Luke estava ficando cansado de não saber nada. Mas o que ele tinha escutado já valia algo. Ele renasceu e vai poder se lembrar da sua antiga vida, mas ele não tinha certeza se queria saber de tudo. Pelo que parecia ele tinha feito muito mal.

  -E ai Luke? –Mary estava subindo a colina com uma mochila preta nas costas. –Vamos?

  -Sim Mary. –Peguei minha mochila que eu tinha jogando no chão para esperar a Mary e a gente se virou para descer a colina.

  -LUKE! MARY! –Nós dois viramos quando escutamos Percy chamando nossos nomes e correndo em nossa direção ao lado da Annabeth. –Oi! –Ele disse ofegante

  -A gente já não disse tchau? –Mary perguntou

  -Sim mas eu queria te dar isso Mary. –Annabeth tirou um boné do bolso. Um boné azul escuro dos Yankees e estendeu para Mary.

  -Você vai me dar um boné? –Mary olhou para ela incrédula.

  -Mary. Atena me deu esse boné no meu décimo segundo aniversario. Ele pode te deixar invisível. Já que hoje e seu aniversario de 12 anos eu resolvi te dar. –Annabeth sorria e Mary gargalhava não para zombar do boné já tinha visto Mary gargalhar um milhão de vezes ela fazia isso quando estava muito feliz. Ela pulou nos braços da irmã.

  -Você não vai sentir falta disso Annie? –Mary perguntou

  -Não sei me virar invisível ou não. –Annabeth soltou a irmã e sorrio. –Agora vão. Argos já teve estar nervoso. –Ela deu um beijo na bochecha da Mary e me deu um abraço –Se cuida ta Luke? Volta inteiro para mim ta? –Ela me soltou e eu sorri para ela.

  -Tchau Mary. –Percy abraçou Mary. –E toma cuidado ta eu to sentindo algo ruim. –Pronto não gostei nadinha disso.

  -Tudo bem –Ela pegou sua mochila e começou a descer a colina.

  -Tchau Luke. Me manda uma mensagem de Íris ta moleque?  -Percy me abraçou e desarrumou meu cabelo.

 Eu e Mary descemos a colina em direção a van que nós levaria a nossa casa.

 O caminho inteiro eu e Mary dormimos só acordamos com Argos cutucando a gente estávamos na frente do nosso prédio. Demos tchau a Argos e subimos correndo as escadas. Batemos na porta e logo ela se abriu e eu vi a mulher mais linda do mundo. Minha mãe. Ela tem cabelos pretos, e lindos olhos azuis, pele branca feito neve e um sorriso encantador. Eu e Mary pulamos me cima dela que quase caio no chão. Passamos horas conversando sobre esse tempo que ficamos no acampamento, geralmente eu e a Mary ficamos o ano todo no acampamento, mas em datas especiais tais como o aniversario de 12 anos da Mary que é dia 13 de novembro (hoje especialmente) a gente vem para casa descansar.

  -Achei que só viriam em 2013. –Minha mãe disse e rio uma risada tão doce que nem o vento ah minha mãe é maravilhosa.

  -Mamãe 2013 é ano que vem, seria tempo demais. –Mary disse e rio com a suposição engraçada.

  -Bem eu tenho uma reunião agora de manha, só volto de tarde vocês dois ficam bem? –Ela disse e eu e Mary concordamos com a cabeça –Tem dinheiro no pote na cozinha, vão ao restaurante na esquina hoje a Merediti está lá talvez ela faça o prato favorito de vocês. –Mamãe rio

  -Lasanha de espinafre com muito queijo. –Eu e Mary dissemos juntos. Era nosso prato favorito de todos. Se for pensar eu e a Mary temos tudo em comum. Cor favorita? Azul. Bebida favorita? Suco de uva  Fruta favorita? Cereja. A gente só não combina no estilo musical. Mary ama a Adele e um pop meio romântico dramático, eu sou mais rock tipo Guns ou Kiss.

  -Tudo bem estou indo meus anjos até de noite. –Mamãe deu um beijo na testa de cada um e eu fui tomar meu banho enquanto Mary desfazia a mala a gente iria ficar uma semana no maximo. Não sei porque eu e a Mary atraímos muitos monstros juntos ou separados. Assim que eu terminei o banho e ela foi eu desarrumei minhas malas e pensei no que Percy disse. Algo ruim estava para acontecer. Pensei em pedir alguma coisa para comer aqui mas podia ser um monstro a entregar. Ou eu ir buscar e a Mary ficar em casa mas ela poderia ser atacada ou eu. Todas as opções eram ruins então decidi deixar do jeito que estava vai que o Percy estava errado. Quer saber eu odeio quando eu acho uma coisa e o mundo faz outra.

 Eu e a Mary descemos e fomos me direção ao restaurante. Ela vestia uma blusa preta justa e uma bata branca por cima e jeans escuros e seus all star’s pretos. Eu estava com uma blusa preta e uma bermuda jeans azul escuro ah e tênis preto. Comemos normalmente, Merediti fez nosso prato especial e conversamos coisas sobre o acampamento como sempre. Mas foi na hora da saída que o meu pior pesadelo começou.

 Eu e Mary saímos  do restaurante quando Mary percebeu que tinha esquecido o iPad. Esqueci de falar? A Mary não desgruda do iPad a gente sabe é errado mas ela não usa a internet nem nada é só os livros dela que estão lá dentro ou os projetos de arquitetura que Annabeth avia passado para a irmã.

  -Luke! Meu iPad ta lá dentro. –Ela disse no tom de desespero.

  -Tá eu vou buscar mas fica aqui e grita se precisar. –Eu disse e corri para dentro do restaurante quando eu vi o maldito iPad. O peguei quando eu escuto um grito. O mais doloroso que eu já ouvi. Coloquei o iPad na mesa, pensei na minha espada. A mordecostas. Essa foi a espada que eu usei para matar o meu primeiro monstro uma aranha gigante que machucou minha mãe quando eu tinha 6 anos. Ela é metade bronze celestial e metade aço. Ela mata tanto mortais como monstros a maioria dos semi deuses temem só de ver essa espada talvez ele saibam mais do meu passado do que eu. Corri para fora do restaurante com a espada em punho quando eu vejo um carro contra um poste e uma garota loira deitada no chão em meio uma pequena poça de sangue. Eu larguei a espada e corri até ela. Eu já chorava agora, me sentei ao lado dela e rezei ao meu pai.

  -Mary, acorda Mary. –Eu dizia baixo

  -Lu..Luke? –Eu vi os lindos olhos azuis dela se abrirem para mim calmamente.

  -Fica comigo Mary. Fica por favor eu te peço –Eu disse chorando e quase gritando agora.

  -Me prometa..que não vai..fazer nada –Ela tossiu devagar

  -Nada o que Mary? –Eu disse entrando em desespero, um monte de gente já ficava em volta de nos. –CHAMEM SOCORRO! –Eu gritei para eles e alguns saíram de volta

  -Não vai..tentar se vingar...por mim Luke..seu erro..no passado foi esse –Ela disse quase fechando os olhos.

  -Mary não, fica. Fica comigo Mary. Eu prometo. Eu prometo –Eu disse gritando agora e chorando mais ainda

  -Seja feliz..e não deixa a raiva..falar mais alto...nem a dor...eu te amo Luke –Ela disse e soltou minha mão seus olhos ficaram abertos e seu olhar para mim eu com muito esforço fechei os olhos dela e estalei os dedos. Truque na nevoa, os mortais vão agir como se não tivesse tido nenhum ferido. Eu me levantei ainda chorando e logo li um homem com um capuz preto apareceu e tocou na testa da Mary a desfazendo não em cinzas ou nada dourado mas em puro brilho prateado que logo sumiu. Eu ainda chorando entrei no restaurante e peguei o iPad dela e voltei a caminhar para casa. Sentei no sofá e chorei, não chorei eu gritei, berrei e me descabelei por causa da dor que tava sentindo no meu peito. Minha mãe chegou de tarde e me viu no sofá deitado chorando.

  -Luke? –Ela disse calmamente –Cadê a Mary? –Ela disse chegando mais perto de mim agora.

  -Ela morreu. –Eu disse rapidamente e dolorosamente

  -Como? –Ela me encarou seria agora –Não brinca com isso Luke.

  -ACHA QUE EU TO BRINCANDO? –Eu me levantei e gritei para ela eu sei não é culpa dela mas a dor tava tanta. Eu perdi a minha irmã, a minha melhor amiga, o amor da minha vida.  Alguém abre a porta e o meu pai Hermes. Assim que o vejo a raiva toma conta de mim eu parto para cima dele e começo socar, bater, arranhar de tanta raiva, minha mãe tenta me segurar me impedir mas em vão. Até que Hermes segura meus braços o fazendo olhar no olho.

  -A culpa não é minha. –Ele disse com lagrimas nos olhos.

  -É SIM E SUA E DESSES DEUSES MALDITOS A CULPA É DE VOCÊS SIM! –Eu me soltei e sentei no sofá. –A culpa é de vocês, é sim –Eu dizia e chorava mais ainda.

  -Luke. Lembra do que Mary te disse? –Meu pai me disse se ajoelhando na minha frente. Eu o encarei e olhei para minha mãe que chorava no canto da sala.

  -Ela me disse –eu tentava falar em meio aos soluços –para não –mais soluços –ela fez eu prometer que não me vingaria por ela. –soluços –Ela disse que me erro no passado foi esse. –mais soluços e a vontade de sumir ainda maior agora.

  -Annabeth contou seu passado para ela hoje de manha. Ela prometeu não contar para você Luke. –Meu pai me olhava firmemente mas as lagrimas caiam do seu rosto também. –Eu a amava também Luke. Eu cuidei dela também. Por favor por mim não guarda rancor.

  -Não por você. Mas pela Mary. Eu não vou fazer nada pela Mary. –Eu disse chorando. Eu abracei minha mãe e fui para meu quarto ainda chorando. Tomei outro banho pois eu tava um pouco sujo de sangue. E quando voltei ao meu quarto vi a minha tia avó Afrodite sentada na minha cama.

  -O que você quer? –Eu disse parando na porta do banheiro.

  -Luke. Honre sua promessa. Não a quebre novamente. –Ela disse seria agora.

  -Por que levaram ela? –Eu disse, era inevitável não sentir ódio de todos os deuses mas eu prometi a Mary que não ia fazer nada então eu não vou.

  -Eu não sei menino. Eu sabia que ela ia morrer. Mas pensei que fosse um monstro ou ela dando a vida por você assim como a Th...-Ela parou quando ela ia dizer Thalia eu tenho certeza.

  -Continua. –Eu disse

 Ela me olhou e me analisou deu um grande suspiro e continuou.

  -Achei que ela fosse dar a vida como a Thalia deu por você, Annabeth e o Grover. –Imagens vieram a minha cabeça, eu mais velho, ao lado da Annabeth bem novinha, do Grover e uma menina correndo para enfrentar os monstros. Ela morre e logo aparece um pinheiro no lugar aonde ela estava. Quando me dou conta só vejo tudo girando e ficando preto então escuto um grito da Afrodite.

  -HERMES!

 E tudo fica preto de vez.