Harry Potter e a Paixão Indesejada escrita por Mare


Capítulo 17
Capítulo 17- "Cartas para você"


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora, mas agora estou de férias, e a mil para escrever! Encontro vocês nas notas finais - se é que alguém lê, mas enfim, boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/201057/chapter/17

“HARRY POTTER E A PAIXÃO INDESEJADA”

Capítulo 17-“Cartas para você“

POV Gina

–Isso é ridículo, eu vou matar aquele Colin.

Harry cuspiu as últimas palavras antes de se retirar da sala comunal. Eu nem tentei impedi-lo, pois ele iria fazer aquilo com razão. E eu tive certeza disso quando li o artigo no “Profeta Diário”:

“HARRY POTTER DÁ ENTREVISTA AO PROFETA, COM MUITAS REVELAÇÕES”

“O jovem estudante, e também O eleito, Harry Potter, concordou em nos dar uma entrevista na última quinta.

E: Nós do Profeta gostaríamos de saber se há algo entre você e Gina Weasley.

H: Ela é minha namorada, não ficou na cara?

E foi com a rude resposta do Sr.Potter que prosseguimos com a entrevista.

E: Como se sente em relação á ter uma namorada pobre, já que os rumores dizem que o Sr. Tem uma estimável quantia de dinheiro em Gringotes?

H: Dinheiro define personalidade, com isso eu concordo. Mas mesmo ela sendo pobre, eu a amo.

O Sr.Potter respondeu a pergunta sorrindo, e sem perder uma oportunidade, nosso jovem entrevistador perguntou:

E: Pensando no que, Sr.Potter?

H: Eu realmente acho que isso não é da sua conta, com todo respeito.

Harry se recusou a responder as próximas perguntas, e se declarou insultado para o nosso entrevistador. Antes de partir, ele declarou:

H: Vocês do profeta não merecem minha palavra, quase ninguém se dirige assim ao Eleito.

E foi com essa rude atitude que Sr.Potter encerrou a entrevista. Realmente não vamos desistir de entrevistá-lo, pois somos um jornal honesto, e não há motivos para a irritação de Potter. Continue acompanhando o jornal para mais entrevistas e matérias.”

Ok, esse jornal já está me incomodando. Parece que eles nem se importaram em mencionar a parte em que machucaram Harry, e que ele ficou cheio de hematomas por todo o corpo, não é?

Mas como assim... “mesmo ela sendo pobre”? Então era assim que Harry se referia a mim quando falava com os outros? Uma pobre?

Eu sei, eu sei, esse jornal manipula as palavras, mas isso realmente me ofendeu. Eu sei que a minha família não é a mais rica do mundo, mas também não vivemos em uma cabana no meio da floresta!

Nós somos apenas uma família cheia de pessoas que é feliz com a simplicidade, e com as coisas que tem! E eu não vejo problema nenhum nisso.

Mas eu não vou me rebaixar ao nível desses difamadores, e nem vou brigar com Harry por causa disso.

***

POV Harry

–Para Harry! –ela disse gritando, correndo pelo gramado. Mas eu insistia em correr atrás dela, querendo fazer cócegas em sua barriga, onde sei que ela MORRE de tanto rir quando relo lá!

Bem, duas semanas já se passaram desde aquele “acidente” com o Profeta Diário. Eles me reembolsaram com 1000 galeões, pois ameacei contratar um “advogado” (coisa que nem tenho ainda).

Estávamos deitados ofegantes no gramado da Toca, cansados de correr.

–Queridos, venham almoçar! –Molly disse de repente, gritando da janela da cozinha.

Peguei Gina no colo, como o noivo faz com a noiva depois de se casarem, e entrei com ela assim na cozinha. Ela esperneava as pernas freneticamente, mas isso não me impediu de carregá-la no ar.

–Para Gina! Assim vai chutar a cara de alguém! –eu disse, entre risos.

–ENTÃO ME SOLTE AGORA, POTTER! –ela disse, corada, porém gritando.

–Ei, calma aí, ruivinha...

–Então me põe no CHÃO! –ela disse já me acompanhando nos risos.

Finalmente coloquei-a no chão, e ela sentou-se ao meu lado. Comemos um pouco do delicioso frango da Sra.Weasley, um pouco de purê de abóbora também, e os tradicionais pãezinhos-da-Molly. Resumindo, tudo estava delicioso, mas vou parar por aqui, senão alguém acaba babando.

Os gêmeos não almoçaram conosco, pois estavam trabalhando nas Gemialidades. Uma pena, pois eles sempre alegram as reuniões em família.

Subimos às escadas, exaustos de toda aquela correria no gramado. Deitamos na cama dela, ambos olhando pra janela. Entrelacei meu braço em sua cintura, então senti sua respiração falhar, e ela adormeceu. Tomei o máximo de cuidado para não acordá-la, e levantei. Cobri-a com uma manta, e saí do quarto.

Ron e Hermione se beijavam na sala, então cheguei por trás e os assustei.

–Poxa, Harry! –disse Ron, corado.

–Tá, calma Ronê! –eu disse, zoando com a cara dele.

–Ah, mais eu te pego, Potter! –ele disse rindo.

Saí de lá, não estava a fim de ficar de “vela”. Fui para o quintal, e um gnomo de jardim me mordeu. Mas, como diz Luna, “Saliva de gnomo de jardim é muito benéfica à saúde, Harry!”. Soltei um risinho pensando em como ela teria reagido, e comecei a polir minha Firebolt, ela estava precisando muito.

Depois de poli-la, monto nela, coisa que eu não faço desde o acidente.

–Não faça isso, Harry! –disse Gina, lançando um feitiço na vassoura, e ela parou no mesmo instante. –está louco? Quer perder o equilíbrio e cair da vassoura? –ela disse aquilo com uma expressão de preocupação no rosto.

Comecei a rir, ela ficava tão linda quando preocupada.

–Do que está rindo? Da possível chance de cair e quebrar outra costela?

–Amor, se acalme! –desci da vassoura, e lhe dei um abraço. –eu nunca faria isso com você.

Senti seu arrepio quando sussurrei aquelas palavras em seu ouvido. Então selei nossos lábios. O beijo começou calmo, mas logo foi se tornando desesperado. Eu não sabia o motivo disso, mas o único raciocínio que me veio à mente naquele momento foi como o gloss dela tinha um gosto bom. Morango. E ela sabe o quanto eu gosto de morangos.

Já entendia seu jogo naquele momento, então apartei nosso beijo. Olhei para o relógio da cozinha, que marcava 14 horas.

–O que foi Harry?

–Hã... Eu to meio cansado.

–Ok. Vá descansar um pouco!

Subi as escadas e encontrei a cama de Gina bagunçada. Parece que minha tentativa de não acordá-la foi em vão. E como foi.

O sol entrava suavemente pela janela. Posicionei-me em baixo das mantas da cama.

Minhas pálpebras foram ficando mais pesadas a cada segundo que se passava lá. Elas já estavam quase fechadas, quando ouço um grito no andar de baixo.

Assustado, dei um salto da cama.

POV Molly

–Ministro, o que o senhor faz aqui? –perguntei, espantada com sua aparatação repentina no meu quintal.

–Acho que ambos sabemos a resposta desta pergunta, Molly. -Scrimgeour adentrou em minha simples casa, e colocou sua maleta com certa dureza no balcão de minha cozinha.

Abriu a maleta preta com certo suspense, e soltei um pequeno grito quando vi o que tinha dentro.

–O que pretende fazer com isso, Ministro? –eu disse um tanto aborrecida, com pena.

–Ah, Sr.Potter! –ele disse rapidamente, fechando a maleta. – Chegou à uma hora bem oportuna!

–Ministro, o que faz aqui? –disse Harry. Ele havia descido as escadas rapidamente, e tinha uma aparência cansada.

–Bem, acho melhor o senhor se sentar, Sr.Potter.

Harry obedeceu às ordens de Rufo Scrimgeour, e sentou-se na cadeira, que rangeu ao toque do garoto.

–Harry, todos sabemos que o senhor é o Escolhido, certo? –o garoto assentiu. E o ministro continuou receoso: - O senhor já parou para pensar os segredos que aquela casa em Godrics Hollow guarda?

Harry arregalou os olhos, e seus óculos o aumentaram em duas vezes, dando um ar de espanto ao garoto.

–Sim, meu jovem, exatamente. Agora que já percebeu aonde quero chegar...

–Não continue, por favor. –Harry pediu. Podia-se ver a dor em suas palavras. –Jurei que nunca retornaria a aquele lugar, Ministro, e ficaria lisonjeado se o senhor cumprisse este meu desejo. –ele terminou sua fala com formalidade e classe, tentando esconder seus sentimentos em palavras “secas”, o que não é muito viável para esta situação.

O Ministro pareceu um tanto ofendido com as palavras de Harry. Então abriu a maleta, e a cara de Harry passou de preocupada para aliviada.

–Cartas... –Harry disse, maravilhado.

–Sim, cartas. Para você.

POV Harry

A maleta continha dezenas de cartas, e todas com o mesmo destinatário: Harry James Potter.

Já o remetente era desconhecido, porém tive a impressão de que sabia de quem vinham. Passei a noite em claro, lendo as cartas. E todas abordavam o mesmo assunto. Minha segurança. O bolor dos papéis me provocou algumas tosses. Ora, as cartas tinham 17 anos de idade.

A letra de minha mãe me fez derramar algumas lágrimas. Como eu sentia falta de meus pais. Posso nunca ter conhecido eles direito, mas sei que eles sempre estiveram e sempre estarão comigo.

Prevendo que iriam morrer, meus pais tiveram a ideia de escrever cartas, como se fossem “diários”. E quando realmente faleceram, o Ministério da Magia vasculhara a casa e achara estas cartas em uma cômoda.

Cornélio Fudge resolveu escondê-las de mim, pela minha própria sanidade mental. Porém, presumi que se tivesse lido estas cartas seis anos atrás, estaria bem melhor comigo mesmo, e mais seguro de que meu destino realmente é morrer.

Quando penso na morte desse jeito, de um jeito frio, como se fosse algo cotidiano, me lembro de meus entes.

Eles deveriam ter sido pessoas fantásticas. Honrá-las derrotando Voldemort pode ser uma das opções, mas todos não alimentam minhas esperanças de que irei sobreviver. De cara, já dizem que sou um “milagre”. Não passo do Menino que Sobreviveu.

Nada mais.

Sendo ser humano, me dou ao prazer de chorar. Chorar é uma certa terapia para pessoas “atormentadas” como eu.

Então deixei as lágrimas caírem pelo meu rosto, formando pequenos círculos de água nas cartas em que lia tão vorazmente.

E assim, adormeci literalmente em cima de meu destino – escrito. Morrer.

Mas não pense que irei me render tão fácil assim. Pois não irei mesmo. Nessa guerra ainda há esperanças, e uma delas é derrotar Você-Sabe-Quem, coisa que ninguém jamais conseguiu fazer. E é exatamente isso o que EU vou fazer.

Ou, pelo menos, tentar fazer.


********************************************************

Pessoal, leiam as notas finais, por favor!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, pessoal, o que acharam? Eu realmente estou admirada por toda essa coragem de Harry. Ele está começando a enxergar um possível futuro, após derrotar Voldemort, e isso realmente me encantou! Mereço reviews, galera?
Qualquer coisa, se eu estiver demorando muito, me mande um tweet: @_gamesdeHP ou @itsmarirezende :))
LEIAM: Eu quero muito uma recomendação! E eu não postarei os próximos capítulos sem pelo menos UMA recomendação! Por favor, eu gasto horas e horas escrevendo e mereço só umazinha, não? Agradecida :)