— HERMIONE!— Cormaco gritou no andar de cima da casa.

Desceu as escadas apressadamente e com passos fortes e decididos.

— HERMIONE!— Ele gritou novamente.

— O que foi? - Ela perguntou da cozinha.

— O que signifa isso? - Ele lhe mostrou uma boneca.

— Uma boneca! - Ela falou com a voz mais calma do mundo.

— Eu sei que é uma boneca. - Cormaco disse aumentando um pouco o tom da voz.

— Então por que perguntou? - Ela manteu a voz calma.

— Por que ela estava no nosso quarto?

— Rose devia estar brincando por lá.

— Esse é o problema. Sua filha não tem limites, ela nem mesmo me chama de pai. - Ele disse furioso.

— Você não é o pai dela e ela tem consiência disso! - Ela também já estava ficando furiosa.

Ele poderia falar qualquer coisa sobre ela, mas se falasse sobre Rose as coisas mudavam de figura.

— Esse é outro problema! Por falar em pai de Rose, por que você nunca me disse quem é o pai dela?

— Você não precisa saber. - Hermione desviou o seu olhar que antes encarava Cormaco.

— Por que não? - Ele fez ela encara- ló novamente.

— Me desculpe, mas não é dá sua conta. - Hermione estava prestes a sair da cozinha, mas Cormaco segurou seu braço.

— Como, não é dá minha conta? Sou seu marido. - Ele fez pressão no aperto de braço.

— E o que isso tem a ver? Rosalie é minha filha, não precisa se preocupar com ela, eu já lhe disse que dela cuido eu. E solte meu braço porque está me machucando.

Ele a soltou ainda furioso. Hermione se retirou do cômodo e foi ao quarto dos dois. Sentou- se na cama e pensou... "Por que eu me casei com ele?" Essa era uma pergunta sem resposta.

Lembrou- se de seu passado. De como tinha se metido em toda essa situação. Precisava organizar sua vida. E iria começar por lembrar de sua adolescência desde que conhecera o ruivo Ron. Mas precisava de alguém com quem desabafar, sua melhor amiga, Ginny Weasley, infelizmente era irmã de Ron, não mantinham contato desde seus 19 anos, ou seja, há dois anos atrás. Será que ela deveria procura- lá? Conhecendo Ginny como ela conhecia, a ruiva a aconselharia à contar tudo ao Ron.

O que ela tinha a perder? Sua dignidade? Sua integridade? Sua moral? Que se dane tudo. Estava mais que decidida, no dia seguinte procuraria por Ginny, mas o problema era. Como ela faria para encontrar aquela ruiva esquentadinha?

— É claro... Ela é decoradora de interiores. A não ser que tenha desistido da profissão.

Desceu as escadas da casa em direção a sala. Pegou a lista telefônica e folheou o mais rápido possível. Parou na letra G e procurou por Ginny ou Ginevra Weasley. Mas não encontrou nenhuma Weasley, apenas Potter. Fechou a lista frustrada.

Potter, por que esse sobrenome lhe era tão familiar, mas ao mesmo tempo tão vazio? Só tinha um jeito de tirar essa duvida, foi pesquisar o sobrenome na internet. Pegou seu notebook, que estava no sofá, e colocou Potter no site de busca.

Obteve vários retornos...

"Potter's Advocacia - É a empressa de advocacia mais renomada da Grã - Bretanha. Os donos atuais são James Potter e sua esposa Lily. Como sendo o único filho do casal, Harry deverá ser o novo herdeiro da empresa, juntamente com sua esposa Ginevra Potter, que por sua vez é decoradora de interiores. Uma das mais requisitadas, diga- se de passagem.

Consequentemente, futuramente a empresa passará para um dos filhos do casal, James Sirius Potter ou Alvo Severo Potter, três e dois anos respectivamente.

Harry e Ginny - Como prefere ser chamada. - são casados há dois anos, mais precisamente, desde alguns meses antes do filho mais novo ter nascido.

Ginny é irmã do arquiteto Ronald Weasley, o arquiteto mais conhecido no país, segundo pesquisas de popularidade. Ronald é casado com Lilá Brown, com quem tem uma filha, Evangeline.

Atualmente, a impresa está no caso dos irmãos Glander, e tem grandes possibilidades de ganhar a causa..."

Hermione para de ler, agora as coisas estavam se encaixando.

Por coincidência, Harry Potter era seu amigo na época de adolescência e ficava arrastando asa para Ginny, mas ela não lhe dava bola. Porém pelo visto, ela havia finalmente cedido. E, Ron... Ron por acaso, é o pai de Rose, ele... ele havia se casado.

Por um momento ele ficara muito triste e com raiva, mas em um momento seguinte tinha lembrado- se de que tinha entrado em sua vida causando fortes emoções e de repente saido sem dar explicações. Não poderia o culpar por ter refeito sua vida asim como ela havia feito. E ele tinha uma filha, com Lilá Brown. Aquela vaca que ficava se engraçando pra ele. Ele nunca tinha sequer olhado para ela. Como poderia ter passado de, vaca para mãe de sua filha? Isso é infame, ela pensou.

Pegou novamente a lista telefônica, procurou mais uma vez o nome Ginevra, anotou o número e discou no telefone.

— Ginny Designer. Em que posso ajudar? - Uma voz feminina falara do outro lado da linha.

— Alô. Eu poderia falar com a Ginny? - Hermione falou um pouco receosa.

— Quem gostaria?

— Você poderia falar que é uma amiga de infância?

— Okay, tudo bem. Aguarde um instante, por favor.

Hermione estava muito receosa. O que ela diria quando Ginny antendesse? Ah, Oi Ginny, é a Hermione Granger, que agora é senhora McLaggen, aquela garota que provavelmente partiu o coração do seu irmão Ronald. Tudo bem com você? Definitivamente a resposta é não.

— Ginny falando. Olá!

— Oi Ginny, acho que você não deve se lembra de mim.

— Olha, só vou avisar uma coisa, se for dinheiro pode esquecer.

— Ah, nanão, não é nada disso. Sabe, sou eu, Hermione...