Spirit Bound Por Dimitri Belikov escrita por shadowangel


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Novamente, desculpem a demora... vida corrida...
Essa fic está um pouco lenta, reconheço, mas é que desse livro eu não tinha cap extras (como nas outras), mas vou tentar diminuir os espaços entre as postagens.
Espero que gostem deste. Eu sempre achei essa parte meio confusa no livro. Não consigo visualizar essa cena, tomara que tenha ficado claro. Bjs



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De repente, um grande e ensurdecedor barulho soou. Eu levei apenas algumas frações de segundos para identificá-lo. Era um alarme de incêndio. Como minha audição estava bastante apurada, foi como se o som quase explodisse dentro da minha cabeça. Tanto que eu nem percebi que os outros haviam fugido para fora, se protegendo na luz do sol que brilhava forte lá fora. Mesmo assim, continuei segurando Rose com força, a deixando praticamente imobilizada. Ela tentava se debater, mas era inútil. Eu era mais forte e estava determinado a não deixá-la fugir.

Eu estava tão concentrado nela que algo me surpreendeu. Senti que alguém tinha me golpeado no estômago, com uma estaca. A prata encantada cortava minha pele, queimando tudo por dentro. Eu gemi um pouco tanto por causa da dor, como por causa da surpresa. Ainda segurando Rose, me virei e vi Eddie que olhava para mim bravamente. Pobre garoto. Ele realmente deveria ser louco por tentar me enfrentar. Eu o conhecia da Academia, sabia que ele era um bom aluno, mas todo seu treinamento ainda estava há anos luz da minha capacidade de luta. Na certeza que eu iria vencer, parti para cima dele e começamos uma dança de golpes e contra ataques. Como eu havia previsto, ele não era tão bom quanto Rose. Antes que ele pudesse pensar, eu o segurei pelo ombro e o arremessei contra a parede, com toda força, sem me preocupar se machucaria. Ele era apenas um impedimento para que eu conseguisse o que eu queria. Um impedimento que eu precisava tirar do meu caminho.

Tudo isso durou poucos segundos. Mesmo lutando, toda a minha atenção estava em Rose que tentava se esgueirar, aproveitando aquele breve momento que a soltei. Eu observei Eddie tentar se recompor se segurando na parede. Bastava apenas um golpe para terminar com ele. Foi quando senti novamente uma estaca me cortando. Rose havia me acertado na parte de trás da cabeça. Novamente, o ferimento queimou como brasa. Soltei um rugido sentindo mais raiva do que dor. Definitivamente eu odiava estacas encantadas. A magia dos Morois era realmente uma grande arma contra os Strigois. Felizmente, eles não sabiam tomar muito proveito disso.

Eu me voltei para Rose e lhe dei um forte empurrão, enquanto ainda mantinha Eddie subjugado. Mas aquele momento que eu havia me virado para atacar Rose tinha sido um instante de distração quase fatal. Eu demorei alguns segundos para entender o que aconteceu a seguir. Com uma força fenomenal, Rose novamente me atingiu com sua estaca, dessa vez ferindo meu rosto e se jogou contra Eddie, que caiu segurando a estaca em punho. Ele havia aproveitado aquele momento para tentar me atingir, já que sem querer eu tinha lhe dado uma abertura suficiente para ele mirar no meu coração.

Inexplicavelmente Rose havia me salvado. Ela continuou empurrando Eddie na direção da saída de incêndio, enquanto ele tentava voltar para lutar comigo. Era uma cena quase cômica, se não fosse o desenrolar destes acontecimentos. Eu realmente não conseguia entender de imediato aquela atitude dela, que estava indo contra tudo que tinha sido lhe ensinado na Academia. Eu só sabia de duas coisas: Rose estava deixando suas emoções comandarem a situação e eu não iria desperdiçar essa oportunidade. Então, praticamente voei para Rose e a segurei pelo ombro, puxando seu corpo com toda força que eu pude. Ao mesmo tempo, Eddie parou de empurrá-la para dentro e começou a puxá-la também, formando um verdadeiro cabo de guerra humano. Rose emprestava seu peso a favor de Eddie, mas eu conseguia ser mais forte que eles dois juntos. Finalmente, consegui segurar os dois ombros de Rose e senti com se estivesse colocando as mãos na minha vitória. Eu sentia a raiva tomar conta de mim, uma fúria que praticamente estava me cegando. Eles tinham me desafiado e agora eu mostraria do que eu era capaz.

“Seguranças!” Eddie bradou, ainda tentando puxar Rose.

“Merda!”Rose respondeu dolorosamente, tentando se soltar de mim.

“Você não pode me vencer.” Eu falei baixo, sem me importar com o movimento dos seguranças que se aproximavam.

“Ah, é?” Ela provocou com uma nota de sarcasmo na voz. “Estamos prestes a ter o esquadrão de ataque do Luxor aqui.”

“Estamos prestes a ter uma pilha de corpos aqui. Corpos humanos.” Respondi, sentindo o desprezo em mim. Era claro que a quantidade não importava. Quando se tratava de humanos, eu sozinho podia derrubar um exercito. Nenhuma de suas armas podia me atingir e nenhum deles era forte o bastante para mim. Então, a morte de todos era certa e fácil.

Os seguranças humanos nos alcançaram e eu os ignorei tranquilamente. Apenas olhava para Rose sem saber ao certo com me sentir. Eu queria matá-la ali mesmo mas também queria levá-la viva comigo. Eram sentimentos totalmente conflitantes.

“Solte a garota ou atiramos!” Um dos seguranças gritou. Eu não precisei me virar para saber que todos deviam estar com armas apontadas na nossa direção. Provavelmente haviam imaginado que um terrível adulto estava atacando uma inocente adolescente. Eddie ainda puxava inutilmente Rose. Nenhum de nós pareceu se importar com aqueles que se aproximavam. Foi quando senti várias mãos me segurando com força, enquanto alguém tentava me dar uma gravata. Eu não podia acreditar que estava sendo atacado por humanos.

Ao tentar me desvencilhar deles, tive que soltar Rose, que correu com Eddie para a saída de emergência. Ainda tentei ir até eles, mas os seguranças avançaram cada vez em maior número contra mim. Eles gritavam muito e apesar de sentir uma enorme raiva tomando conta de mim por estar sendo detido por humanos, não pude deixar de sorrir ao ver o extinto de sobrevivência de Rose falando mais forte do que qualquer emoção, enquanto ela corria na direção do sol.

“Não está acabado, Roza.” Eu gritei sem tirar os olhos dela, sentindo que os seguranças tentavam me imobilizar. “Você realmente pensa que existe algum lugar no mundo onde você possa ir que eu não consiga achá-la?”

Ela deu uma última olhada em mim, antes de correr. Apesar dela tentar me ignorar naquela hora, eu sabia que este aviso ficaria em sua mente e o melhor, ela sabia que era verdade. Eu iria encontrá-la novamente e isso era só uma questão de tempo.

Alguns dos seguranças correram atrás deles, mas eu duvidava que conseguiriam alcançá-los. A preparação física de um dhampir era algo incrível. Pouco para um Strigoi mas muito para um humano. Assim que perdi Rose de vista, me voltei para aqueles que tentavam me deter. Havia cerca de quinze pessoas, em um espaço minúsculo. Senti uma onda de satisfação passar por mim ao ver o semblante de preocupação daqueles humanos quando gritavam palavras de ordem para mim e para eles mesmos. Tolos.

Rapidamente, deu um giro, usando toda força que eu tinha para tirá-los de cima de mim. deu certo. A maior parte caiu, com a surpresa saltando dos olhos. Provavelmente nunca tinham visto alguém tão rápido. Mas outros deles estavam mais preparados e logo apontaram armas para mim.

“Não se mova um milímetro!” Ouvi um deles ordenar. Sem me importar com aquilo, parti para cima deles. Senti os tiros bater em mim, mas era algo que apesar de doer, não podia me deter. Usando uma velocidade insana, comecei a quebrar os pescoços, um a um, em poupar ninguém, em poucos minutos, havia corpos por toda parte. Eu parei e olhei em volta, enquanto colocava meus cabelos atrás da orelha. Tinha sido um verdadeiro massacre. Um belo massacre. Olhei para o meu peito, onde algumas balas tinham me atingido. Retirei cada uma delas, sem conter um sorriso malicioso. A imortalidade era realmente uma benção. Antes de sair avistei os corpos de Karl e Brigite e, logo atrás, uma câmera de vigilância que apontava direto para o corredor onde a luta tinha se travado e lembrei que eu havia mandado Boris cuidar disso, mesmo assim, não custava ser um pouco cauteloso. Como eu disse, não queira minha imagem estampada pelo país como um fugitivo perigoso.

“Boris.” Falei ao telefone, enquanto jogava os corpos de Brigite e Karl para o lado de fora. Eles queimariam rapidamente ao sol e seriam reduzidos a pós, se deixar qualquer vestígio. “Onde você está?”

“Estou aqui na sala de controle das câmeras. Eu vi toda luta, Belikov. Devo dizer que foi incrível e-“

“Não temos tempo para isso agora.” Eu o interrompi. “Se livre destas imagens e saia daí sem ser notado. Eu usarei o carro. Manterei contato de onde me encontrar.”

Sai correndo pelo corredor, até o subsolo onde o carro estava estacionado. Felizmente, os seguranças dali não estavam em alerta. O movimento do cassino estava se tornando intenso e os manobristas demonstravam estar mais preocupados com quem chegava do que com quem saia. Peguei o carro e sai rapidamente.

Enquanto dirigia pela avenida principal dos hotéis luxuoso, não conseguia evitar procurar por Rose entre as pessoas que caminhavam pelas calçadas, ao mesmo tempo que revivia tudo que tinha acabado de acontecer. As atitudes dela não estavam coerentes e eu não conseguia imaginar que objetivo a estava movendo. Observando as pessoas, percebi que eu tinha voltado ao ponto de partida. Novamente, eu estava à caça de Rose.


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