Guns Melody escrita por Caah chan


Capítulo 9
Shit.


Notas iniciais do capítulo

me perdoem, tive alguns problemas ;/ Quero reviews, tá ? :3



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– A Srª Akemi esta bem, ela tem alguns machucados mas ainda sim esta bem. - o médico olhava aquela prancheta branca, isso me assustava.

– Certo, entrarei ver ela. - engoli em seco.

Abri a porta do quarto e a procurei naquela grande área. Lá estava ela, deitada numa maca totalmente pálida.

– Okaasan. - pulei em cima dela quase, quase. Simplesmente abracei as partes que não estavam cobertas por fios e a encarei, nem o rosto eu podia enxergar. Ela nem se mexeu. Corri para fora da sala e peguei o médico pela gravata.

– Como assim ela esta bem ?! Ela nem se mexe ! - bufei seriamente na cara dele.

– Essa não é sua mãe, ela esta no quarto ao lado. - ele suou frio. Engoli seco e sorri.

– Ah, ta.

Corri para o quarto certo, desta vez. Entrei e lá estava ela, sentada com uma revista nas mãos.

– O que você está lendo ? - havia uma enfermeira com ela, pelo jeito a enfermeira queria socializar.

– Uma revista de bombas, BUM's art. - minha mãe sorriu.

– C-certo. - a enfermeira se afastou suada de medo. Eu ri.

– Okaasan ! - cheguei perto dela e gritei.

– Mio ! - ela logo me puxou para um abraço. - Não era necessário este grito.

– Certo, certo. - sorri. Eu estava muito feliz de vê-la alegre, saudável e principalmente, viva. Ela somente sorria e isto me incomodava.

– Porque sorri tanto, mama ? - uma lágrima caiu involuntáriamente.

– Ãh ? - ela me encarou fechando seu lindo sorriso.

– Porque você continua sorrindo ? Você podia estar morta. - eu a encarei.

– Mio, se eu ficasse totalmente assustada, sentada num canto, chorando de medo por eu estar quase morta, eu nunca teria me casado com o seu pai. - ela olhou para a revista e passou seu dedo direito indicador sobre uma bomba, uma das melhores bombas.

– Mas...

– Seu pai viveu até hoje, correndo risco de morte. Risco de morte por você, por mim e por muitas outras pessoas. Se ele ficasse com medo a cada risco de morte, ele nunca teria virado um dos melhores mafiosos do mundo. Você devia saber que no mundo onde nós vivemos, não existe tempo para o medo. - ela sorria.

– No mundo onde nós vivemos... - continuei a repetir.

– No mundo dos mafiosos, filha. - ela me puxou para um beijo na testa, eu sorri e acenei com a cabeça.

Logo após isso, meu pai e os outros que estavam la fora, entraram. Me afastei da maca onde ela estava e fiquei olhando ela receber carinho de cada um deles, ela estava feliz e ele, também.

– *o telefone toca* Moshi moshi ? - meu pai atendeu e logo após ouvir algumas palavras, fez cara de sério.

– Estamos prontos. - ele me encarou e eu logo percebi que havia chegado a hora.

– Mio, preciso falar com você. Lá fora. - ele virou os olhos em direção à minha mãe, percebi que ela não poderia participar da conversa. Acenei com a cabeça e me dirigi para fora do quarto.

– Mio, eles vão fazer aquela reunião de família. - meu pai estava com as mãos no bolso.

– Eles... reunião... como assim ? - não estava entendendo direito.

– A nossa família, está fazendo a reunião para encontrar o novo mafioso da família. - ele olhou fundo em meus olhos.

– É a minha hora. - falei friamente.

– Só que você sabe como são as regras das famílias japonesas e quase todas as outras famílias mafiosas do mundo, né ? - ele me encarou.

– Não é permitido garotas. - respondi. - Merda. - continuei.

Eu e meu pai ficamos naquele silêncio mortal, quebrei-o com sete palavras, sete míseras palavras.

– Diga a eles que nós estaremos lá. - sorri diabolicamente. Ele sorriu igual e virou em direção do quarto da mamãe.

– Voltamos. - eu e ele falamos quase juntos. Sorrimos.

– De quem era o telefonema ? - ela não era idiota, nem um pouco.

– Do núcleo da família. - meu pai sorriu.

– O que eles queriam ?

– Só avisar que a próxima reunião de família será para decidir o melhor mafioso da família Yamagushi. - eu tentei sorrir para ela não enlouquecer.

– QUEEEEEEEEEEEEEEE ? - ela gritou. - Temos que treinar a Mio para a reunião ! - os olhos dela pareciam pegar fogo.

– Mas garotas não são permitidas. - eu encarei-a.

– Não vai me dizer que uma simples regra dessa iria te parar Mio Yamagushi. - ela sorriu como se já soubesse a resposta. E sabia.

– Jamais, -nee. - sorri e abaixei a cabeça, fazendo com que meus olhos não aparecessem em meio aos cabelos.

Eu e meu pai voltamos a pé para casa, minha mãe teria de ficar mais uns dias no hospital e elas disse que se nós ficássemos lá por mais um tempo, iria explodir aquela coisa.

– Espero que ela não exploda nada por lá. - sorri.

– Sua mãe é de cumprir promessas. - ele riu.

– Quando nós iniciaremos nossos treinos ? - olhei para o meu pai.

– Você não irá treinar, você já é boa o bastante. - ele disse enquantos amarrava os sapatos.

– Mas, como ? - encarei-o.

– Você consegue identificar vozes rapidamente, consegue manuzear armas facilmente, fica fofa de roupa de Maid, sabe recarregar armas, limpar armas, mexer com vários tipos de facas e espadas, precisa de mais o que ? - ele me encarou de volta.

– Pai, lá estaram os garotos mais mesquinhos da nossa família, os mais chatos e idiotas da nossa família. Não quero perder para eles de modo algum, sério. - apontei discretamente para uma loja de roupas infantis, lá havia uma roupa de bebê com um rosto idiota na camiseta. Ele riu.

– Certo, iremos treinar mas só para você poder ficar mais imbatível do que já é. - ele pegou um cigarro na parte interior da jaqueta e colocou na boca. Quando foi acendê-lo, peguei de sua boca e joguei no chão.

– Sua mulher no hospital com a saúde melhor que a sua, não ? - fiz cara de "wtf" pra ele.

– Você faz muitas caretas engraçadas. - mudou de assunto.

– Não mude de assunto, baka !

– Ainda sou seu pai, mocinha ! - me pegou pelo pescoço e enfregou a mão na minha cabeça.

– Meu cabelo já é ruim e você vem e faz isso ? Não irei te perdoar ! - chutei de leve a perna dele.

– Minha garota. - sorriu.



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