Caleidoscópio escrita por lljj


Capítulo 38
Cena


Notas iniciais do capítulo

Oioi gente!!
Um tanto quanto tarde não? Bem eu terminei o capitulo a pouco tempo estava querendo fazer uma revisão só para garantir... Mas olha que hoje ainda é Quarta então tá valendo!!
Bem, bem depois da grande descoberta do significado da palavra Kawai, aviso que o capitulo não está tão Kawaii assim...
Planejo muitas coisas ainda gente, coisas que vão se desenrolar em pouquíssimo tempo.
Para falar a verdade aviso que talvez esse seja meu antepenúltimo capitulo (estou triste)
Mas não se preocupem porque estão bolando varias coisa para "Caleidoscopio II" Que SIM, ira acontecer.
Espero comentarios e desejo...
Boa Leitura!!



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Uma pequena e estranha brisa entrou pela porta aberta. Segundos eternos se perdiam com os dois apenas olhando um ao outro.

  — Por várias vezes eu deixei você entrar na minha porta e... — Rangiku começou.

  — Rangi... — Ele a interrompeu.

  — Não! Agora eu vou falar. — Ela disse arfando e enxugando o rosto. — Por várias vezes te deixei entrar pela minha porta, por várias e várias vezes você entrou dizendo que se arrependia de algo que nunca me contou e por mais vezes ainda você saiu pela mesma porta sem nenhuma palavra de onde ia e quando voltava. — Ela olhou fundo em seus exuberantes olhos abertos. — Por que seria diferente dessa vez?

  — Porque nunca prometi para você que ficaria. Nunca pude ter certeza que poderia ficar, mas agora... — Ele fez uma pausa e respirou fundo. — Agora isso é tudo o que eu quero.

Rangiku passou a mão pelo pescoço e depois pelo rosto. Balançava a cabeça como se negasse a situação.

  — Você era meu tudo Gin... Era tudo que eu tinha e tudo o que eu sempre quis ter... Mas você foi embora. — Ela falava baixo enquanto as lagrimas insistiam em cair de seus olhos. — Você mentiu pra mim...

  — Eu voltei. — Ele atravessou o beiral da porta e se aproximou dela, se aproximou muito.

  — Por quanto tempo? — Ela ainda não acreditava.

  — Pelo tempo que você me permitir. — Ele a olhava intensamente.

Ela fechou os olhos e novamente enxugou o rosto.

  — Gin... Parece que esperei uma eternidade para ouvir isso. — Ela começou seria. — Mais agora.

Gin sentiu um frio na barriga, nesse momento parecia que realmente estava perdendo sua Rangiku.

  — Eu voltei porque eu quero começar de novo.

  — Começar de novo? — Ela deu um passo para trás. — Não dá pra começar novamente algo que nunca existiu... Por muito tempo eu quis você e quando você morreu... — Ela fez uma pausa abrupta. — Quando você fingiu que morreu! Eu percebi... Que nunca poderia perder algo que nunca me pertenceu. — Ela o olhava com os olhos brilhando.

Gin não se manifestou. Não poderia tirar a razão dela. O único culpado pela relação nunca ter dado certo foi ele mesmo.

Ela o olhava atenta.

  — Depois que eu soube que você estava vivo eu procurei por você... — Ela confessou. — Eu procurei manchetes de jornais, fiz pesquisas, pedi informações nas delegacias, conversei até com alguns traficantes que trabalhavam para seu amigo Kisuke... Eu procurei por você e só achei um rastro de morte e sangue.

Ele virou o rosto para o lado e escondeu os olhos novamente.

  — Conheci muitos policiais no meu trabalho, usei isso para descobrir o que realmente havia acontecido com você... Eu queria saber se você estava bem. — Ela fechou os olhos. — Conheci uma mulher que tinha sido presa por trafico internacional de armamentos pesados. Se chamava... — Ela pensou se seria bom ou não revelar a identidade da jovem. — Neliel.

Gin deu um leve arfar. Neliel era uma das melhores soldadas de Aizen, mas tinha um problema que a maioria das mulheres tinha... Sentimentos.

  — Ela não havia revelado nada a policia. Nem onde conseguiu as armas, nem para quem iria entregar... Não disse uma sequer palavra para eles. Mas quando eu contei para ela que o conhecia. — Ela fez uma pausa para captar sua expressão. — Ela me contou tudo o que aconteceu.

Gin a muito havia parado de sorrir, mas agora seu rosto havia tomado uma expressão muito seria.

  — Fizemos um acordo, mas não importava. Na historia dela os únicos que sairiam queimados eram você e Kisuke. Vocês dois tramaram para matar esse tal chefe da máfia... E assim o fizeram. O traíram com seus “soldados” e o queimaram vivo... Depois mataram todos os seus opositores. Ela chamou você de mal, cruel, inconfiável e varias outras coisas que meteram medo em mim!— Rangiku olhou para o chão. — Naquele momento eu simplesmente não podia conciliar a pessoa que ela descrevia com o homem que eu amei.

Ele não tinha nenhum trunfo para usar, sua única opção era ficar calado e torcer pelo melhor sair disso.

  — Eu não reconheço mais você Gin... Não é nem mais a sombra da pessoa por quem me apaixonei...

  — Rangiku... — Ele procurou as palavras certas, mas nada entrava no contexto.

Ela esperou um momento, talvez algum tipo de defesa. Sinceramente queria o tempo todo que tudo o que ouviu de Neliel fosse só uma invenção... Mas pelo visto, tudo era verdade.

  — Acho melhor você ir... — Ela passou novamente a mão no pescoço. — Eu vou acordar cedo amanhã.

Ela deu mais um passo para dentro de casa, mas Gin segurou seu pulso.

  — Me dê só mais uma chance... De mostrar que realmente quero mudar. — Ele falou abrindo novamente os olhos.

Rangiku abriu a boca, mas não sabia o que dizer.

Dar chance para Gin voltar seria correr o risco de ele a decepcionar. E talvez ela não aguentasse mais tudo isso. Keith foi seu porto seguro quando ela precisou, mas Keith não estava mais aqui... E agora tinha a Kisa que ela jurou proteger com sua vida. Gin era o risco.

  — E-eu não sei. — Ela o olhou desolada. — Eu não sei Gin.

  — Só te peço mais uma chance. — Ele suplicou pressionando seu pulso com força.

Ela parou para pensar.

   Se ele fizer como antes você corre o risco de voltar a ser escrava de suas emoções... Kisa não merece isso. Ela precisa muito de você.

Ela fechou os olhos com o pensamento. Os abriu novamente e olhou para Gin... E querendo ou não viu dentro de seus olhos uma sinceridade que nunca havia visto antes.

  Com um suspiro forte disse:

  — Tudo bem. Mas quero que saiba que nada mais vai ser como antes... — Ela disse em um tom baixo.

Ele a soltou.

  — Olha... Eu vou sair cedo para o hospital amanhã. Tenho que ir dormir. — Ela falou segurando o pulso que ele havia apertado.

Ele deu um leve aceno de cabeça e deu alguns passos para fora.

  — Posso ver você amanhã? — Ele sussurrou.

  — Talvez... — Ela falou empurrando a porta.

Depois que a havia trancado apoiou as costas na porta e mordendo os lábios foi lentamente escorregando até o chão.

   Será que fiz certo?

Do outro lado da porta Gin ainda estava de parado de pé.

   Vai dar certo... Vai sim.

Pensando assim foi andando até as escadas.

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Como o esperado o dia havia começado cedo, o que não esperava era acordar mais cansada do que havia dormido antes.

Tomou um banho e preparou um rápido café da manhã, deu comida para Haineko e ligou para o celular de Nanao enquanto via a gata comer.

  — Nanao?

  — Sim.

  — Como estão as coisas ai?

  — Tudo bem. Kisa dormiu a noite inteira, estou esperando ela acordar par dar o café.

  — Ok. E os médicos disseram algo?

  — Não. Uma enfermeira veio aplicar os remédios, mas não falou nada a não ser o que estava aplicando.

  — Vou sair de casa agora... Está muito cansada?

  — Não... E você, pode descansar?

(Rangiku deu um leve suspirar)

  — Sim, sim. Me sinto muito bem.

  — Não é o que parece.

  — Olha a gente conversa melhor quando eu chegar Nanao...

  — Tá legal.

  — Tchau.

Rangiku desligou e pôs o celular na bolsa.

Haineko continuava comendo esfomeadamente sua ração e parava de tempos e tempos para olhar para a dona. A bichana parecia entender o que se passava.

  — Quando eu voltar vou levar você para dar uma volta no prédio para que possa subir nas árvores como gosta. — Rangiku disse se abaixando e acariciando a gata. — É uma promessa.

Haineko deu um miado estranho com a boca a cheia que fez Rangiku rir.

  — Acabe logo porque vou te deixar lá com a Ayme... — Ela voltou a cozinha e começou a organizar suas coisas.

Depois de menos de cinco minutos a gata cinza já havia comido toda a quantidade nada pequena de ração que Rangiku pôs na vasilha.

  — Vamos!

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  — Sabe qual o seu problema? Você não consegue ver que existem mais mulheres bonitas nesse mundo.

(A voz saiu do aparelho celular com deboche)

  — E o seu é se meter na vida dos outros.

  — Qual é? Foi você que me ligou para falar da sua vida!

  — Ah você anda tão estressado Kisuke-san... A patroa anda te deixando na seca?

  — Depois sou eu que me meto na vida dos outros...

  — Mas não é isso?

(Urahara quase podia ver seu sorriso)

  — Depois que o bebê nasceu ela anda tão nervosa... Tenho medo de me aproximar e sei lá né... Ela me bater.

(Gin soltou uma gargalhada)

  — Eu avisei...

  — Pelo menos eu ainda tenho uma mulher.

  — Isso não vem ao caso.

  — Oh não? Desde que voltou para o Japão a única coisa que você leva é toco Gin. Volte para cá e se uma a mim.

  — Eu já disse, não me interessa mais.

  — Ah e o que você vai fazer?

  — Sei lá... Talvez montar um negócio com o dinheiro que juntei.

  — Hum... negócio... E qual negócio seria?

  — Talvez uma loja de roupas!

  — Você não tem noção de moda.

  — Um restaurante de comidas típicas.

  — Você pode até saber comer, mas cozinhar não é o seu forte...

  — Eu cozinho bem! Se não for isso posso montar um pet-shop.

  — Pet-shop? Pet-shop!? Pet-shop pro cara que viveu parte da vida matando pessoas? É serio isso Gin?

  — Ok, ok talvez seja uma má ideia... Posso investir em ações da bolsa.

  — Seria uma boa ideia, mas é arriscado.

  — Talvez viver de aluguel de imóveis.

  — Seria bom se você tivesse algum imóvel para alugar.

  — Tenho dinheiro suficiente para comprar alguns.

  — Até pode dar certo... Pode comprar um terreno e vendar terras para algum tipo de construtora ou alguém que queira construir casas. Sei lá.

  — Ei! Aquelas terras ao norte não estão a venda?

  — Lá? Está com algum problema? A única coisa que tem lá é um bando de mortos de fome drogados. Até limparem a área vai demorar um ano.

  — Eu não me importo muito com isso. Ouvi dizer que já começaram a retirada das pessoas e se não saírem até determinado prazo serão expulsos pela policia... Sabe é essa historia de desapropriação.

  — Hum... Você sabe o que faz. Eu vou ter que desligar agora... Parece que Yoruichi acordou.

  — Boa sorte com a fera.

  — Vou ter.

Ele estava largado em sua cama. Jogou o celular no criado mudo e fitou o teto e deixou que sua mente corresse até os acontecimentos da noite passada.

   Quero que saiba que nada mais vai ser como antes...

Ela tem razão nisso, as coisas agora serão muito diferentes. Ele não prometeu ser uma boa pessoa cumpridora da lei, mas ele da sua palavra que não será mais tão ruim.

Olhou para o relógio de cabeceira, já estava na hora do almoço.

Levantou-se e andou calmamente até sua cozinha, que ao contrario das de alguns apartamentos era maior, por conta de ser para apenas um morador. Sua mesa de madeira vinho cobria boa parte dela. Foi até a grande geladeira branca e no meio de tantos alimentos não sentiu vontade de comer nada dali.

  — Seria bom comer fora... — Ele pensou alto balançando a cabeça.

Foi até o quarto novamente e pegou o celular e a carteira.

   Mas vai ser um saco comer sozinho...

Jogou novamente a carteira e o celular no criado mudo.

  — Ah... — Ele andou até a sacada.

As grandes portas de vidro estavam fechadas e a única coisa que via eram as cortinas brancas balançando ao vento. Abriu a porta e sentiu a brisa balançar suavemente seus cabelos prateados. Andou até o beiral e olhou em volta.

Deu uma rápida olhada para baixo e acabou focando seus olhos na sacada de baixo, mais precisamente na sacada de Rangiku.

 Hum...

Ele voltou para o quarto e pegou de novo o celular e a carteira. Saiu do apartamento com uma ideia e um sorriso alegre no rosto.

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Meia hora depois Ichimaru Gin estava estacionando o carro em frente ao Hospital de Emergência, onde Kisa estava internada.

Se tudo saísse como ele esperava, iria encontrar Rangiku, ver como estava a menina e desfrutar um bom almoço com sua Ran-chan, quer dizer... Com a Rangiku.

Foi até a recepção e perguntou em que quarto estava Kisa.

  — Ela está no andar de repouso e recuperação, senhor. — A mulher jovem falou em um tom sugestivo.

Ele fingiu não entender e caminhou um pouco ansioso para o elevador e encontrou dentro dele um velhinho de muletas.

  — Também vai para a ortopedia? — O homem perguntou assim que ele entrou.

  — Bem... Não. Estou indo para o andar de repouso. — Ele entrou e apertou o botão de sete.

  — E onde é o andar da ortopedia? — Ele falou mexendo com a muleta.

  — Eu não tenho a mínima ideia senhor... — Ele falou querendo que o elevador subisse logo.

  — Mas o senhor não está indo para a ortopedia?

Gin o olhou por um instante.

  — Não. Estou indo para o andar de repouso.

  — Mas a ortopedia não é lá perto?

  — Eu não sei! — Aquilo estava o irritando.

  — Quero ir para a ortopedia mais ninguém me diz onde é. — O senhor falou balançando uma das mãos.

  — Você deve ir para a recepção e se informar lá.

  — Informar sobre o que? — Ele falou depois de um momento.

  — Onde fica a ortopedia!

  — Mas eu te perguntei e você disse que não sabia moço... Como eu vou saber?

  — Saber o que? — Gin estava confuso.

  — Onde é a ortopedia!

As portas do elevador se abriram e Gin saiu bufando.

   Esse infeliz tem que ir é para um sanatório!

Andou até a sala de espera e procurou pelo rosto bonito de Rangiku. E a encontrou só que infelizmente acompanhada. E pior ainda, com um homem.

Ele era alto e moreno. O que mais destacava era o fato de estar envolvendo os ombros da bela mulher com seus braços grandes. Os dois estavam parados na frente da janela que parecia muito com a do andar de cirurgia.

Gin sentiu algo subir pelo seu corpo. Parecia que seu sangue estava todo se concentrando na sua cabeça... O ar estava lhe fugindo e parecia que não era o único.

O homem aproximou seu rosto do ouvido de Rangiku e sussurrou algo que a fez sorrir.

Não existia mais paciência, nem mais nenhum hospital, nem paciente ao redor. A única coisa que enxergavam era sua Rangiku abraçada a um desconhecido e a única coisa que sentia era sua mente ser submersa em pura raiva e ódio.

Seu peito começou a subir e descer com velocidade. Apertava tão fortes as mãos que já sentia algo úmido a melarem. Ficou ali parado olhando a cena pelo que pareceram horas que tiveram seu fim quando Rangiku virou para trás.

Seus olhares se encontraram com uma intensidade que até oi homem abraçado a ela pode sentir. Os dele cheio de resentimento e ódio. Os dela com surpresa e espanto.

Sem uma palavra ele saiu dali.

Viu que a porta do elevador estava se fechando com o mesmo velho dentro.

  — Segure pra mim! — Ele pediu.

E o homem parou o fechamento. Gin entrou e apertou o botão do primeiro andar.

Estava arfando como se houvesse acabado de correr uma maratona. Queria até poder ter falado algo, mas seu alto controle nunca havia sido dos melhores. Com certeza iria falar coisas muito ruins para aquele homem e com mais certeza ainda magoaria a Rangiku.

  — Com licença senhor? — O velho falou o olhando um pouco assustado. — O senhor já sabe onde é a ortopedia?

Gin o olhou com um brilho maligno. Com passos longos se aproximou devagar do homem de baixa estatura. Depois que o velho já estava escorado na parede do elevador Gin aproximou seu rosto mais próximo ainda do homem. Depois abriu seus olhos friamente azuis e falou com desprezo.

  — Fica no inferno.

O elevador se abriu e Gin saiu em direção ao seu carro.

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22:42 e Gin ainda não havia consumido nenhum alimento consistente.

Ainda sentia náusea ao lembrar-se do que viu no hospital, mas agora já não sentia a raiva o consumindo como foi durante o ocorrido.

  — Está tudo bem. — Ele falou em voz alta olhando para a tela da televisão ligada no mudo. — Eu não me importo com isso... Ela tem todo o direito de se relacionar com outros homens. Ela não está presa. Não tem ninguém para precisar pensar quando qualquer vagabundo mal intencionado se aproximar. Ela está totalmente livre.

Ele gesticulava e olhava para a televisão onde passava um filme que nem o nome ele sabia.

  — Sabe, se ela quiser ficar com ele tudo bem. Tudo bem... Eu não me importo! Não, não, não me importo. Ela pode fazer o que quiser, pode abraça-lo, beija-lo, ama-lo e...

Ele parou e abriu seus olhos para a televisão.

Sua mente montou uma imagem que nem em mil anos ele gostaria de ver. Sua Rangiku fazendo amor com outro homem...

  — Isso já é demais. — Ele falou em um tom sombrio.

O barulho estridente da campainha ecoou no apartamento silencioso. Gin pensou em ignorar, mas a pessoa era realmente persistente e depois de seis toques da campainha ele foi atender.

Abriu a porta e lá encontrou a mulher que simplesmente não saia de sua mente.

Com a mesma roupa que estava no hospital Rangiku estava ali agora na frente de seu apartamento. Braços cruzados e uma leve carranca no rosto.

  — O que você quer? — Gin falou em um tom ríspido.

  — Vim falar com você. — Ela levantou uma sobrancelha. — Você saiu do hospital sem dizer nada.

  — Eu não queria interromper você e seu... Amigo? — Ele falava da forma debochada de sempre, mas Rangiku bem sabia o fogo que devia estar correndo dentro de seus olhos fechados.

  — Sim... Meu amigo. — Ela deu um sorriso interior por conta da situação.

Gin deu uma baforada que parecia ter expulsado todo o ar de seus pulmões.

  — Parece ser um ótimo amigo Ran... Quem é?

  — Não é dele que vim falar. — Ela optou por não revelar nada de Daniel. — Kisa quer muito ver você.

  — O que? — Ele descruzou os braços.

  — É. Uma amiga contou para ela o que houve e ela quer ver você para... Te agradecer. — Rangiku falou tranquila.

  — Você pediu para ela fazer isso? — Ele levantou a sobrancelha.

  — Não. Kisa é uma menina muito especial Gin. — Ela deu um leve sorriso. — Muito especial. Pode ir lá amanhã?

  — Sim... Que horas?

  — Vá de manhã. É a hora que ela passa mais tempo acordada.

  — Como ela está? — As feições de Gin começaram a suavizar.

  — Está muito melhor... Estão fazendo alguns exames extras para ter certeza que não haverá nenhuma sequela. Mas estou com uma boa sensação quanto a isso.

  — Desejo sorte a vocês. — Ele sussurrou.

— Eu já vou indo. Vim só tomar um banho e vou voltar para lá...

— Te vejo amanhã... — Ele segurou a porta.

  — Até. — Ela saiu comum meio sorriso.

Gin fechou a porta atrás de si e deu um enorme sorriso.

   Kisa Kikuchi é uma menina realmente muito interessante.


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Notas finais do capítulo

Alguém está decepcionado? Sabem que não tenho problemas com criticas, talvez esperancem mais do inicio do capitulo, mas como sempre digo (nem sei se já disse aki): O melhor está no final!!
Vejo vocês quarta que vem... Ou talvez mais cedo
(Serio ando muito ansiosa)



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