar óptima, o cancro está no seu estado mais inicial. Vai ser um processo calmo e fácil para nós, e especialmente para ela.

O Doutor Carlisle voltou naquela tarde, para se despedir de mim, tão simpático como se me conhecesse há anos. Depois da sua saída, os meus pais e Alice fizeram-me companhia. Pela hora de jantar, o meu pai já carregava a pequenina Mel para a porta. Ele ia ficar em minha casa, com a minha mãe. Sinceramente, isso agradava-me bastante.

– Vai com ele mãe, a casa é tua, não vais por o papai lá sozinho! – Resmunguei.
– Isabella Swan, sua teimosa! – A minha mãe lançou-me uma cara feia, que não liguei minimamente.
– Vai, mamãe!
– Pronto, tá bom… Amo-te querida, amanhã cá estou de novo. – Beijou a minha testa, passando a mão pelos ombros de Alice. – Até amanhã, meninas.

Mal a minha mãe fechou a porta, Alice virou a sua cadeira toda na minha direcção, soltando guinchinhos contentes.

– O Doutor Gatão vai cuidar de ti, Belinha! Que romântico!
– Por favor, Alice, nem comeces!
– Por favor, eu! Pensas que eu não vi o vosso flirt no teu aniversário? – Um sorriso safado apareceu no rosto de Alice. – Ele ficou sonhando com essas pernas os dias todos, aposto.

Suspirei, decidindo contar-lhe.

– Ele ficou me mandando mensagens como número desconhecido, dizendo que se lembrava desse dia perfeitamente.
– Não! – Alice guinchou, completamente boquiaberta. – Oh my god, Belinha, ele gosta de ti!
– Alice, devo lembrar-te de onde estamos? – Rodei a minha mão em vários círculos, a referir-me à sala de hospital onde estávamos sentadas. – Não é um bom sitio para começar um romance. Até porque não quero nada com ele.
– Não sejas mentirosa que isso é feio, Bella! – Alice olhou-me, meio irritada, meio contente.

Revirei os olhos, já sem capacidades para lhe responder. Nem sei se lhe queria responder. És uma idiota, Isabella Swan!

Alice ficou comigo durante a noite, indo embora apenas de manhãzinha, para as aulas. Ela trazia-me os apontamentos todos os dias. Andava extremamente concentrada agora, para apanhar a matéria por mim, o que só me fazia gostar mais dela. A minha mãe ligou-me nesse espaço de tempo, avisando que ela e o papai viriam para cá depois da hora de almoço. Mas antes sequer de eles chegarem, já Alice tinha voltado, vinda da nossa Faculdade.

– E o Jaz foi buscar-me à Faculdade! – Um grande sorriso abriu-se no rosto de Alice, seguido de um revirar de olhos. – Claro que a Jéssica deu um olhar de invejosa como de costumeeeee… – Ri com vontade. – … mas whatever, foi super querido! E depois disso nós fo…
– Bom dia, meninas.

Olhei para a porta. O Doutor Edward interrompera o discurso de Alice, entrando no meu recentemente adquirido ‘’quarto’’, com papéis nas mãos, e um sorriso profissional. Que nervos.

– Oh, bom dia, Doutor Cullen. – Alice sorriu alegremente para ele. – Como está?
– Bem, obrigado, Alice. Será que podias ausentar-te por uns minutos, para eu falar com a menina Isabella?

Alice quebrou contacto visual com ele, virando-se lentamente para mim. Olhou-me com um ar depravado, dizendo ‘’Isabella? Que sexy.’’ com os lábios, sem emitir qualquer som. Fiz cara feia na sua direcção, provocando um simples riso da sua parte. Que amiga mais irritante que eu tenho, já falei?

– Com certeza, Doutor. – Sorriu para mim, levantando-se da cadeira. Deu-me um beijo na bochecha e saltitou até à porta, fechando-a atrás de si.

Respirei bem fundo internamente, tentando manter uma expressão neutra e calma.

– O que tem para me dizer que a minha amiga não possa ouvir? – Perguntei, séria. – Ela está ao corrente do meu estado de saúde. Se bem que é meio óbvio… – Ironizei, passando o olhar pelas paredes do quarto de hospital.
– Bella… – Ele suspirou, sentando-se na beira da minha cama. Afastei as pernas o mais possível dele. – Vais agir como se não nos conhecêssemos?
– Nós NÃO nos conhecemos, Doutor Cullen. – Continuei a ironizar, falando muito depressa, o olhar preso no tecto. Não podia arriscar olhar-lhe nos olhos. – Ora, como poderia conhece-lo? Não me diga que estava livre para se dar a conhecer na minha noite de aniversário, e aquela loira grudada a si era só uma alucinação minha!
– A Tanya é uma mera colega de trabalho. – Olhei pela primeira vez para o seu rosto. Ele não estava muito satisfeito. A sua expressão suavizou depois de uns segundos, e vi o seu olhar bater rapidamente nas minhas pernas que estavam sob os cobertores. Ele pousou a mão numa delas. – Estou a tentar aproximar-me e tu não deixas.

Sacudi a perna, afastando a sua mão, apesar de cada célula do meu corpo gritar de satisfação com aquele toque.

– Não quero aproximações. Faz o teu trabalho de médico, e basta. – Cruzei os braços, olhando dura na sua direcção.
– Muito bem. – Ele levantou-se rapidamente da minha cama, assinando os papéis que estavam na mesa ao lado, e caminhando até à porta. – Volto quando os teus pais chegarem, para falarmos de como irá proceder o teu tratamento. Tem um bom dia.

Soltei um grunhido frustrado, assim que a porta se fechou. Estava irritada com ele, por achar que seria assim tão fácil. Estava irritada comigo, por ficar irritada por ele ter ido embora assim tão facilmente.



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Notas finais do capítulo

Não era para postar o capítulo tão cedo, mas já tinha umas partes feitas, e como estava pelo computador decidi concretizá-lo na totalidade. Para quem quiser saber, a minha outra fic (Nem contigo... Nem contra ti) será atualizada para a semana, sem falta.
Queria agradecer o apoio de algumas das leitoras, em especial a amandamaisa que sempre que demoro um pouco mais, está lá perguntando quando posto de novo, o que me anima bastante, por isso obrigada ! (:
Espero reviews gente, e espero que ainda estejam por aí *.*
Beijinhos, até ao proximo ♥
Daniela



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