Guns Melody escrita por Caah chan
Notas iniciais do capítulo
me perdoem, tive alguns problemas ;/ Quero reviews, tá ? :3
– A Srª Akemi esta bem, ela tem alguns machucados mas ainda sim esta bem. - o médico olhava aquela prancheta branca, isso me assustava.
– Certo, entrarei ver ela. - engoli em seco.
Abri a porta do quarto e a procurei naquela grande área. Lá estava ela, deitada numa maca totalmente pálida.
– Okaasan. - pulei em cima dela quase, quase. Simplesmente abracei as partes que não estavam cobertas por fios e a encarei, nem o rosto eu podia enxergar. Ela nem se mexeu. Corri para fora da sala e peguei o médico pela gravata.
– Como assim ela esta bem ?! Ela nem se mexe ! - bufei seriamente na cara dele.
– Essa não é sua mãe, ela esta no quarto ao lado. - ele suou frio. Engoli seco e sorri.
– Ah, ta.
Corri para o quarto certo, desta vez. Entrei e lá estava ela, sentada com uma revista nas mãos.
– O que você está lendo ? - havia uma enfermeira com ela, pelo jeito a enfermeira queria socializar.
– Uma revista de bombas, BUM's art. - minha mãe sorriu.
– C-certo. - a enfermeira se afastou suada de medo. Eu ri.
– Okaasan ! - cheguei perto dela e gritei.
– Mio ! - ela logo me puxou para um abraço. - Não era necessário este grito.
– Certo, certo. - sorri. Eu estava muito feliz de vê-la alegre, saudável e principalmente, viva. Ela somente sorria e isto me incomodava.
– Porque sorri tanto, mama ? - uma lágrima caiu involuntáriamente.
– Ãh ? - ela me encarou fechando seu lindo sorriso.
– Porque você continua sorrindo ? Você podia estar morta. - eu a encarei.
– Mio, se eu ficasse totalmente assustada, sentada num canto, chorando de medo por eu estar quase morta, eu nunca teria me casado com o seu pai. - ela olhou para a revista e passou seu dedo direito indicador sobre uma bomba, uma das melhores bombas.
– Mas...
– Seu pai viveu até hoje, correndo risco de morte. Risco de morte por você, por mim e por muitas outras pessoas. Se ele ficasse com medo a cada risco de morte, ele nunca teria virado um dos melhores mafiosos do mundo. Você devia saber que no mundo onde nós vivemos, não existe tempo para o medo. - ela sorria.
– No mundo onde nós vivemos... - continuei a repetir.
– No mundo dos mafiosos, filha. - ela me puxou para um beijo na testa, eu sorri e acenei com a cabeça.
Logo após isso, meu pai e os outros que estavam la fora, entraram. Me afastei da maca onde ela estava e fiquei olhando ela receber carinho de cada um deles, ela estava feliz e ele, também.
– *o telefone toca* Moshi moshi ? - meu pai atendeu e logo após ouvir algumas palavras, fez cara de sério.
– Estamos prontos. - ele me encarou e eu logo percebi que havia chegado a hora.
– Mio, preciso falar com você. Lá fora. - ele virou os olhos em direção à minha mãe, percebi que ela não poderia participar da conversa. Acenei com a cabeça e me dirigi para fora do quarto.
– Mio, eles vão fazer aquela reunião de família. - meu pai estava com as mãos no bolso.
– Eles... reunião... como assim ? - não estava entendendo direito.
– A nossa família, está fazendo a reunião para encontrar o novo mafioso da família. - ele olhou fundo em meus olhos.
– É a minha hora. - falei friamente.
– Só que você sabe como são as regras das famílias japonesas e quase todas as outras famílias mafiosas do mundo, né ? - ele me encarou.
– Não é permitido garotas. - respondi. - Merda. - continuei.
Eu e meu pai ficamos naquele silêncio mortal, quebrei-o com sete palavras, sete míseras palavras.
– Diga a eles que nós estaremos lá. - sorri diabolicamente. Ele sorriu igual e virou em direção do quarto da mamãe.
– Voltamos. - eu e ele falamos quase juntos. Sorrimos.
– De quem era o telefonema ? - ela não era idiota, nem um pouco.
– Do núcleo da família. - meu pai sorriu.
– O que eles queriam ?
– Só avisar que a próxima reunião de família será para decidir o melhor mafioso da família Yamagushi. - eu tentei sorrir para ela não enlouquecer.
– QUEEEEEEEEEEEEEEE ? - ela gritou. - Temos que treinar a Mio para a reunião ! - os olhos dela pareciam pegar fogo.
– Mas garotas não são permitidas. - eu encarei-a.
– Não vai me dizer que uma simples regra dessa iria te parar Mio Yamagushi. - ela sorriu como se já soubesse a resposta. E sabia.
– Jamais, -nee. - sorri e abaixei a cabeça, fazendo com que meus olhos não aparecessem em meio aos cabelos.
Eu e meu pai voltamos a pé para casa, minha mãe teria de ficar mais uns dias no hospital e elas disse que se nós ficássemos lá por mais um tempo, iria explodir aquela coisa.
– Espero que ela não exploda nada por lá. - sorri.
– Sua mãe é de cumprir promessas. - ele riu.
– Quando nós iniciaremos nossos treinos ? - olhei para o meu pai.
– Você não irá treinar, você já é boa o bastante. - ele disse enquantos amarrava os sapatos.
– Mas, como ? - encarei-o.
– Você consegue identificar vozes rapidamente, consegue manuzear armas facilmente, fica fofa de roupa de Maid, sabe recarregar armas, limpar armas, mexer com vários tipos de facas e espadas, precisa de mais o que ? - ele me encarou de volta.
– Pai, lá estaram os garotos mais mesquinhos da nossa família, os mais chatos e idiotas da nossa família. Não quero perder para eles de modo algum, sério. - apontei discretamente para uma loja de roupas infantis, lá havia uma roupa de bebê com um rosto idiota na camiseta. Ele riu.
– Certo, iremos treinar mas só para você poder ficar mais imbatível do que já é. - ele pegou um cigarro na parte interior da jaqueta e colocou na boca. Quando foi acendê-lo, peguei de sua boca e joguei no chão.
– Sua mulher no hospital com a saúde melhor que a sua, não ? - fiz cara de "wtf" pra ele.
– Você faz muitas caretas engraçadas. - mudou de assunto.
– Não mude de assunto, baka !
– Ainda sou seu pai, mocinha ! - me pegou pelo pescoço e enfregou a mão na minha cabeça.
– Meu cabelo já é ruim e você vem e faz isso ? Não irei te perdoar ! - chutei de leve a perna dele.
– Minha garota. - sorriu.
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