Caleidoscópio escrita por lljj


Capítulo 1
Mais uma noite no bar


Notas iniciais do capítulo

Bem nesse começo talvez fique algumas coisas bem vagas, mas nada com muito suspense porque tudo por agora vai ser bem obvio.
A unica coisa que tenho pra dizer agora é Boa Leitura!!



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As luzes continuam girando...

O lugar está vazio hoje, não que fique muito cheio, é que sempre se espera mais em uma noite de sexta feira.

Como sempre Kyouraku acha uma garota qualquer para conversar, me pergunto se ele realmente quer fazer ciúmes na Nanao assim... Acho que tenho que falar pra ele que não está dando certo.

Não há nada pra fazer aqui, se não fosse aquele cara bonitinho o tempo todo olhando para o balcão eu já teria subido pro meu quarto.

— Hey Ran! Traga uma boa dose de sake pra cá.

Se eles soubessem como eu detesto esse apelido, nem pensariam em me chamar assim...

— Obrigado... Vai ficar só olhando ou vai nos acompanhar??

Não tinha nenhuma intenção de beber essa noite, pelo menos não até eu ir pro meu quarto, não quero ficar bebendo o estoque do bar, ainda mais agora que estou sem dinheiro pra pagar.

Kyouraku foi muito bom para mim, além de me deixar morar aqui em cima, teve a grande ideia de me contratar para trabalhar no bar como balconista, realmente ele é um bom homem. E um bom amigo, claro, por isso eu não vou abusar da bondade dele...

— Bem... talvez uma dose não seja tanto abuso, né?

Claro que eu não poderia resistir em beber um pouquinho, ainda mais com o Ikaku, Shurei e Yumichika.

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— Eu não sei como Kyouraku pode deixar você trabalhar aqui. Se ao menos você trabalhasse, mas a única coisa que faz é beber.

Eu não poderia dormir sem ver esse pirralho reclamando de algo que faço.

— Se você ainda não percebeu aqui é um bar, e se não tem pelo menos um metro e meio pra fingir que tem 18 anos acho melhor você voltar pra casa. Já passou da hora das crianças dormirem.

— Eu não sou nenhuma criança pra ter hora de dormir, e você devia pelo menos ter respeito pelo Kyouraku e ir trabalhar — Toushirou gritou enquanto ficava vermelho de raiva.

— Não fale como se você fosse meu chefe. O bar está vazio e Kyouraku não se importa se eu sair um pouco do balcão.

— Eu só vim para falar com a Hinamori, não tenho nenhum interesse em o que você faz e deixa de fazer.

— Não foi o que pareceu quando você entrou. — Disse isso em tom de escarnio que foi muito bem percebido pelo menino.

Toushirou saiu andando dizendo algo sobre eu cuidar da minha vida e outras coisas que realmente não me importam.

Mesmo sendo assim quase todo santo dia, gosto muito desse pirralho, não fosse ele ter falado com Kyouraku que eu estava sem lugar pra ficar talvez eu nem estivesse aqui hoje.

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— Hey Ran estou subindo pro quarto assim que as pessoas saírem feche tudo, ok?

— Claro...

Subindo pro quarto, sim sei... Com certeza vai perturbar a Nanao de alguma forma. Eu realmente tenho que dizer pra ele que esse tipo de aproximação não funciona nela, pra falar a verdade não funciona com nenhuma.

— Então Rangiku, está gostando de trabalhar aqui? — Yumichika perguntou animado.

— Claro que sim! Quem não ficaria? Estando bem perto de todas essas bebidas, tem coisa aqui que eu nem consigo falar o nome!! — Ikkaku berrou como se Yumichika estivesse do outro lado do mundo. Com certeza o sake já estava fazendo efeito.

— Eu não passo o tempo todo bebendo se é o que querem saber, eu trabalho quando o bar está cheio, mas já que está vazio assim não preciso ficar o tempo todo confinada no balcão.

— Então você está pagando o aluguel com dinheiro que ganha aqui do bar? — Shurei perguntou, com uma gentileza que só ele poderia manter depois de várias rodadas de sake.

Mas nenhuma gentileza nesse mundo fazia a pergunta deixar de ser pertinente. Quando vim pra cá minha vida estava virada de cabeça para baixo e Kyouraku foi compreensível o suficiente de me deixar dormir em um dos quartos que ele aluga sem pagar nada até eu me estabilizar. Claro que isso não tem problema nenhum, o único problema é que já estou aqui a quase 3 anos e minha vida não está tão diferente do primeiro dia que cheguei.

Não que eu não tenha procurado um emprego, é só que em todos que já tentei tive problemas com algum idiota que tentou se aproveitar de mim.

O mais recente foi o da loja de roupas no centro. Eu estava indo bem, consegui até pagar dois meses de aluguel, só que depois o gerente geral tentou me beijar a força. Claro que eu não deixei, empurrei ele e dei um belo tapa em seu rosto pra ele se lembrar de não mexer comigo. Continuei trabalhando normalmente depois desse incidente, mas ele conseguiu se vingar pondo um vestido lindo e caríssimo na minha bolsa. Chamou o diretor e na frente de todos tirou a porcaria do vestido que eu estava economizando pra comprar da minha bolsa, foi uma humilhação pública.

Não me lembro de mais nada daquele fatídico dia, só dei por mim quando estava chorando no colo da Nanao com Hinamori e Yumichika do lado tentando me acalentar.

— Bem, vocês vão querer mais uma rodada? — Yumichika perguntou olhando pros amigos.

— Claro que sim, traga agora um pouco de vodca!! — Ikkaku gritou

— Você sabe que é você quem vai pagar...

— Nós tínhamos combinado que o Shurei ia pagar.

Deixei-os discutindo e agradecia por dentro ao Yumichika por mudar de assunto.

Fui pegar a Vodca na estante. Ikkaku tinha razão, havia uma grande variedade de bebidas ali.

Uma coisa me chamou atenção em cima da mesa que fica ao lado da estante. Eram cartas. As correspondências eram endereçadas a muita gente, e como todo mundo morava no mesmo endereço ficavam sempre todas juntas.

Peguei-as nem sei porque, não recebia cartas com frequência e quando recebia preferiria não ter lido. Vi uma por uma até que encontrei uma letra familiar.

— Rangiku. — "É pra mim... É dele..."


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Notas finais do capítulo

Bem, é isso galera, espero que tenham gostado e vou esperar suas revisões, porque já que todo autor pede deve ser porque é bom, então estou esperando qualquer tipo de critica...
Até a próxima..
Tchau, tchau