Divina Comédia ... Como Deveria Ser !!! escrita por ro_dollores


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

UMA ONE COM CARA DE MINI FIC !
Espero que aprovem !



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_Ecklie ?

Ele suspirou e ficou olhando para o aparelho que tocava sem parar. Seu corpo todo doía, a cabeça parecia pesar uma tonelada. Sem contar com a dor nas costas que estava o afligindo demais.

E ninguém conseguia deixá – lo em paz !

Queria tanto que Sara estivesse ali, sentia tanto sua falta.

Hank grunhiu ao ouvir o telefone tocando novamente. Ele queria se enfiar debaixo das cobertas, no escuro, e dormir por uma semana.

Estava realmente muito mal.

Segundos depois, o toque insistente, de novo ! Arriscou um olhar de esguelha e quase não acreditou quando viu o nome dela !

Pegou imediatamente o telefone.

_Sara ? !

Nem bem ouviu ela responder e teve um acesso de tosse horrível. A sensação era que seu pulmão se deslocaria do lugar.

_Gris ? Gris ? Você está bem ?

A crise foi passando devagar e ele conseguiu recuperar seu fôlego !

_Oi querida !

Sua voz estava esganiçada, horrível.

_Gris ? O que você tem ? Está doente ?

_Não … apenas um gripe muito forte.

_Grissom ! Não minta para mim ! Vou ligar para a Cath agora , se não me disser. Está em casa ?

_Sim … de licença. - Ele confessou.

_O que você tem, de verdade ?

_Pneumonia.

_Está se cuidando ? O que está tomando ? Foi ao médico ?

_Hei … calma … não estou morrendo, Sara !

_E essa tosse ? Está horrível !

_Vou ficar bem …

_Estou em um ciclo de palestras bem interessante que ainda vão durar alguns dias. Pensei em pedir para você vir ! Mas desse jeito …

Ele havia a visitado há quase quatro semanas atrás, e se falavam frequentemente. Em sua última visita, ele notou uma diferença enorme nela, parecia outra pessoa. Estava forte, segura, muito bem, o problema era a distância !

_Não se preocupe, assim que estiver melhor, podemos nos …

Uma nova crise, e ele teve que se sentar.

Sara ficou apavorada. Ele estava seriamente doente, tinha certeza.

Alguns minutos depois, ele se acalmou novamente.

Ia retomar sua conversa quando a campainha tocou !

_Querida … preciso desligar … acho que é a Madeleine, ela me pediu ajuda em um caso.

_A promotora ? Mas Gris … não está em condições para trabalhar.

_Podemos nos falar depois ?

_Se não há outro jeito … se cuida !

_Está bem !

Ele desligou o telefone e foi atender à porta.

_Você está horrível, Grissom !

Ele se sentia horrível !

Ela não se demorou muito, apenas o suficiente para lhe jogar na cara, que se ele tinha uma equipe, devia a ela. Pela sua condição de promotora e pelas inúmeras vezes que intercedeu por ele.

E além disso, lhe mostrou um vídeo de uma importante testemunha para o caso.

Emilio Alvarado, o “El Matocho” lider da gangue La Tijera, precisa continuar preso e ele tinha que ajudar.

Ela confiava somente nele !

….......

Grissom pousou a cabeça entre as mãos e suspirou profundamente. Estava péssimo, de verdade.

Além de sentir o peso do mal estar, ele parecia um tanto desolado.

Estava morrendo de saudades de Sara, mas tinha que se segurar, só queria que ela fosse feliz.

Mas tinha que ser longe dele ?

Ficou se questionando até onde ela o amava … e sentiu um nó se formar em sua garganta.

Nos últimos tempos, antes de sua partida, ele sentiu que a estava perdendo. Era triste e doloroso.

Ele fechou os olhos e não conseguiu conter um aperto em seu coração.

De repente, sentiu o toque suave de duas mãos em seus ombros. Talvez estivesse sonhando acordado, sonhando que ela havia voltado, que sentia a sua falta, tanto quanto ele sentia dela.

_Gris ?

Ele se virou rapidamente, os olhos vermelhos.

_Sara ? - Sua surpresa foi tamanha que não conseguiu sequer, se levantar.

_Não vai me dar um abraço ?

Ele saiu de seu transe e a abraçou com uma força tamanha que fez com que suas costas, ainda mais magras, doessem.

Por alguns instantes eles apenas se apertaram nos braços um do outro.

Uma lágrima tímida, escapou do canto de seus olhos castanhos, e ela discretamente a enxugou, depois suas mãos pousaram em seus cabelos desalinhados, encarando seus olhos opacos.

_Onde está o Hank ?

_No pet shop.

_Você … está bem ?

_Não ! - Ele tinha uma expressão melancólica, o que fez seu coração se esganiçar no peito. Há tempos atrás, partir parecia a coisa mais certa a fazer, mas naquele momento já não teve tanta certeza.

_Está quente feito um vulcão em chamas.

Sara passeou com as mãos em seu rosto e depois pousou em seu pescoço. Ele a abraçou com força novamente, precisava sentir seu corpo junto ao seu, matar a vontade de tê -la bem perto e assim acreditar que ela estava mesmo ali !

Ela o puxou para o sofá, segurando suas mãos entre as dela.

_O que você tem, querido ? Além da pneumonia aconteceu alguma coisa ?

_Não ! - Ele não estava preparado para aquelas reações tão fortes.

_Vim o mais rápido que pude, não podia deixar você assim, sozinho. Quero cuidar de você !

Ele espirrou algumas vezes, depois teve uma outra crise de tosse, fazendo com que ficasse bem assustada.

_Meu Deus … está pior do que imaginei.

_Não estava ocupada ?

_Nada é mais importante do que estar aqui ! Está precisando de mim.

E era verdade. Mais do que ele mesmo queria !

_Venha, precisa de um banho morno, roupas limpas e secas, está molhado !

_Efeito dos remédios.

Ela o puxou pela mão, e ele obedeceu feito um garoto.

Estava feliz por ela estar ali, com ele.

Enquanto ele se despia, ela encheu a banheira e colocou alguns sais para que pudesse se sentir mais revigorado, ajeitou uma toalha como descanso para sua cabeça e se ajoelhou esperando que ele entrasse na água.

Assim que se ajeitou ela passou as mãos pelos seus cabelos, molhou seu rosto e tirou o excesso de água.

Os olhos dele estavam muito vermelhos, o que fez com que desconfiasse que não era apenas reação de seu estado doentio. Nunca tinha o visto tão triste ! Uma coisa bem estranha se apossou dela, queria não ter ido embora, mas estava insuportável viver ali, precisava resgatar sua própria vida, antes que se destruísse, o levando junto.

O amava de todo seu coração.

Havia terminado com ele, mas assim que pousou em São Francisco, um desespero sem tamanho tomou conta dela, e só foi aliviado quando viu o nome dele em seu telefone.

_Sara ?

_Oi Gris …

Ouvir a sua voz foi tudo o que ela estava precisando naquele momento.

_Não faça isso conosco ! Se precisa de um tempo, vamos fazer isso … juntos !

_Mas … não posso prendê -lo a mim, não tenho condições de me manter em pé, e sei que isso vai afetar você !

_Você me ama ?

_Sabe que sim …

_Então nada disso parece ter lógica ! Eu posso entender … eu juro, fique aí, o tempo que for necessário, mas por favor … não vamos acabar com nosso relacionamento.

_Não é justo … você se prender a mim … quando não tenho condições de estar perto !

_Me mantenha em seu coração, você estará sempre no meu ! Assim que puder, vou até você !

_Tem certeza que é isso que você quer ?

_Absoluta ! Eu te amo.

_Sabe que também te amo !

…........

Ela saiu em silêncio do banheiro, foi para a cozinha e abriu o pacote que trouxera.

Chá Balsâmico e expectorante, eucalipto, canforeira, gengibre e Plantago.

De onde estava, ouviu ele espirrar, ma dezena de vezes !

Foi até o quarto, separou um pijama limpo, ajeitou os lençóis e voltou ao banheiro.

_Amor ?

_Hum …

_Venha … já preparei a cama.

Ela ouviu seu telefone tocar e ficou nervosa.

_Deve ser a Maddy ! - Ele disse.

_Ninguém faz nada sem você, mas que droga ! Mas o que ela tanto quer ?

Ele apenas ficou olhando para ela, algumas coisas não mudavam, depois completou.

_Tenho uma audiência com o promotor designado para o cas.

_Mal consegue parar de pé !

_Preciso ir, querida … ela precisa de mim.

_E você precisa de paz !

_Não se preocupe, ficarei bem e volto o mais rápido que puder.

_Eu te levo, se apronte !

Ela abriu o armário e separou um terno, dispondo com cuidado sobre a cama !

Assim que terminou de se arrumar, ela ajeitou sua gravata e deslizou as mãos pelo seu peito.

_Gosto tanto desta camisa.

Ela lhe deu um selinho e sorriu.

_Estou feliz que esteja aqui !

_Eu também !

Ele olhou para a mala no canto e perguntou.

_Não vai desfazer ?

_Não devo ficar muito tempo.

Os olhos dele se anuviaram, mas permaneceu em silêncio. Queria tanto que mudasse de ideia.

.......

Assim que estacionou no tribunal, Maddy veio encontrá – lo, se abaixou e pelo vidro aberto, cumprimentou Sara.

_Olá Sara ! Está de volta ?

Ela sorriu de lado e acenou com a cabeça, depois se virou para seu namorado.

_Me ligue assim que estiver livre, vou até o laboratório.

_Tudo bem ! Até mais, querida !

Ele lhe deu outro beijo curto e saiu do carro, gemendo bem baixinho, suas costas doíam feito golpes com ferro quente.

Enquanto subiam as escadas, a promotora quis saber.

_Vocês ainda estão juntos ?

_Nunca nos separamos.

Ela pensou que era um romance bem estranho, mas se calou. Quem era ela para julgar “coisas estranhas” ?

Dirigindo pelas ruas, seu passado voltou a atormentá – la. Queria ficar, mas não havia mais condições, aquela cidade a esmagava feito um inseto desagradável sob os pés de uma dona de casa furiosa.

A única certeza que tinha era que por ele, talvez valesse a pena, mas mesmo assim uma parte de si clamava por respirar outros ares. Ela estava se fortalecendo dia a dia, ainda precisava de um tempo.

Ele estava precisando dela, e com certeza ela estaria com ele.

O problema era aquele bando de abutres que não o deixavam viver sua vida. Sempre havia uma tarefa, um favor, um pedido.

E ela não tinha o poder de mudar aquilo, mesmo sabendo que ele a amava tanto !

Amor !

Ela suspirou e pensou em seus olhos tristes. E estavam muito tristes, talvez também estivesse cansado mas não conseguia admitir. Aquilo soou como nova esperança a ela.

.......

_Sara !!! Você voltou … não acredito !

Ela sentiu ser alçada do chão, depois girada feito uma garotinha de tranças no colo do pai.

_Olá Greg … que saudades de você !

Ele a apertou forte e lhe deu inúmeros beijos pela face corada.

_Você está linda !

Logo depois, foi a vez de Nick e Warrick, mais beijos, mais abraços.

_Vamos sair para comemorar.

_Estou esperando o Gris terminar sua reunião com o promotor e Maddy.

_Hum … ela está no pé dele feito um abutre.

_Deu para perceber, Warrick. Cadê a Cath ?

_Na cena do crime.

Ela ouviu Nick espirrar e olhou para ele, depois Greg fungou.

_Ei … o que é isso ? Uma epidemia ?

_Não chegamos nem perto do Gil ! Ele sim, está péssimo. Foi por isso que veio ?

_Foi sim, estou tentando cuidar dele, mas está difícil.

Cath virou o corredor e parou.

_Sara !

Um enorme sorriso iluminou seu rosto. Ela estava fazendo falta.

Elas se abraçaram.

_E o Gil, sabe que chegou ?

_Sim … o deixei no tribunal.

_Coitado … parece péssimo.

_Falei para os meninos que não consigo segurá – lo em casa.

_Maddy o elegeu … sabe como é ?

_Se sei …

_Vamos tomar um café, me conta o que tem feito ?

_Minha mãe está se recuperando de uma cirurgia, nada grave … e tenho participado de algumas palestras, vou pegar umas aulas no início do semestre.

_E vocês dois, Sara ?

_Estou tentando nos manter de pé.

_Ele te ama tanto e não me parece muito bem … tem estado muito quieto, prefere ficar sozinho pelos cantos e não fala comigo direito ... sabe como ele é ! Durão !

_Nos encontramos há algumas semanas, sei que tem sido difícil para ele.

_Por que não fica ? Sabe que terá seu emprego de volta quando quiser.

_Não posso, Cath. Tenho alguns projetos em andamento, e essa cidade … bem … estou tentando … conciliar as coisas.

_É … tem razão, tem que ver o seu lado … mas sinto pena dele. Ele precisa de você, embora nunca vai admitir para seus amigos.

Ela sorriu de lado, bebericando o líquido devagar, depois olhou para o relógio e se lembrou do cão.

_Preciso ir, o Hank deve estar inquieto, foi tomar banho.

Elas se despediram e minutos depois estacionava no pet shop.

Assim que o cão a viu, não se conteve de alegria. Pulava feito uma criança e aquilo cortou seu coração.

_Olá garotão, você está cada dia mais bonito … vamos para casa !

Logo que abriu a porta viu seu namorado estirado no sofá. Hank logo estava ao lado dele de guarda.

Ela se agachou e tocou sua testa.

_Pedi para me ligar, amor !

_Maddy me deu uma carona.

_Como está se sentindo ?

Ele segurou sua mão e a colocou junto ao peito. Havia tirado o paletó e a gravata.

_Com dor de cabeça, respirando mal e … com saudades.

Ela sorriu triste.

_Vá para a cama, vou aquecer sua sopa. Ela parece ótima.

_Receita da minha mãe.

Ele foi até o quarto, se trocou e se atirou na cama. Sentia calafrios e sua cabeça parecia cada vez pior.

Instante depois ela apareceu com uma bandeja nas mãos, ajeitou em seu colo e se sentou do lado dele. Hank empurrou a porta e se deitou no tapete.

A sopa estava muito quente, fumegante.

_Gris … - ela se virou para ele e tocou seu braço.

_Hum …

_O pessoal do laboratório está preocupado com você. Disse que a Maddy está em cima feito uma ave de rapina.

Ele suspirou elevou a colher à boca.

_Ela confia em mim, cegamente ! Preciso fazer isso.

_A Cath também está preocupada.

_É só uma pneumonia e …

_Não é sobre isso … tem estado bem ?

Ele abandonou a bandeja na mesa de cabeceira e se virou para ela.

_Tenho sentido a sua falta … - Ele confessou.

Ele não queria pressioná – la, mas doía tanto saber que ela partiria novamente. Olhou para quela maldita mala e desviou seus olhos.

_Ela me disse que não fala com ela direito.

_Vou dizer o que ? O que ela pode fazer ? Te trazer de volta ?

Uma pontada aguda quase dividiu seu coração. Ela engoliu com dificuldade e tocou seu rosto.

_ Eu disse a você que era complicado. Me sinto culpada.

_Não ! Se tiver um culpado, sou eu. Insisti nessa situação, não quero que se sinta pressionada, é só que … isso me pegou de uma maneira que não estou conseguindo … lidar.

_Tenho uma viagem marcada para daqui há três semanas.

Ele a olhou com tristeza.

_Por quento tempo ?

_Dois meses !

_Sei que … está vivendo a sua vida e … está certa, vou te esperar.

_Não precisa fazer isso. Por que não vem comigo ?

_Não posso.

Sempre caíam no mesmo impasse. Aquele era o problema. Ele nunca deixaria sua equipe por ela.

_Nem mesmo umas férias ?

A ideia pareceu perfeita para ele, mas não sabia se conseguiria ficar assim tanto tempo fora de seu trabalho. As coisas estavam piorando, girando em torno dele cada vez mais.

_Não sei … o laboratório precisa de mim.

_Eu também.

Ele tocou em seus lábios, devagar. Queria lhe dar um beijo de verdade mas não podia, não queria que ela também ficasse doente.

_Bem … descanse, querido, podemos conversar depois. Vou buscar seus remédios. Fiz um chá forte, com algumas raízes poderosas.

Ela saiu da cama e foi para cozinha, voltando com uma caneca enorme.

_Tome !

Ela ajeitou seus cabelos enquanto ele tentava engolir aquela coisa com gosto horrível.

_Isso é ruim !

_Mas é milagroso ! Vai fazer com que sinta melhor.

Ele tomou todo o conteúdo e se deitou. Ela ajeitou os travesseiros e beijou sua testa.

Ia se virar quando ele segurou a sua mão.

_Obrigado, querida !

Ela sorriu e apagou a luz. Antes de chegar à porta ele disse suavemente.

_Eu te amo !

.......

Ela estava dando uma geral na cozinha, quando a campainha tocou.

Hank logo estava ao lado ela, recepcionando o visitante.

_Brass !

_Olá querida, a Cath me disse que estava em Vegas ! Cuidando do nosso doente ?

Ele brincou com Hank e esperou um abraço dela.

_Pois é ! - Ela o abraçou com força, depois se sentaram no sofá.

_Ele está dormindo ?

_Sim … não está nada bem !

Ela olhou para a pasta debaixo de seu braço.

_Veio falar com ele ?

_Sim … hum … tem café ?

_Posso preparar para você ! - Ele parecia triste. - Você está bem ?

_Jim ?

Eles se viraram e encontraram Grissom com as mãos nos bolsos de seu roupão.

_Acordei você ? Me desculpe !

Ele subiu as escadas e se sentou de frente a ele.

_O que houve ? Novidades ?

Ele apenas levantou suas sobrancelhas e Sara notou que ele não estava mesmo bem. Talvez precisassem conversar à sós.

_Vou dar uma volta com Hank, querido ! Vou deixar a cafeteira ligada, Brass. Sirva – se !

Ela saiu, deixando os dois homens sozinhos.

_Como você está ?

_Me recuperando. Aconteceu alguma coisa ?

_Trouxe alguns papéis para dar uma olhada.

Papéis ?”

Grisom olhou para seu amigo, aquilo era apenas uma desculpa, e ele tinha razão. Logo percebeu quando começou a falar.

_Dan Cook … a testemunha … não queria falar … então eu o convenci.

Seus olhos estavam tristes e ele fazia um esforço enorme para falar.

_Então eu o levei para um … café e o convenci … prometi a ele que o protegeria … e nesta manhã … bem você sabe … Eu não consegui, Gil ! Não consegui protegê - lo.

Ele queria lhe dizer alguma palavras de conforto, parecia muito mal.

_Venha Jim, precisa de um café … forte !

.......

Sara acordou na madrugada, muito assustada com Grissom tossindo muito. Estava com falta de ar e segurava o peito.

_Amor … o que foi ?

Ela se levantou rapidamente e pegou o aparelho para inalação, ajeitou sobre seu rosto e ligou na tomada.

Enquanto ela via sua melhora, resolveu preparar o purificar de ar, isso faria com que o ar se tornasse mais limpo e respirável.

Grissom acompanhava seus movimentos e a cada segundo sentia seu corpo reagir favoravelmente.

Ela estava lhe fazendo bem, tanto para sua cura, como para sua alma.

Precisava tomar coragem para fazer algumas mudanças. A presença dela o afetava muito. Ele era outra pessoa.

Alguns momentos depois o quarto voltou a ficar em silêncio e ele dormia profundamente. Apenas o barulho conciliador do aparelho “salvador”. O ar estava muito melhor.

Sara parou de fazer círculos em suas costas quando percebeu que sua respiração se tornou regular.

Ele estava completamente molhado, mas o deixaria dormir.

Logo pela manhã, ela pulou da cama e preparou o banho dele.

A água bem quente, alguns sais, deixou o vapor do banheiro se espalhar completamente e foi até ele.

Ele abriu os olhos assim que ela tocou seu rosto.

Ver aquele sorriso logo pela manhã não tinha preço !

_Bom dia …. como está se sentindo ?

_Bem melhor !

_O banheiro está uma perfeita sauna, seu banho está pronto !

Ele pulou da cama, parecia mesmo bem mais animado.

Quase meia hora depois, estava tomando seu café, preparado por ela.

_Acha que está bem mesmo para sair ?

_Sim querida … você tem me ajudado muito.

_Vou te esperar para o almoço, leve seus remédios e não se esqueça de tomar nas horas certas !

_Sim senhora !

Sara ficou satisfeita em vê – lo muito melhor ! Mas ainda assim inspirava cuidados.

Ela o abraçou com força na porta do apartamento.

_Se cuide, querido. Quero você inteiro.

_Quando pretende ir embora ?

_Não sei … ainda estou pensando ! Mas não se preocupe com isso, por enquanto ! Fique bom primeiro.

Se dependesse dele, não sararia nunca !

Ele a beijou com um pouco mais de ânimo e ela riu.

_Hum … isso me faz pensar que está mesmo melhorando.

_Sinto saudades, Sara !

Ela sabia do que estava falando. Tinha ótimos momentos na cama com ele !

Se davam muito bem e o sexo entre eles sempre tinha sido delicioso. Isso fazia toda a diferença.

.......

Foi uma sequência de descobertas.

A explosão na casa de Emílo Alvarado. Uma jurada corrompida por ameaças, Maddy enfiando os pés pelas mãos, livrando um pouco a consciência de Brass, o sogro de Dan responsável pela sua morte e por fim, a descoberta de como El Matocho conseguia se comunicar de dentro da cadeia com seus comparsas ! Chegou até a ameaçar Grissom !

Trabalho terminado e uma promotora amiga satisfeita com o resultado. Devia sua vida ao seu amigo Gil !

Ele havia ligado para Sara, bem mais cedo e avisado que não poderia estar com ela para o almoço.

Ele ouviu ela reclamar, ralhar com ele como se fosse uma criança e depois concordar, como sempre acontecia.

Assim que ele abriu a porta, encontrou o apartamento quieto.

Foi direto para o quarto, não viu a sua mala !

Ela havia ido embora sem se despedir dele novamente.

Por que fazia aquilo ? Era horrível !

Desolado foi para a rua passear com Hank. Se pudesse sumiria com ela para algum lugar qualquer. Sem ninguém, sem projetos, apenas ele e ela, esquecendo o mundo à sua volta, mas as coisas não eram assim !

De volta, tirou a coleira de seu cão e se sentou no sofá.

Neste momento seu telefone tocou. Ele olhou o visor desolado. Era ela. Se animou !

_Amor ?

_Oi querida ! Onde você está ?

_Na porta … esqueci a minha chave.

Ele ouviu um risinho adorável e se levantou imediatamente, rindo também.

A porta foi escancarada e ela surgiu carregada de pacotes, depositou na mesa e se virou para ele.

Feliz ele a abraçou como se não a visse há anos !

_Ei … não vou fugir !

Ele distribuiu muitos beijos pelo seu rosto gelado.

_Onde estava ?

_Fui ao supermercado, precisava abastecer a geladeira …

_Achei que tivesse … ido embora !

_Sem se despedir ? Acho que você é meio … traumatizado com isso, não é ?

Ainda em seus braços ela tocou seu rosto com a mão gelada.

_Não vi sua mala !

_Eu a desfiz …

_Como é ?

Ela o puxou pela mão e se sentaram no sofá !

_Gris … eu acho que tenho que fazer uma escolha. Durante este dia todo, estive pensando, analisando … passei o tempo todo olhando suas coisas no armário, essa casa, Hank !

_E …

_Eu te amo, Gris … e acho que voltar para São Francisco agora, só vai fazer eu me sentir pela metade !

_Vai ficar ???

Ele estava ansioso e não era para menos !

_Vou !!!

.......

Assim que ouviu sua resposta a carregou no colo, e a levou para a cama !

_Você não imagina o quanto está me fazendo feliz !

_Imagino sim …

Ele a beijou docemente, depois com dedos trêmulos abriu seu casaco e o tirou.

Com o indicador desenhou uma linha entre seus seios até seu umbigo, por cima da malha que ainda usava.

_Você se sente bem para … você sabe ?

_Fazermos amor ?

_Huhum … posso esperar, se quiser !

_Mas eu não posso … sinto tanto a sua falta !

Ela sorriu, sentindo suas mãos puxar sua blusa para cima.

Grissom arrancou sua jaqueta e depois sua camisa, sem nem mesmo abrir os botões, a puxou pela cabeça e jogou em um canto, no chão.

Ela deslizou seus dedos pelo peito forte e mordeu seu lábio inferior.

Ajudou ele abrir seu sutiã, depois puxou as calças pelas pernas, assim como sua calcinha.

Ele se livrou do restante de suas roupas e se deitou sobre ela.

_Tenho pensado muito em você … como nunca ! Esta cama nunca esteve tão fria !

Sua boca desceu sobre a dela, desta vez avidamente. Suas línguas se tocaram e ela sentiu o quanto a falta dele a machucava.

Tinha que admitir, vê -lo tão frágil tinha lhe dado a certeza que nada era mais importante !

Assim que o sentiu dentro dela, suas dúvidas se dissiparam de vez.

Ouvir sua voz rouca sussurrando em seu ouvido era como se assinasse sua sentença de felicidade !

Criaria novas perspectivas, novos sonhos, tentaria outros caminhos, mas agora com ele !

Suas palestras, seus novos projetos, sua vida longe dali, nada tinha importância sem ele. Estava se sentindo feliz, mas não estava completa.

Faltava uma outra parte que agora lhe dava carinhos incríveis, beijos quentes e apaixonados. Faltava seu coração ! E sem ele, ninguém sobreviveria !

Antes do êxtase final, e em meio a gemidos e sorrisos verdadeiros, ela ouviu :-

_Ainda aceita se casar comigo ?

_Claro que sim … eu adoraria !

FIM


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Notas finais do capítulo

E então ?
Está à altura de minhas leitoras ? Espero que sim.
Muitos beijos !
Ro