Harry Potter e a Paixão Indesejada escrita por Mare


Capítulo 9
Capítulo 9 -"Na ala hospitalar"


Notas iniciais do capítulo

Uhul! "Pressa é a inimiga da perfeição". Não tá perfeito, mas tá maior! Boa leitura *-*



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“HARRY POTTER E A PAIXÃO INDESEJADA”

Capítulo 9- “Na ala hospitalar”

-Ei Harry! Acorda cara! RÁPIDO!

Harry abriu os olhos. Sua visão estava embaçada, então ele esfregou os olhos e tateou a cômoda para achar seus óculos. Rony estava parado na sua frente, com uma expressão horrorizada.

-O que foi Ron?

-É a Gina! Está caída na entrada da escola!

Harry levantou-se em um pulo, como se alguém tivesse colocado pulgas em sua calça. Saiu correndo desesperado de pijama por todo o castelo, até chegar à porta do salão principal. Ela estava deitada, imobilizada.

-Gina! O que houve?

-Socorro...

-Não, Gina, já está a salvo. Venha, vou te levantar, vamos para a ala hospitalar.

Harry a pegou no colo e saiu correndo para a ala hospitalar. Chegara lá, e várias pessoas já estavam deitadas, tossindo. Que estranho, pessoas doentes no primeiro dia de aula. Madame Pomfrey, vendo a cara de indignação de Harry, disse:

-Surtos de gripe trouxa por toda a escola coloquem essas máscaras protetoras trouxas, rapazes. E a menina, está com a gripe também?

-Não senhora... Ela foi atacada. Ainda não sabemos o que foi. Vamos perguntá-la...

-Não! Coloque-a na cama, rápido! Ela precisa descansar. E quando estiver recuperada o bastante para falar, ela lhes contará, rapazes.

Harry obedeceu a senhor e colocou Gina em uma cama. Saiu em silêncio com Rony, e esperaram de plantão na porta da enfermaria. Passados 30 minutos fazendo ronda na porta, Madame Pomfrey chamou-os para entrar. Gina estava acordada, e um pouco melhor. Finalmente, Harry disse:

-Gina... O que aconteceu?

A garota sentou-se na cama, e encostou-se no travesseiro, como um suporte. Ela deu uma tossidinha e abriu a boca para falar.

Flashback- POV Gina

Eu estava muito inquieta na cama, pensando na briga que tive com Harry. Precisava sair daquela cama, precisava de um ar fresco. Levantei-me e coloquei meu roupão. Olhei no relógio, eram 04:30AM Peguei minha varinha e coloquei no bolso interno do pijama. Então saí do dormitório feminino. Neville dormia no sofá, babando em cima de um livro de Poções. Murmurava coisas sem sentido, como pessoas normais fazem quando tem pesadelos. Deixei Neville babando lá e saí da sala comunal. Desci as escadarias. Sabia que corria um enorme risco de ser vista, ou da Madame Norra me vir... Mas eu precisava de um tempo pra pensar. Parei em frente á porta e vi que ela estava fechada. Pensei no Alohomora, mas era perigoso demais... Então subi uns degraus e fiquei olhando pela janela. A chuva caía lá fora, o que me tentou ainda mais a sair e sentar-me na grama molhada.

Ouvi passos ecoando escada a baixo, mas eram muitos passos para uma pessoa só. Escondi-me em uma sala vazia e fiquei escutando.

-... Pensa Draco, pensa!

Eu entreabri a porta e vi Draco Malfoy parado, com uma expressão assustada.

-ATCHIM!-sim, eu espirrei! Por Merlin, espirro, você tinha que sair justo agora?

Então Draco, na mesma hora, me viu espiando pela porta.

-Ora, se não é a Weasleyzinha...

Eu saí da sala e ele deu um sorrisinho malicioso.

-Fica na tua, Malfoy.

-Ui, está estressadinha, é?

-Eu só não suporto gente como você!-dito isso, Draco deu um passo a frente, se aproximando mais de mim.

-Gente como eu...?

-Sim, que pensa que é melhor do que os outros.Isso é o que realmente mancha o nome dos bruxos. -Draco avançou mais um passo, e percebendo isso, disse: - Sai pra lá.

Mas isso só fez com que ele me encurralasse na parede e sacasse a varinha.

-Me deixa sair, sua fuinha... -eu disse ofegante.

Ele estava prestes a fazer alguma coisa perto das minhas bochechas. E vendo isso, logo disse “Estupefaça”. Um raio de luz azul tomou conta da escuridão e o garoto foi lançado até a parede oposta. Caiu com um baque surdo no chão, graças a Merlin.

-Você brincou com a pessoa errada, Weasley!

Ele se levantou com dificuldade,cambaleando, sacou a varinha, e me lançou um feitiço do corpo preso. Senti todos os meus membros serem amarrados por cordas invisíveis. Com as orelhas ardendo, ainda pude escutar ele me lançando um feitiço do choque. Draco saiu correndo, meio desconcertado. Como eu poderia ficar ali por mais 3 horas, esperando os professores se levantarem e virem me resgatar, impossibilitada de me mexer e deitada em um chão muito frio? Tudo o que pude fazer foi fechar os olhos e cantarolar notas de músicas que me confortavam... Como a música preferida de mamãe de Celestina Warbeck, “Um caldeirão cheio de amor quente e forte”. Adormeci ali mesmo, super desconfortável, e acordei com Rony me sacudindo. Ele sacou a varinha, apontou-a para mim e disse: “Melivradisso!”, e senti as cordas serem arrebentadas. Toda doída, ainda incapacitada de me mexer, fiquei lá mesmo, esperando Rony trazer ajuda. Logo Ron voltou com você, Harry, e me levaram para a ala hospitalar.

Fim do Flashback e do POV.

-Aquele Idiota, vai me pagar!

Dito isso, Harry saiu enfurecido da ala hospitalar e foi direto ao Salão Principal. Avistou Draco na mesa da Sonserina. Ele suava bastante e brincava nervosamente com a comida, como se a culpa o corroesse. Harry foi direto a ele, sacou a varinha e apontou para o pescoço do loiro.

-PORQUE FEZ AQUILO COM GINA? HEIN? RESPONDE SEU IDIOTA!

-CALA A BOCA POTTER! ELA ME PROVOCOU!

Harry percebeu que estavam aos berros. Não queria que aquilo saísse no jornal, nem nada, então arrastou o garoto até o jardim.

-VAI PAGAR POR ISSO, MALFOY!

-AAH, QUE MEDÃO, POTTER! TO TREMENDO!

-Estupefaça!

-Impedimenta! -o raio azul foi barrado por um escudo invisível que se formou em torno de Draco. Logo disse:- Crucio!

-Protego! –novamente o escudo apareceu, mas só que em Harry. “É preciso querer usá-las...” Harry lembrara repentinamente do que Bellatrix havia lhe dito sobre as maldições imperdoáveis. A raiva queimava-o por dentro. Concluiu que não valia à pena lutar com Malfoy. Virou as costas. Deu um passo, e Draco logo disse:

-Galinha Potter... Pó.

Essa fora a gota d’Água. Harry virou-se e deu um soco em Malfoy. Aquilo o atingiu em cheio na cara. Malfoy pareceu desnorteado, mas logo se recuperou. Avançou o punho fechado para a cara de Harry, mas seu reflexo o fez segurar o braço ainda no ar.

-Nem pense nisso. Estupefaça!

O loiro saiu voando e foi parar perto da Floresta. Harry deu uma risadinha e saiu andando. Mas logo sentiu suas pernas bambearem, e caiu, chacoalhando-se cada vez mais, para se livrar daquele Feitiço da Perna Bamba.

-HAHAHA! Quem está rindo por último, Potter?

Malfoy apareceu na frente de Harry, o nariz sangrando. O loiro saiu andando normalmente. Murmurou algo, apontando a varinha para sua cara, e entrou no salão principal. Depois de recuperado, Harry levantou e viu Rony e Hermione no Salão Principal. Os amigos, logo que o viram, foram correndo para Harry. Hermione disse:

-Harry, não pode sair por aí socando qualquer um! A escola inteira já está sabendo!

-Hermione, ele tentou beijar Gina e ainda lançou dois feitiços nela ontem de noite!

-Oh meu Deus! Como ela não me contou isso?

-Ela ainda está muito fraca... Mas se quiser, podemos ir lá agora, tenho certeza que ela ficará muito feliz em te ver, Mione.

Então subiram as escadarias, até chegarem ao andar da ala hospitalar. Os infectados com a gripe trouxa ainda estavam tossindo e espirrando sem parar, pálidos. Encontraram Gina deitada na cama, e com a máscara trouxa anti-gripe.

-Gina...

-Hermione! Finalmente veio me ver, hein!

-Desculpe, fiquei sabendo agora... o que aconteceu?

-Sente aí, vou te contar...

E Gina contou tudo sobre a briga com Harry e como estava se sentindo, e que queria tomar um ar... Uns cinco minutos contando a história, até que disse:

-Se me derem licença... Estou exausta, não dormi quase nada esta noite, sabem, então vou dar uma cochilada.

Ela virou a cabeça de lado e adormeceu instantaneamente.

-Malfoy tentou beijá-la... -disse Hermione em um tom melancólico, com um quê de pena.

Harry não sairia dali até ela acordar. Não ligava para as aulas, não ia deixar Gina sozinha. Então, a garota acordou umas duas horas mais tarde. Harry deu um beijo nela, o que a animou ainda mais.

-Acho que já me recuperei... -disse ela, em uma tentativa de se levantar. Harry a impediu no mesmo instante.

-Não, não. Fique aí, repousando. Vou roubar umas tortinhas de abóbora pra você.

Então Harry saiu da ala hospitalar, desceu alguns degraus e logo se deparou com Cho.

-Ah, Harry! Tudo bom? Fiquei sabendo do que houve com Gina... Sinto muito...

-Não precisa fingir ser minha amiga, Cho. Eu ainda não estou com Gina. AINDA não.

-Não é nada disso Harry...

Então ela chegou mais perto... E mais...

-Pode se afastar, Ch...

Mas era tarde demais. A garota já havia lascado um beijo em Harry, na frente de todos. Mas não, tinha de piorar. Colin Creevey tinha de estar lá, com a sua maldita câmera e tirou uma foto daquele beijo, com um flash. Harry se separou rapidamente de Cho e correu atrás de Colin.

-COLIN! VOLTA AQUI! FOI UM ENGANO! A CHO MALUCA QUE ME AGARROU! VOLTA AQUI...

Mas Colin, era mais novo, e corria mais. Harry rapidamente correu para a ala hospitalar de novo. Ofegante, fechou a porta com um estrondo, correu para Gina, e fechou as cortinas da cama.

-Gina! Querida! Caso ouvir alguma coisa sobre Chang e Potter... É mentira.

-Cadê minhas tortinhas?

-Tinham acabado! Estão fazendo mais! Pensando bem, vou lá agora mesmo!

-Mas Harry...

-NÃO FALE! Repouse! Até mais!

Harry pelo menos a avisara. Correra para a cozinha, pegou uma tortinha, subiu para a ala hospitalar, deixou a tortinha lá e foi direto para o salão principal. Já era hora do jantar. Uns alunos do 3º ano começaram a bajular ele, sem motivo. Mas depois que os garotos saíram, Harry se lembrou que teria de recolher as inscrições do teste de Quadribol, que seria dali 2 dias.

-Ah, que ótimo. Mais coisa pra minha cabeça. -murmurou Harry para si mesmo.

Hermione e Rony estavam se beijando, na frente de Harry.

-Hãn-hãn. -disse Harry. -Sem querer ser chato... Mas as pessoas estão olhando.

Nada se alterou na cena. Minutos depois, os dois se separaram ofegantes, deram as mãos e saíram tranquilamente. Harry teve a impressão de que o amor os cegara, que nem o tinham visto ali, sentados bem na sua frente.

-Legal, agora sou invisível também.

Terminou de comer os bolinhos e subiu para a sala comunal. Como de esperado, estava lotada. Várias fotos do beijo entre Cho e Harry estavam espalhadas pelas paredes, com a notícia: “Charry continua!”. Harry chegou mais perto de uma, para ler. Era o “Jornal Grifinória”, um mini-jornal que criaram para os alunos da casa.

Harry começou a arrancar as fotos desesperadamente, e Ron e Hermione fizeram o mesmo. Rony, já com as orelhas vermelhas de raiva, gritou:

-QUEM FOI O PALHAÇO QUE FEZ ISSO?

Silêncio total. Rony havia imposto certo respeito ano passado, quando se tornou monitor e goleiro da Grifinória. Rony sacou a varinha, jogou as fotos amassada em uma mesa, e disse:

-Incendio!

A bola de papel começou a pegar fogo, e Hermione, percebendo a intensidade daquele feitiço, sacou a varinha também e disse:

-Aguamenti!

Na mesa hora, um jato de água irrompeu da varinha de Hermione e caiu sobre os papéis. Harry viu a cara de Cho em um dos papeis ainda intactos. Ela tinha a expressão assustada, talvez com os flashes. Então, Rony disse:

-Pronto, o show já acabou. Podem voltar para suas atividades normais.

Então, hesitantes, voltaram a fazer o que estavam fazendo antes. Fred e Jorge faziam muita falta nessas horas de constrangimento. Eles contavam uma piada, ou ofereciam alguma vomitilha... Mas agora eles estavam bem nas Gemialidades Weasley, que abriram logo no início das aulas. Filch proibira encomendas via coruja para Hogwarts, e todos os pacotes que chegavam eram supervisionados. Mas os gêmeos tinham seus aliados dentro da escola, que despistavam Filch e sua gata Norra, e entregavam as encomendas em segurança.

Harry subiu as escadas para o dormitório masculino, e muito cansado, vestiu o pijama e se jogou na primeira cama que viu. Fechou as cortinas. Mas uns 30 minutos depois, Rony acordou-o e disse que aquela era a cama dele. Ele levantou Harry e guiou-o para a cama certa.

-Tá cansado mesmo, hein cara...

Harry só ouviu isso antes de cair no sono profundo de um dia agitado e confuso. 


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Notas finais do capítulo

Então, como será que esse relacionamento vai ficar depois que a notícia "Charry" (Cho+Harry), vazar? Continue ligado para mais capítulos! - Mereço reviews? *-*



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